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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

As 10 maiores abobrinhas ditas por Lula nos seus discursos

Veja.com - Por Giancarlo Lepiani
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ESPECIAL RETROSPECTIVA: Depois dos oito anos de governo, Lula não deixou para trás só uma alta popularidade e uma sucessora no cargo. Ficam também as inúmeras gafes e tropeços cometidos em seus discursos.
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A seguir, os dez piores.
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10. Lula e a América do Sul
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A integração regional foi uma das grandes bandeiras da política externa de Lula, que não se cansou de acusar os antecessores de ignorar os vizinhos sul-americanos, dando atenção só aos Estados Unidos. Por isso, causou espanto saber que, em junho de 2004, Lula, o especialista em América do Sul, se esqueceu dos 3.000 quilômetros de fronteira entre os territórios brasileiro e boliviano, num discurso em Nova York, em que descreveu a divisão geográfica do continente: “Na América do Sul, o Brasil só não faz fronteira com Chile, Equador e Bolívia”.
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9. Lula e a democracia
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A relação de Lula com os valores democráticos sempre foi muito mais conturbada do que ele gosta de admitir. Na hora de discursar, ele é o defensor ferrenho da liberdade, do diálogo, do respeito à vontade do povo. Só fica difícil explicar o fascínio por Fidel Castro, os afagos em Hugo Chávez e as iniciativas de forte teor autoritário no próprio país. Por tudo isso, ninguém ficou muito surpreso quando Lula disse ao presidente da Costa Rica, em agosto de 2004: “Fui ao Gabão para aprender como é que um presidente consegue ficar 37 anos no poder e ainda se candidatar à reeleição”.
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8. Lula e os idosos
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Um dos momentos “nunca antes na historia deste país” do governo Lula foi a assinatura do Estatuto do Idoso, em outubro de 2003. Orgulhoso por aprovar uma legislação dedicada exclusivamente à terceira idade, pegou o microfone para falar ao grupo de idosos que acompanhava a cerimônia. Quem esperava um agrado aos homenageados do dia, porém, se surpreendeu com uma patada cruel do anfitrião do evento: “Quando se aposentarem, por favor, não fiquem em casa atrapalhando a família. Tem que procurar alguma coisa pra fazer”.
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7. Lula e a Rússia
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Uma das potências emergentes do planeta, a Rússia do poderoso Vladimir Putin é um parceiro estratégico do Brasil. Da mesma forma, a pecuária é fundamental para a economia nacional. Mas quando a venda de carne para Moscou foi abalada pela denúncia de pagamento de propina por frigoríficos brasileiros aos russos, em março de 2007, Lula transformou a questão gravíssima em gancho para um trocadilho infame: “Certamente o embaixador russo soube. Certamente contou para o Putin. E certamente o Putin ficou meio ‘Putin’ com o Brasil”.
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6. Lula e o analfabetismo
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Desde o início de sua trajetória política, Lula nunca deixou passar qualquer chance de falar sobre a origem pobre, o pouco tempo de estudo e sua retórica pouco formal. Também sempre gostou de falar sobre os ensinamentos deixados pela mãe – é comum ele se emocionar ao se lembrar dela em algum discurso. Melhor então colocar na conta da emoção a desconcertante afirmação de Lula num pronunciamento por ocasião do Dia Internacional da Mulher, em março de 2004: “Eu sou filho de uma mulher que nasceu analfabeta”.
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5. Lula e o pré-sal
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O entusiasmo provocado pela descoberta do petróleo nas profundezas do pré-sal elevou a megalomania de Lula às alturas. Num dos incontáveis discursos em que se gabou da transformação do país num gigante da indústria petrolífera – mesmo sabendo que a produção do combustível do pré-sal levaria anos para virar realidade -, Lula forçou a barra, em setembro de 2008: “O buraco é tão fundo que qualquer dia a Petrobras vai trazer um japonesinho na broca, e aí vai dar um problema internacional sem precedentes”.
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4. Lula e a China
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O gosto de Lula pelo improviso nos discursos sempre foi garantia de momentos inusitados. Ávido por conquistar prestígio junto à gigante emergente da economia mundial, Lula misturou as bolas e inventou uma página inexistente da história da China – uma visita de Napoleão, que jamais esteve no país -, em abril de 2003: “Quando Napoleão foi à China, ele cunhou uma frase que ficou famosa. Ele disse: ‘A China é um gigante adormecido que o dia que acordar, o mundo vai tremer’”.
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3. Lula e as mulheres
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O ano que seria marcado pela eleição da primeira mulher à Presidência começou com um tropeço de Lula num discurso em que ele defendia – acredite – a igualdade de gênero. Lula já havia dito que sua mulher tinha engravidado “logo no primeiro dia, porque pernambucano não perdoa mesmo”. Em janeiro de 2010, levou seus pensamentos feministas um pouco além: “Uma mulher não pode ser submissa ao homem por causa de um prato de comida. Tem que ser submissa porque gosta dele”.
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2. Lula e a África
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Ele fez sucesso em suas numerosas visitas a países africanos, recebendo aplausos sempre que discursava defendendo o continente e seu potencial de crescimento. Ao fazer um desses elogios, porém, Lula acabou mostrando o mesmo preconceito que tanto criticava. Em visita à capital da Namíbia, em novembro de 2003, achou que a cidade era bonita e “limpinha”, e disparou: “Quando se chega a Windhoek, nem parece que se está na África”.
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1. Lula e a crise financeira
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Além de classificar o abalo provocado pela maior crise internacional desde 1929 como uma inofensiva “marolinha” para o Brasil, Lula errou no tom ao disparar contra os responsáveis pelo problema. Falando ao lado do então primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, em março de 2009, afirmou: “É uma crise causada por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes parecia que sabia tudo e que, agora, demonstra não saber de nada. Não conheço nenhum banqueiro negro ou índio”.




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