Batizados em plena campanha eleitoral e chamados oficialmente pela presidente eleita, Dilma Rousseff, na última semana, os coordenadores da transição, José Eduardo Dutra, presidente do PT, e os deputados Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo já são mundialmente conhecidos pelo apelido de "três porquinhos".
Publicada nesta terça-feira, uma reportagem do diário espanhol "El Mundo" destacou o "poder à sombra" de Dilma que os três escudeiros representam, supervisionando do "início ao fim cada jogada política" da presidente eleita.
De acordo com o diário, a alcunha de porquinhos surgiu "por um certo excesso de quilos que pode ser visto inevitavelmente em seus cintos apertados e por suas bochechas às vezes rosadas".
Cardozo assumiu de vez o apelido, atribuindo o nome dos companheiros e o seu próprio a cada um dos três personagens.
Para o deputado, "o Prático [que constrói a casa de tijolos] é o Palocci, o Heitor [que faz a casa de madeira] é o Dutra, e o Cícero [da casa de palha] sou eu".
Dutra também cedeu à brincadeira, mas com menos humor. Na semana passada afirmou em seu Twitter que estava fazendo caminhadas para perder alguns quilos e, consequentemente, o apelido.
"El Mundo" destaca que "não é por acaso que Palocci já estivesse [durante a gestão de Lula] --junto a José Dirceu e Luiz Gushiken-- e se mantenha agora no centro das decisões. Para a tranquilidade dos lulistas e inveja dos críticos o porco provisor será responsável por manter o Palácio do Planalto a salvo dos lobos", diz o jornal.
Dutra comentou a reportagem em seu Twitter, ironizando-a. "Almodóvar já me ligou. Quer filmar 'Los tres cerditos en la cacerola' ou '... en la olla'". Dutra afirma ainda que "estava demorando" para que falassem sobre o apelido e que o diário espanhol, "assim como os jornais brasileiros, não conhecem a Dilma".
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