"Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito."

quinta-feira, 31 de março de 2011

Coluna de Cláudio Humberto


O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), decidiu devolver à família do ex-presidente Juscelino Kubitschek o domínio www.JK.org.br, registrado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab quando ainda presidia o partido em São Paulo. No Registro.br, ele aparece como “responsável” pelo site, numa tentativa de se apossar da imagem positiva do falecido presidente da República.

Pá-de-cal

O senador Agripino Maia telefonou a familiares de JK colocando-se à disposição para acabar com a apropriação indevida.

Reação forte

Neta de JK, Ana Christina Kubitschek Pereira chegou a divulgar nota ameaçando levar Kassab à Justiça pelo uso indevido das iniciais JK.

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domingo, 27 de março de 2011

HISTÓRIA

Sarney diz que soube do fracasso do Cruzado ouvindo conversa num banheiro, revela biografia

O GLOBO - MARIA LIMA E DIANA FERNANDES

BRASÍLIA - Fortaleza que resiste nos centros de decisão do cenário político há 50 anos, como é apresentado na biografia autorizada lançada esta semana, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se revela um político e um ser humano atormentado pela depressão crônica, considera que foi um presidente da República fraco, que fez um governo marcado por erros e fracassos, e que, na maioria do tempo, não sabia o que estava se passando. A maior fonte de pesquisa da jornalista Regina Echeverria, autora de "Sarney, a biografia", é o diário em que ele faz suas catarses, com desabafos sobre seus medos, erros, fracassos e traições políticas.

Em depoimentos na primeira pessoa, ele relembra que entrou em pânico quando foi informado de que teria de assumir a Presidência no lugar de Tancredo Neves, em 1985. Sabia que não tinha legitimidade política e seria uma decepção para o povo que idolatrava o presidente de fato. Era, naquele momento, uma figura menor, que sequer tinha sido consultado sobre o Ministério que Tancredo anunciara na véspera de ser internado.

Nos anos que se seguiram, ainda permaneceu meio que alheio a muito do que se passava na cena política e econômica de Brasília. Cita erros e fracassos de seu governo, mas sempre culpa alguém ou diz que não sabia.

Conta que, pouco mais de três meses após o lançamento do Plano Cruzado - que o levou do céu ao inferno -, quando o governo enfrentava problemas de desabastecimento e greves, convocou reunião supersecreta da equipe econômica, comandada pelo ministro do Planejamento, João Sayad, na longínqua Carajás.

Queria, longe da imprensa, discutir saídas para o Cruzado. A reunião vazou, foi um desastre, e Sarney só ficou sabendo da gravidade da situação quando foi ao banheiro e ouviu uma conversa entre Sayad e o então presidente do IBGE, Edmar Bacha:

- O Plano foi para o espaço! - confessou Bacha.

Além do Plano Cruzado e do Cruzado I, Sarney lista vários "maiores erros" de seu governo: a escolha de Marco Maciel para chefiar a Casa Civil, o calote no pagamento da dívida junto ao FMI e até a briga pelo mandato de cinco anos.

Na revisão de sua história, reserva críticas aos presidentes que o sucederam e só alivia Itamar Franco. As maiores mágoas são de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. Nunca perdoou o tucano pela operação da PF que descobriu uma dinheirama na empresa Lunus, enterrando a campanha da filha Roseana à Presidência, em 2002.

Pesou a pena nos escritos sobre Lula também. Diz que em 1989, quando os 21 candidatos se voltaram contra seu governo, votou em branco no segundo turno entre Collor e Lula. Collor, porque "era um capitalista de Arapiraca". Lula, porque era "a velharia ideológica, um marxista caribenho sem ideias próprias e sem base filosófica".

Sobre a crise vivida pelo Senado em 2009, logo após ele assumir mais uma vez o comando da Casa, Sarney apresenta sua versão dos fatos - ou "pseudofatos", como diz no livro. Quanto às centenas de atos secretos do Senado, muitos editados com nomeações de parentes do próprio Sarney, ele diz: "Realmente fui alvo de uma grande injustiça, quando a imprensa quis associar-me aos tais atos secretos. Primeiro, foi a Fundação Getulio Vargas quem os descobriu e foi contratada por mim. Anulei todos eles, e o percentual dos meus mandatos foi de 1,81%".

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POLÍTICA

Dirceu diz que fim da reeleição prejudica o PT
Para ex-ministro, medida da reforma política busca evitar permanência do partido no Planalto
Roldão Arruda,  O Estado de S.Paulo
Em seminário realizado pelo PT, em São Paulo, para discutir reforma política, o ex-ministro José Dirceu conclamou militantes e líderes do partido para barrarem a proposta que põe fim ao estatuto da reeleição. Na sua opinião, o principal alvo da mudança, já aprovada na Comissão de Reforma Política do Senado, é o PT.
"Eles querem acabar com a reeleição porque esse é o momento do nosso ciclo histórico", disse no encontro de ontem à tarde, em São Paulo. "Vamos deixar de ser ingênuos. Nós é que temos iniciativa, hegemonia, ofensiva para poder nos reeleger."
Segundo Dirceu, aplaudido três vezes durante sua intervenção no debate, o PT também deve se mobilizar contra qualquer iniciativa destinada a por fim ao voto obrigatório - uma vez que a medida prejudicaria sobretudo o eleitorado mais próximo do petismo.
Para ele, o fim da reeleição não reduzirá os problemas de corrupção e de uso da máquina política nas eleições. "Alguém acha, em sã consciência, que vai acabar o uso da máquina a favor deste ou daquele porque vai acabar a reeleição? Se o Serra for candidato em 2014 e não o Alckmin, não vai se usar a máquina? Não tem nada a ver."

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sábado, 26 de março de 2011

Fantasmas poderosos

Nenhum ‘ex’ dorme em paz depois de ter entrado em contato com os prazeres do poder

Estadão - Por Marco Aurélio Nogueira

Fantasmas e pesadelos costumam atormentar todos os que tiveram poder um dia. O universo dos "ex" é heterogêneo, mas nenhum deles dorme inteiramente em paz depois de ter entrado em contato com os prazeres que integram o cotidiano de um poderoso. Mesmo suas agruras e aborrecimentos são de um tipo especial. Viciam, causam dependência.

A maldição não perdoa ninguém, ainda que nem todos reajam do mesmo modo. Há os que sofrem em público e os que se recolhem, os discretos e os escandalosos, os que retomam a vida de antes e seguem em frente e os que não se conformam e não sabem o que fazer. Quanto mais alto o grau de poder, maior o problema. Quem já foi presidente da República tem mais dificuldade para assimilar a perda súbita ou anunciada de poder do que um chefe de seção desalojado do cargo.

O filósofo inglês Thomas Hobbes escreveu no século 17 que a tendência geral dos humanos era "um perpétuo e irrequieto desejo de poder, que cessa apenas com a morte". Segundo ele, isso acontecia não porque os homens buscassem um prazer sempre mais intenso, mas porque intuíam que a conservação e a ampliação constante do poder eram essenciais para que mantivessem o que possuíam. Maquiavel, na Itália, se inquietava diante da dificuldade para "determinar com clareza que espécie de homem é mais nociva numa república, a dos que desejam adquirir o que não possuem ou a dos que só querem conservar as vantagens já alcançadas". Não economizaria palavras: "A sede de poder é tão forte quanto a sede de vingança, se não for mais forte ainda". Idêntica preocupação teria Max Weber, que dizia que quem mexe com o poder faz um "pacto com potências diabólicas" e vai descobrindo que o bem e o certo nem sempre têm significado unívoco. O poder tem razões que a razão desconhece.

Alguém que deixa o poder defronta-se antes de tudo com o fantasma daquilo que perde: os rituais, a vida distinta, os mimos e mesuras dos subordinados, o conforto do palácio. Precisa se acostumar com os ruídos alheios e esquecer o som da própria voz. Há quem diga que sente certo alívio ao voltar ao anonimato e se libertar da agenda carregada, das liturgias cansativas, do excesso de exposição. Mas a ausência disso pode se assemelhar a uma crise de abstinência, que termina por levar o ex-poderoso à busca inglória de um lugar ao sol semelhante ao que desfrutava nos dias de fausto.

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Sanatório Geral



Tá feia a coisa

“Porque não houve votação, a votação foi só agora. Por que você não fez essa pegunta antes? Porque só pode fazer agora”.

Lula, ao lhe perguntarem por que o governo não ousou contrariar o Irã nos últimos oito anos, fingindo ter esquecido que o Itamaraty se absteve em todas as deliberações destinadas a conter os aiatolás atômicos e convencendo os médicos do Sanatório de que, por não conseguir desencarnar da Presidência, o paciente piorou espetacularmente.

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Itamar quer serviço do Senado fazendo política


Por Cláudio Humberto


O senador Itamar Franco (PPS-MG) apresentou projeto de resolução, no Senado, para “ampliar a competência do Serviço de Assistência Social do Senado”. Entre as mudanças propostas está o atendimento a pessoas “não servidoras da Casa”, mas somente quando encaminhadas, é claro, por gabinetes dos senadores ou outros órgãos da Casa. Ou seja, fazer política (ou politicagem) com recursos públicos.

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Só o STF paga a conta?

Por Roberto Jefferson

O presidente do STF, ministro Cezar Peluso, defendeu ontem que projetos polêmicos como a Lei da Ficha Limpa sejam submetidos à Corte antes de serem enviados à sanção presidencial, como acontece em muitos países europeus. Peluzo tem razão. É muito cômodo para o Congresso aprovar leis que ferem princípios constitucionais, como o da anualidade, no caso da Ficha Limpa, ficando bem na foto junto à opinião pública e publicada, transferindo todo o ônus para os ministros do Supremo. Se houvesse consulta prévia, isso não teria acontecido. Não é justo.

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A resposta de Barbosa


Joaquim Barbosa evitou quanto pôde pronunciar-se sobre a inacreditável frase dita por Júlio Campos (DEM-MT) na Câmara quando discutia o foro privilegiado (“Depois, você cai nas mãos daquele moreno-escuro lá no Supremo, aí, já viu…”). Dias depois, reservadamente e muito menos irritado do que se poderia supor, permitiu-se um breve comentário: “A frase do deputado é reveladora de uma sociedade”.

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O gentleman Requião

Roberto Requião é um cavalheiro. O ex-governador paranaense tem divertido algumas rodinhas de senadores contando sua resposta a um telefonema de feliz aniversário que recebeu de Dilma Rousseff no início do mês. Na verdade, quem ligou para dar os parabéns a Requião em seu nome foi a ajudante de ordens Ester Homsani. Sabe qual foi a reação do senador conhecido por sua educação suíça? No dia seguinte, enviou e-mail a Dilma agradecendo a gentileza. Mas não perdeu a oportunidade de demonstrar seus modos refinados: mandou seu motorista assinar a correspondência.

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Sem saudades de Lula

Do Blog de Lauro Jardim

As pesquisas qualitativas que o governo tem em mãos indicam que nestes primeiros três meses não foi detectado o “efeito saudade” — ou seja, uma possível nostalgia da figura de Lula. Havia no círculo mais próximo de Dilma Rousseff um certo temor de que isso prejudicasse o início do seu governo.
A propósito, Dilma Rousseff e Lula têm se encontrado pessoalmente de quinze em quinze dias desde o início do atual governo. O próximo encontro será na terça-feira.

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sexta-feira, 25 de março de 2011

MA: após denúncia do JN, casas rachadas começam a ser demolidas

"Casas construídas para vítimas das enchentes de Trizidela do Vale estavam rachando, quatro meses depois de inauguradas. Outras que deveriam ser entregues aos moradores não foram sequer construídas."

No Maranhão, vai começar a reconstrução de uma obra pública malfeita. Na última quinta-feira (24), o Jornal Nacional mostrou que casas construídas para vítimas das enchentes de Trizidela do Vale, no Maranhão, estavam rachando, quatro meses depois de inauguradas.
Nesta sexta (25), começou o trabalho de demolição das que apresentavam maior risco e outras serão reformadas. A empreiteira se comprometeu a assumir o prejuízo. As famílias foram para abrigos ou para as casas de parentes.
Moradores dessa mesma cidade e de municípios vizinhos que enfrentaram a enchente de 2009 receberam promessas de se mudar para outras casas, mas o repórter Honório Jacometo mostra que nada foi construído.
A lavradora Nayara dos Santos se emociona ao ver a casa invadida pela água mais uma vez: “Fica esperando a água baixar é triste porque acaba com tudo. Quem já é pobre, tem que lutar para conseguir as coisas”, conta.
Em 2009, Nayara e outras 185 famílias foram cadastradas pela prefeitura de Trizidela do Vale para ganhar uma casa longe das áreas alagadas. Os governos Federal, Estadual e o município fecharam um convênio.
Na área que deveriam ter sido erguidas as casas para as vitimas das enchentes, um ano e dois meses depois da assinatura do convênio, nenhuma casa começou a ser construída.
Em Pedreiras, cidade vizinha, as 309 casas que seriam construídas também ficaram só na promessa.
“Está faltando a contrapartida do Governo do Estado para que nós possamos começar a contrapartida do município que é a infraestrutura do local”, declarou o secretário de Infraestrutura de Pedreiras, Elias Bento Silva.
Em nota, o Governo Federal afirmou que autorizou o repasse de R$ 25 milhões para o Governo do Maranhão reconstruir 1.889 casas nas cidades atingidas pela chuva. Chegou a liberar a primeira parcela, mas, depois de uma inspeção, constatou que nenhuma obra foi feita e suspendeu o convênio.
O Governo do Maranhão informou que o dinheiro liberado não foi suficiente para começar as construções e que o repasse só chegou depois de ter passado mais da metade do prazo para a conclusão das casas.
Quem depende de um acordo entre as autoridades para sair das áreas de risco reclama da longa espera: “É uma calamidade. A gente que é pobre, não tem outra opção. Só Deus”, disse um senhor.
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Liderança de insurgentes na Líbia condena postura do Brasil

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Brasil e os países emergentes que vêm se posicionando contrários à intervenção militar internacional na Líbia foram alvo de críticas de uma das lideranças dos insurgentes que desejam derrubar o ditador Muammar Kadafi do poder. Um dos dirigentes da Liga dos Direitos Humanos da Líbia, Alie Zeidan, afirmou nesta sexta-feira em Paris que "não aceita" que os países se oponham à reivindicação de ajuda feita pelo povo líbio, na expectativa de pôr fim à violência no país.
"Nós lembramos que essa intervenção vem de um apelo feito pelo povo líbio à comunidade internacional. Kadafi está matando civis, promovendo um genocídio contra o seu próprio povo. É por isso que não admito a postura que o Brasil teve", afirmou Zeidan, em resposta a uma pergunta feita pelo portal Terra durante uma coletiva de imprensa, na qual falou para jornalistas estrangeiros, na capital francesa. "Essa postura é inaceitável", disse, exaltado, o defensor dos direitos humanos na Líbia. Zeidan ocupa também o cargo de porta-voz na Europa do Conselho Nacional de Transição, governo provisório instalado pelos rebeldes de Benghazi, no leste da Líbia e onde a revolta popular ganhou força no país.
O Brasil, assim como a China, a Rússia, a Alemanha e a Índia, se absteve da votação da resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, que autorizou a intervenção militar internacional na Líbia para instaurar uma zona de exclusão aérea no país e impedir que Kadafi continue bombardeando a própria população. Poucas horas após a partida do presidente americano Barack Obama do Brasil, onde realizou visita oficial no final de semana passado, a presidente Dilma Rousseff pediu o cessar-fogo na Líbia e uma "solução pacífica" para o conflito.
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Lula transferiu US$ 3,6 bilhões para o Paraguai


A partir da posse da presidenta Dilma, o governo do Paraguai voltou a estimular ataques ao Brasil, utilizando velhos chavões e antigas mentiras. Mas continua sonegando dos paraguaios que durante o governo Lula foram drenados mais de US$ 3,6 bilhões brasileiros para aquele País, segundo fonte do governo federal. Isso representa dois terços do orçamento anual do Estado da Paraíba, por exemplo.
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Cunhado folgado
O Paraguai não entrou com um só centavo na construção de Itaipu e 98% da água utilizada na hidrelétrica é brasileira.

Mau pagador

Coube ao Paraguai só um micro-investimento de US$ 50 milhões, que têm sido pagos a conta-gotas há décadas, e com os lucros de Itaipu.

Chapeu alheio

O Brasil gasta atualmente US$ 400 milhões na linha de transmissão que levará energia decente para Assunção, capital paraguaia.

‘Revisão’ improvável

Lula propôs ao Congresso a revisão do Tratado de Itaipu, mas é improvável sua votação antes da visita de Dilma a Assunção, em maio.


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Mais um passo

Por Roberto Jefferson

Depois de oito anos de abstenções em nome do pragmatismo, o Brasil votou contra o Irã no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Em discussão estava a designação de um relator especial para investigar denúncias de violações de direitos humanos no país dos aiatolás. Habilmente, o Itamaraty justificou o voto afirmando que não votou contra o Irã, mas a favor dos direitos humanos e do sistema de fiscalização da ONU. Na prática, é mais um passo, muito bem-vindo, que o Brasil dá para corrigir omissões pretéritas. Dilma cumpriu o prometido.

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segunda-feira, 14 de março de 2011

Familiares de presidiários receberam mais de R$ 53 milhões neste ano

Por Giselle Mourão (Do Contas Abertas)

O Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo com mais de 490 mil presos. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o país só fica atrás dos Estados Unidos e China. Mas nem todas as famílias desses detentos recebem do governo o auxílio-reclusão. Somente os dependentes de segurados da Previdência Social têm esse direito. Constam no cadastro da Previdência mais de 29 mil famílias beneficiadas com o auxílio. Neste ano, o governo federal já desembolsou R$ 53,7 milhões.
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Em cinco anos, as despesas do auxílio já somam R$ 893,2 milhões (veja tabela). Se o ritmo dos gastos continuar desta forma (R$ 21,5 milhões por mês), neste ano o valor do auxílio reclusão será menor que no ano passado (R$ 299,2 milhões). Para o cientista político Antônio Flávio Testa, a diminuição do ritmo de desembolsos pode ser atribuída ao início do governo. “A burocracia, mesmo sendo um governo de continuidade, precisa se ajustar às novas diretrizes”, diz.

O benefício é concedido aos dependentes do segurado que for preso por qualquer motivo durante todo o período de reclusão. Entende-se por dependentes o cônjuge, companheiros, filhos e irmãos menores de 21 anos e pais. Em caso de fuga, liberdade condicional, extinção da pena ou em regime aberto, a família deixa de receber o benefício.

Para a família ter direito ao auxílio, o detento não pode receber salário da empresa na qual trabalhava antes da prisão. Além disso, receber auxílio-doença e aposentadoria também não são permitidos. Se o preso falecer, o auxílio reclusão será convertido em pensão por morte.

Após a liberação do auxílio, os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, atestado de que o trabalhador continua preso. Esse documento pode ser a certidão de prisão preventiva, a certidão da sentença condenatória ou o atestado de recolhimento do segurado à prisão.

O valor do auxílio-reclusão corresponde à média dos 80% melhores salários do segurado da Previdência a partir de 1994, desde que o último seja menor ou igual a R$ 862,11. Para o segurado especial (trabalhador rural), o valor do auxílio-reclusão será de um salário-mínimo, se o empregado não contribuiu facultativamente. O benefício pode ser solicitado nas Agências da Previdência Social mediante o cumprimento das exigências cumulativas e a apresentação dos documentos exigidos pelo Ministério da Previdência.

A assessoria de imprensa da Previdência Social informou que o auxílio reclusão não possui uma meta de atendimento. “Não existe uma meta do governo. Ninguém quer que aumente o número dos condenados nas prisões para que possam receber esse benefício.” Ainda segundo a pasta, o auxílio não beneficia o preso e sim as famílias. “Nós ajudamos os dependentes do preso que contribuiu para a Previdência, isso é um direito deles”, informa.

O cientista política Antônio Flávio Testa afirma que o auxílio-reclusão tem grande papel social. Para ele, muitas famílias dos condenados ficam numa situação difícil durante o tempo em que o chefe de família encontra-se preso. “Esse auxílio pode ajudar a família a se manter e essa renda vai para quem realmente precisa”. Testa ainda informa que é preciso haver fiscalização. “Um acompanhamento gerencial bem feito desse desembolso seria importante para evitar distorções e uso indevido”.

Para Testa, o preso deveria ser obrigado a trabalhar para custear as próprias despesas e ajudar a família. “Mas seria necessário haver algumas mudanças na lógica prisional brasileira e mudar a mentalidade gerencial sobre o cumprimento das penas”, analisa.

O especialista aponta ainda que o sistema penitenciário brasileiro é apenas punitivo, e muito caro. Para ele, o condenado deveria ser obrigado a aprender uma profissão útil para o mercado e trabalhar produtivamente durante o cumprimento da pena. “Se isso não ocorrer, as bolsas auxílio não ajudarão muito, e o custo social e financeiro para o governo e a sociedade, que é quem sustenta o sistema, somente vai aumentar, pois a reincidência no crime torna-se inevitável”, argumenta.

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Coluna de Cláudio Humberto

Gastos secretos de Lula com cartão em dezembro: R$ 884 mil

Em dezembro, último mês de governo Lula, a Presidência da República gastou R$ 884.887,29 com a utilização de cartões de crédito, valor bem maior que a média de R$ 512 mil mensais, durante o ano de 2010. Apesar de impressionantes, os gastos são “protegidos por sigilo” para “garantia da segurança da sociedade e do Estado”, explica o “Portal da Transparência”. Mas o sigilo protege apenas o próprio ex-presidente.

Você paga, eu escondo

Lula decidiu impor “sigilo” aos gastos do governo desde a denúncia de uso cartão de crédito até para comprar tapioca e pagar resorts de luxo.

Viagens e mordomias

Os cartões de crédito da Presidência da República são utilizados para despesas com deslocamentos e mordomias da família presidencial.

Dilma: sem despesas

Até agora, 45 dias após a posse, ainda não se conhecem as despesas da era Dilma Rousseff com a utilização de cartões corporativos.

Sigilo só para Lula

Lula protegeu seus gastos com sigilo, mas expõe as despesas feitas com cartão corporativo pela segurança do ex-presidente FHC.

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domingo, 13 de março de 2011

O modo petista de governar é um escândalo de dimensões bíblicas!


O petismo revê o milagre de Jesus e multiplica o… custo do peixe!

Reportagem de Leandro Colon e Tânia Monteiro, publicada no Estadão de hoje (íntegra aqui), demonstra que o governo federal gasta, por ano, R$ 100 milhões com aluguéis, em Brasília, para abrigar a estrutura dos novos ministérios inventados por Lula. O Apedeuta recebeu 26 pastas de FHC e entregou 37 à sua sucessora, Dilma Rousseff. Ela não demonstra a mínima disposição de reverter o inchaço e pretende criar mais duas: a da Micro e Pequena Empresa e a da Infraestrutura Aeronáutica.
O compromisso do petismo com a austeridade se revela em outros números: em oito anos, aumentou em 204 mil o número de empregados da União. FHC entregou a Lula uma folha de pagamentos de R$ 75 bilhões; em 2010, ela chegou a R$ 179,5 bilhões, um crescimento de 139,3%. A justificativa é mais do que conhecida: isso tudo aconteceu porque o governo teria passado a oferecer novos serviços. Será mesmo?
Vocês já devem ter ouvido falar, por exemplo, do Ministério da Pesca e Aqüicultura, aquela pasta que foi dada como compensação a Ideli Salvatti, ex-senadora e candidata derrotada do PT ao governo de Santa Catarina. O brinquedinho custa uma fábula. Seu ministério aluga um prédio de 14 andares, “chique no úrtimo”, com fachada espelhada, ao custo de R$ 7 milhões por ano, onde se aboletam 374 servidores. A ministra não fica ali, não. Ela e os 67 assessores que a ajudam a identificar a diferença entre uma tilápia e um pirarucu dão expediente na Esplanada.
A esta altura, o petralha já ficou indignado com a abordagem do Tio Rei: “Que absurdo! O Brasil precisa de um Ministério da Pesca, ora essa! Então este setor da economia não merece atenção?” Claro que sim! Em oito anos, os recursos destinados à pasta de Ideli saltaram de R$ 11 milhões para R$ 803 milhões, crescendo 70 vezes! E o que aconteceu com a produção de pescado no período? Era de 990 mil toneladas em 2002 e continuou em 990 mil toneladas em 2010! É o verdadeiro milagre da multiplicação do custo do peixe!
Outro exemplo de expansão do latifúndio improdutivo é o Ministério do Desenvolvimento Agrário, aquele que cuida de um problema que não existe, mas que faz barulho e custa caro: os sem-terra. A Pasta tem o Bloco A na Esplanada, com nove andares, mais o prédio do Incra. É pouco. Por R$ 128 mil mensais, alugou cinco andares de um edifício no Setor Bancário Norte. Precisa ter onde enfiar 144 servidores que não encontram lugar na sede oficial. São muitos os exemplos da gastança. A Advocacia Geral da União, que tem sede própria, também precisou de outro edifício: R$ 1,3 milhão por mês. O Ministério das Cidades aluga um prédio inteiro por R$ 7,7 milhões anuais. E assim vai.
O aluguel de edifícios e andares — R$ 100 milhões por ano! — é decidido pelos respectivos ministérios, sem licitação ou coisa parecida. O PT realmente sabe como acelerar o crescimento. Imaginem a festa que essa gente não representa para o setor imobiliário de Brasília! Deve ser a área da economia brasileira que mais se expandiu nos últimos oito anos! Eis aí evidenciado o compromisso do PT com a… austeridade!
O modo petista de governar é um escândalo de dimensões bíblicas!

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Sanatório Geral



“Minha relação com as Forças Armadas é também dessa época. Eu sempre tive uma relação institucional, fluente, uma relação de discussão e debate sobre temas das Forças Armadas”.

José Genoino, assessor especial do ministro da Defesa, Nelson Jobim, explicando que começou a se entender com as Forças Armadas quando foi preso como guerrilheiro e conversava com os oficiais carcereiros.

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POLÍTICA

Dilma, lidando com 'o pós-Lula'

Pedro S. Malan,  O Estado de S.Paulo
A expressão "pós-Lula", por estranho que pareça, causa desconforto e mesmo irritação a muitos adeptos do lulopetismo. A princípio, não deveria ser assim. Afinal, é um fato inegável que "o cara" não é mais de jure e de facto o presidente da República há exatos dois meses e treze dias.
Nesse sentido, a expressão "o pós-Lula" poderia, e deveria, ser entendida apenas como uma forma abreviada, e portanto melhor, de se referir ao "período que se segue ao término dos oito anos da administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva". Simples assim. Factual e incontroverso, não?
Não, dizem lulopetistas que respeito. E é importante, a meu ver, tentar entender suas razões.
Primeiro, porque veem no uso da expressão "pós-Lula" disfarçada ironia e inconfessáveis propósitos políticos, todos expressando veladas expectativas e obscuros desejos de que o ex-presidente pudesse "sair de cena", privando a sociedade brasileira de sua marcante presença, de seus conselhos, opiniões e lições de vida.
Vale lembrar que foi isso o que fez em 2003 o então - como ainda hoje - estrategista-mor do petismo (J. Dirceu), reagindo a um comentário público do então ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: "Ele deveria estar calado em casa, de pijama e chinelos cuidando dos netos".
Que eu tenha tomado conhecimento, ninguém sugeriu o mesmo a Lula. Que, por sinal, disse mais de uma vez que iria mostrar a todos "como deve se comportar um ex-presidente quando desencarna". Deixo ao eventual leitor imaginar a qual (ou a quais) ex-presidente(s) se referia Lula.
Há uma segunda razão para o desconforto e a irritação com a expressão "pós-Lula", por vezes interpretada como uma tentativa de excluir do rol das possibilidades futuras "o retorno" de Lula à Presidência da República em 2014 ou 2018 - o que exigiria sua constante presença e visibilidade nos meios de comunicação.
Essa possibilidade de retorno certamente existe tanto para o principal estrategista do lulismo (o próprio Lula) quanto para o estrategista-mor do petismo.
Tanto é assim que um dos mais fiéis escudeiros do ex-presidente, hoje ministro importante do governo Dilma Rousseff, já disse em entrevista que se a presidente Dilma fizer um bom governo será candidata à reeleição.
Se não, o lulopetismo deverá ter Lula de volta em 2014 (ou 2018). Como falar em pós-Lula nesse contexto?

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