"Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito."

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

PMDB mantém Sarney e Renan nos cargos

Veja.com - Luciana Marques, de Brasília

Enfim, a bancada do PMDB lançou oficialmente e por unanimidade a candidatura de José Sarney (AP) à Presidência do Senado. O nome deve ser confirmado em votação na Casa, nesta terça-feira. Certo de que terá maioria entre os senadores, Sarney não demonstrou preocupação com a candidatura de Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) ao cargo. “Esse é um direito que os partidos têm aqui na Casa. Todos têm esse direito”, afirmou.

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), disse que a legenda não aceitará o sistema de rodízio com o PT na Presidência do Senado, compromisso firmado pelos partidos na Câmara dos Deputados. Segundo ele, Sarney ficará no cargo durante todo o biênio. “O regimento aponta nessa direção”, justificou.

Calheiros, que continuará na liderança do partido na próxima Legislatura, prometeu trabalhar pelas reformas política e tributária e pela desoneração da folha de pagamentos. “Não pensamos em colaborar com nada que freie a economia do Brasil”, declarou.

Segundo Renan, a definição sobre a Presidência das comissões só deve ocorrer em 15 dias. Por ter a maior bancada, o PMDB deve garantir a indicação do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais cobiçada entre os parlamentares.


Representante do PSOL desafiará Sarney no Senado

Veja.com - Gabriel Castro, de Brasília
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O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) será candidato à presidência do Senado. O parlamentar, que assume o mandato pela primeira vez, deve ser o único desafiante de José Sarney (PMDB-AP) na disputa pelo comando da Casa.

O estreante conta, além do próprio voto, com o apoio da colega de partido Marinor Brito, eleita pelo Pará graças à Lei da Ficha Limpa, que derrubou Jader Barbalho (PMDB) e Paulo Rocha (PT).

É provável que os dois votos do PSOL sejam os únicos de Randolfe, que tem 38 anos e já foi deputado estadual por duas vezes.

Na Câmara, o partido ainda não decidiu se lança candidatura para disputar com Marco Maia (PT-RS) e Sandro Mabel (PR-GO). A decisão deve sair ainda nesta segunda-feira.


domingo, 30 de janeiro de 2011

Coluna de Cláudio Humberto

Lei impede Lula de ter carteira assinada no PT

A anunciada contratação de Lula para presidente de honra do PT por R$13 mil, com carteira assinada, esbarra no artigo 42 da lei federal 8213/91: aposentado por invalidez que voltar voluntariamente ao trabalho perderá o benefício. Lula ganha R$ 5 mil do INSS por ter perdido o dedo mínimo em suposto acidente de trabalho, aos 39 anos. À letra da lei, deveria ter renunciado à grana ao ser eleito presidente.

Diferente igual

O INSS pune a ilegalidade cobrando com juros e multa o aposentado por invalidez que volta ao trabalho remunerado. Os “normais”, claro.

Vereador Lula

Fosse servidor público à época, Lula manteria os dois benefícios se eleito vereador e pudesse cumprir ambos os expedientes.

Doação improvável

Amigos de Lula tentam convencê-lo a doar os R$ 13 mil que receber do PT todos os meses. O destino seriam os Alcoólatras Anônimos. Sério.

Esfinge

Taí uma missão para o “cara”: mediar a revolta da oposição no mundo árabe, onde fez amigos e negócios com os ditadores ameaçados.

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'Preciso desencarnar da Presidência', diz Lula

Na primeira viagem com evento público após deixar o cargo, ex-presidente evita fazer manifestações políticas e afirma que silêncio é 'melhor para todos'.

O Estado de S.Paulo - Por Eduardo Kattah

Empenhado em não fazer declarações de conteúdo político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado que precisa "desencarnar da Presidência" e "reencarnar como cidadão brasileiro".

Depois de receber o título de doutor honoris causa na Universidade Federal de Viçosa (UFV), na noite de sexta-feira, o ex-presidente foi agraciado neste sábado com uma comenda oferecida pela prefeitura de Ubá, em Minas.

Durante uma rápida cerimônia no aeroporto da cidade, Lula evitou responder às abordagens de jornalistas e reiterou que pretende se manter em "férias" até o fim do carnaval.

"É a minha primeira atividade depois que eu deixei a Presidência. Eu, na verdade, não quero ter atividade até março, vou esperar o carnaval. A companheira Dilma (Rousseff) está montando seu time e eu preciso desencarnar da Presidência. Então, quanto mais quieto eu ficar, quanto menos falar, melhor será para todos nós", disse o ex-presidente.

Questionado pelo Estado, ele não quis fazer nenhum prognóstico em relação ao caso do ex-ativista italiano Cesare Battisti. No seu último dia de mandato, o ex-presidente negou a extradição pedida pela Itália. A defesa de Battisti, condenado por assassinatos em seu país, já pediu sua libertação, o que deverá ser decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em fevereiro. Lula também evitou falar sobre o governo de sua sucessora.

Críticas. Menos comedido que o ex-presidente, a quem acompanhou na visita a Minas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, reagiu às recentes críticas do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), que usou o Twitter para criticar o "vexame" do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os problemas verificados no portal do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

Haddad não escondeu a irritação com o ataque feito na rede de microblogs pelo ex-candidato do PSDB à Presidência. "Serra tem de responder pela administração dele", rebateu o ministro da Educação. "Acho pequeno a pessoa que pretendeu governar o País se aliar ao que tem de menor para fazer uma crítica desse tipo. Está havendo enchente em São Paulo, as pessoas estão morrendo na zona leste (da capital) há anos. Acho que é muito mais grave isso."


Na estreia, Dilma é 'negativo' de Lula

Presidente segue no primeiro mês roteiro do publicitário João Santana e impõe estilo oposto ao do antecessor.

Mudança é calculada para construir imagem própria, diz ministro; presidente limita falas e aparições públicas

Folha de S. Paulo - Por Bernardo Mello Franco
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Ele escalou palanques, visitou quatro países e levou seus ministros em caravana para ver a miséria de perto. Ela limitou as aparições públicas, se trancou no gabinete em Brasília e mandou os auxiliares fazerem o mesmo.

No primeiro mês de governo, Dilma Rousseff seguiu roteiro bem diferente do que marcou a estreia de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.

Boa parte das mudanças é orientada pelo publicitário João Santana, que fez a campanha da presidente e continua a atuar nos bastidores para ajudá-la a construir "imagem própria" no poder.

Lula começou produzindo grande fatos em série. Com dez dias no cargo, encheu um avião com 30 ministros e secretários e visitou favelas em três Estados, numa espécie de tour da pobreza.

Buscou holofotes em dois fóruns mundiais: o Social de Porto Alegre, onde discursou para 70 mil militantes de esquerda, e o Econômico de Davos, seu batismo perante a banca internacional.

Encerrou o mês com sete discursos, quatro países visitados e um anúncio de impacto: o lançamento do Fome Zero, no dia 30.

Numa espécie de negativo do antecessor, Dilma priorizou reuniões fechadas, evitou viagens e impôs um estilo mais discreto e tecnocrático.

Até hoje, só fez dois discursos, e sobre assuntos externos ao governo: uma homenagem a José Alencar e outra às vítimas do Holocausto.

Cortou viagens de campo, à exceção da visita a áreas atingidas por enchentes no Rio, e ordenou que os auxiliares fiquem mais em Brasília. Vai ao exterior pela primeira vez amanhã, dia 31, quando pousa na Argentina.

Um ministro que participou dos dois governos, e que pediu para não ser identificado, conta que a diferença de estilos não acontece por acaso. Segundo este auxiliar, Dilma investe numa imagem própria, para evitar comparações com Lula.

Citando frase de João Santana, o ministro diz que a ideia é fazer com que Dilma "ocupe o espaço imaginário de uma rainha".


sábado, 29 de janeiro de 2011

Exxon contabiliza como perda 2 poços do pré-sal. Não tinha petróleo lá…

Por Nicola Pamplona, no Estadão:

A gigante americana Exxon contabilizou como perdas, em seu balanço do quarto trimestre de 2010, dois poços perfurados no pré-sal da Bacia de Santos, alegando que não contêm reservas comerciais de óleo ou gás natural. Depois de três poços perfurados na região, a empresa e seus sócios parecem ter desistido de tentar encontrar óleo, em um caso que pode se configurar o primeiro grande fracasso na exploração do pré-sal brasileiro.

A Exxon é operadora do bloco BM-S-22, onde tem parceria com a também americana Hess e com a Petrobrás. A concessão, ao sul das descobertas Carioca e Guará, da estatal, era apontada como uma grande aposta no pré-sal, por estar perto de uma gigantesca estrutura geológica conhecida como Pão de Açúcar. O último poço da Exxon, Sabiá-1, por sinal, foi perfurado na porção da sul do bloco, com o objetivo de atingir essa jazida.

“Foram encontradas quantidades não comerciais de hidrocarbonetos no poço Sabiá-1″, confirmou a Exxon, em comunicado oficial. Os dois poços anteriores também foram reconhecidos em balanço como despesa, uma vez que não atingiram jazidas comerciais de petróleo. A companhia não informou se devolverá a concessão, limitando-se a dizer que vai atuar com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e com os sócios para “definir os próximos passos do nosso plano de avaliação do bloco”.

O plano de avaliação do bloco previa a perfuração inicial de até quatro poços - um firme e três contingentes, a serem definidos após o andamento dos trabalhos. Fontes próximas a operações no pré-sal, porém, não acreditam que o consórcio vai investir no quarto poço. “As empresas já gastaram uns US$ 400 milhões e não obtiveram resultado. É difícil que continuem insistindo”, diz um executivo do setor. O período exploratório do BM-S-22 termina em 2014.

De fato, segundo informações divulgadas pela Hess, apenas os dois últimos poços custaram cerca de US$ 250 milhões - a empresa contabilizou perdas de US$ 111 milhões, equivalente à sua participação de 40% no projeto.

A expectativa é que as companhias mantenham a concessão por mais um período, à espera de novas informações coletadas pela Petrobrás em seu intenso trabalho de exploração na Bacia de Santos, comenta uma fonte, e decidam pela devolução ou não do bloco mais perto do fim do prazo exploratório.

De acordo com uma fonte, a última esperança do consórcio era encontrar um pedaço da estrutura de Pão de Açúcar, que fica ao sul do BM-S-22, em área ainda não concedida do pré-sal. A região deve ser o próximo alvo da ANP no esforço de encontrar jazidas para os leilões dos contratos de partilha da produção - trabalho que já rendeu as descobertas de Franco, vendida à Petrobrás, e Libra, que vai a leilão.

O BM-S-22 é o único bloco de águas ultraprofundas na Bacia Santos operado por uma empresa privada. O restante é operado pela Petrobrás, mas tem participação de companhias estrangeiras. A estatal já anunciou reservas estimadas em cerca de 14 bilhões de barris de petróleo na região, em descobertas como Lula (antigamente chamado de Tupi), Iara e Guará.

A Exxon, porém, não é a única a obter maus resultados em busca de petróleo do pré-sal. A britânica BG também fracassou no poço Corcovado 2, perfurado no bloco BM-S-52, a oeste das grandes descobertas da Petrobrás. A estatal, porém, continua mantendo grande índice de sucesso na região - na terça-feira, anunciou mais uma descoberta, chamada Carioca Nordeste.

Governo Lula bateu recorde de gastos

Despesas do Tesouro, INSS e Banco Central, que em 2003 representavam 15.14% do PIB, atingiram 19,14% oito anos depois

O Estado de S.Paulo - Por Adriana Fernandes e Célia Froufe

O governo Lula prometeu conter o avanço dos gastos como instrumento auxiliar de combate à inflação, mas terminou seu último ano com despesas em nível recorde: 19,14% do Produto Interno Bruto (PIB).

Em oito anos, os gastos do chamado Governo Central, que reúne as contas do Tesouro Nacional, INSS e Banco Central, engordaram 4 pontos porcentuais do PIB.

Boa parte dessa gordura ocorreu nos dois últimos anos, quando a equipe econômica resolveu expandir as despesas para estimular a economia e também acelerar os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal vitrine de Lula nas eleições de 2010.

O ano eleitoral foi decisivo para a expansão dos gastos no ano passado, mas os dados das despesas desde 2003 mostram um peso cada vez maior nas contas do governo. No primeiro ano do governo Lula, as despesas representavam 15,14% do PIB, nível semelhante aos dos quatro anos do segundo mandato do governo Fernando Henrique Cardoso. De 2009 para 2010, subiram R$ 128 bilhões e atingiram R$ 700,12 bilhões, com alta de 22,4%.

Com o uso de várias manobras contábeis, que abalaram a credibilidade da política fiscal brasileira, as receitas subiram 24,4%. Não foram suficientes, no entanto, para garantir o cumprimento da chamada meta cheia de 3,1% do PIB de superávit primário das contas do setor público, que inclui também o resultado dos Estados e municípios.

Como antecipou o Estado, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu ontem que será necessário abater despesas do PAC para cumprir a meta.

Confronto pelo salário mínimo

O Globo

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse nesta sexta-feira ter estranhado a declaração da presidente Dilma Rousseff, de que o governo não vai oferecer nada além dos R$ 545 como reajuste para o salário mínimo, enquanto as centrais sindicais reivindicam R$ 580.

De acordo com Paulinho, que é deputado pelo PDT de São Paulo, se as negociações em curso não tiverem como conclusão um acordo com os trabalhadores, o "único caminho" será o confronto no Congresso Nacional.

- Não estou entendo muito essa conversa do governo, principalmente da presidente Dilma. Se as negociações não continuarem e não houver acordo o único caminho será o confronto no Congresso - disse o deputado.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O Brasil de cartório sucumbiu ao temporal

do Blog do Augusto Nunes


A leitura da certidão de nascimento do Brasil Maravilha, registrada em cartório no dia 15 de dezembro, informa que a tragédia na Região Serrana do Rio só assumiu dimensões apocalípticas porque os brasileiros teimam em morar no país real presidido por Dilma Rousseff. Se vivessem no colosso que Lula inventou, estariam todos na praia ou numa quadra de escola de samba. As tempestades de janeiro não teriam feito mais estragos que uma velha garoa paulistana, as águas dos rios não se atreveriam a abandonar o leito, o mais frágil dos barracos seguiria ancorado na encosta do morro, os mortos seriam contados nos dedos das mãos e os flagelados caberiam numa creche do PAC.
É o que garante a página 278 do segundo dos seis volumes que agrupam os prodígios e milagres colecionados pelo maior dos governantes desde Tomé de Souza. Depois de localizar o trecho que descreve o que Lula fez para mostrar que sabe até domar a natureza, o repórter Bruno Abbud constatou que Dilma anda prometendo coisas que já existem. Há 10 dias, por exemplo, prometeu montar em quatro anos o Sistema Nacional de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais. Não precisa. No país do cartório, o Sistema Nacional de Defesa Civil esbanja eficiência desde 17 de fevereiro de 2005.

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Sarney aceita indicação do PMDB para disputar reeleição no Senado

Senador, que cumpre atualmente quinto mandato, afirmou que decisão veio do partido

iG São Paulo

O senador e presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) disse nesta quinta-feira (27) que aceitou a indicação do seu partido para ser candidato a presidente da Casa no biênio 2011/2012. A informação, confirmada pela Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado, já havia vindo à tona quando Edison Lobão (PMDB-MA) afirmou, em dezembro de 2010, quando ainda era senador, que o partido teria definido Sarney como o nome para a disputa. Lobão é um dos principais aliados políticos de Sarney.

De acordo com Sarney, a decisão de tentar a reeleição não veio dele, mas do partido, e ele nunca apresentou candidatura ao cargo. Sarney cumpre atualmente seu quinto mandato de senador. Ele já ocupou a Presidência do Senado em três diferentes períodos: de 1995 a 1997, de 2003 a 2005 e de 2009 até a presente data.

O PMDB protagoniza, desde primeira semana de governo de Dilma Rousseff, uma briga por cargos de segundo escalão. A insatisfação do partido diz respeito, sobretudo, a atuação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A pedido do vice-presidente da República Michel Temer, a montagem do segundo escalão foi suspensa.

Na oportunidade, a cúpula do PMDB chegou a se reunir na casa de Temer para montar uma estratégia. No encontro, que também tinha a presença de Renan Calheiros (Senado) e Henrique Eduardo Alves (Câmara) e o presidente do partido, Valdir Raupp (PMDB-RR), Sarney teve a ideia de usar a votação do salário mínimo como forma de pressionar o governo na montagem do segundo escalão.

*Com informações da Agência Senado


Salário de Lula como dirigente do PT pode chegar a R$ 21 mil

Partido estuda reajuste de 61,83% aos executivos da legenda, mesmo índice aprovado para deputados e senadores


Por Vera Rosa - O Estado de S.Paulo

O salário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como dirigente do PT poderá chegar a R$ 21 mil, caso o partido conceda aos seus executivos o mesmo aumento de 61,83% aprovado pelo Congresso para deputados e senadores. Há forte pressão na seara petista por um reajuste na remuneração dos integrantes da Executiva Nacional, mas o valor ainda não foi definido.
Ayrton Vignola/AE
Ayrton Vignola/AE
Lula pode chegar a ganhar R$ 21 mil no PT
Depois de deixar o Palácio do Planalto, Lula retornou à condição de presidente de honra do PT e já ganhou, neste mês, salário de R$ 13 mil, pago pelo partido, conforme informou ontem o jornal Folha de S. Paulo. Até o fim de 2002, ele também recebia remuneração do PT como dirigente da sigla.
O reajuste dos integrantes da Executiva petista segue, tradicionalmente, o mesmo porcentual pago aos parlamentares. É por esse motivo que secretários do PT pregam aumento de 61,83% para seus próprios vencimentos, sob a alegação de que os salários estão defasados.
"Esse assunto não está na ordem do dia no PT", afirmou o presidente do partido, José Eduardo Dutra, que ganha R$ 13 mil por mês. No momento em que o governo briga para segurar o aumento do salário mínimo em R$ 545, a possibilidade de reajuste para a cúpula do PT é um assunto que provoca polêmica pelo alto teor de desgaste.
Endividamento. O tesoureiro do PT, João Vaccari Netto, diz achar "muito difícil" a concessão do reajuste agora, já que a legenda herdou uma dívida de cerca de R$ 27,7 milhões da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República.
Em tempos de austeridade fiscal, até mesmo a festa para comemorar os 31 anos do partido, no próximo dia 10 - quando Lula será homenageado e voltará a receber oficialmente o título de presidente de honra do partido -, será mais modesta.
Mesmo assim, a pressão pela elevação dos salários na direção petista continua. Em conversas reservadas, há quem defenda a equiparação pura e simples com os vencimentos dos deputados, senadores, presidente, vice e ministros, o que faria as remunerações saltarem para R$ 26.723,13.
Para ser aprovado, o aumento ainda terá de passar pelo crivo do diretório nacional petista. Atualmente, o ex-presidente Lula recebe, além dos vencimentos como dirigente do PT, duas aposentadorias: uma como anistiado político e outra por ter perdido um dedo em serviço, quando era torneiro mecânico. As duas aposentadorias somam R$ 9 mil por mês.

Alckmin ajuda, e serristas rechaçam moção pró-Guerra

Um dia depois de tucanos terem defendido em documento a reeleição do atual presidente do PSDB, governador diz que apoiará José Serra

O Estado de S.Paulo
Matéria de Julia Duailibi, Christiane Samarco, Gustavo Uribe e Eduardo Kattah

Aliados do ex-governador José Serra entraram em campo nesta quinta-feira, 27, para tentar neutralizar a moção provada por parlamentares tucanos que defendia a reeleição de Sérgio Guerra à presidência do PSDB. Numa ação articulada com serristas, o governador Geraldo Alckmin veio a público negar que apoiasse a manobra.

Logo pela manhã, Alckmin afirmou que apoiará Serra caso ele decida se candidatar à presidência do partido. "Nem sei se o Serra quer ser o presidente do partido, mas, se ele quiser, terá o meu integral apoio", afirmou. Segundo aliados, Serra gostaria de presidir o PSDB. O candidato derrotado ao Planalto, no entanto, não manifestou internamente o desejo de ocupar o cargo.

O documento defendendo a recondução de Guerra, assinado por 54 parlamentares tucanos na quarta-feira, foi visto por serristas como uma articulação dos aliados do ex-governador Aécio Neves. Militantes ligados a ele recolheram as assinaturas. Alckmin também foi acusado de ter apoiado a articulação.

Aécio, que pretende disputar a Presidência em 2014, é entusiasta da manutenção de Guerra na presidência, como forma de evitar que Serra ocupe o cargo, no qual poderia articular a sua própria candidatura para 2014.

"Sérgio Guerra tentou criar um fato consumado e se desqualificou como presidente do partido. O papel dele é buscar a unidade para a luta externa. E não usar uma reunião de bancada para divisão interna", afirmou o deputado Jutahy Júnior (BA), aliado de Serra. "O documento é inócuo. Quem vai decidir o novo presidente serão os convencionais."

"A lista foi uma forma infeliz de buscar a presidência do partido. Mas a convenção de maio é que decidirá sobre a presidência", disse o ex-governador Aberto Goldman. "Além da lista não ter sido debatida internamente, acredito no bom entendimento entre Serra e Alckmin", afirmou o deputado Vaz de Lima, o único paulista que não assinou a lista.

Alckmin e Serra conversaram anteontem. Cogitou-se a divulgação de uma nota negando envolvimento do governador no apoio a Guerra, redigida pelo jornalista Márcio Aith, que atuou na comunicação da campanha de Serra e hoje trabalha com Alckmin no Bandeirantes.

Guerra avisou Alckmin da iniciativa antes da reunião da bancada, mas o governador não deu nenhuma orientação para os deputados paulistas, apesar de ter dito ao senador que achava muito cedo tratar daquele assunto.

"Não houve uma operação contra nem a favor de ninguém, muito menos contra Serra. Todos reconhecemos seu tamanho e sua importância política, sobretudo eu, que dediquei minha energia e até minha saúde na coordenação da campanha presidencial", disse Guerra.

Divisão

Apesar das declarações do governador, aliados de Alckmin estão divididos sobre o futuro da presidência do PSDB.Uma ala avalia que o melhor é defender a eleição de Serra para o cargo e intensificar laços políticos com ele. Assim o projeto eleitoral de Alckmin e Serra sairia fortalecido, numa dobradinha Presidência/governo paulista, que poderia ser encabeçada por qualquer um dos dois em 2014.

Para outro grupo, Serra na presidência do PSDB ficaria muito fortalecido, fazendo um contraponto ao poder de Alckmin em São Paulo. Citam que o governador defende para a presidência estadual do PSDB o Pedro Tobias. Mas que aliados de Serra querem Aloysio Nunes Ferreira.

"Será precipitado qualquer movimento para desautorizar a bancada. Sou Serra, mas quero Guerra na presidência", disse o deputado Eduardo Gomes (TO). Os mineiros tentaram desvincular a articulação de Aécio. "Não há razão para que um prejudique o outro no momento em que nos é exigido uma união familiar", amenizou o novo líder da minoria na Câmara, Paulo Abi-Ackel, aliado de Aécio. "Os mineiros respeitam Serra e reconhecem a importância do seu papel como representante dO PSDB", reforçou.


Parceria perigosa

Coluna do
Augusto Nunes

“Os dois não tinham diploma universitário e mostraram um compromisso com a educação, como diz o nosso querido presidente Lula, nunca antes visto na história deste país”.

Dilma Rousseff, nesta terça-feira, durante a homenagem ao ex-vice-presidente José Alencar em São Paulo, insinuando que a autoria das façanhas ocorridas na área da educação, como a desmoralização do Enem em menos de seis meses, deve ser dividida entre o chefe e o vice.


Charge

Governo já deu pensão a sete trinetos de Tiradentes

A pretexto de render homenagens à memória de Tiradentes, o governo brasileiro levou à força o pescoço da Viúva.
A ditadura militar criou, em 1969 a ‘Bolsa Tiradentes’.
Destinava-se a brindar com aposentadorias vitalícias os "últimos três trinetos" do mártir da Independência.
Responsável pela restituição da memória da prebenda, o repórter Bernardo Mello Franco conta, na Folha:
Súbito, outros beneficiários foram brotando do nada.
Nas pegadas dos "últimos três" surgiram mais quatro descendentes de Tiradentes.
Comprovaram o parentesco e tornaram-se beneficiários da pensão –dois sob Sarney; uma sob FHC.
Decorridos 42 anos desde a instituição do mimo, uma ancestral do alferes continua apalpando a aposentadoria até hoje: a tetraneta Lúcia de Oliveira Menezes.
A despeito do baixo valor – dois salários mínimos —, o benefício desperta cobiça inaudita. Lúcia tem duas irmãs. Ambas cogitam requerer a pensão. 
Não são as únicas. Descobriu-se que a árvore genealógica de Tiradentes é inacreditavelmente frondosa.
Lúcia avisa que tem algo como 200 parentes da mesma geração."Tenho primo para tudo quanto é canto”, diz ela. “Eu acho que eles têm direito também".
Lucia receia que, além da parentela genuína, aproveitadores tentem tirar proveito da valiosa memória do mártir:
"Tem gente que gosta de se aproveitar, né? Mas eu acho difícil. A Justiça é lenta, mas não é injusta".
Vem de longe, como se vê, a cultura do privilégio que converteu o Brasil em empreendimento unifamiliar. Os ex-governadores "vitalícios" apenas aperfeiçoaram a técnica.
Quanto ao barulhinho que você ouve ao fundo, não se preocupe. É apenas o ruído dos pedaços de Tiradentes revirando na cova.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os mistérios de Serra

Por Lauro JardimPerguntado sobre as chances de José Serra disputar a prefeitura de São Paulo e insistir em candidatar-se novamente à Presidência em 2014, um interlocutor recente do tucano anotou: ele sabe muito bem o que quer, mas não dá ainda sinais das atitudes que tomará para chegar lá.

Alckmin diz que apoia Serra se ele quiser presidir PSDB


Agência Estado - Por Gustavo Uribe / SÃO PAULO

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira, 27, que apoiará integralmente o ex-governador José Serra (PSDB), caso ele seja candidato a presidente nacional do partido, em maio, quando termina o mandato do atual presidente, senador e deputado eleito Sérgio Guerra (PE). Após evento na Secretaria da Educação do Estado, na capital paulista, Alckmin disse que recebeu na quarta-feira, 26, telefonema de Guerra e manifestou o apoio a Serra.

"Nem sei se o Serra quer ser o presidente do partido, mas, se ele quiser, terá o meu integral apoio", afirmou o governador de São Paulo, de acordo com o qual o atual presidente nacional do PSDB teria declarado na ligação o intento de ser candidato à reeleição. "Ele (Guerra) ligou para conversar sobre o programa nacional de TV do PSDB e, depois, comentou que, talvez, haveria uma indicação para que ele continuasse como presidente do partido."

Alckmin afirmou que respondeu a Guerra que ele é um "ótimo quadro" e uma "ótima liderança". "Mas eu disse a ele que achava que esse assunto só deveria ser discutido em maio", declarou. Apesar de ter manifestado a adesão a Serra, o governador avaliou a questão como "extemporânea" e que deve ser debatida a fundo apenas em maio. "Nós entendemos que esta é uma questão extemporânea. Nós nem ainda elegemos os diretórios municipais, o que só acontecerá em março."

Na quarta-feira, a bancada da legenda na Câmara dos Deputados aprovou uma moção subscrita por 54 parlamentares e suplentes pela recondução do senador do PSDB de Pernambuco à presidência nacional da sigla. Serra pleiteia nos bastidores o cargo, como uma forma de manter a visibilidade política. O próximo líder da agremiação na Câmara será o deputado eleito Duarte Nogueira (SP), aliado de Alckmin.

As declarações do governador foram feitas após cerimônia de assinatura de aditamento de convênios firmados em 2010 com 301 instituições assistenciais responsáveis por educar crianças e adolescentes com deficiências graves. A iniciativa destina às entidades investimentos da ordem de R$ 92,3 milhões, que beneficiarão cerca de 33 mil alunos.


Aliado de Serra acusa presidente do PSDB de 'atitude indigna'

FOLHA.COM - Por Catia Seabra - Brasília
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Um dos principais interlocutores do ex-governador tucano José Serra, o deputado Jutahy Magalhães Jr (PSDB-BA) acusou nesta quinta-feira (27) o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, de "atitude indigna".
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Segundo Jutahy, Guerra criou uma ideia de fato consumado para que os deputados do partido aderissem a um abaixo-assinado em favor de sua recondução à presidência do partido. A reunião aconteceu na manhã de ontem.
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"A atitude do presidente Sérgio Guerra foi indigna e o desqualifica como presidente do partido. Ele fez um pronunciamento, numa reunião convocada exclusivamente para eleger o líder, passando a ideia de que havia um acordo desrespeitoso da cúpula", criticou. "Vamos reagir", disse.
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Derrotado na corrida presidencial, Serra manifesta interesse pela direção da sigla para se manter em evidência.
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Segundo tucanos, a articulação teve aval do ex-governador Aécio Neves (MG) e o governador Geraldo Alckmin (SP) foi consultado por telefone --inclusive durante a reunião-- sobre o abaixo-assinado, que, na prática, impõe barreiras a uma candidatura de Serra à presidência do partido.
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Mas, de acordo com Jutahy, Alckmin foi informado que o movimento contava com a anuência de todos os governadores.
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Ausente à reunião por motivos pessoais, Jutahy disse ter consultado Guerra sobre a hipótese de não comparecer. Em resposta, o presidente do PSDB teria descartado a necessidade de sua presença.
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"O papel do presidente é lutar pela unidade e pelo fortalecimento do partido e não tentar criar um fato consumado baseado na traição a princípios elementares", disse Jutahy.
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O deputado Vaz de Lima (SP) --que se recusou a assinar o documento-- disse ter se queixado ao líder recém-eleito, Duarte Nogueira (SP). "Isso não foi debatido. Não vou assinar nenhum documento sem discussão."
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Um dos operadores do movimento, o deputado Bruno Araújo (PE) disse que a intenção foi criar uma estabilidade interna no partido.


Aécio e Alckmin isolam Serra em eleição no PSDB

Folha.com - SÃO PAULO

Aliados do senador eleito Aécio Neves (MG) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, endossaram uma operação que fecha as portas do comando do PSDB para o ex-governador José Serra, informa reportagem de Catia Seabra e Maria Clara Cabral publicada na Folha desta quinta-feira.
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Derrotado na corrida presidencial, Serra manifesta interesse pela direção da sigla para se manter em evidência.

Numa articulação desenhada anteontem, alckmistas e aecistas lideraram abaixo-assinado pela recondução do senador Sérgio Guerra à presidência do partido.

Consultado sobre a redação do abaixo-assinado, Aécio disse que o apoiaria desde que tivesse aval de Alckmin. Segundo a Folha apurou, Guerra ligou para Alckmin na manhã de ontem para falar sobre o documento.

Admitindo não ter consultado Serra, Guerra nega ter participado da elaboração do documento idealizado por senadores do PSDB. "É um documento dos deputados."

A operação foi posta em prática na manhã de ontem, durante reunião da bancada do PSDB para eleição de Duarte Nogueira (SP) para a liderança do partido na Câmara, quando mais adesões à ideia foram obtidas.


Lula será um ‘empregado’ do PT. O salário? R$ 13 mil

Do Blog de Josias de Souza

Foto: Sérgio Lima/Folha

O PT decidiu tonificar as estatísticas que apontam para o decréscimo da taxa de desemprego no Brasil.

A coluna Painel informa, na Folha, que a legenda vai assinar a carteira de Lula. O ex-presidente será contratado como “assessor”.
Assim, afora o que planeja auferir com palestras, Lula terá o salário do partido e duas aposentadorias para encher a geladeira. Coisa de R$ 22 mil mensais. Leia:
- Bolsa Lula: O PT decidiu pagar um salário mensal de R$ 13 mil a Lula, que no próximo dia 10 receberá novamente o título simbólico de "presidente de honra" do partido. O contracheque será equivalente ao do presidente de fato do PT, José Eduardo Dutra.
O novo salário de Lula se soma às duas aposentadorias que ele recebe -uma de anistiado político, outra por invalidez devido à perda do dedo- e às palestras que devem engordar seu caixa a partir de março.
"Não tem por que não pagar. Ele é um importante dirigente político, está se dispondo a trabalhar junto com o PT", argumenta José Eduardo Dutra.
- Retroativo: O salário de Lula vale já a partir de janeiro. Como o estatuto da legenda não prevê pagamento para cargo simbólico, o ex-presidente terá carteira assinada como assessor do PT, mesma situação montada para Dilma Rousseff na campanha. 


- Caderneta: Segundo aliados do ex-presidente, suas aposentadorias somam R$ 9 mil ao mês. No patrimônio declarado em 2006, havia R$ 478 mil em aplicações financeiras, em valores da época. Há no PT defesa da equiparação do salário dos dirigentes partidários ao dos congressistas -R$ 26,7 mil.


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tradição de bandeira presidencial muda no governo Dilma

Foto: José Cruz / Agência Brasil

Bandeira ficava hasteada no Planalto sempre que presidente estivesse lá. No último dia de mandato, Lula derrubou decreto que previa a regra.

Por Nathalia Passarinho, G1

No governo da presidente Dilma Rousseff, deixou de vigorar a regra de quase 40 anos segundo a qual a bandeira nacional e a bandeira verde com o brasão da República, chamadas de Pavilhão Presidencial, ficam hasteadas sempre que o chefe de Estado estiver no Palácio do Planalto ou no Palácio da Alvorada.

A norma foi adotada em um decreto de 1972 do então presidente Emílio Garrastazu Médici. Foi revogada pelo decreto 7.419/2010, publicado no último dia do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo informações do Planalto, Lula manifestou diversas vezes, em seus oito anos de mandato, a intenção de revogar o decreto. Durante o governo dele, em alguns momentos a bandeira permaneceu hasteada mesmo quando ele não estava no local, contrariando o decreto.

Em uma das ocasiões, durante a corrida presidencial de 2010, a agenda de Lula dizia que ele estaria no Palácio da Alvorada, quando, de fato, ele estava gravando propaganda política para a então candidata Dilma Rousseff.

Naquele dia, 15 de outubro, a bandeira permaneceu hasteada na residência oficial. Apesar de sempre desejar acabar com a regra instituída por Médici, a revogação do decreto teria sido feita com o consentimento de Dilma, que usufruiria da decisão.

O G1 apurou que a intenção de derrubar a norma é dar maior privacidade e mobilidade ao presidente. Durante o governo de transição, Dilma sempre exigiu discrição de seus assessores.

Por duas vezes, ela deixou Brasília com destino a outros estados - no caso São Paulo e Rio Grande do Sul - e a informação do local de desembarque só foi confirmada horas depois pela assessoria.

Como presidente eleita, Dilma optou por não ter uma agenda pública e evitar a divulgação de todas as reuniões que realizava durante o governo de transição.

Com a revogação do decreto, o Pavilhão Presidencial só será arriado quando a presidente deixar a cidade.

Últimas de Roberto Jefferson

Mudinho?
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E aconteceu o impensável: na solenidade de entrega da Medalha 25 de Janeiro, ontem, em São Paulo, o microfone passou perto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por duas vezes e, pasmem!, ele não disse palavra, ficou quieto, ouvindo apenas. Ou seja, um verdadeiro milagre se deu ontem em São Paulo! Já a presidente Dilma Rousseff precisou de 10 minutos e meio para passar sua comedida mensagem, utilizando... escassas 970 palavras. Diante de tal economia, o ex-presidente, sentado próximo a Dilma, deve ter pensado: "Que desperdício...". 
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Bateram nossa carteira!!!
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Os diretores da Agência Nacional de Energia Elétrica negaram o pedido de reconsideração feito por parlamentares para que as empresas devolvam os R$ 7 bilhões cobrados indevidamente na conta de luz de milhões de brasileiros. Para a Aneel, devolver esse dinheiro seria uma "quebra de contrato". E aí, presidente Dilma, V. Exª. vai assistir, de braços cruzados, o povo ter a carteira batida de forma tão escandalosa? E o Tribunal de Contas da União, o TCU, que descobriu a cobrança irregular, vai ficar quieto? E a Aneel, foi criada pra quê, afinal?
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Agência reguladora de...
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"A missão da Aneel é proporcionar condições favoráveis para que o mercado de energia elétrica se desenvolva com equilíbrio entre os agentes e em benefício da sociedade", diz o site da agência. Em benefício de quem, cara pálida? Não há melhor forma de beneficiar a sociedade do que devolver os R$ 7 bilhões cobrados indevidamente nas contas de luz devido a falhas na metodologia de cálculo das tarifas de energia. Ao se recusar a cumprir o seu papel institucional, os diretores da agência revelaram que a única regulação que fazem atualmente é do "equilíbrio da empregabilidade governamental". 



Herança sindicalista desafia Dilma

O Globo (Editorial)

Jamais qualquer petista admitirá existir alguma “herança maldita” deixada para Dilma Rousseff. Muito menos, por óbvio, a presidente, ministra de Lula desde o primeiro mandato, grata por tudo que o ex-presidente fez para elegê-la, desde o momento em que decidiu colocá-la no cargo-chave à frente da Casa Civil, na parte final do primeiro mandato.

Mas, por sobre a vontade política e sentimentos humanos, há fatos, existe a História. Queiram ou não, contingências da administração anterior, vividas inclusive pela presidente, fizeram com que desabasse sobre os ombros de Dilma Rousseff uma série de pesados problemas gerados nos últimos oito anos.

O mais evidente deles é o excessivo e imprevidente aquecimento da economia, causa do atual surto inflacionário e motor da ampliação do déficit externo.

Já a inflação não dá alternativa ao BC a não ser o aumento dos juros, os quais, por sua vez, atraem mais divisas, valorizam ainda mais o real, e instalam um círculo infernal a ser cortado por uma eficaz e séria — como as circunstâncias requerem — política fiscal restritiva, anunciada mas ainda não explicada.

Ao apertar o acelerador do crescimento com a clara intenção de ganhar as eleições de 2010, o governo passado deixou uma sobre os preços a ser debelada.

Nesta imprescindível ação anti-inflacionária, o governo Dilma entra em colisão com outra das heranças que o espreitano Planalto no dia 1: o aparato corporativo sindical, nos últimos tempos cevado por muito dinheiro público e sócio privilegiado do poder.

A ele foram dadas as chaves do Ministério do Trabalho, incluindo as do cofre. A corporação sindical terminou presenteada com alguns milhões adicionais do imposto sindical, com o reconhecimento das centrais pelo Estado.


Em reunião reservada, TCU julga procedente denúncia contra a Fundação José Sarney

Há suspeita de apropriação de patrocínio da Petrobras
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Ministério da Cultura deve prestar contas em 60 dias 
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Folha.com - Por Frederico Vasconcelos
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Em sessão extraordinária reservada, realizada no último dia 19, os ministros do Tribunal de Contas da União consideraram procedente denúncia oferecida em 2009 sobre suposta apropriação por parte da Fundação José Sarney de recursos públicos provenientes de patrocínio da Petrobras (Lei Rouanet).

Foi estipulado o prazo de 60 dias para o Ministério da Cultura "ultimar os procedimentos de apreciação de contas" do Projeto Pronac 05-2866 - Preservação dos Acervos Bibliográfico e Museológico da Fundação José Sarney. O projeto foi aprovado em 2005.

Os autos do TCU (*) deverão ser apensados a novo processo, a partir da prestação de contas pelo Ministério da Cultura.

Há 28 advogados constituídos. Foi retirada a chancela de sigilo.

Em janeiro de 2010, o jornal "O Estado de S.Paulo" revelou que a CGU (Controladoria-Geral da União) encaminhou relatório preliminar ao Ministério da Cultura, informando que a fundação desviara pelo menos R$ 129 mil do R$ 1,3 milhão que recebera em doações de patrocínio da Petrobras.

Segundo a CGU, a Fundação Sarney teria usado notas frias com endereços falsos para justificar os gastos com o dinheiro recebido da estatal.

Na ocasião, a Secretaria Especial de Comunicação do Senado divulgou nota informando que Sarney reafirmava não ter responsabilidade sobre a fundação, pois não faz parte da gestão da entidade.

"O senador espera que a diretoria da instituição dê os esclarecimentos necessários sobre o projeto de patrocínio em foco, e, caso seja procedente qualquer acusação, que os responsáveis sejam punidos na forma da lei", afirmava a nota.

Ainda segundo aquela assessoria, a fundação mantém um acervo pessoal de 50 mil livros, manuscritos de "grandes autores nacionais e estrangeiros", 400 mil documentos históricos e cerca de 4.000 objetos de arte.

Em setembro de 2009, reportagem de Fernanda Odila, da Folha, revelou que o relatório preliminar do TCU sobre os repasses da Petrobras para a Fundação José Sarney aponta "regularidade da conduta da estatal".

"Se há prejuízo ao erário federal, este se refere ao patrimônio da União e não o da Petrobras, sendo o Ministério da Cultura o órgão responsável pela avaliação das contas do ente beneficiário", dizia o TCU.

Naquela ocasião, a Petrobras informou que a fundação comprovou o uso dos recursos com relatórios das atividades e foram cumpridas as contrapartidas, que se limitavam à associação do nome e da marca da estatal ao projeto.

Um mês antes, em discurso no Senado para se defender de várias acusações, Sarney apresentou os estatutos da fundação e afirmou: "Nunca tive nenhuma função administrativa na fundação fundada por mim".

O relator do processo no TCU é o ministro José Múcio Monteiro Filho. Em novembro de 2009, a coluna Painel, da Folha, publicou a seguinte nota, sob o título "Setorista": "Não é apenas o processo sobre patrocínio da Petrobras à Fundação Sarney que José Múcio relatará no TCU. Dado o loteamento de temas vigente no tribunal, o ex-articulador político do Planalto cuidará de todos os casos relativos ao Maranhão".


Lula defenderá ‘volta’ de Delúbio, diz dirigente do PT

  Folha

José Dirceu bem que avisara. Em novembro de 2010, depois de um café no Alvorada, o companheiro dissera:
Fora do governo, Lula vai se dedicar a desmontar a “farsa do mensalão”.
O próprio Lula, numa de suas derradeiras entrevistas como presidente, referira-se ao escândalo como “tentativa de golpe”.
Pois bem. O ex-soberano ainda nem “desencarnou” direito e o secretário de Comunicação do PT, deputado André Vargas (PR), já informa:
“Se for questionado, Lula vai dizer que é favorável” à volta de Delúbio Soares aos quadros do PT.
Segundo Vargas, o pedido de refiliação de Delúbio será votado no PT entre março e abril. O deputado disse o seguinte ao repórter Bernardo Mello Franco:
"Como é que nós vamos dizer que ele não pode se filiar? Nenhum de nós tem condição moral ou política de dizer que ele não pode militar no PT..."
"...Se qualquer evidência de caixa dois servir para excluir alguém do PT, tem que dar uma excluída boa, geral. Do PT ou do PTB, do PMDB..."
O deputado talvez devesse desperdiçar um naco do seu tempo com a leitura da ação penal que corre no STF. Verá que a peça trata de grossa corrupção, não de delito eleitoral.
Seja como for, não resta senão evocar o próprio Delúbio. Em 2005, nas pegadas do escândalo que fulminou aquela aura de diferença heróica de que se jactava o PT, o companheiro previra:
Isso tudo ainda vai virar “piada de salão”. Neste ano da graça de 2011, a propósito, o Carnaval cai em março. O PT não poderia ter escolhido mês mais adequado para abrir o debate sobre a volta do que não foi.

Em crise, DEM racha na Câmara

Disputa pelo cargo de líder tem 3 candidatos
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Maias e Bornhausens duelam para comandar do partido
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Uol Noticias
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Em decadência há mais de uma década, o Democratas (ex-Arena, ex-PDS e ex-PFL) agora está rachado na disputa pela escolha do líder da legenda na Câmara.

Todos os partidos precisam escolher um líder, que é quem fala pela sigla em votações importantes. É uma chance de aparecer um pouco na mídia.

A inscrição de candidatos para o cargo no DEM terminou ontem (25.jan.2011). Os 3 na disputa são: ACM Neto (BA), Eduardo Sciarra (PR) e Mendonça Prado (SE).

ACM Neto é bancado pelo clã dos Maias –do ex-prefeito do Rio César Maia e de seu filho, o atual presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia. Neto diz que Mendonça Prado o apoia e não vai concorrer. Assim, a pendenga ficaria entre ele e Sciarra, que é candidato do clã dos Bornhausens –do ex-senador Jorge Bornhausen e de seu filho, atual líder na Câmara, Paulo Bornhausen.

Sciarra também tem o apoio de Marcos Montes (MG), que queria ser candidato a líder, mas anunciou ontem, em nota, sua saída da disputa. “Tem que conversar com ele para saber os motivos reais da desistência”, comentou ACM Neto, procurado pelo Blog instantes após o anúncio do colega.

Neto também considerou um erro de Montes ter afirmado que quem patrocina sua candidatura é Rodrigo Maia. “Não é Rodrigo Maia o patrocinador de minha candidatura. Tem um grupo de deputados que me apoia”, afirmou.

O racha na bancada dos Democratas na Câmara espelha o que se passa em nível nacional, pois existe uma guerra interna pelo controle da legenda. A escolha do novo presidente “demo” será em 15.mar.2011, provavelmente entre Marco Maciel (apoiado pelos Bornhausens) e José Agripino Maia (nome dos Maias).

Momento pior para racha não haveria. A última vez que a bancada do partido na Câmara cresceu foi de 1994 para 1998, na era FHC. Depois disso, foi só ladeira abaixo.

Em 1998, ainda sob o nome de PFL, o partido conseguiu a maior bancada da Casa (105 deputados). Em 2002, quando Lula chegou ao poder, o PFL ficou com a segunda bancada (84 deputados). Em 2006, caiu para o 4° lugar (65 deputados). Em 2010, com nome novo, elegeu apenas 43.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A “demissão” do ministro Novais & cia


Dilma Rousseff demitirá nos próximos dias o ministro do Turismo, Pedro Novais. Calma. Não será uma punição pela historia do ministro no motel maranhense. Trata-se apenas de uma questão burocrática, que envolverá alguns colegas de Novais – colegas de ministério não de idas ao motel.

Novais, assim como outros ministros-parlamentares, terá que ser demitido para assumir o mandato para o qual foi eleito em outubro. Assim que assumirem, os ministros pedirão licença do cargo e serão reconduzidos ao governo.

Além de Novais, fazem parte da lista dos primeiros ministros a serem demitidos por Dilma Luis Sergio, Iriny Lopes, Alfredo Nascimento e Edison Lobão.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Entre o DEM e Aécio


Candidato à liderança do DEM na Câmara, o mineiro Marcos Montes calibra o discurso. Ressalta ser do grupo da família Bornhausen e Gilberto Kassab no DEM. Pondera, por outro lado, que não representará um obstáculo à caminhada de Aécio Neves rumo à Presidência da República em 2014. Diz Montes:

- Se eu sentir que isso (candidatura à liderança) pode atrapalhar o projeto nacional do Aécio, eu vou rever e conversar com ele. O Aécio é a prioridade. Sou do projeto do Aécio.


Aécio esboça a nova estratégia para o PSDB


Arko Advice

As duas principais lideranças do PSDB de Minas Gerais, o senador Aécio Neves e o governador Antonio Anastasia, deram início a um movimento que abre o debate sobre a nova estratégia dos tucanos frente ao governo Dilma Rousseff.

O primeiro a tocar no assunto foi Anastasia. O governador mineiro mencionou as três derrotas consecutivas do partido ao Palácio do Planalto (2002, 2006 e 2010) como um exemplo de que a atuação do PSDB precisa ser reexaminada.

Depois, Aécio Neves, deu sinais de qual será sua postura no Senado. Sem deixar de identificar-se como oposicionista, declarou que manterá uma "postura republicana" com o governo federal.

Aécio observa que oposição e governo deveriam buscar um entendimento diante dos "grandes temas" através do diálogo.

O discurso de Aécio Neves sinaliza que ele buscará, pelo menos em alguns casos, uma aproximação com a base aliada no Congresso.

"Vocês vão, nesse futuro Congresso, se deparar em muitos momentos com alianças de partidos que estão na oposição com setores da base do governo em torno de temas importantes para o país", afirmou ele.

Dois temas foram citados pelo senador: 
1) a quantia do valor real do Fundo de Participação dos Municípios;
2) o debate em torno do salário mínimo.

Aécio Neves joga em três dimensões. Primeiro, adota uma posição pró-ativa no PSDB em torno da estratégia do partido para os próximos quatro anos e sinaliza quem é o "ficha 1" dos tucanos para 2014.

Segundo, apoia internamente no DEM, principal aliado do PSDB no plano federal, a candidatura de José Agripino, do grupo de Rodrigo Maia, contra Marco Maciel, o candidato da ala liderada por Jorge Bornhausen.

Terceiro, tenta dialogar com os partidos da base aliada em torno de temas de interesse nacional para não ficar com seu espaço de atuação reduzido.

Conforme podemos ver, são fortes os indícios que a estratégia do PSDB para os próximos anos passará por Aécio Neves, mesmo que os tucanos de São Paulo ainda preservem o controle da máquina partidária e nomes importantes como FHC, José Serra, Geraldo Alckmin e Aloysio Nunes Ferreira.


Coluna de Cláudio Humberto


Comparar salários é humilhante para militares


No Brasil, os vencimentos de militares não resistem a comparação aos demais salários no serviço público. Para dirigir carros oficiais, por exemplo, um motorista do Senado ganha até R$ 19 mil, enquanto o comandante de fragata da Marinha recebe R$ 8 mil. Na Câmara, há ascensorista recebendo R$ 10 mil para pilotar elevador; na FAB, um piloto de jato de combate Mirage percebe R$ 7.428 por mês. Brutos.

Sem ralar muito...

...diretor que chefiou a garagem do Senado ganha o dobro dos R$ 12,1 mil pagos a general do Exército que comanda regimento de blindados.

Do barulho

Saem os fogos de artifício dos traficantes, entram as sirenes de alerta contra chuvas nos morros do Rio. Sinal de fumaça virá depois.

Cobertor curto

Muita esmola, cego desconfia: a redução da contribuição do INSS das empresas não deverá sair de graça. Vão recriar algum imposto...

Não funciona

O Ministério da Justiça pagará R$ 400 mil à Claro para “comunicação cifrada entre aparelhos” na internet. Vão morrer de raiva.

Que MEC...

Depois do Enem vem que não tem, do Inepto, do Sisu sem siso, vem aí inveitável Sifu.