"Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito."

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Collor é acusado de fazer propaganda antecipada em AL

RICARDO RODRIGUES - Agência Estado

O senador Fernando Collor, pré-candidato ao governo de Alagoas pelo PTB, foi denunciado hoje à Justiça Eleitoral, acusado de fazer propaganda antecipada e abuso do poder econômico. A denúncia foi feita pelo coordenador-geral estadual do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (Comitê 9840), Antônio Fernando da Silva. Segundo o denunciante, Collor tem usado sua influência como ex-presidente e senador para inaugurar obras públicas como se fosse o governador do Estado ou o presidente da República.

"Além disso, o senador tem usado suas empresas de comunicação e a rádio do empresário João Lyra, que é seu correligionário, para fazer campanha de forma deslavada, quando a legislação eleitoral só permite a campanha eleitoral após as convenções partidárias, a partir do mês de junho", afirmou o coordenador do Comitê 9840. "Eu solicitei providências às autoridades, para evitar que as eleições em Alagoas se transformem numa esculhambação, em caso de polícia", acrescentou ele, que é conhecido como "Fernando CPI".

De acordo com Silva, desde o início do fim de semana passado que o senador Collor percorre cidades do interior realizando caminhadas, inaugurando obras e fazendo discursos. "O jornal dele publica manchete dizendo ''Collor inaugura casas no interior do Estado'', como se ele fosse o governador de Alagoas", afirma.

Silva conta que Collor e o deputado federal Joaquim Beltrão (PMDB) entregaram hoje à população carente mais de 170 casas construídas com recursos federais no município de Coruripe, a 130 quilômetros de Maceió. Durante a solenidade de inauguração, o senador fez um discurso e defendeu a candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff à Presidência.

A solenidade de inauguração das casas foi transmitida ao vivo pelo Programa Cidadania, da Rádio Jornal, que pertence ao usineiro e ex-deputado federal João Lyra (PTB). Em seu discurso, Collor disse que faz questão de ter o deputado Joaquim Beltrão como seu candidato a vice-governador, embora o parlamentar seja do PMDB, que apoia a pré-candidatura do ex-governador Ronaldo Lessa ao governo do Estado, pelo PDT.

Em Alagoas, Dilma, a pré-candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve ter dois palanques, um montado por Collor e outro pela coligação encabeçada por Lessa, que tem o apoio do PT e do PMDB do senador Renan Calheiros, que tentará a reeleição.


PT ruma para 'intervenção branca' no Maranhão

Valor Econômico - Por Caio Junqueira, de Brasília

O diretório estadual do PT caminha para uma espécie de "intervenção branca" no Maranhão na qual o diretório estadual não se aliaria formalmente nem à governadora Roseana Saney (PMDB) nem ao deputado federal Flávio Dino (PCdoB), adversários das eleições de outubro. Para tanto, as soluções desenhadas são a do lançamento da candidatura própria, a ser encabeçada pelo presidente do PT-MA, Raimundo Monteiro, da ala pró-Sarney, ou mesmo a neutralidade, sem coligação formal a ninguém - o que tende a prevalecer.

Nas duas hipóteses aventadas, há uma clara vitória de Roseana, pois em ambos os cenários ela consegue atingir seus dois objetivos. O primeiro, o de desidratar a candidatura de Dino, que, sem o PT, perde dois terços do tempo estimado de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. O segundo, evitar a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um palanque adversário ao de Roseana, o que foi acertado em recente conversa entre Lula e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

A intervenção branca, porém, não eliminará os problemas do diretório nacional do PT no Estado. Históricos adversários da família Sarney, os petistas que conseguiram maioria para deliberar em um encontro estadual o apoio a Dino prometem fazer greve de fome em Brasília, São Luís e no interior maranhense. "Se for candidatura própria, será de um laranja de Roseana. Se não apoiar ninguém, aí acaba o PT no Estado de vez", diz o deputado Domingos Dutra (PT-MA), que promete greve de fome no salão verde do Congresso, ao lado de "um dossiê com crimes da família Sarney para refrescar a memória de todos" -ainda que isso lhe custe a expulsão da legenda. No último sábado, seu grupo fechou a coligação com o PCdoB e lançou a petista Teresinha Fernandes para vice de Dino, assim como Bira do Pindaré (PT) e José Reinaldo (PSB) para as duas vagas para o Senado. Apesar de convite, ninguém da direção nacional do PT esteve no evento.

O vice-presidente do PT-MA, Augusto Lobato, apoiador de Dino, diz que seu grupo analisa ainda a possibilidade de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que uma decisão definitiva sobre o assunto seja dada. "Há na legislação eleitoral alguns motivos para fazer intervenção, mas acontece que aqui fizemos tudo de acordo com o estatuto do PT e com as regras eleitorais determinadas pelo partido em 2009 e no Congresso deste ano", diz. A tese de recorrer à Justiça é defendida também, segundo os petistas, por Flávio Dino, que é jurista.

Por outro lado, os petistas sarneysistas descartam qualquer uma dessas probabilidades. Apostam em um recurso apresentado ao diretório nacional interposto por uma delegada do partido que não pôde votar no encontro que o PT-MA, por 87 x 85, decidiu apoiar Dino e não Roseana. "Não vai ter intervenção nenhuma. Acho que a cúpula vai decidir entre se coligar com o PMDB, com o PT, ou com ninguém", diz o presidente Raimundo Monteiro.

Hoje, o secretário-geral do partido, deputado José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), e o secretário de Organização, Paulo Frateschi, desembarcam em São Luís para avaliar as denúncias de oferta de dinheiro a petistas em troca do apoio a Roseana nos encontros internos do partido. Aos dois serão apresentados mais denúncias, como a promessa de cargos no governo.


Eleições: empresários preferem Serra


Levantamento realizado pelo UOL Eleições mostra que o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra (PSDB), tem mais que o dobro das intenções de voto entre os empresários consultados do que sua concorrente Dilma Rousseff (PT). Dentre os 40 empresários ouvidos pelo fórum realizado nesta segunda (31) pela revista Exame, 19 disseram ser eleitores do tucano, contra oito que afirmam apoio a Dilma. A pré-candidata Marina Silva (PV) obteve apenas dois votos.


MP pede aplicação de nova multa contra Lula e Dilma



A vice-procuradora-geral Eleitoral, Sandra Cureau, apresentou na manhã de hoje (31) parecer pela condenação do presidente Lula, da pré-candidata Dilma Rousseff e do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, por propaganda eleitoral antecipada, realizada em evento que comemorou o Dia do Trabalhador em São Paulo.

No documento, Cureau também pede aplicação de multa à Força Sindical. Por outro lado, absolveu da penalidade, por falta de provas, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), coautora da festa do dia 1 de maio.

A representação, de autoria do DEM, será encaminhada ao ministro Joelson Dias, relator do processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O partido pede a aplicação da multa máxima (R$ 25 mil).

Caso Dias também vote favorável à penalidade, essa será a quinta multa aplicada, pelo Tribunal, contra Lula e a terceira contra Dilma.

No parecer de hoje, Cureau ressalta que Lula, no discurso aos trabalhadores, fez menção indireta de que somente Dilma poderia dar continuidade aos projetos sociais iniciados no atual governo.

Além disso, a vice-procuradora também destaca a manifestação de Paulinho de que Dilma é a “futura presidente do Brasil”.

“Da análise dos autos, constata-se a existência de propaganda eleitoral antecipada, em sua forma subliminar, pois o presidente Lula, ao referir-se a Dilma Rousseff como pessoa capaz de dar prosseguimento às ações políticas de seu governo, o fez com o propósito induzir os eleitores à conclusão de que ela é a pré-candidata mais apta para o exercício do cargo”, diz Cureau em trecho do documento.


PMDB de Minas ameaça votar contra Dilma


Novo impasse na negociação preocupa o Planalto; PT quer Pimentel candidato ao governo, mas partido de Temer exige a vaga para Costa

Por Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo:

A insistência do PT em emplacar a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ao governo mineiro abriu nova crise com o PMDB. Em represália, uma ala do partido ameaça votar contra a aliança com Dilma Rousseff para a Presidência.

Dirigentes do PMDB avisaram o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que a parceria com Dilma corre risco se os petistas não apoiarem o senador Hélio Costa na disputa ao Palácio da Liberdade.

"Lamentavelmente, companheiros do PT estão usando uma política rasteira contra mim", desabafou Costa. "Mas não adianta o PT fazer pressão e guerra de guerrilha no grito porque isso não me abala."

Ex-ministro das Comunicações, Costa não escondeu a contrariedade com rumores dando conta de que teria desistido da cadeira hoje ocupada pelo governador Antonio Anastasia (PSDB) para concorrer à reeleição ao Senado. "Se eu quisesse voltar ao Senado, não precisaria fazer esforço", insistiu. "Sou pré-candidato ao governo."

O PMDB de Minas detém 69 dos 804 votos da convenção do partido, marcada para 12 de junho, com o objetivo de homologar a candidatura do presidente da Câmara, Michel Temer (SP), como vice na chapa de Dilma. Temer também comanda o PMDB.

Sozinhos, os mineiros não conseguem desmanchar a aliança, mas podem fazer corpo mole na campanha. Além disso, a insatisfação tem potencial para contaminar grupos, já que os diretórios de São Paulo e Pernambuco são contra o casamento com o PT e apoiam José Serra (PSDB). Detalhe: a convenção do PT é em 13 de junho, 24 horas depois do encontro peemedebista.

"O clima está péssimo e para toda ação há uma reação", alfinetou Wellington Salgado (PMDB-MG), suplente de Costa no Senado. "A insatisfação em Minas tem nome e uma coisa é certa: a bancada do PMDB votará contra a coligação com Dilma se o PT não fechar conosco."

Intervenção. Na quarta-feira, uma reunião de dirigentes estaduais do PT com o presidente do partido, José Eduardo Dutra, em Brasília, escancarou o mal-estar.

Petistas se queixaram da pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quer o acordo com o PMDB a qualquer custo, de olho no precioso tempo de TV da sigla na propaganda eleitoral.

O grupo chegou a dizer a Dutra que o casamento com o PMDB só sairá em Minas e no Maranhão se houver intervenção nas seções regionais.


domingo, 30 de maio de 2010

Soninha: por que apoio José Serra

Resposta a Leandro Dalle Vedove que questiona o apoio da Soninha ao Serra.
 
Do Blog Amigos da Soninha Francine
 
Ontem, nosso amigo Leando Dalle questionou a Soninha Francine sobre seu apoio ao Serra. Enviamos a mensagem e ela nos enviou a seguinte resposta:
 
Leandro, posso explicar, sim. Talvez não em poucas palavras, mas em muitas informações sobre o que vi, vivi e aprendi nos últimos anos. Pra não deixar sem nenhuma resposta agora, posso resumir assim:
 
- Descobri que o meio em que eu vivia - de petistas - inventava muitas barbaridades sobre o Serra. Por que o Serra? Não sei, talvez porque ele tenha sido o candidato do governo à sucessão do Fernando Henrique, portanto rival direto do Lula na disputa presidencial... Porque os petistas já pintavam os tucanos como o fel da terra (e eu, mesmo quando era do PT, achava isso um pouco absurdo), e o Serra como o próprio Satanás. Só que os fatos, mesmo vistos de longe, já desmentiam algumas coisas que diziam sobre ele: como ele podia ser "queridinho" da grande mídia quando comprava briga contra a publicidade de cigarro, por exemplo - que era uma baita fonte de receita para os meios de comunicação? E como ele era parte da elite imperialista internacional, quando foi à OMC e lutou contra os lobbys e cartéis da indústria farmacêutica, conseguindo as quebras de patente em nome da saúde pública dos países mais pobres?

Mesmo com esses fatos, eu acreditava nas versões do PT... Afinal, o PT era o meu partido, eu tendia a concordar com tudo... Pensava: "Ok, eles fez uma ou duas coisas importantes, corajosas, mas nem por isso é uma pessoa decente". O PT dizia que ele era covarde, porque tinha "fugido" da ditadura... Que era um manipulador ardiloso, porque "armou" um flagrante pra Roseana Sarney (se bem que eu já pensava naquela época: o marido da Roseana Sarney tem um milhão e meio de reais de origem desconhecida e a culpa é do Serra?).

Enfim, eu o detestava. Até ser vereadora e ele, prefeito. E descobrir que o demônio que pintavam não era nada daquilo. Mal humorado, impaciente, carrancudo, ríspido demais às vezes? Sim. Mau caráter? Não.

Em 2005, começo do meu mandato, o Serra me recebeu (a meu pedido), ouviu atentamente tudo o que eu disse e reconheceu que estava equivocado em algumas medidas que havia tomado como prefeito. Na manhã seguinte, desfez o que tinha feito. Depois, me procurou inúmeras vezes para perguntar de assuntos que acreditava que eu conhecesse melhor do que ele - políticas de juventude, meio ambiente, cultura. Cansei de vê-lo pedindo idéias, sugestões, opiniões. O contrário do que diziam dele...

Enquanto isso, o PT - que era o meu partido - continuava inventando, mentindo. Uma barbaridade. Analisava um projeto de lei enviado á Câmara pelo prefeito, concluía que o projeto era muito bom e... No plenário da Câmara, fazia DE TUDO para barrar o projeto. Saía do plenário para não dar quórum, subia na tribuna e passava meia hora falando horrores de um projeto que TINHA CONSIDERADO BOM - apenas para prejudicar "os tucanos" na eleição seguinte. Mesmo assim, mesmo no meio da guerra mais suja - petistas espalhavam mentiras para assustar a população, uma coisa realmente horrorosa - se chegasse um Projeto de Lei de um vereador do PT e ele considerasse o projeto bom para a cidade, ele sancionava (isto é, aprovava). E se chegasse um Projeto de Lei de um vereador do PSDB e ele considerasse o projeto ruim para a cidade, ele vetava. Aliás, nós ficamos amigos, e ele... vetou vários projetos meus. Ou seja, um comportamento REPUBLICANO, de respeito à Casa Legislativa e ao interesse coletivo. Mas o PT continuava espalhando que ele era autoritário, mentiroso, privatista, neoliberal... E que era repressor, "inimigo dos pobres", "amigo das elites", tudo de pior no mundo.

Mas o Serra ia fazendo coisas muito legais na cidade - criou a Coordenadoria da Diversidade Sexual, a Secretaria da Pessoa com Deficiência... O Centro de Juventude da Cachoeirinha, que é do cacete... Pegou um esqueleto que estava lá abandonado desde o Janio Quadros e fez um troço muito legal. Terminou o primeiro trecho do maldito Fura-Fila do Pitta, que também estava abandonado. Voltou atrás na história dos CEUS - porque essa foi uma das coisas que eu consegui convencê-lo de que ele estava errado - e mandou fazer vários outros, mantendo o nome "CEU" (bandeira da Marta...). Idem com os Telecentros - que os petistas diziam que ele "destruir", transformar em Acessa São Paulo, que era bem diferente... Criou a Virada Cultural. Fez os benditos hospitais de Cidade Tiradentes e do M'Boi Mirim - que o PT anunciava que a Marta tinha feito, quando na verdade ela não tinha começado nem a cavar o alicerce... Sem falar que a Marta, que passou os 2 primeiros anos de seu governo sanando as contas da prefeitura detonadas pelo Pitta, passou os dois últimos anos destroçando as contas da prefeitura - e deixou dívidas absurdas, contratos temerários de 20 anos assinados "no apagar das luzes"... O Serra deu muita força para a Secretaria do Meio Ambiente, que sempre era das mais pobrezinhas. E chamou para trabalhar com ele pessoas que tinham trabalhado com a Marta, sem a menor hesitação, sem rancor e ressentimento, porque considerava que elas eram competentes.

Enfim, eu VI, eu testemunhei, condutas absurdas do meu partido - e condutas admiráveis do Serra, que o meu partido pintava como o enviado do capeta.

Resultado: (lembre-se, este é um resumo, a história completa é uma enciclopédia) saí do PT, que foi se distanciando barbaramente dos ideais que pregava, adotando o "vale tudo" (pra governar, pra ser oposição), e fui para um partido de oposição. Que hoje apóia o Serra para presidente, assim como eu.

E eu nem falei do governo do estado... De mais uma seqüência enorme de mentiras e terrorismos, como de costume ("ele vai privatizar o metrô!"; "ele publicou decretos para acabar com a autonomia universitária!"), e, da parte dele, realizações admiráveis, mais ainda para quem ficou 3 anos e pouco no governo (e 1 ano e meio na prefeitura). Uma lista de pontos em que a atuação dele me agrada muito: trens metropolitanos, metrô, meio ambiente, cultura, pessoa com deficiência... E outros mais.

Se você odeia o Serra como eu odiava, eu sei que não vai mudar de idéia assim tão fácil. Não tenho essa pretensão. Mas gostaria que você acreditasse em mim: é com muita convicção que eu voto nele, baseada nos meus 6 anos de vida mergulhada integralmente na política.

Abração

Soninha
 

Serra promete programa de entrega de medicamentos em domicílio e volta a criticar Bolívia

Por Anselmo Carvalho Pinto, especial para O Globo

CUIABÁ (MT) - O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, prometeu ontem que, caso seja eleito, vai implantar um programa nacional de entrega de medicamentos em domicílios a pessoas de baixa renda. Sem dar detalhes sobre o projeto, afirmou que "é mais barato" que ter o medicamento nos postos de saúde.

Sobre a indefinição do seu partido em definir o nome do seu vice, Serra, que participou do lançamento da pré-candidatura de Wilson Campos ao governo do Mato Grosso, em Cuiabá, afirmou que é natural que haja especulações, mas que a definição só será feita na convenção do partido que acontece em junho.

- É uma questão que não me angustiou, não me angustia e nem vai me angustiar - disse Serra.

O pré-candidato tucano aproveitou a visita ao Mato Grosso, estado brasileiro que tem a maior fronteira com a Bolívia, para voltar a criticar a política de combate as drogas do governo boliviano. Segundo ele, o governo de Evo Morales é conivente com o tráfico de cocaína.

- Alguém acredita que esse governo (de Evo Morales) não seja cúmplice com a exportação de cocaína - disse o tucano.

Serra também voltou a cobrar uma posição mais contundente do governo brasileiro em relação ao combate às drogas na Bolívia. Para ele, as autoridades brasileiras precisam pressionar o governo de Evo Morales para que o tráfico de cocaína seja combatido como política de Estado.

Serra também reiterou o compromisso de que, se eleito, atuará no combate à criminalidade e voltou a prometer que criará o Ministério da Segurança Pública. A pasta, disse ele, seria ocupada por pessoas que entendam de segurança como promotores de justiça e coronéis reformados.


Eleitor de Dilma vê Serra como o mais experiente


O tucano é visto como o mais experiente

Folha.com

José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) estão empatados na disputa pelo Palácio do Planalto, ambos com 37%, mas há uma grande diferença quando se afere sua imagem entre os eleitores. O tucano é visto como o mais experiente (por 64% dos eleitores), inteligente (42%), realizador (40%) e o mais preparado “para ser presidente, de modo geral” (45%). Os percentuais da petista, nesses mesmos quesitos, são 17%, 23%, 24% e 29%, respectivamente.

Marina Silva (PV) fica num longínquo terceiro lugar, com 5% a apontando como a mais experiente. Nos outros atributos, ela tem, respectivamente, 10%, 7% e 6%. Os dados são de pesquisa Datafolha de 20 e 21 de maio, com 2.660 eleitores em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Quando se faz um cruzamento entre os dados da pesquisa, descobre-se que 51% dos eleitores que declaram votos em Dilma acham Serra o mais experiente.

Para Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, o desempenho do tucano se deve, em parte, ao fato de ele ser ainda o mais conhecido. Enquanto 34% dizem “conhecê-lo bem”, só 15% dizem o mesmo sobre a petista. Para Marina, a taxa é 10%.


sábado, 29 de maio de 2010

Aécio: 'Não haverá alguém tão dedicado à vitória de Serra'


Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo

Depois de rejeitar a pressão para ser vice de José Serra (PSDB), Aécio Neves diz que sua presença na chapa garantiria, no máximo, mais 5% dos votos para o presidenciável. Em entrevista à repórter Adriana Vasconcelos, publicada na edição deste domingo do jornal O GLOBO, Aécio diz que "não haverá alguém tão dedicado à vitória" de Serra.

- Isso (5%) significa meio por cento dos votos nacionais e com risco de desguarnecermos a nossa retaguarda e termos outras perdas, se eu não estiver em Minas. Não haverá no meu partido ou fora dele alguém tão dedicado à vitória de Serra. Temos o melhor candidato e condições para vencer em Minas e no Brasil - declarou o tucano, que apresentou números de pesquisas do PSDB para se justificar.

O tucano diz ainda que não teme ser responsabilizado por uma eventual derrota de Serra nas urnas.

- De forma alguma. Na vida devemos ter convicções e lutar por elas. Precisamos fortalecer diariamente nossas convicções e resistir às pressões que nos afastam delas. Estou absolutamente seguro de que tomei a melhor decisão, pensando no meu país - declarou.

A pressão sobre Aécio aumentou depois que Serra perdeu a dianteira nas pesquisas de intenção de voto, o que desencadeou uma nova ofensiva dentro e fora do PSDB no sentido de convencê-lo a ser o vice da chapa.


Tucanos fazem coro sobre Bolívia

Parlamentares tucanos fizeram coro às críticas levantadas por José Serra em relação ao tráfico de cocaína para o Brasil vindo da Bolívia.

Veja.com - Por Fernando Mello

A Senadora Marisa Serrano (PSDB-MS) afirmou que Serra “está correto”, porque, segundo ela, quem vive em Mato Grosso do Sul sabe como as fronteiras brasileiras “estão permeáveis à ação do crime organizado”. “Nosso Estado está cada vez mais fragilizado porque vem percebendo o crescimento do tráfico de drogas sem que a Bolívia mostre empenho para coibir a ação dos traficantes”, disse Marisa, citando levantamentos da Polícia Federal que mostram um crescimento da apreensão de cocaína nos municípios fronteiriços. “Acho que quando Serra levantou este problema ele pensou o quanto a cocaína tem vitimado famílias inteiras no Brasil”, afirmou a senadora.

Marisa disse ainda que o posicionamento do PT sobre a Bolívia demonstra o quanto políticos do partido estão distanciados da realidade. “Seria interessante que eles viessem a Mato Grosso do Sul e perguntassem para a população o que eles acham do comportamento do governo boliviano quando o assunto é tráfico de cocaína”, ironizou.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Eduardo Azeredo (MG), afirmou que o governo brasileiro tem sido “muito tolerante” em relação à Bolívia. O senador disse haver necessidade de o governo brasileiro ter uma posição “mais dura” em relação ao país vizinho. “O presidente Lula não tem uma posição mais dura por afinidades ideológicas com o presidente da Bolívia, Evo Morales. E nós precisamos ter uma política externa mais objetiva e menos ideológica”, disse.


Uma batata quente chamada Fábio Luís, filho de Lula

Veja.com - Por Lauro Jardim:

Chegou ao STJ o inquérito da Polícia Federal que investiga se houve tráfico de influência na milionária compra da Gamecorp, a empresa de Fábio Luís, filho de Lula, pela Telemar (hoje Oi), em 2005. Por que foi para lá? Porque ninguém na primeira instância quer ficar com a batata quente.

A apuração começou em junho de 2007 no Rio de Janeiro, mas a Justiça Federal do estado remeteu-a para São Paulo, onde fica a sede da Gamecorp. A Justiça paulista, porém, discordou da decisão e em novembro de 2008 devolveu o processo para o Rio.

Em agosto do ano passado, os cariocas quiseram novamente se livrar do problema e devolveram os autos para São Paulo. Desta vez, para acabar com a ponte aérea, a Justiça paulista enviou a investigação ao STJ, a instância responsável por resolver esse tipo de impasse. O caso está nas mãos do ministro Jorge Mussi.


Serra tinha razão: PF apreende cocaína da Bolívia


PF apreende meia tonelada de cocaína vinda da Bolívia no MS

A Polícia Federal (PF) apreendeu meia tonelada de cocaína na madrugada desta sexta-feira (28/5), no Mato Grosso do Sul (MS). Foi uma das maiores apreensões da droga feitas no País. Procedente da Bolívia, a cocaína transportada em dois caminhões está sendo pesada pela PF de Três Lagoas, região leste de MS, na divisa com São Paulo.

A maior apreensão de cocaína realizada até hoje no estado aconteceu no dia 8 deste mês, em Miranda, região do Pantanal, quando um caminhão frigorífico conduzia 725 quilos do entorpecente boliviano, entre uma carga de 16 toneladas de carne bovina.

A ação da PF aconteceu 48 horas depois de advertência do pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, de que o governo da Bolívia é “cúmplice” do tráfico de cocaína para o Brasil, feita em entrevista ao programa “Se Liga, Brasil”, de Roberto Canázio, na rádio Globo, do Rio. Serra abordou o assunto quando falava sobre a ideia de criar um Ministério da Segurança Pública, caso ele seja eleito sucessor do presidente Lula.

Ou seja: ele tinha razão quando chamou a atenção para a facilidade com que a droga entra pela fronteira brasileira com a Bolívia. O jornalista Reinaldo Azevedo publicou a notícia da aprrensão no seu blog com o seguinte título: “Conforme Serra queria demonstrar”.

CÚMPLICE

“A cocaína vem de 80% a 90% da Bolívia, que é um governo amigo, não é? Você acha que a Bolívia iria exportar 90% da cocaína consumida no Brasil sem que o governo de lá fosse cúmplice? Impossível”, argumentou o pré-candidato. “O governo boliviano é cúmplice disso. Quem tem que enfrentar essa questão? O governo federal.”

Ao ser informada sobre a declaração de Serra, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, discordou, dizendo que não é atitude de um estadista atribuir a responsabilidade ao governo boliviano pela produção e tráfico de cocaína. O assessor especial do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, seguiu a mesma linha crítica adotada por Dilma. Na opinião dele, ao abordar o assunto Serra se comporta como o exterminador do futuro da política externa.

Serra pensa diferente. Não vê motivo para incidente diplomático: “Por quê? A melhor coisa diplomática é o governo da Bolívia passar a combater ativamente a entrada de cocaína no Brasil, não apenas o Brasil combater”, afirmou. Para ele, estadista é alguém que enfrenta interesses que prejudicam a vida do povo.


TSE dá cinco dias para Lula se defender

Ricardo Stuckert/PR

O Tribunal Superior Eleitoral abriu prazo de cinco dias para que o presidente Lula, a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff e o PT apresentem defesa na representação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral. O MP acusa as autoridades de usar a propaganda partidária, veiculada no último dia 13, para fazer "explícita exaltação do nome de Dilma e propaganda negativa ao candidato adversário" (o tucano José Serra).


Golpes, ONGs e a mala de dinheiro

Agnelo Queiroz, candidato do PT ao governo de Brasília, é acusado de receber R$ 256 mil desviados de programa do Ministério do Esporte.

Na revista ‘Época’, amanhã nas bancas - Por Murilo Ramos e Marcelo Rocha

O ex-ministro do Esporte e candidato do PT ao governo do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, terá um caminho duro até as eleições de outubro. Um obstáculo difícil será superar o adversário Joaquim Roriz (PSC), político popular que ficou quase 14 anos no poder e está na dianteira das pesquisas eleitorais realizadas até agora. Antes, porém, Agnelo terá de se defender de denúncias que o relacionam a desvios de verbas do Segundo Tempo, principal programa do Ministério do Esporte no governo Lula.

Uma investigação deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal no início de abril, batizada de Operação Shaolin, prendeu cinco pessoas, apreendeu documentos e colheu depoimentos sobre o destino de quase R$ 3 milhões repassados pelo ministério a duas associações de kung fu de Brasília. O relatório final da operação compromete Agnelo com um golpe milionário e sugere o envio das informações ao Ministério Público Federal (MPF) para que a investigação seja aprofundada. Os desdobramentos do caso dirão se o ex-ministro terá condições de se livrar das graves acusações ou se ele aumentará a lista dos políticos de Brasília flagrados com a mão no dinheiro público.

ACUSAÇÃO

No inquérito, o delegado afirma que Agnelo “teria se valido da condição de ex-ministro” para ser favorecido pelo esquema de corrupção. Agnelo nega.

ÉPOCA teve acesso ao relatório da Polícia Civil. “Os indícios preliminares colhidos sugerem que Agnelo Queiroz teria se valido de sua condição de ex-ministro do Esporte para se beneficiar de um suposto esquema de desvio de recursos pertencentes a associações que receberam verbas do programa Segundo Tempo”, afirma, no documento, Giancarlos Zuliani Junior, o delegado responsável pela investigação. A origem das irregularidades foi o repasse de R$ 2,9 milhões para a Federação Brasiliense de Kung Fu (Febrak) e para a Associação João Dias de Kung Fu. O maior convênio, de R$ 2 milhões, foi assinado em 2005 pelo então secretário executivo da pasta e atual ministro, Orlando Silva, com a Febrak.

A federação teria de desenvolver atividades desportivas com 10 mil alunos da rede pública de ensino enquanto não estavam em sala de aula. O segundo convênio, de R$ 920 mil, foi firmado com a associação em 2006, quando Agnelo não era mais ministro do Esporte. Segundo a polícia, as associações, presididas pelo policial militar, professor de kung fu e suplente de deputado distrital João Dias (PCdoB), se apropriaram de R$ 2 milhões dos convênios sem prestar os serviços combinados.

A investigação sustenta que as ONGs de Dias forjavam a compra de materiais que seriam usados durante as atividades com as crianças, tais como quimonos, jogos de xadrez, damas, varetas e alimentos. As associações teriam atuado em conluio com empresas que forneciam notas fiscais frias para driblar a fiscalização do ministério.

De acordo com a apuração da polícia, empresas de fachada cobravam 17% do valor das notas para emitir os papéis frios, sacar os recursos depositados pelas associações em suas contas e devolver o dinheiro para as ONGs de João Dias. Os investigadores afirmam que Dias desviou recursos para a compra de uma casa avaliada em R$ 850 mil para construir duas academias de ginástica e financiar sua campanha para deputado distrital em 2006.

O INÍCIO

Então secretário, o atual ministro Orlando Silva assinou com João Dias o contrato com a Febrak. Segundo uma testemunha, desse convênio teriam saído R$ 256 mil para Agnelo.

Uma testemunha disse ao delegado Giancarlos Zuliani que sacou entre os dias 7 e 8 de agosto de 2007 o equivalente a R$ 335 mil em uma agência do Banco de Brasília, o BRB. Essa testemunha não será identificada na reportagem porque, segundo um envolvido nas investigações, ela ainda não está sob proteção da polícia. A mesma testemunha disse que colocou R$ 256 mil numa mochila e seguiu até a cidade-satélite de Sobradinho, acompanhada de Eduardo Pereira Tomaz, principal assessor de João Dias nos projetos do Segundo Tempo. Chegando ao local indicado, o estacionamento de uma concessionária de motos, um Honda Civic de cor preta, diz a testemunha, estacionou ao lado do carro onde estava com Eduardo. Eduardo, prossegue o relato, entregou a mochila com o dinheiro ao passageiro do carro preto.

A testemunha diz ter identificado o homem que pegou a mochila. “O local onde ocorreu a suposta entrega possuía boa iluminação, razão pela qual o declarante pode afirmar com convicção que Agnelo Queiroz foi a pessoa que recebeu a mochila contendo R$ 256 mil”, diz o relatório da polícia. O depoimento fornece detalhes do encontro em Sobradinho. O ex-ministro teria despejado o dinheiro no chão do carro para conferir os valores e, ao final, tirado R$ 1.000 e dado como gorjeta para Eduardo e para a testemunha.

Eduardo e João Dias foram presos temporariamente durante a Operação Shaolin. Um manuscrito encontrado na casa de Dias chamou a atenção dos policiais. Trata-se de um bilhete que relaciona o número “300.000″ ao nome “Agnelo”. O papel foi submetido a perícia, que identificou João Dias como o autor do manuscrito. Gravações telefônicas autorizadas pela 3ª Vara Criminal de Brasília, segundo os investigadores, interceptaram ligações realizadas por Ana Paula Oliveira, mulher de Dias, para Agnelo Queiroz na manhã de 5 de abril, logo após a prisão de João Dias Ferreira. De acordo com a investigação, Ana Paula tentou falar três vezes com Agnelo para “solicitar a indicação de um advogado para defender seu marido na situação relacionada ao Segundo Tempo”. Em outro momento, segundo a polícia, Dias quis auxílio de Agnelo para se defender em uma ação civil pública promovida pelo Ministério Público Federal.

O IMÓVEL

A casa de João Dias em um condomínio nos arredores de Brasília. Dias comprou-a enquanto recebia dinheiro do Ministério do Esporte

A polícia indiciou sete pessoas, entre elas João Dias e Eduardo Pereira Tomaz. Além de sugerir o envio das informações para o MPF, Zuliani pede que seja feito um rastreamento dos telefones celulares usados por Agnelo e pelos outros envolvidos na suposta entrega de dinheiro em Sobradinho. Propõe, também, que sejam pedidos os extratos telefônicos que contêm as chamadas geradas e recebidas pelas linhas usadas pelos suspeitos, inclusive Agnelo.

Agnelo nega ter recebido dinheiro proveniente das associações ligadas a João Dias. Diz não ter havido o encontro em Sobradinho descrito pela testemunha e ataca os investigadores. “Esse é um inquérito ilegal e clandestino, arquitetado por uma facção da Polícia Civil do Distrito Federal que estava sob o comando dos meus adversários e que tinha na linha de frente o ex-governador José Roberto Arruda”, afirma.

“Esse dossiê, travestido de relatório final de um inquérito, produzido por um grupo da Polícia Civil do Distrito Federal que não tem competência legal para fazê-lo, está sendo usado por meus adversários políticos do momento para tentar equiparar a minha biografia ao prontuário policial deles.” Indagado sobre sua relação com João Dias, Agnelo afirma que foram “correligionários” no PCdoB na eleição de 2006, mas nega que tenha recebido pedido para ajudá-lo na defesa contra a denúncia do MP. “A investigação obedeceu a todas as condições técnicas e foi concluída”, afirma o diretor da Polícia Civil do Distrito Federal, Pedro Cardoso. “O relatório foi encaminhado pelo delegado constituído para a Justiça.”

João Dias nega o envio de pacotes de dinheiro para Agnelo. “Não existe possibilidade de qualquer tipo de benefício direto ou indireto ao ex-ministro Agnelo. Nunca houve nenhum tipo de ajuda financeira”, disse Dias a ÉPOCA. Dias afirma que não escreveu o bilhete e se compromete a fazer novos exames grafotécnicos para provar que a letra não é dele. De acordo com o Ministério do Esporte, os convênios com as associações de kung fu foram firmados obedecendo a critérios técnicos.

O ministério diz que o dinheiro desviado, avaliado em R$ 4 milhões em valores atuais, foi cobrado dos representantes das ONGs. Eduardo Tomaz nega o encontro de Sobradinho e a entrega do dinheiro relatada pela testemunha no inquérito.

Diz uma lei não escrita, estabelecida há meses na política do Distrito Federal, que não vence as eleições quem tiver mais votos, mas quem conseguir sobreviver a denúncias de corrupção. Para Agnelo, o maior desafio agora não é enfrentar uma disputa com Roriz, mas provar que as acusações contra ele são inconsistentes.

PT: ameaça e intrigas


Comando da campanha petista à Presidência teve de intervir pesado para evitar que os companheiros mais afoitos reeditassem escândalo dos 'aloprados' (2006).

Veja.com - Policarpo Junior e Daniel Pereira

"Campanha é lama, irmão!" Este era o bordão usado por um operador de terceiro escalão do PT de São Paulo quando seu chefe-candidato perguntava se ele e a turma não estariam indo longe demais nas atividades de coleta de evidências potencialmente desastrosas para os adversários. O candidato foi aceitando a justificativa até que a lama estourou mesmo foi no colo dele. O PT nacional agiu de forma bem mais rígida com os companheiros sinceros mas radicais que estavam tentando montar em Brasília um esquema de espionagem de adversários e até de correligionários rivais baseados na ideia de que campanha é lama. Os companheiros mais afoitos foram ao mercado em busca das competências necessárias à execução das missões planejadas. Profissionais para esse tipo de trabalho abundam em Brasília, e eles foram contatados. São policiais, ex-agentes dos serviços de espionagem do governo e detetives particulares especializados em obter provas de adultério ou fazer varreduras ambientais e telefônicas para afastar a possibilidade de grampos. A turma começava a exercitar os músculos e testar suas rotinas subterrâneas quando o pessoal do andar de cima soube do que se passava naquela casa do Lago Sul protegida por muros altos e vigiada por seguranças. Desceu sobre eles então uma rajada de bom senso vinda do comando da campanha mandando parar com toda atividade de inteligência que se valesse de métodos ilegais. Houve gritos de "é para parar com isso já" e ameaças de demissão dos envolvidos nos planos.

"Já tivemos problemas demais com esse tipo de coisa no passado, deixando que fosse muito longe. A ordem agora foi cortar tudo pela raiz de uma vez por todas", diz um dos mais próximos colaboradores de Dilma Rousseff, candidata do PT, de quem partiu a ordem irada para alagar os porões que, de outra forma, iniciariam suas operações. Dilma deixou claro a outro colaborador próximo sua posição sobre a questão: "Não é para fazer nada disso. Se fizer, demito. Mesmo assim, se aparecer sobre minha mesa, jogo no lixo sem ler". Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos, dizia com amargura que algumas vezes ele se sentia de pés e mãos amarrados no exercício do cargo, como se desse ordens em um cemitério: "Ninguém embaixo ouve". Se na Presidência é assim, o que não seria em uma campanha presidencial?

Em outras palavras, será que a estrutura montada na casa de Brasília, alugada por 18 000 reais, onde trabalham dezenas de pessoas, deu marcha a ré na linha de montagem de ilegalidades e passou a funcionar apenas como o braço de comunicação e internet da campanha? Ninguém pode responder com toda a certeza. O que se sabe é que a linha justa foi dada por Dilma Rousseff - e é sobejamente conhecida sua disposição, demonstrada no cargo de ministra, de garantir que abaixo dela as pessoas não se finjam de mortas para descumprir ordens.

Leia a matéria completa, aqui


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vinte dias depois, navio inaugurado por Lula e Dilma ainda não foi ao mar

Lula inaugura o navio inacabado no Porto de Suape: manobra para driblar a lei eleitoral.

Veja.com - (Fernando Mello, de Recife)


No dia 7 de maio deste ano, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e o presidente Luiz Inacio Lula da Silva participaram do primeiro evento juntos desde a saída de Dilma do governo. Lula e Dilma “inauguraram” o petroleiro Suezmax, batizado de João Candido, com capacidade para transportar 1 milhão de litros de petróleo.

Os dois foram aplaudidos principalmente pelos funcionários do Estaleiro Atlântico Sul, que construiu a embarcação sob encomenda da Transpetro, subsidiária da Petrobras. O João Cândido foi comemorado como a retomada da indústria naval brasileira, já que é o primeiro navio do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota) da Transpetro.

Desde então, o petroleiro continua estacionado no porto de Suape.

Dilma com o navio João Cândido ao fundo, no dia do batismo

VEJA.com foi ao porto saber porque o navio ainda não foi ao mar. Segundo dois funcionários ouvidos no local, faltam partes do motor e placas de revestimentos de aço. A assessoria de imprensa da Transpetro, indicada pelo estaleiro para se pronunciar sobre o assunto, afirma que faltam apenas “acabamentos”. Mesmo assim, admite que o petroleiro inaugurado por Lula e Dilma só fará sua primeira viagem em setembro. Segundo a empresa, esse dado foi divulgado à época e o batismo e o lançamento ao mar antes da entrada em operação são rotineiros “em qualquer lugar do mundo”.

A lei eleitoral não permite inaugurações a partir de julho. Ou seja, Lula e Dilma não poderiam inaugurar a embarcação em setembro, quando ela realmente estará apta a navegar.

O petroleiro já está na propaganda oficial do governo e na campanha de Dilma. Foram entrevistados trabalhadores que ajudaram na obra.

No evento do começo de maio,o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves dos Santos, encerrou sua fala com ” bom Dilma para todos”. Antes, havia dito, ao agradecer a Lula pela retomada da indústria nacional, que “se dependesse do povo trabalhador, o seu mandato seria igual ao de Fidel Castro”.


Pará - PMDB rompe com PT. Jader sai para o Senado

João Carlos Magalhães, do UOL:

Depois de cerca de oito meses de indefinição, o PMDB no Pará decidiu que não irá se coligar com o PT para apoiar a reeleição da governadora petista Ana Júlia Carepa.

Em reunião na noite de ontem, os peemedebistas decidiram que lançarão candidatura própria. Inicialmente, o escolhido foi o deputado estadual Domingos Juvenil, presidente da Assembleia Legislativa.

Ficou definido também que o deputado federal Jader Barbalho, principal líder da sigla no Estado, tentará voltar ao Senado, onde chegou a ser presidente.

Em 2001, ele renunciou ao cargo de senador, em meio a escândalos de corrupção.

A reedição da aliança que elegeu Ana Júlia em 2006 era considerada muito importante para a reeleição da governadora, e essencial para compor um palanque forte para a pré-candidata ao Planalto do PT, Dilma Rousseff, no Estado mais populoso da região Norte.

Durante o período de negociação, diversas lideranças nacionais petistas foram a Belém (PA) tentar convencer Barbalho, como o ministro José Padilha (Relações Institucionais) e o ex-ministro José Dirceu.

Mas as rusgas acumuladas durante os três anos e meio de governo estadual, no qual o PMDB diz ter sido escanteado pelos petistas, e os resultados de pesquisas de intenção de voto, indicando altos índices de rejeição de Ana Júlia, animaram os peemedebistas.


Tesoureiro petista é condenado em SP

Filippi Jr. terá de devolver até R$ 2,1 mi para Prefeitura de Diadema por ter contratado advogado sem licitação.

Deu na Folha de S. Paulo - Mário Cesar Carvalho

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou o futuro tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff e ex-prefeito de Diadema, José de Filippi Junior, a devolver valores que podem chegar a R$ 2,1 milhões para os cofres da prefeitura daquela cidade.

A decisão ocorreu pela contratação sem licitação do escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh. Filippi Jr. e Greenhalgh são do PT.

O escritório de Greenhalgh foi contratado pela Prefeitura de Diadema entre 1983 e 1996. Defendeu só duas causas, segundo o Ministério Público, e ganhou cerca de R$ 2,1 milhões pela tarefa. A prefeitura contava com 51 procuradores para defender os interesses da cidade, de acordo com a Promotoria.

O tesoureiro de Dilma foi condenado em duas decisões do TJ. Na primeira delas, houve um voto a favor dele, o que tornou possível a reavaliação do caso. No segundo julgamento, perdeu por 4 a 1.

O valor a ser devolvido será calculado só quando houver uma decisão definitiva sobre o caso. O ex-prefeito pode recorrer da decisão.


Oposição procura nome para vice de Serra

Tasso, Sérgio Guerra, Kátia Abreu e até Itamar Franco são lembrados

Deu em O Globo- Adriana Vasconcelos:

Se não bastassem as preocupações suscitadas pelo resultado das últimas pesquisas de intenção de votos, que apontam o empate técnico entre o tucano José Serra e a petista Dilma Rousseff na disputa presidencial, a oposição agora enfrenta um novo problema: encontrar um vice para a chapa tucana até a convenção nacional do partido, marcada para o próximo dia 12 de junho.

Já sem esperanças de ter o ex-governador mineiro Aécio Neves no posto, PSDB, DEM e PPS começam a discutir internamente outras alternativas ao seu nome, como, por exemplo, o do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

— Se dependesse de mim, seria o Tasso — tem repetido o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), em conversas reservadas.

Apesar da grande recepção preparada na semana passada para Serra no Ceará, Tasso voltou a dizer esta semana aos companheiros de partido que não quer a vice. Ele teria confidenciado a amigos que um dos motivos seria porque não aceitaria levar bronca de Serra e que, se fosse escolhido, haveria crise entre os dois logo no começo.

Pesam a favor da indicação do nome de Tasso o fato de ele ser nordestino e também o de ter popularidade no Ceará, o que poderia ajudar Serra a capitalizar os votos dos eleitores do ex-presidenciável Ciro Gomes.

Outra alternativa seria o nome do senador Sérgio Guerra, também nordestino. Ele é hoje um dos principais interlocutores do pré-candidato tucano e tem sido fundamental na negociação das alianças estaduais do PSDB e na ampliação do palanque nacional de Serra. Sua preocupação principal ontem, porém, era colocar um ponto final nas especulações em torno do nome de Aécio.


Serra é destaque no programa do DEM, mas partido não ataca Dilma Rousseff

Com Blog Reinaldo Azevedo - Veja Online

José Serra, ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, foi o grande destaque do horário político do DEM, que foi ao ar há pouco (vídeo acima). O programa, a exemplo da peça petista, exibida no dia 13 de maio, teve uma mensagem absolutamente clara, sem ambigüidades. Embora nem um nem outro tenham falado em eleição, os recados são inequívocos: para os petistas, Dilma é a melhor para dar continuidade à obra de Lula; para os democratas, Serra é o melhor para o Brasil conquistar mais do que já tem. E os dois estão falando sobre a mesma coisa: a disputa presidencial de outubro próximo. Mas os programas também têm uma diferença importante: o PT atacou Serra; o DEM não atacou Dilma Rousseff.

O DEM levou ao ar trechos do discurso que Serra fez no Encontro Nacional do dia 10 de abril, que reuniu PSDB, DEM e PPS. Da longa fala, deu-se destaque aos seguintes temas:

- agricultura:

- meio ambiente:

- segurança pública;

- Justiça.

O partido também deu ênfase ao trecho em que o tucano diz que um governo deve unir a nação, sem incentivar as disputas. Coube ao senador Agripino Maia (RN) a única referência explícita ao PT, partido, que, segundo ele, semeia a discórdia. Paulo Bornhausen (SC), líder do DEM na Câmara, fez a abertura. Trecho do discurso do deputado Rodrigo Maia (RJ), presidente da legenda, também foi ao ar. O prefeito Gilberto Kassab, de São Paulo, foi o segundo que mais apareceu: destacou as parcerias com o governo do Estado na cidade.

No que concerne a valores, o horário do DEM procurou evidenciar as ligações de Serra com os trabalhadores: o pai pobre, a criação do FAT, o Seguro Desemprego e a homenagem prestada aos operários que criaram o Rodoanel. O conjunto resultou otimista e triunfalista.

Justiça

Tão logo raie o dia, o PT entrará com uma representação no TSE contra o programa do DEM, sustentando que não poderia haver a intervenção de uma político de outra legenda. Certo como dois e dois são quatro. Em sua defesa, o DEM argumentará que apenas apresentou trechos de um víodeo, que isso é possível etc. Vamos ver. Dificilmente o argumento vai convencer os juízes. A exemplo do PT, não parece que o Democratas esteja muito preocupado com o horário político do primeiro semestre de… 2011!!!

Diferenças entre os horários do DEM e do PT

Exceção feita à discretíssima fala de Agripino, para quem o PT semeia a discórdia entre brasileiros, o programa do DEM ignorou seu principal adversário. E ninguém fez menção desairosa à candidata Dilma Rousseff. Já o PT tentou desqualificar Serra, fazendo-o representante de um governo que não teria apresentado nada de bom. Ou por outra: o DEM, por intermédio da edição de um discurso de Serra, pretendeu exibir as suas virtudes, mas sem atacar a candidata petista. Outra diferença importante: Lula apresentou Dilma como uma desconhecida que precisasse de recomendações. Os democratas não fizeram menção a Serra; nem citaram seu nome. Era como se ele se auto-apresentasse.

Não tenho contas a prestar a patrulheiros. Mais eles me patrulham, mais eu os mando plantar favas em vez de lhes fazer as vontades. Não dependo da boa-vontade deles para existir nem me sinto compelido a lhes dar satisfações. Lastimei a escolha que o PT havia feito pela ilegalidade na campanha eleitoral, cujo retrato são as quatro multas que Lula já recebeu do TSE e as duas aplicadas a Dilma. A questão que tem de ser respondida é se o PT será monopolista da transgressão das leis, e seus adversários, monopolistas da coerência. Aí a luta fica desigual. À Justiça então.

A peça, em si, foi boa. Terá sido eficiente? O tempo vai dizer.

Observo que pretendo ser coerente. Sobre o programa do PT, escrevi no dia 14 de maio e sustento ainda agora:

(…)

O PT, então, vai pagar alguns tostões de multa - imaginem o que representam R$ 25 mil reais em meio aos milhões que circulam numa campanha - e vai perder o tempo a que teria direito no semestre que vem, que nem é ano eleitoral!? A conclusão é uma só: o crime compensa. Assim, ou se opta pelo erro ou se passa, então, por bobo. O programa do DEM será no dia 27 de maio; o do PPS, em 10 de junho, e o do PSDB, 17 do mesmo mês. O que deve fazer cada um desses partidos? Respeitar a lei e dar ao PT a vantagem comparativa de mandar a legislação às favas ou responder na mesma moeda, apostando numa multa irrisória e na perda do tempo em 2011, quando os programas serão mesmo irrelevantes? Não fazê-los será até medida de economia!

Civilizados, diremos todos: “Não! Há que se seguir a lei! Um erro não justifica o outro!” E assim segue, então, o PT, sempre confiando que a coerência é uma cruz que deve ser carregada apenas por seus adversários, nunca pelo próprio partido? Boa parte das facilidades que Lula encontrou para governar, diga-se, decorreu deste fato: as oposições votaram com seus princípios; o PT, com o oportunismo.

(…)

Isso define a atuação política mais geral do partido. Quanto ao mais, noto que a histeria legalista seletiva é sempre um problema a mais, nunca uma solução. Continuo firme no propósito de que a lei deve valer para todos. Só para encerrar: o programa do DEM não trouxe nenhuma mentira. O do PT se excedeu nelas, conforme escrevi no próprio dia 13. Escrevi e posso demonstrar. Fica bom assim?


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Aécio descarta ser vice de Serra e rebate 'falta de patriotismo'

Aécio chama de piada acusação de "falta de patriotismo" por rejeitar vice

Folha.com - PAULO PEIXOTO - DE BELO HORIZONTE

Ao descartar mais uma vez a possibilidade de ser vice na chapa presidencial de José Serra (PSDB), o ex-governador de Minas Aécio Neves (PSDB) respondeu como sendo "piada" a acusação de "falta de patriotismo" feita por empresários de São Paulo ligados ao tucano paulista.

"Ninguém teve mais gesto de generosidade do que eu. Chega a ser uma piada", afirmou Aécio, referindo-se ao fato de ele ter, em dezembro passado, aberto mão da disputa pela candidatura à Presidência dentro do PSDB em favor de Serra.

Segundo reportagem publicada hoje pela Folha, além da cúpula tucana, empresários paulistas ligados a Serra enviariam recados ao ex-governador mineiro sobre a "importância" de ele aceitar o convite para formar chapa puro-sangue com Serra.

Alguns chegaram a dizer que seria "falta de patriotismo" de Aécio não sair candidato a vice, principalmente num momento em que a candidatura precisa de fôlego novo.

Nesta quinta-feira, Aécio disse novamente que vai disputar uma cadeira para o Senado e afirmou que o PSDB e os aliados dos tucanos precisam "conter as ansiedades".

Aécio deu a declaração após um encontro político com o ex-presidente Itamar Franco (PPS) e o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), pré-candidato à reeleição. Itamar pode compor com Aécio a chapa para o Senado em Minas Gerais.

O mineiro afirmou que essa é uma decisão pessoal e que ela não pode alterada com base na opinião de outros, mesmo que seja com boas intenções.

"No momento em que abro mão da minha pré-candidatura, faço isso para garantir a unidade partidária e para me aliar ao companheiro José Serra", disse. "Elas [as opiniões] são legítimas, mas a minha decisão tem que ser tomada a partir de uma análise muito profunda que eu faço do cenário político."

E acrescentou: "Estou convencido que a melhor forma de ajudar a vitória do governador Anastasia em Minas Gerais e do companheiro e amigo [ex-]governador José Serra é estando em Minas Gerais como candidato ao Senado. Não houve nenhuma modificação no cenário. É preciso que essas ansiedades sejam contidas."

Segundo Aécio, o PSDB tem o melhor candidato à Presidência e o melhor projeto. Ele ainda disse que como candidato ao Senado por Minas estará dando "o meu suor e meu sangue para vitória desse projeto".


quarta-feira, 26 de maio de 2010

Serra afirma que governo Lula inaugura poucas obras completas

Folha.com - CIRILO JÚNIOR - DO RIO

O pré-candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, disse hoje no Rio que o governo Lula inaugura poucas obras "completas e terminadas".

Serra, que caminhou durante meia-hora pelo calçadão do centro de Duque de Caxias, na baixada fluminense, ao lado do prefeito da cidade, José Camilo Zito (PSDB), criticou o ritmo de execução das obras do PAC. "Vamos fazer acontecer no Brasil. É um país em que se anuncia muito e se inauguram poucas obras completas. Uma das características que tenho na vida pública é fazer acontecer", disse.

Durante a caminhada pelo calçadão, Zito apresentava Serra aos eleitores como "o homem do genérico". "Ele é competente, leal e preparado para governar o país. O melhor para o Brasil é Serra", completava o prefeito ao se dirigir às pessoas.

Mas o pré-candidato foi recebido com pouca empolgação pelos eleitores que passavam pelo centro. Serra criticou a qualidade do transporte público para a baixada e disse que uma das principais necessidades da região é a implantação do metrô de superfície.

O ex-governador acrescentou que de cada oito projetos do PAC no Rio, apenas um foi completado. Prometeu que vai concluir as obras já inciadas.

"Tem muita coisa para tocar. Não vou interromper nada que já tenha começado. O que não saiu do papel, vamos olhar e, se puder, melhorar", afirmou


Tenho horror à ilegalidade

Comentário de Ricardo Noblat

Eleição não se ganha apenas no voto. Você pode roubar votos e ganhar uma eleição. Ela não será legítima.

Você pode desrespeitar a lei, extrair vantagens disso e ganhar. A eleição não será legítima.

A legitimidade dela decorre do respeito à lei.

Foi a Justiça quem multou Lula quatro vezes por fazer propaganda antecipada da candidatura de Dilma. Ela, e somente ela numa democracia, pode declarar legítima ou não a eleição de quem quer que seja.

Recentemente, a Justiça cassou o mandato de 3 governadores - Maranhão, Tocantins e Paraíba. Fora os cassados e seus partidários do peito, não vi ninguém dizer que a Justiça havia aplicado um golpe.

Quase sempre a Justiça é vítima de golpes. E também de sua própria lerdeza, miopia e comprometimento.

Não interpretem o que digo como uma defesa da cassação da candidatura de Dilma como estão fazendo por aí blogueiros de aluguel, pessoas oportunistas ou equivocadas.

Porque não é.

Tenho horror a cassações.

Porque é o voto popular que vai para o lixo quando isso acontece.

Mas da mesma forma tenho horror à ilegalidade.

No passado, senti seus efeitos na pele. E não gostei.


Pressão de Serra surte efeito

Eleições 2010

Radar on-line - Por Lauro Jardim

Surtiu efeito a pressão de José Serra sobre a CNI para que o formato do encontro entre presidenciáveis fosse de debate, permitindo que eles façam perguntas um ao outro. Ao fim da sabatina de ontem, Robson Andrade, que assume o a presidência da CNI terça-feira, se reuniu com a diretoria da entidade e propõs que seja feito um novo encontro entre os presidenciáveis no segundo semestre, mas desta vez com direito a eles fazerem perguntas entre si. O atual presidente, Armando Monteiro Neto, apoiou a ideia.


PDT afirma que não aceitará Suplicy como vice de Mercadante


O PDT de São Paulo divulgou nota para dizer que não aceitará uma chapa puro-sangue na disputa ao governo paulista, com o senador Eduardo Suplicy (PT) como vice do senador Aloizio Mercadante (PT).

Na mensagem, assinada pelo deputado Paulo Pereira da Silva, presidente do PDT-SP, o partido afirma que o indicado será o deputado estadual Major Olimpio.

"Vamos indicar [o vice] e se o PT ou candidato não aceitarem, podem seguir seu caminho e nós seguiremos o nosso", afirma Paulinho.

Nesta quarta-feira, o deputado almoçou com o presidente do PT de São Paulo, Edinho Silva, em Brasília. O petista defendeu a indicação de Suplicy e a indicação de um membro do PDT como suplente da ex-prefeita Marta Suplicy, pré-candidata ao Senado. Segundo a nota, no entanto, Paulinho exigiu a indicação de vice.

O próprio Mercadante já afirmou que Suplicy seria bem vindo na chapa. "Em princípio, a indicação da vice ficou pré-acordada com o PDT, mas eu acho que há espaço pra gente construir a possibilidade de o Suplicy ser o vice", afirmou o senador no começo desta semana. A aliança de Mercadante terá 11 partidos.


Charges do dia







Dilma foge de debates

Correio Braziliense - Por Denise Rothenburg:

Orientada pelo presidente Lula, a pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, não quer saber de debates diretos com os adversários nessa fase da pré-campanha.

Ontem mesmo na Confederação Nacional da Indústria (CNI), a ideia inicial dos empresários era um confronto direto entre os três, só que o comando de campanha de Dilma recusou a oferta.

Os organizadores, então, partiram para o modelo adotado em outras oportunidades em que os três se encontraram: cada um faz uma exposição, responde a perguntas e deixa o auditório para o próximo concorrente.

A candidata petista tem recusado todos os convites de debates, inclusive da construção civil, que deve fazer um parecido com o da CNI.

A ideia de Lula é deixar Dilma fora do confronto e aproveitar a lufada de ar nas últimas pesquisas para tentar consolidar uma liderança e organizar os palanques, ficando os debates para um momento em que ela estiver numa posição em que o comando de campanha considere mais confortável.

Seus adversários, no entanto, desejam o oposto. “É uma pena que não haja esse confronto”, afirmou Marina Silva (PV). “A população precisa de debates de ideias justamente para poder comparar as propostas nas mais diversas esferas e hoje temos um isolamento de cada um”, afirmou José Serra.

“Vamos propor um debate ao longo da campanha”, comentou o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais, Robson Andrade, que assume a Presidência da CNI a partir do mês que vem, quando o atual comandante da Confederação, Armando Monteiro Neto, deixa o cargo para se dedicar à campanha para o Senado em Pernambuco.


Dilma se irrita com Pimentel

Deu em 'O Globo'  - Por IIlimar Franco:

A pré-candidata à Presidência pelo PT, Dilma Rousseff, demonstrou contrariedade ontem com Fernando Pimentel, um dos coordenadores de sua pré-campanha. Ao deixar a entrevista coletiva na CNI, ela foi abordada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte, que cochichou em seu ouvido. "Depois, depois", respondeu a ex-ministra. Ele insistiu, e Dilma, contrariada, o afastou com o braço e fechou a cara: "Depois", repetiu ela, em tom ríspido.


Para tucanos, Aécio como vice ajudaria Serra a retomar dianteira nas pesquisas

Folha.com - GABRIELA GUERREIRO E
VALDO CRUZ - DE BRASÍLIA

Apesar de o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, tentar minimizar as pressões para que Aécio Neves seja seu vice, a cúpula tucana pretende conversar com o ex-governador mineiro nos próximos dias para cobrar dele uma definição.

Tucanos avaliam que um anúncio de Aécio para vice pode representar um "fato novo" que ajudaria Serra a retomar a dianteira nas pesquisas, além do uso dos programas na TV do PSDB e de aliados em junho.

Hoje acabam as férias do mineiro. Por enquanto, há sinais contraditórios sobre sua decisão. Alguns aliados continuam afirmando que ele será candidato ao Senado, enquanto outros acreditam que ele já não descarta a possibilidade de formar uma chapa puro-sangue tucana.

Ontem, Serra (PSDB), disse não haver "nada nas pesquisas que imponha que teria que ser o Aécio ou não [o vice]. Isso que está acontecendo nas pesquisas a gente até previu alguma coisa".

Ele afirmou que não pressiona Aécio para integrar sua chapa. "Convenhamos, há vários atores importantes [na campanha], mas eu seria o maior de todos. Eu nunca desenvolvi isso [pressão]."

O tucano disse que não fez "nada de errado" até agora, a não ser "perder a paciência uma vez ou outra". Por isso negou que pretenda intensificar o seu ritmo de viagens para tentar reverter a vantagem de Dilma.

Segundo o pré-candidato, a campanha só vai começar "depois da Copa do Mundo e, principalmente, depois do horário eleitoral" no rádio e na TV, com o início dos debates entre os presidenciáveis. "Até lá, a gente vai indo."


Serra deve ocupar cerca de oito minutos do programa do PTB

Folha.com - CATIA SEABRA  - DE SÃO PAULO

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, deve ocupar aproximadamente oito minutos do programa que o PTB levará ao ar no dia 24 de junho.

O presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson (RJ), já teve uma conversa com o coordenador de comunicação da campanha, Luiz Gonzalez, sobre o programa. A ideia é exibir cenas da convenção do PTB, que acontecerá nos dias 18 e 19 de junho, em São Paulo.

"Só preciso de um a dois minutos para apresentar Serra", explicou Jefferson. Segundo ele, a produção do programa ficará a cargo da equipe de Serra. "Não podemos errar", afirmou.

Ainda segundo o presidente do PTB, a aparição de Serra no programa --desde que com cenas da convenção-- obedece à lei.

Em 2002, o próprio PSDB tentou tirar do ar o programa em que o PTB veiculava cenas do discurso de Ciro Gomes na convenção partidária. Mas o TSE, segundo Jefferson, autorizou o uso das imagens.

Ontem, depois de almoço com Serra, Jefferson reiterou apoio ao PSDB. Segundo ele, o acordo está "fechadinho, fechadinho".

Na terça-feira, Jefferson e o tesoureiro do PTB, Benito Gama, se reúnem com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, e com Gonzalez para discutir o programa.


terça-feira, 25 de maio de 2010

TSE manda arquivar ação do PT contra o PSDB e Serra


De 'O Globo'

O ministro Aldir Passarinho Junior, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta terça-feira o arquivamento da representação do PT contra o PSDB e o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra. Os petistas alegavam que, no último dia 20 de maio, o PSDB fez propaganda antecipada em favor de Serra durante a inserção de 30 segundos no horário eleitoral gratuito na Bahia.

Eles afirmam ainda que os tucanos teriam ultrapassado "o direito salutar de crítica política" e, por isso, pediram a suspensão da veiculação da inserção que iria ao ar nesta terça-feira, além da notificação do partido e de Serra. Na representação, o PT pede a aplicação de multa e a cassação do tempo equivalente a cinco vezes no próximo semestre.

Segundo Aldir Passarinho Junior, a representação do PT afirma que a propaganda teria sido exibida no dia 20 de maio, data destinada à veiculação de inserções nacionais do DEM. No entanto, de acordo com documento anexo à representação, a transmissão ocorreu no dia 19 de maio. Sendo assim, a inserção foi exibida no dia programado para a veiculação de programas estaduais, ficando a competência do julgamento do caso para o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).


TRE absolve Kassab em processo de cassação de mandato

Tribunal Regional Eleitoral aceitou recurso de prefeito e vice-prefeita.

Ministério Público pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral.

Emilio Sant'Anna  - Do G1 SP

Em decisão unânime, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) absolveu na tarde desta terça-feira (25) o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e a vice-prefeita Alda Marco Antônio (PMDB), no processo de cassação de mandato contra os dois. Os seis desembargadores do TRE decidiram assim reformar a sentença de primeira instância.
 
Em fevereiro, Kassab e Alda tiveram seus diplomas cassados pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloisio Sérgio Rezende Silveira, por recebimento de doações irregulares. O juiz cassou o mandato de Kassab a partir de representação do Ministério Público Eleitoral que aponta doações de campanha irregulares em 2008 oriundas da Associação Imobiliária Brasileira (AIB).
 
Segundo o Ministério Público, a AIB funciona como extensão do Sindicato da Habitação (Secovi) que, por ser sindicato, é impedido por lei de fazer doações a candidatos.
 
O Ministério Público pediu revisão da prestação de contas de Kassab e da vice com base no artigo 30-A, da lei 9.504/97, e na lei 64/90, que preveem a cassação de registro e declaração de inelegibilidade por três anos quando comprovados captação ou gastos ilícitos de recursos. Kassab e Alda mantiveram-se em seus cargos graças a uma decisão judicial que garante a permanência até o julgamento final do processo.
 
Em entrevista ao G1, o advogado de Kassab e Alda Marco Antônio, Ricardo Penteado, afirmou que a decisão já era esperada por ele. " Era exatamente isso que esperávamos, pois não difere da jurisprudência", disse.
 
Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas a Procuradoria Eleitoral não entrará com recurso. Segundo Penteado, no entanto, mesmo no TSE o resultado deve ser o mesmo. "A jurisprudência no TSE também aponta para o mesmo sentido", afirmou.
 
Desde o início das cassações pela 1ª Vara Eleitoral de São Paulo, em outubro de 2009, 25 vereadores foram cassados pelo mesmo motivo; 14 deles recuperaram o mandato.
 

Twitter da discórdia

Veja.com - Por Adriana Caitano

Não é de hoje que deputados e senadores narram debates e votações do Congresso pelo Twitter. Mas as mensagens postadas nesta terça-feira no microblog pelo deputado Capitão Assumção (PSB-ES) deixaram os ânimos de muitos parlamentares exaltados.

Representante da classe policial, Assumção chegou à reunião de líderes que iria debater a PEC 300/08 – sobre a remuneração de policiais militares – querendo filmar tudo com um celular. Como o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB), o proibiu, o capitão passou a tuitar o que era dito na sala.

O problema é que, além de estar em uma reunião reservada, os outros parlamentares reclamaram que Assumção estava deturpando as palavras dos líderes na internet. Já no fim do encontro – que resultou na criação de uma comissão especial para definir o texto da PEC – o Capitão começou um bate-boca com os parlamentares que criticaram sua postura. “Se eu não puder tuitar, então vou embora”, dizia exaltado o policial. A resposta da deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi curta e grossa: “Então vá”.

Temer teve que adiantar o fim da reunião por causa do bate-boca. Ainda não se sabe se haverá alguma punição formal ao parlamentar. Mas, pelos corredores do Congresso, já se faz a comparação com o deputado federal indígena já falecido Mário Juruna, que costumava andar com um gravador para registrar todas as conversas que tinha com políticos, segundo ele, para provar que “os brancos não cumpriam a palavra”.

Descobriu a pólvora


“Nenhuma surpresa quanto à conduta dos Sarney. Já o PT tem dois caminhos: ficar com Flávio Dino ou se acabar no curral da oligarquia do Maranhão.”

Domingos Dutra, dirigente do PT maranhense, fingindo que ficou surpreso com a descoberta de que, além da famiglia Sarney, também a companheirada se dedica à exploração do comércio de palanques.



Lula usa comunicação do governo para Dilma

Eleições 2010 - Brasil

Veja. com - Por Lauro Jardim

Lula usou hoje a coluna semanal “O presidente responde”, distribuída pela Secretaria de Comunicação da Presidência para 153 jornais país afora, para fazer campanha para Dilma Rousseff. A última das três perguntas respondidas por Lula na coluna indagava sobre a continuidade do PAC no próximo governo. Lula então foi taxativo:

- A decisão sobre a continuidade do PAC caberá, evidentemente, ao próximo governo. (…) Se depender da minha vontade, o próximo governante vai conduzir esse bastão porque é indispensável ao desenvolvimento do nosso país e à geração de empregos. No entanto, tudo o que eu posso garantir é que quem participou da concepção e da execução das obras do PAC, obviamente dará continuidade ao Programa.

Não é nem preciso lembrar que há anos Lula faz questão de dizer, e a propaganda de Dilma de repetir, que ela foi a grande gestora do programa, qualificada inclusive como “mãe” do programa.