"Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito."

quarta-feira, 30 de junho de 2010

José Serra: agora podemos discutir sobre o Brasil

José Serra: “temos que olhar para frente”.


Com uma passagem rápida pela convenção do DEM, realizada há pouco em Brasília, o candidato à sucessão de Lula, José Serra (PSDB), se disse aliviado com o desfecho da disputa pela vaga de vice.

“[Agora] vou ter mais tempo para debater o que vou fazer para o Brasil do que sobre o vice, tema que já não está mais presente”, disse Serra na coletiva realizada ao lado do deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ) indicado para compor a chapa como vice.

Sobre a indicação Serra ressaltou o fato de Indio ser do Rio de Janeiro (terceiro maior colégio eleitoral do país) e as experiências anteriores como Secretário de Administração.

“Índio traz experiência em Administração que é uma área árdua. É homem de uma nova geração”, disse.

O candidato também brincou sobre a pouca idade de Indio.

“Ela não é tão novinho, 40 anos já é gente grande. É uma escolha harmônica”, ressaltou.

Quanto às possíveis fissuras que ficaram da disputa pelo vaga de vice, Serra foi enfático: “temos que olhar para frente”.


Tucanos seguem orientação e elogiam escolha de Indio

Adriana Vasconcelos, de O Globo:

Os tucanos elogiaram publicamente a escolha do vice Indio da Costa (DEM-RJ) na chapa do candidato à Presidência José Serra, seguindo rigorosamente a orientação da cúpula de encerrar de uma vez por toda a novela do vice. Reservadamente muitos tucanos afirmaram nem conhecer o deputado fluminense, que está em seu primeiro mandato na Câmara.

O ex-governador tucano Aécio Neves, o vice que Serra tanto queria, atuou nas últimas horas da negociação com o DEM e elogiou a escolha:

- É o nome escolhido. É uma cara nova do Rio de Janeiro. Agora, o principal é trabalharmos para virar a página de vice e seguir em frente.

No Twitter, o ex-prefeito Cesar Maia, guru político de Indio da Costa, foi de poucas palavras, mas deu o tom do clima a partir de agora: "Todos nós nos sentimos prestigiados com a decisão da escolha do dep. Índio da Costa. DEM e PSDB decidiram que candidato vice-presidente deveria ser do RJ. Escolha consensual recaiu no nome dep. Indio Da Costa".

Apesar dos esforços para mostrar que está tudo resolvido, o próprio presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra (PE), elogiou a escolha de Índio da Costa, mas, perguntado, admitiu que ainda preferia Álvaro Dias.

- É um nome de bastante de respeito, é um jovem líder, com grande capacidade de comunicação. Mas continuo achando que o Álvaro Dias seria o melhor candidato de todos - disse Sergio Guerra.

Serra sobre vice: “Vai ser um parceiro de primeira”

Veja.com - Por Luciana Marques e Sofia Krause, de Brasília

O candidato à Presidência José Serra fez diversos elogios a Indio da Costa (DEM-RJ), na primeira vez que falou sobre seu vice. Ele disse que Indio “vai ser um parceiro de primeira” por representar “novidade”, “renovação” e “esperança”.

Serra negou ter havido sequelas da crise entre DEM e PSDB após a escolha do vice. “Agora estamos olhando pra frente, numa batalha como essa a gente olha pra frente, sempre na perspectiva da unidade”, afirmou.

O candidato tucano também comentou a escolha anterior do PSDB para vice, com indicação do senador Alvaro Dias: “Nós tínhamos proposta de alguém muito preparado, altamente qualificado, não era escolha partidária, era alguém que dentro da lógica política acrescentava componente interessante na eleição”.

José Serra deu coletiva após Convenção do DEM, em Brasília.


Índio da Costa é o vice de Serra

Veja.com - Por Fernando Mello
 
 
O deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ) será o vice do tucano José Serra na disputa presidencial. Além de ser do Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país e local onde Serra tem problemas de palanque, ele foi relator do projeto Ficha Limpa, o que os aliados de Serra consideram um trunfo eleitoral.
 
A escolha foi feita em reunião entre Serra, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o presidente do DEM, Rodrigo Maia. Índio da Costa é ligado a Kassab e ao líder do DEM na Câmara dos Deputados, Paulo Borhausen. É amigo pessoal de Fernando Gabeira (PV).
 
O agora vice de Serra foi administrador regional (“prefeitinho”) quando Cesar Maia era prefeito, na Barra e em Copacabana.Depois, foi secretário de Administração. Ele namorou a filha de Cesar Maia. Vereador por três mandatos, está no primeiro mandato como deputado federal. Se distanciou do grupo dos Maias e é mais próximo hoje do grupo de Borhausen e Kassab.
 

Sobre as águas


Lula disse ao jornal Financial Times que sua missão de ex-presidente será “um mundo livre da fome e da pobreza (...) em que a paz não é mais utopia”.

À pretensão dele faltou explicar o papel de Deus nisso.


Alvaro Dias se vê fora da chapa como vice de José Serra

"Acho difícil manter minha candidatura a vice", disse ao iG. Candidatura de irmão no Paraná com apoio do PT inviablizou seu nome

Adriano Ceolin, iG Brasília

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) admitiu há pouco ao iG que sua candidatura à vice-presidente da República deverá ser encerrada nesta quarta-feira. A decisão do irmão dele, Osmar Dias (PDT), de se lançar ao governo do Paraná com o apoio do PT inviabilizou seu nome como vice na chapa de José Serra (PSDB) na disputa pelo Palácio do Planalto.

“Acho difícil manter minha candidatura a vice”, disse Alvaro Dias ao iG. “Muita gente do PSDB me ligou, mas meu telefone estava desligado. Devo falar com o pessoal daqui a pouco”, completou o senador. Ele havia sido anunciado vice de Serra na sexta-feira após uma sondagem com os partidos aliados ao PSDB. O DEM, porém, vetou o nome de Alvaro.

Segundo o senador, Osmar Dias falou por telefone com o presidente do DEM, Rodrigo Maia, para comunicar a decisão de se lançar ao governo. “Foi na reunião do DEM. O Alberto Lupion [deputado do DEM do Paraná] colocou o telefone no viva voz”, disse Dias, que preferiu não dizer que ficou magoado com o irmão.

Na noite desta terça-feira, a cúpula do DEM se reuniu em Brasília para discutir a aliança com o PSDB. O partido abriu uma crise com os tucanos após o lançamento de Alvaro Dias como vice na sexta-feira. Hoje ocorre a convenção do DEM para formalizar ou não o apoio a José Serra.


Disputa com Dilma será como final de Copa, diz Serra

Reuters, em O Globo on Line

Apesar de perder a liderança nas últimas pesquisas de opinião para a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, o candidato do PSDB, José Serra, afirmou que a disputa presidencial vai ser tão acirrada quanto uma final de Copa do Mundo.

Para ele, as pesquisas de opinião são voláteis e a cabeça do eleitor só vai estar formada depois do mundial da África do Sul, que acaba em 11 de julho.

"Pesquisa vai e vem... Essa vai ser uma eleição disputada. É como uma final de Copa do Mundo", disse Serra em entrevista gravada à GloboNews, que pôde ser acompanhada pela imprensa.

"Não pode achar que vai ser de goleada. Depois da Copa, a campanha vai acelerar, depois do horário eleitoral ela ganha perfil ... o eleitor só forma sua cabeça muito mais adiante", afirmou ele, que saiu sem falar com jornalista após o programa.

As duas últimas pesquisas de intenção de voto, divulgadas pelo CNI/Ibope e instituto Vox Populi, apontam a candidata petista com uma vantagem de 5 pontos percentuais sobre o tucano, que desde o início da pré-campanha liderava as sondagens.

"Não dá para imaginar que vai subir sempre e chegar a 60 por cento", avaliou.


PDT anuncia candidatura de Osmar Dias no Paraná

Senador havia se comprometido a apoiar o PSDB se seu irmão, Alvaro Dias, fosse o vice de Serra



Os tucanos fizeram todo os esforços possíveis, José Serra abriu até uma crise com o Democratas, tradicional aliado, mas mesmo assim o PSDB acabou traído pelo senador Osmar Dias (PDT), que deve mesmo concorrer ao governo do Paraná. A notícia foi divulgada no Twitter pelo prefeito de Cascavel, Edgar Bueno, também do PDT, e no blog Tijolaço, do deputado federal Brizola Neto.

Em seu blog, Brizola Neto escreveu: “Acabo de receber um telefonema do ministro Carlos Lupi que me informou ter ouvido, alguns minutos atrás, do Senador Osmar Dias que ele será o candidato da frente de partidos pró-Dilma ao Governo do Paraná, ocorra o que ocorrer com a indicação de seu irmão ao lugar de vice de José Serra”.

Osmar Dias era a única possibilidade de um palanque petista no Paraná e, por isso, vinha sendo cortejado por PSDB. O senador tinha se comprometido com os tucanos a apoiar a candidatura de Beto Richa (PSDB) ao governo do Paraná caso seu irmão, Alvaro Dias, fosse candidato a vice de Serra.

Alvaro Dias foi anunciado na chapa de Serra, o que abriu uma crise na aliança com o PSDB com o DEM, que pretendia indicar o nome do vice. A questão ainda não foi resolvida, os caciques dos dois partidos ainda têm uma reunião esta manhã antes da convenção dos Democratas. Resta saber se agora, diante do anúncio de Osmar Dias como candidato ao governo do Paraná, o nome de Alvaro Dias será mantido.


O PSDB, O DEM E OS IRMÃOS DIAS: NÃO DÁ MAIS PARA ERRAR


Num texto escrito na madrugada de ontem, afirmei que não procedia uma afirmação que circulava aqui e ali segundo a qual o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) “ameaçava” — estavam empregando tal verbo — os tucanos com a candidatura ao governo de Osmar Dias (PDT), seu irmão, caso não fosse ele, Álvaro, o vice do tucano José Serra. O clima era bem outro; as circunstâncias também.

Sem jamais endossar o modo como o PSDB conduziu as coisas — o arquivo está aí para prová-lo —, afirmei que Álvaro Dias era um bom vice e que isso agregava voto, sim. A questão sempre foi saber se a composição seria assimilada, uma vez que o DEM decidiu bombardear a opção. A decisão de Osmar era claudicante. A entrevista que concedeu ontem ao Estadão deixava isso claro. Como ele mesmo evidenciou, enfrentava uma pressão muito grande do governismo — afinal, pertence a um partido muito bem-aquinhoado pelo governo Lula.

Restava a impressão de que Osmar esperava um fato forte o bastante que o levasse a relativizar o tal acordo que teria feito com Álvaro de jamais empreender uma disputa entre irmãos. E a reação do DEM, estrepitosa como foi, lhe abriu essa janela: ele decidiu ser o candidato do lulismo ao governo do Paraná e sempre poderá dizer que a responsabilidade última coube ao outro lado, que não se decidiu a tempo.

E a desculpa, pouco importa se verdadeira, é verossímil. Vai alegar que esperou até quase a última hora, sem a certeza de que veria o irmão no palanque como vice de Serra e que não poderia ficar refém das indecisões de tucanos e democratas. E ninguém poderá dizer que a justificativa não faz sentido. Com efeito, até a noite de ontem, ninguém poderia dizer que o vice seria mesmo Álvaro Dias. E não se pode dizer nem agora, na madrugada, enquanto escrevo este texto. Convenham: para ele, não seria grande coisa abrir mão de disputar o governo, arrumar uma confusão no seu partido, o PDT e se contentar só com a reeleição ao Senado.

Segundo o ponto de vista do DEM, a decisão de Osmar funciona como um argumento a mais em favor da revisão da escolha. Se um palanque superforte no Paraná justificava o imbróglio, a motivação original ficou mais fraca — ainda que Álvaro Dias, evidentemente, não tenha perdido o seu próprio patrimônio eleitoral. Em caso de mudança de rumo, é preciso tomar cuidado para que isso seja bem-entendido pelo eleitorado do Paraná. E, creio, a esta altura, uma nova solução também não seria tranqüila para o senador. De resto, quem o DEM ofereceria como alternativa?

Dadas as circunstâncias e as inúmeras trapalhadas até aqui, PSDB e DEM precisariam — ou precisam — de um evento corretivo nesta quarta: chegar a um acordo (qual?) que lhes permita falar em nome da unidade. As pesquisas não autorizam a abordagem catastrofista que se vê aqui e ali — e isso não quer dizer que a situação seja fácil. É dificílima. Tucanos e democratas já esvaziaram a despensa de erros: já consumiram todos. Está na hora de começar a acertar um pouco.


terça-feira, 29 de junho de 2010

Líder do DEM diz que 'casamento' com PSDB está em crise

Rodrigo Maia diz que partido 'pode e deve' indicar o vice da chapa.
Tucanos preferem que vice de Serra seja senador Alvaro Dias (PSDB).

Por Thiago Guimarães
Do G1, em São Paulo

Os principais articuladores da aliança do DEM com o PSDB para a disputa da Presidência da República voltaram a cobrar publicamente o direito de o partido indicar o nome do vice de José Serra e afirmaram nesta terça-feira (29) que há possibilidade da crise ser superada se o PSDB recuar. “Acreditamos que estaremos juntos e que o partido pode e deve indicar o nome”, disse o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).

A decisão dos aliados precisa ser conhecida em menos de 24 horas. Quarta-feira (30) é o último dia do prazo para que os partidos realizem convenções e definam seus candidatos.

Para Maia, o principal a ser defendido é a tese de que o partido é maior que os nomes. “Acreditamos que o DEM deve indicar porque gera unidade”, afirmou. Ele garante que vai trabalhar “no limite" do partido para que a aliança seja concretizada. Para isso, garantiu que vai esgotar todo o dialogo para que a sigla, na convenção, possa aprovar a aliança. “O casamento está em crise, mas todo casamento em crise precisa de maturidade.”

Já senador José Agripino (DEM-RN) disse que é preciso “zerar o jogo”. Ele defende que é preciso recomeçar o processo de entendimento em torno do nome do vice e descartar a sugestão do nome de Alvaro Dias.

Nem Maia nem Agripino cogitaram nomes para o posto. Agripino disse que a questão foi a forma como o PSDB agiu e o fato de o anúncio ter sido feito sem conhecimento prévio. “Não era esse o combinado.” Ele negou que eventual cancelamento da convenção esteja em cogitação e tanto ele quanto Maia disseram que as conversas continuam.

Tucanos

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, deixaram por volta das 16h a reunião com os articuladores do DEM. “Estou otimista, a conversa começou ontem, continou hoje e vai continuar”, disse Guerra.

O encontro no Hotel Emiliano, em São Paulo, contou também com o deputado federal e vice-presidente nacional do DEM, Paulo Bornhausen (SC), o candidato ao senado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), o senador Cícero Lucena (PSDB-PB) e o deputado João Almeida (BA), líder do PSDB na Câmara dos Deputados.

O ex-presidente FHC disse que é preciso dar "tempo ao tempo”. Questionado se o DEM estará com o PSDB, ele se disse otimista. “Sempre estiveram, porque não vão estar agora?", afirmou. Ao ser questionado se tinha certeza da adesão na aliança, ele reforçou a impressão de esperança no acordo. "Certeza a gente nunca pode dizer que sim, mas estou otimista.”

FHC descartou ser um dos articuladores da paz entre os partidos e disse que foi ao encontro apenas para se informar do andamento das conversas. "O importante é cada um entender que o que está em jogo não são pessoas, é o processo histórico”, disse o ex-presidente.

FHC não descarta ruptura, mas diz estar otimista com apoio do DEM a Serra

FOLHA.COM - CATIA SEABRA E  BRENO COSTA
DE SÃO PAULO

Após cerca de três horas de reunião a portas fechadas em um hotel nos Jardins, em São Paulo, PSDB e DEM continuam num impasse sobre a definição do vice do tucano José Serra à Presidência. O DEM ficou insatisfeito com o papel de coadjuvante que lhe foi imposto, já que PSDB escolheu um vice tucano, o senador Álvaro Dias (PR), em detrimento de um democrata.

Tucanos presentes à reunião evitaram falar sobre o teor das conversas. No entanto, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não descartou a possibilidade de uma ruptura na coligação de Serra, com a saída do DEM da chapa.

"Certeza, nunca pode se dizer que sim. Mas estou otimista", afirmou FHC, ao responder se a aliança estava mantida. Segundo ele, "até amanhã [quando ocorre a convenção do DEM, em Brasília] ainda tem muito tempo".

O fim do impasse entre os partidos só deve ocorrer de madrugada, numa nova reunião, em Brasília.

Os representantes do DEM --deputado Rodrigo Maia, o senador Agripino Maia e o ex-senador Jorge Bornhausen-- permanecem reunidos no hotel.

A convenção do DEM, marcada para esta quarta-feira, servirá para definir se haverá ou não coligação formal com o PSDB em torno do tucano.

Ontem, Serra afirmou que a polêmica sobre a escolha de seu vice é "normal" e que ela será resolvida nos próximos dias. Ele está a caminho do Rio, onde gravará entrevista para a GloboNews.

"Nós vamos ter um bom entendimento ainda. É normal em política que, em certas situações, apareçam algumas dificuldades", afirmou.

Serra disse que não haverá problema na sua aliança. "Vamos ter uma boa solução."


FHC e Guerra vão a reunião para definir vice de Serra

O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) chegaram às 13h10 para uma reunião com os dirigentes do partido aliado, o DEM. Do encontro, deve sair uma solução para o impasse sobre o vice do candidato do PSDB à sucessão presidencial, José Serra. O PSDB propõe o nome do tucano Álvaro Dias (PR) para compor a chapa, mas os aliados querem indicar um democrata.

A reunião acontece em uma sala reservada, próxima ao restaurante do Hotel Emiliano, nos Jardins, região central de São Paulo. Já estão no hotel o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), o senador José Agripino (RN) e o ex-senador Jorge Bornhausen (SC), presidente de honra dos Democratas. Junto com FHC e Guerra, se juntaram aos tucanos o candidato do PSDB ao Senado por São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira, que coordena a articulação do vice de Serra em São Paulo.


Uma pesquisa atrás da outra

 
A semana é repleta de pesquisas eleitorais sobre a sucessão presidencial. Nesta terça, durante o Jornal da Band, o Vox Populi deve divulgar sua sondagem. Na sexta-feira, deve ser a vez de a Associação Comercial de São Paulo divulgar pesquisa Ibope, através do Diário do Comércio. E no sábado, deve sair uma pesquisa Datafolha.

Para além de constatar se o movimento de ascensão de Dilma Rousseff (PT) se sustenta ou não, e qual sua eventual vantagem sobre José Serra (PSDB), será interessante comparar, entre as três pesquisas, o desempenho dos presidenciáveis nas regiões Sul e Sudeste, onde parece estar havendo um movimento mais intenso de troca de candidato pelos eleitores.

A comparação regional entre Ibope e Datafolha será especialmente interessante porque os questionários de ambos são mais semelhantes entre si (do que o do Vox Populi, o que tem produzido pequenas diferenças) e porque as datas de campo serão parcialmente coincidentes.

O Ibope incluiu no questionário a expectativa de vitória, que, no caso da pesquisa feita para Estado/Rede Globo, antecipou em duas semanas a mudança de intenção de voto constatada pela pesquisa Ibope/CNI.


Direto do Blog de Roberto Jefferson

Eu bebo Pepsi

A "Folha de S.Paulo" destaca que Dilma não só terá 35% a mais de tempo de propaganda eleitoral do que Serra, mas também mais comerciais que a Coca-Cola em seis meses. De acordo com o jornal, o refrigerante contratou 999 inserções de 30 segundos nas seis principais emissoras de TV do País durante os primeiros cinco meses deste ano; já Dilma, terá 1.125 comerciais com a mesma duração em apenas 45 dias. É tanta aparição que ela pode acabar se afogando em Coca-Cola enquanto o Brasil bebe Pepsi ou mesmo Guaraná.

Profissão: candidato (1)

Artigo de Lula publicado no jornal inglês "Financial Times" revela que o nosso presidente tem planos de empreender uma carreira internacional a partir de 2011, assumindo algum posto de destaque para atuar em benefício da América Latina. Duas certezas saltam aos olhos no artigo de Lula: a carreira internacional depende da vitória de Dilma, já que, se o vencedor for Serra, o presidente passa a ser o líder da oposição; se sua candidata ganhar, Lula pode até ir para o exterior, mas a data da volta já estará carimbada no passaporte. Lula é candidatíssimo em 2014.

Profissão: candidato (2)

Na entrevista que deu para o programa Roda Viva, Dilma Rousseff afirmou que, se for eleita, conta com o apoio e o empenho de Lula para aprovar reformas, como a tributária e política. Mas ela pode ir tirando o cavalinho da chuva. Lula dará a alma para eleger sua candidata, mas a partir de 1º de janeiro de 2011, não vai meter a mão em qualquer cumbuca, ainda mais uma tão espinhosa como esta da batalha pela aprovação de reformas. O negócio do Lula é eleição, e, já no primeiro dia fora do Palácio do Planalto, terá em mente o que fazer para viabilizar seu retorno. Afinal, ele é Lula, profissão: candidato.

Rolo compressor enferrujado

Apesar dos esforços do presidente Lula para tentar esmagar a oposição e eleger uma bancada poderosa do PT (e do PMDB) no Senado, a análise das candidaturas dos principais partidos revela que a vida de Dilma Rousseff como presidente não seria tão fácil como pretende seu padrinho. Certamente que PMDB e PT sairão das urnas como as agremiações mais fortes, mas não será de lavada. De acordo com projeções do Diap, dos quatro maiores partidos, o PMDB deve contar com uma bancada de 16 a 18 senadores, o PT entre 15 e 17, o PSDB 10 e 12 e o DEM, 8 e 10. Ou seja, a correlação de forças não será muito diferente da atual. Conclusão: e tome ministério para o PMDB para garantir vitórias no Congresso, ou evitar derrotas.


PSDB insiste na chapa puro-sangue e tenta blindar Serra

Mesmo diante da resistência de setores do DEM de acatar um vice tucano para José Serra, o comando do PSDB quer insistir na tese da chapa puro-sangue ao mesmo tempo que busca blindar o candidato da crise com o principal aliado.


Em São Paulo, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), tinha encontro marcado ontem com a cúpula do DEM para tentar reverter a crise, deflagrada desde que os tucanos definiram o nome do senador Alvaro Dias (PR) para compor a chapa como vice de Serra, na semana passada.

"Nós trabalharemos para confirmar nosso candidato a vice. Isso é democrático e deve ser visto assim", afirmou Guerra. "Considero natural que o DEM tenha um ponto de vista diferente do nosso. Mas o que deve presidir o nosso roteiro é a preocupação com a vitória de Serra."

Pelo lado do DEM, que tem convenção marcada para amanhã, o presidente da legenda, deputado Rodrigo Maia (RJ), recebeu carta branca para negociar uma solução política para a crise na aliança com o PSDB. Maia obteve aval até para romper a coligação com o PSDB em torno de Serra se considerar necessário. Apesar disso, dirigentes do partido reconhecem que seria pouco vantajoso para as duas legendas uma ruptura política.

Guerra defende o diálogo entre os dois partidos para chegar a uma solução. "E fazer a escolha sensata do ponto de vista político, administrativo e eleitoral. É sobre isso que devemos conversar." À noite, Guerra, o líder do PSDB na Câmara, João Almeida (BA), e o senador Cícero Lucena (PB) estiveram reunidos na casa do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, principal liderança do DEM no Estado.

Blindagem

Enquanto Serra opera nos bastidores, com telefonemas para a cúpula do DEM - e articulações principalmente com Kassab -, a cúpula do PSDB foi a público dizer que o presidenciável tem se mantido afastado das articulações. O objetivo é evitar que a discussão com setores do DEM respingue ainda mais em Serra. "A perpetuação da discussão é um risco muito forte para o equilíbrio das forças que representamos. Nossa campanha precisa do DEM, assim como precisa do PSDB", ressaltou Guerra.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Folha e UOL fazem debate inédito de presidenciáveis na web

FOLHA.COM - DE SÃO PAULO

A Folha e o UOL, o maior jornal e o maior portal de notícias do Brasil, promoverão com os três principais candidatos à Presidência um debate eleitoral inédito a ser transmitido em vídeo, ao vivo, pela internet, no dia 18 de agosto. Se houver segundo turno, haverá novo encontro em 21 de outubro.

Já aceitaram formalmente participar Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Os três candidatos estarão frente a frente por duas horas e meia, a partir das 10h30 da manhã - quando a internet em geral registra a maior audiência.

Metade do debate será apenas entre os próprios candidatos fazendo perguntas entre si. Um moderador controlará o tempo.

Na segunda parte do debate, os candidatos responderão a perguntas de internautas, que serão coletadas pelo UOL e pela Folha.com ao longo das próximas semanas.

Ao final, Dilma, Serra e Marina responderão a perguntas formuladas por jornalistas da Folha e do UOL.

Com o objetivo de democratizar o acesso ao encontro, todos os meios de comunicação interessados poderão compartilhar e transmitir o sinal de áudio e vídeo do debate. Portais de internet, emissoras de rádio, TVs e outros veículos terão amplo acesso para fazer a cobertura jornalística do evento.

SEM NANICOS

A legislação eleitoral impõe restrições à realização de debates em emissoras de rádio e de TV. É necessário convidar todos os candidatos cujos partidos tenham eleito deputados em 2006 e continuem com representação no Congresso. Há sete concorrentes a presidente neste ano nessa situação, sendo que dois terços (cinco) precisam aceitar as regras propostas para o encontro.

No caso da internet, a liberdade é plena. Não existem restrições. Dessa forma, o debate Folha/UOL entre presidenciáveis deve ser o primeiro --e talvez o único-- no primeiro turno que contará apenas com os três candidatos principais --sem necessidade de convidar os postulantes com taxas muito pequenas nas pesquisas.

Nos quatro debates já anunciados por emissoras de TV (Bandeirantes, Rede TV!/ Folha, Record e Globo), o número de candidatos presentes deve ser maior do que três, tornando o confronto de propostas mais difícil.

As negociações da Folha e do UOL com os três candidatos para chegar a um acordo sobre data e formato se arrastaram por quase seis meses.

Apesar de a lei ser clara, parte dos candidatos mostrou incerteza sobre realizar o encontro sem atender às regras impostas à TV e ao rádio.

Como meios de comunicação não podem formular perguntas diretamente ao plenário do Tribunal Superior Eleitoral, a Folha e o UOL fizeram então um pedido de esclarecimento por meio de consulta formal apresentada pelo deputado Miro Teixeira (PDT-RJ). O TSE dirimiu todas as dúvidas no dia 16 passado, liberando a web para realizar debates eleitorais.

Durante as negociações para preparação do debate Folha/UOL, chegaram a ser propostas datas em abril, maio, junho e julho. Serra e Marina acabaram aceitando a data de 19 de julho, mas Dilma preferiu o encontro apenas em agosto.

"A confirmação da presença da candidata Dilma Rousseff nesse evento da Folha e do UOL mostra nossa disposição de debater programas para o Brasil seguir mudando", declara o coordenador de comunicação da campanha petista, o deputado estadual Rui Falcão (SP).

"O candidato José Serra participará do debate da Folha e do UOL porque está disposto a confrontar ideias e propostas. Só lamentamos que a candidata do PT tenha preferido fazer esse debate apenas em agosto e a Folha tenha concordado com isso", informou a equipe de campanha do tucano.

Para João Paulo Capobianco, coordenador da campanha de Marina, "o debate na Folha e no UOL é fundamental para promover um amplo diálogo com a sociedade".


domingo, 27 de junho de 2010

Líderes do DEM decidem baixar o tom e pedem reunião com Serra

Após longa reunião neste domingo (27), o DEM decidiu baixar o tom nos ataques direcionados aos aliados tucanos.

Terra Magazine - Por Marcela Rocha
Direto de São Paulo

O partido pedirá um encontro com o candidato ao planalto José Serra (PSDB) para expor o descontentamento com a decisão do PSDB em sustentar o nome do senador Alvaro Dias (PSDB) como vice na chapa presidencial. No entanto, pretende recuperar o diálogo e sinalizar que a aliança está firme, reforçando que está aberto a conversas sobre a questão.

Líderes do Democratas se reuniram na casa do presidente da sigla, o deputado pelo Rio de Janeiro Rodrigo Maia, para discutir a decisão do PSDB. O parlamentar carioca é o porta-voz da ala que reivindica a vaga de vice e encabeçou a onda de críticas aos aliados.

Segundo um lider do DEM, seu correligionários se mostraram bastante irritados com a condução dada pelo PSDB à questão. O ex-PFL reivindica a vaga de vice desde que o ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves. se negou a ocupar o posto. O anúncio de Alvaro Dias despertou a fúria dos Democratas. Além de Maia, líderes como o deputado Ronaldo Caiado engrossaram o teor das críticas, o que, na avaliação de ambos os partidos, desgastou a imagem da coligação.

A tática do DEM é retomar a elegância e acertar onde o PSDB não acertou: na condução do processo, afirmou um líder da legenda. Segundo uma fonte da campanha tucana, Serra está disposto a se reunir com seus aliados, desde que tenha garantias de que o DEM aceitará a decisão tucana sem fazer novos ataques, mesmo que o partido seja alijado decisão de indicar um vice.

Durante a reunião deste domingo, o descontentamento dos líderes do Democratas com o PSDB foi geral. No entanto, a ala do DEM que se diz mais moderada não faz questão da vice e aceita que Serra decida sobre seu companheiro de chapa. O partido agrega três minutos ao tempo de televisão do candidato tucano à presidência.

Entre os líderes do DEM, fala-se em riscos de se manter Alvaro Dias, mas não se fala mais em rompimento com o PSDB, que, segundo um dos dirigentes que participou desta reunião no domingo, está muito inflexível. O DEM tentará valorizar o partido diante da opinião pública e de Serra, demonstrando interesse em reverter a decisão tucana, tida como irrevogável.

O PSDB ofereceu a vice a Alvaro com a intenção de atrair seu irmão para a vaga de senador na chapa com o candidato tucano ao governo do Paraná, o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa. Osmar já declarou, mais de uma vez, que, caso seu irmão seja mesmo o vice, não fará campanha contra ele, e já sinalizou à direção de seu partido o desejo de se coligar com os tucanos no Estado.

A crise entre DEM e PSDB foi desencadeada pelo anúncio de que Alvaro Dias era o nome indicado pela cúpula tucana para ser vice de Serra. O DEM se sente no direito de ficar com a vaga e não gostou de ter recebido a notícia pelo Twitter de Roberto Jefferson, presidente do PTB, que, na última sexta-feira (25), fez uma série de ofensas ao ex-PFL na sua página do microblog.


Em Minas, Aécio Neves diz que autoridade de Serra irá prevalecer

Candidato ao Senado, Aécio Neves discursa durante convenção estadual do PSDB em Minas Gerais

Foto: Leo Drumond/Divulgação

Por Juliana Prado - Especial para Terra
Direto de Belo Horizonte

Mesmo sinalizando que não vai interferir nas decisões nacionais do PSDB e na crise entre os tucanos e o DEM, o ex-governador Aécio Neves disse, neste domingo (27), em Belo Horizonte, que "a autoridade do José Serra irá prevalecer". A declaração foi em alusão aos rebeldes do DEM, que não aceitam a indicação do senador Alvaro Dias (PSDB) como candidato a vice na chapa presidencial tucana. "Estou muito voltado às questões de Minas, mas acredito que ele (Serra) vai construir a unidade em torno de seu nome e do vice que ele achar melhor".

Um dia antes, o ex-governador mineiro, que chegou a ser cotado para o posto de vice e se negou a ocupar o cargo, se restringiu a dizer que "respeitava a escolha do PSDB nacional" pelo nome de Dias. Coube ao secretário geral do partido, deputado Rodrigo de Castro, mandar os recados mais contundentes aos rebeldes do DEM. Em entrevista antes da convenção estadual dos tucanos, na Assembleia Legislativa de Minas, afirmou que "a irritação será apenas passageira" e que tudo irá se resolver com o diálogo.

O dirigente tucano ponderou que a exigência do DEM de sugerir o vice de Serra é "natural" e "legítima". Para Castro, a escolha de Alvaro Dias tem embasamento e respaldo em função da posição estratégica do Estado do tucano, o Paraná.

'Pena'

Aécio Neves procurou minimizar as declarações do vice-presidente José Alencar (PRB), que na convenção do seu partido no sábado (26), chegou a dizer que a campanha nacional da oposição está "dando pena". "Tenho enorme respeito pelo José Alencar. Nós aqui respeitaremos nossos adversários e não iremos tripudiar em cima de ninguém". O tucano mineiro, no entanto, sugeriu um pouco mais de "cautela" e afirmou que José Serra sairá vitorioso da corrida presidencial.

Como tem feito de forma recorrente, Aécio voltou a alfinetar as escolhas, segundo ele, "impostas" para a disputa eleitoral. "Tudo que é imposto já nasce com certo nível de rejeição". Apesar de não citar nomes e alianças "forçadas", o recado foi à chapa PMDB-PT que, em Minas, surgiu da decisão das cúpulas nacionais das duas siglas, que apontaram o nome do senador Hélio Costa para encabeçar a disputa.

Para Geraldo Alckmin, ministros estão com 'salto alto'

O candidato ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), rebateu neste domingo as ironias de ministros governistas.

De Roberto Almeida, da Agência Estado

Ontem, eles afirmaram que os tucanos estão "batendo cabeça" para a definição do vice do presidenciável José Serra.

"Eu acho que estão com salto alto antes da hora. A eleição nem começou ainda", afirmou.

Ontem, durante a convenção paulista do PT, que oficializou a candidatura de Aloizio Mercadante ao Palácio dos Bandeirantes, o ministro do Esporte, Orlando Silva, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, assumiram o microfone para criticar o "lado de lá".

"O lado de lá vive batendo cabeça, parece a França. A seleção do povo vai dar uma goleada no time dos tucanos", disse Orlando Silva.

"O lado de lá tem uma atitude diferente da nossa. Acha que pode governar sozinho", afirmou Padilha.

Em resposta, Alckmin disse acreditar em um "entendimento" entre DEM e PSDB sobre a vaga.

"Cabe ao candidato (Serra) essa definição junto com a aliança. O entendimento vai ocorrer nos próximos dias. Tenho absoluta convicção disso", defendeu.


sexta-feira, 25 de junho de 2010

25/06/2010 - Aniversário do PSDB

PSDB completa 22 anos com orgulho do passado e preparado para o futuro

O Partido da Social Democracia Brasileira, o PSDB, completa nesta sexta-feira 22 anos de fundação com um legado de conquistas em todo o país, seja à frente dos governos federal, estaduais e municipais, seja com a atuação de seus quadros nos órgãos legislativos de Norte a Sul.

"O partido só pode se rejubilar. Foram 22 anos de mudanças no Brasil e nos estados governados por nós. Mudanças na economia, sempre a favor do povo mais pobre e de uma economia mais dinâmica. E, acima de tudo, consolidando as instituições democráticas e mantendo um estilo sóbrio de governar, sem leniência com a corrupção", declarou ao Diário Tucano/Rádio Tucana o presidente de honra da legenda, Fernando Henrique Cardoso, que está na Europa.

E neste ano de eleições gerais, a legenda apresentará aos brasileiros tucanos preparados para enfrentar os principais desafios que ainda persistem, a exemplo de José Serra, um dos principais nomes do partido com berço em São Paulo, mas hoje presente em todos os cantos.

O líder da Minoria da Câmara, deputado Gustavo Fruet (PR), avalia que os tucanos têm muito o que comemorar nessas pouco mais de duas décadas de vida. Segundo ele, a legenda criada em 1988 reúne os segmentos mais variados da sociedade e está organizado em todo o país. "O PSDB cumpre uma das trajetórias mais bonitas da política brasileira e tem grandes desafios", apontou.

O legado conquistado pelo partido neste período é, de fato, bastante vasto. Abrange desde o Plano Real até a adoção da Lei de Responsabilidade Fiscal, passando pela criação dos medicamentos genéricos e dos inúmeros exemplos de boa gestão pública, como os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Para Fruet, o PSDB nasceu com uma visão global, mas sobretudo com forte preocupação social. "Temos uma visão de Estado, de gestão com eficiência e com preocupação popular e social. É bom lembrar que quase todos os programas sociais hoje consagrados no Brasil tiveram origem no governo do PSDB. O controle da inflação permite uma justa distribuição de renda, principalmente para as famílias mais pobres. E os programas sociais tem um fator de diminuir um quadro de imensa desigualdade que o Brasil ainda não conseguiu corrigir", avaliou.

Apesar das inúmeras contribuições ao país, o tucano afirma que o PSDB não está parado e sabe em que o Brasil precisa evoluir. Melhorias nas áreas da educação, saúde e segurança são algumas das bandeiras que terão grande destaque na campanha presidencial, por exemplo.

"É impossível pensar num projeto político para o país que não passe pela discussão de uma agenda que o PSDB contribuiu - e muito - para a gestão pública brasileira", assegurou Fruet. Ainda de acordo com o líder da Minoria da Câmara, o PSDB, ao longo desses 22 anos, consegue manter o respeito e a dignidade da população em virtude de sua seriedade, responsabilidade e compromissos com os brasileiros e com o desenvolvimento nacional.

Números comprovam a força tucana

→ 6 governadores (São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Alagoas e Roraima).

→ 800 prefeitos

→ 59 deputados federais

→ 14 senadores

→ 137 deputados estaduais

→ 6 mil vereadores

Fonte: DiárioTucano (Reportagem: Artur Filho e Marcos Côrtes/ Foto: Paula Sholl)

No peito e na raça


Jogador brasileiro sabe cantar o hino, sim. Da Alemanha. Cacau, naturalizado alemão, cantou o “Deutschland Über Alles” completo no estádio. O craque, negro, é ídolo por lá, elogiado por falar sem sotaque, pelo caráter e comportamento.

Já certo presidente, nem português fala.


Aécio minimiza vantagem de Dilma

O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) minimizou nesta quinta (24) a liderança da petista Dilma Rousseff na pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial. Segundo ele, “não há eleição que já esteja decidida”. Aécio ainda prometeu trabalhar para fortalecer a campanha do tucano José Serra em Minas Gerais. De acordo com a pesquisa encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Dilma está com 40% das intenções de voto, contra 35% de Serra.


quinta-feira, 24 de junho de 2010

PTB promove José Serra em seus programas de rádio e TV

José Serra também prometeu "a volta" dos mutirões de saúde e de distribuição gratuita de remédios.

O Globo - Leila Suwwan

SÃO PAULO - Assim como ocorreu no caso dos programas partidários do DEM e do PPS, José Serra (PSDB) utilizou o tempo de rádio e televisão do aliado PTB que foi ao ar nesta quinta-feira à noite para promover sua candidatura a presidente da República. O tucano priorizou quatro assuntos - trabalhadores, saúde, segurança e educação - e elencou uma série de promessas, que variam da criação de bolsas de estudos para alunos em escolas técnicas particulares até a distribuição gratuita de remédios. Além disso, o presidente da sigla, Roberto Jefferson, exaltou o tucano pelo combate "pela via legal" contra a ditadura - um contraponto indireto ao passado de ex-guerrilheira da adversária Dilma Rousseff (PT).

Boa parte do programa de dez minutos foi dedicado a reproduzir o discurso de Serra na convenção do PTB, realizada no último fim de semana em São Paulo. Nele, Serra discursou ao lado de Jefferson e Campos Machado, presidente estadual do partido. O tucano foi apresentado como idealizador do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e prometeu realizar "maciçamente" treinamentos para todos os trabalhadores no país.

- Vamos criar também o ProUni do ensino técnico do Brasil: o ProTec. É uma bolsa para que um aluno, numa determinada região que não tem escola pública ou que não conseguiu entrar, possa ir para uma escola particular de ensino técnico com bolsa do governo federal - prometeu Serra, sob aplausos.

Sua adversária, Dilma Rousseff (PT), promete um caminho diferente para atender essa demanda: criar novas escolas técnicas pelo país, com custeio bancado pelo governo federal.

- O Serra, no momento da ditadura militar, como presidente da UNE, enfrentou pela via legal a ditadura militar. E por isso foi punido e foi morar como exilado no exterior. José Serra é a síntese dos valores em que cremos. Cremos na lei, cremos na justiça, cremos na democracia - disse Jefferson, no trecho destacado no programa, mas não citou Dilma.

José Serra também prometeu "a volta" dos mutirões de saúde e de distribuição gratuita de remédios. A exemplo dos ambulatórios médicos de especialidades (AMEs) que implantou no governo de São Paulo, prometeu criar 154 unidades em todo o país.


DEM indica o deputado mineiro Carlos Melles para vice de Serra

Último Segundo - IG - Jorge Félix

O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), ligou hoje para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), e indicou um novo nome para vice do tucanão José Serra: é o deputado mineiro Carlos Melles.

Carlos Melles é cogitado também para vice de Antônio Anastasia, candidato do PSDB ao governo de Minas


Tartaruga

Do Blog de Roberto Jefferson

A "Folha" revelou que os dados fiscais sigilosos do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge, haviam vazado em mais uma suposta lambança do "grupo de inteligência" da campanha de Dilma. Dois dias depois o PT tentou fazer notícia ao requerer uma investigação sobre o vazamento. Mas apenas agora a Polícia Federal anunciou que abrirá inquérito e investigará o crime.

Devagar e sempre, até hoje a PF não conseguiu descobrir de onde veio o dinheiro dos primeiros aloprados - alguém acredita que conseguirá achar o vazamento da nova geração?


PP não pode voltar atrás

Por Lauro Jardim

Mesmo que cresça a pressão para o PP formalizar a aliança com Dilma Rousseff, isso não é mais possível. Para que a convenção, que é indispensável para deliberar sobre qualquer aliança, fosse feita até o dia 30, o partido precisava ter anunciado até ontem a data de sua realização. Agora, não pode mais voltar atrás.


Minas Gerais - Cai vantagem de Hélio Costa sobre Anastasia

Saiu do forno a mais recente pesquisa de intenção de votos do Instituto Vox Populi sobre a eleição para governador de Minas Gerais.


Aplicada junto a 2 mil eleitores entre os últimos dias 19 e 23, ela aponta uma queda de 10 pontos percentuais da vantagem que abrira Hélio Costa, candidato do PMDB, sobre Antonio Anastasia, candidato do PSDB.

Entre maio e agora, Hélio caiu quatro pontos e Anastasia subiu seis. Hélio tem 41% das intenções de voto contra 23 de Anastasia. A vantagem que era de 28 pontos percentuais reduziu-se a 18.

Dois fatos podem explicar o que aconteceu: o desgaste de Hélio com a resistência do PT em apoiá-lo e a presença de Anastasia na mídia por meio de comerciais e do programa de propaganda do PSDB.

O curioso em Minas é que à exceção do PT e do PMDB, os demais partidos da base de apoio do governo Lula estão fechados com Anastasia, que é a Dilma do ex-governador Aécio Neves - um candidato que nunca disputou eleições a não ser como vice de Aécio.

Ao contrário de Dilma, o índice de conhecimento de Anastasia ainda é baixo.


Receita vai apurar vazamento de dados de tucano

De Fernando Taquari, do Valor

O secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, determinou à corregedoria-geral do órgão a instauração de sindicância para apurar denúncias de vazamento de dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas.

Segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, informações das declarações de Imposto de Renda de Eduardo Jorge teriam sido levantados por uma "equipe de inteligência" da campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência.

A Receita informou que, se for comprovado o acesso imotivado, o responsável estará sujeito a penalidade de advertência ou suspensão de até noventa dias.

"Se comprovada a quebra do sigilo, o responsável estará sujeito à demissão e o caso será encaminhado ao Ministério Público Federal para adoção das medidas necessárias na esfera criminal", acrescentou o órgão.


TSE deve limitar cenas de Lula na propaganda de TV

"O objetivo dos limites seria não confundir o eleitor."  Corregedor do TSE, Aldir Passarinho Junior

Agência Estado

Cabo eleitoral cobiçado em alguns Estados, até mesmo por políticos de oposição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá ser enquadrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A corte deve estabelecer hoje regras para participação de aliados na propaganda eleitoral dos candidatos, que começa a ser veiculada em agosto no rádio e na TV.

Se depender do corregedor do TSE, Aldir Passarinho Junior, a participação no horário eleitoral gratuito terá limites.

Uma decisão restritiva, às vésperas do registro das candidaturas, poderá dificultar e confundir o processo de formalização de alianças.

Dependendo do resultado do julgamento, o apoio de Lula, filiado ao PT, ficará limitado.

Ministros e ex-ministros do TSE consultados pelo jornal O Estado de S. Paulo acreditam que uma decisão restringindo a participação na propaganda representaria, na prática, o retorno da verticalização das coligações, regra que obrigava os partidos a seguir nos Estados as mesmas alianças acertadas em nível federal.

"Parece-me que estavam estabelecendo a verticalização na propaganda", disse um ex-ministro, ao comentar o início das discussões no TSE.

O tribunal se posicionará sobre o assunto ao retomar hoje o julgamento de uma consulta do PPS sobre o uso da imagem e da voz de aliados na propaganda eleitoral.

A votação começou na terça-feira, com o voto de Passarinho. Mas foi interrompida por um pedido de vista do ministro Arnaldo Versiani.

Os contrários às restrições têm esperança de que prevaleça a liberdade nos apoios.

Como regra geral, Passarinho afirmou que só podem participar da propaganda eleitoral as pessoas filiadas ao mesmo partido ou coligação do candidato ou aquelas que não são filiadas a nenhum partido ou nenhuma coligação.

O objetivo dos limites seria não confundir o eleitor.


quarta-feira, 23 de junho de 2010

PSDB anunciará o vice de Serra dia 30 de junho. Candidato deve ser nordestino

Veja.com

O PSDB só vai anunciar o nome que concorrerá como vice na chapa de José Serra à Presidência na data limite estipulada pela lei eleitoral: 30 de junho. Embora os dirigentes do partido ainda não tenham definido sua escolha, já é dado como certo que o vice de Serra será um nordestino. Só falta decidir se o candidato será um tucano ou do DEM.

Como explicou a VEJA.com a senadora Marisa Serrano, responsável pela agenda de Serra, o foco da campanha do tucano à Presidência será o nordeste do país. O PSDB, inclusive, realizou sua convenção nacional, no último dia 12, em Salvador. Na ocasião, o partido lançou oficialmente a candidatura de Serra.

De acordo com a edição desta quarta-feira do jornal O Estado de S. Paulo, o nome mais bem cotado para assumir a vaga de vice é o deputado baiano José Carlos Aleluia, do Democratas. Mas os tucanos não descartam a ideia de formam uma chapa puro-sangue, que teria como representante na vice-candidatura o presidente nacional do partido, o senador Sérgio Guerra (PE).

Em favor de Aleluia está o fato de a direção nacional do DEM estar fechada em torno de seu nome. Além disso, Serra - que tomou para si a responsabilidade de dar a palavra final a respeito do vice - nutre grande simpatia e admiração pública por Aleluia. O democrata também não enfrenta problemas com o braço direito de Serra na campanha: o deputado Jutahy Júnior (BA).

Se ainda assim Aleluia não for o escolhido, o nome mais provável passa a ser o de Guerra, que ganhou a confiança de Serra e assumiu o comando nacional de sua campanha.


Motoserra eleitoral


Reunidos nesta terça, os ministros do TSE decidiram aplicar a 5ª multa ao presidente Lula por propaganda eleitoral antecipada. Desta vez, a pena aplicada - por conta do discurso que Lula fez no dia 1º de Maio, em evento organizado pelo CUT, quando disse "o povo sabe quem eu quero na Presidência", e chamou Dilma para perto de si - ficou em R$ 7.500 (nada que abale o caixa milionário da campanha petista).

Lula e o PT agem com a Justiça Eleitoral assim como os madeireiros com o Ibama: pagam as multas, mas continuam desmatando!


Alagoas e Pernambuco receberão de Lula três vezes menos que o Haiti

Após uma semana de caos, Lula resolve visitar AL e PE

 
O presidente Lula deve visitar nesta quinta (24) as áreas atingidas pelas enchentes em Pernambuco e Alagoas. Há uma semana os dois estados do Nordeste vivem momentos de caos e desespero pelos estragos causados devido às chuvas. No entanto, só agora Lula resolveu anunciar a liberação de R$ 100 milhões para o auxílio aos dois estados e sobrevoar as áreas alagadas. As chuvas já deixaram 41 mortos e mais de 115 mil pessoas tiveram de deixar suas casas.

Nossas tragédias não repercutem no exterior. Deve ser por isso que o presidente Lula vai liberar só R$ 100 milhões (56 milhões de dólares) para reconstruir cidades de Alagoas e Pernambuco devastadas pelas enchentes, mas doou o triplo, ou seja, R$ 297 milhões (167 milhões de dólares), para a reconstrução do Haiti, após o terremoto. São 41 mortos confirmados e só em Alagoas há mais de seiscentos desaparecidas.

Não dá ibope

Lula não visitou locais de tragédias nossas, como Congonhas, onde caiu o avião da TAM, ou Angra dos Reis (RJ). Mas foi ao Haiti e Chile.

Abraço zero

Fiel ao estilo de não associar sua imagem a “tragédias”, o presidente Lula, hoje, apenas sobrevoará as áreas atingidas pelas enchente.

Papo furado

O dinheiro do socorro ao Nordeste não chegará tão cedo. Em Santa Catarina, começou a “pingar” quase um ano depois das enchentes.


terça-feira, 22 de junho de 2010

Vestindo a carapuça


Pelo visto, o presidente Lula não engoliu a aliança PSDB-PTB em torno de José Serra. E vestiu a carapuça, saiu falando pelos cotovelos, e atropelou a lógica: se não existiu mensalão, por que alguém tem de pagar? Que Vossa Excelência tenha a coragem de dizer de público, de peito aberto, que a Procuradoria Geral da República denunciou irresponsavelmente 40 inocentes. O problema é que prometeram a Lula uma encomenda que não podiam entregar: a minha cabeça. E ele acreditou. Quem paga mal, paga duas vezes.


Saúde, segurança, educação e drogas são as maiores preocupações dos brasileiros

Saúde, segurança, educação e drogas são hoje, nessa ordem, segundo pesquisa recém-divulgada do Ibope, os temas que mais afligem os brasileiros. Não foi assim sempre.

Entre 2006 e 2010, esse ranking sofreu significativa alteração. O único item inalterado é a saúde, que continua em primeiro lugar, como demanda essencial da população. Os demais agravaram-se na percepção do cidadão médio. E não sem motivo.

Segurança e drogas, que a rigor, formam uma unidade, tornaram-se mais aflitivos, por razões óbvias: a criminalidade cresceu no país. Os números são impressionantes: 50 mil brasileiros, segundo dados da ONU, são assassinados por ano – a maioria jovens e pobres –, vítimas do crime organizado.

Uma guerra civil não declarada.

Equivale, num único ano, a cem vezes o número de mortos de ambos os lados nos 21 anos da ditadura militar brasileira. E é o mesmo número de vítimas da ditadura argentina em sete anos de feroz repressão, ou à do Chile, de Pinochet, em 13 anos de regime.

O binômio saúde-educação tem na segurança pública – e, dentro dela, o combate às drogas – uma conexão importante, ainda não suficientemente considerada. As drogas afetam educação, saúde e segurança. Oneram o Estado, comprometem a juventude, seu progresso, equilíbrio e bem-estar.

José Serra propôs um ministério específico – o da Segurança -, para um combate sinérgico, eficaz e menos caro. A ideia foi bem recebida por especialistas e pela população, mas desdenhada pelas duas principais candidatas. Atribuíram-lhe oportunismo.


Para Raul Jungmann (PPS), vitória de Dilma pode afetar democracia

De Ed Ruas, do Portal Terra

O deputado federal Raul Jungmann (PPS) afirmou, nesta terça-feira (22), em entrevista à Rádio Folha, que a vitória de Dilma Rousseff (PT) nas próximas eleições pode estabelecer uma "Era Petista" e, consequentemente, impor mudanças à democracia no Brasil.

"Anotem o que digo: se a oposição não tiver sucesso, vai ocorrer um sufocamento do espaço das oposições, quando não da própria imprensa. Isso é uma real possibilidade. Não se enganem, pois no PT existem alas antidemocráticas e anti-institucionais. Se isso (vitória do PT) ocorrer, podem ocorrer mudanças efetivas na democracia", avaliou.

De acordo com Raul Jungmann, o mandato de Dilma Rousseff será apenas uma ponte para o retorno de Lula, em 2014.

"Não estamos (oposição) disputando uma eleição qualquer. Pode representar 20 anos de petismo e o sepultamento de várias trajetórias. É uma definição de 20 anos do rumo do País", argumentou.

Raul Jungmann, que é cotado para integrar a chapa majoritária de oposição em Pernambuco como candidato ao Senado, descartou a possibilidade e garantiu que disputará a reeleição.

"Seria uma honra participar de uma chapa com Jarbas Vasconcelos (PMDB), mas o meu partido e eu entendemos que devemos manter essa cadeira".

O bloco de oposição em Pernambuco é formado pelo PDMB, PSDB, DEM, PPS e PMN. O PPS mantém a candidatura ao Senado do ex-secretário de Saúde de Pernambuco, Guilherme Robalinho.


Serra: país está estrangulado por infraestrutura

‘A soja de Mato Grosso custa até Santos o mesmo que de lá à China. Não é possível. Não tem cabimento’

O Globo - Por Gisele Barcelos e Flávio Freire

Em encontro com líderes rurais em Uberaba (MG), o presidenciável José Serra (PSDB) rechaçou ontem as propagandas do governo Lula sobre investimento em infraestrutura.

Segundo Serra, 70% das aplicações governamentais no setor são feitas por estados e municípios. O tucano criticou as condições das rodovias.

— A soja de Mato Grosso custa até Paranaguá ou Santos o mesmo que de lá à China. Não é possível. Não tem cabimento. Estamos estrangulados por infraestrutura, reflexo do baixo investimento governamental, mas também de política errada de concessões de serviços públicos, começando pelas estradas.

O tucano criticou o sistema atual de reforma agrária e a falta de políticas agressivas do governo Lula para derrubar barreiras sanitárias.

Serra discursou em palanque e se intitulou o candidato da produção. Reforçou a importância da agropecuária na consolidação do Plano Real e disse que o Brasil não terá desenvolvimento sem o setor produtivo:

— E eu, presidente, seria presidente da produção. Sem isso, o país não vai para a frente.


PT: Serra radicalizou discurso

O Globo

Os petistas reagiram ontem de novo às cobranças do tucano José Serra sobre a responsabilidade da presidenciável do PT, Dilma Rousseff, sobre a suposto dossiê contra dirigentes do PSDB.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), um dos coordenadores da campanha de Dilma, disse que Serra radicalizou o discurso:

— Serra dá uma guinada à direita, em todas as questões. O ataque à Bolívia, ao Mercosul, aos EUA. A próxima é aceitar nome do DEM para vice. Ele tirou a pele de cordeiro, é um trololó, um jogo de língua.

No Twitter, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, disparou:

— O Serra continua acusando a Dilma; no entanto, sua resposta à nossa interpelação judicial é um eloquente silêncio.

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reforçou:

— Quem tem de pedir desculpas é quem está buscando relacionar esta história de dossiê.

PSDB vai de Roriz em Brasília

O Globo - por Ilimar Franco

O PSDB já tem palanque no Distrito Federal. Vai apoiar a candidatura do ex-governador Joaquim Roriz (PSC). O acordo foi fechado em duas reuniões, na casa de Roriz, com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). A tucana Maria Abadia concorrerá ao Senado.

Roriz renunciou ao Senado em 2007, por causa de investigação sobre desvios ocorridos no Banco Regional de Brasília (estatal). O principal aliado dos tucanos, o DEM, já abalado pela renúncia do ex-governador José Roberto Arruda (DF), decidiu não acompanhar o PSDB. O partido avalia que não tem mais gordura para queimar. Roriz está liderando as pesquisas.


segunda-feira, 21 de junho de 2010

Leva a mala!!!


Conta Mônica Bergamo que José Serra pode colocar água no chope do ministro do Esporte, Orlando Silva. Lula fez uma MP para criar a Autoridade Pública Olímpica, que coordenará os preparativos da Olimpíada de 2016. Mas o comandante deste órgão seria escolhido por Lula e não poderia ser retirado do cargo pelo sucessor. Segundo o deputado Otavio Leite, Serra pediu esforço na Câmara para aprovar emenda que obriga o nome da APO a passar pelo crivo do próximo presidente.

Afinal, não tem porque Lula deixar suas malas para outro presidente carregar.


Valéria Pires e Álvaro Dias saem na frente pela vice de Serra

Do Blog do Noblat - Enviado por Erich Decat

O nome do vice que vai compor a chapa do candidato José Serra (PSDB) à presidência da República, apesar de publicamente ser um segredo guardado a sete chaves, nos bastidores da campanha se afunila em dois indicados.

Após conversas realizadas nesse último final de semana entre os integrantes da coordenação de campanha de Serra, os nomes mais cotados são: o do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e o da ex-vice-governadora do Pará Valéria Pires (DEM).

A definição do nome deve ficar a cargo do próprio Serra que tem até o dia 30 deste mês para dar a palavra final.

Álvaro Dias é cogitado como uma forma de tentar assegurar uma vitória na Região Sul, onde Serra, segundo as últimas pesquisas, lidera as intenções de votos.

Em contrapartida, Valéria Pires agrega votos em uma região onde Serra, segundo o último levantamento do Ibope, está 10% atrás das intenções de votos de Dilma.

Além disso, os caciques do PSDB também avaliam o nome dela como um “elemento surpresa” na disputa eleitoral, além de representar as mulheres.

Outro fator que pode pesar em favor de Valéria é a entrada de “corpo e alma” do DEM na disputa eleitoral.

O DEM coloca como condição a vice para que os integrantes da base do partido nos estados não se sintam desprestigiados e deixem a candidatura de Serra em último plano.

“Quem precisa que os outros se sintam estimulados sabe o que deve fazer”, dá o recado o líder do DEM na Câmara e integrante do núcleo parlamentar da campanha de Serra, Paulo Bornhausen (SC).

Além de Dias e Valéria, também correm por fora - para compor a vice - os nomes da senadora de Marisa Serrano (PSDB-MS) e do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA).


Serra afirma ter 'enorme curiosidade', mas diz que não se estressa por vice

"Até o fim deste mês resolve', afirmou presidenciável tucano em sabatina."

 Do G1, em São Paulo

O candidato a presidente da República pelo PSDB, o ex-governador de São Paulo José Serra, disse que tem uma "enorme curiosidade" para saber quem será o candidato a vice na sua chapa, mas afirmou que, para ele, a discussão não é "estressante".

"Eu também tenho uma enorme curiosidade. Até o fim deste mês resolve. Essa não tem sido uma questão estressante para mim, nem para grande parte do PSDB", declarou na manhã desta segunda (21) durante sabatina promovida pelo jornal "Folha de S.Paulo".

Dentre os três candidatos que ocupam os primeiros lugares nas pesquisas de intenção de voto, ele é o único que ainda não definiu o vice - o de Dilma Rousseff (PT) é Michel Temer (PMDB) e o de Marina Silva (PV), o empresário Guilherme Leal (PV).

Serra, que se intitulou "candidato do avanço", negou que o perfil do vice tenha, necessariamente, de ser o de alguém que fale pouco. Ele afirmou que essa especulação surgiu depois de ter elogiado o senador Marco Maciel (DEM-PE), que foi vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso. "O Fernando Henrique é que gosta de vice que fala pouco", brincou.


José Serra acusa Lula de usar governo em benefício de Dilma

De Carolina Freitas, da Agência Estado

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou hoje o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de usar a máquina pública em benefício da candidata do PT, Dilma Rousseff.

Para o tucano, o lançamento por parte do governo federal de um programa de combate ao crack, no mês passado, teve vistas às eleições.

Serra disse que, após sete anos e meio de governo, os petistas souberam por pesquisas de opinião da preocupação do eleitor com o crack e lançaram o programa.

"É uma tabelinha quase perfeita de uso da máquina. A candidata fala e o governo lança o plano", afirmou o candidato, em sabatina promovida pelo jornal "Folha de S.Paulo" e pelo portal UOL, na capital paulista.

O tucano acusou os adversários de usarem de "terrorismo" para tentar minar sua campanha e sua imagem, principalmente em debates regionais e por meio da internet.

Citou um texto divulgado em blogs por uma pessoa ligada a Lula e Dilma afirmando que ele acabaria com o Programa Universidade para Todos (ProUni) caso eleito.

"Eu nunca disse isso. Tem tanta coisa maluca espalhada. Esse é o método terrorista. Não violento, mas terrorista."

Questionado sobre privatizações, tema polêmico que despertou boatos e tirou votos de Geraldo Alckmin, candidato tucano à Presidência em 2006, Serra classificou o tema como um "falso assunto".

"Não vejo muito espaço para mais privatizações, mas esse debate sempre é feito com terrorismo", disse. "Essa será uma eleição difícil."


Serra vê terrorismo com privatizações e diz que Dilma deve desculpas por dossiê

FOLHA.COM - DE SÃO PAULO

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta segunda-feira que as privatizações de empresas estatais são usadas como "terrorismo eleitoral" e que sua adversária na disputa, Dilma Rousseff (PT), deve desculpas pelo suposto dossiê contra tucanos.

"Isso [as privatizações] é usado mais como terrorismo eleitoral, do que como realidade", disse ele em sabatina da Folha, em referência a uma suposta intenção sua de privatizar empresas estatais. Sobre o Banco do Brasil, afirmou que é "terrorismo em estado puro".

Serra também falou sobre o suposto dossiê contra tucanos. Segundo reportagem da Folha, os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, levantados pelo "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma, saíram diretamente dos sistemas da Receita Federal, como atestam documentos aos quais a reportagem teve acesso.

"Por que a Receita vai quebrar o sigilo de alguém e fazer vazar isso à toa? Não é à toa", disse Serra. "Diante das evidências, caberia uma atitude mais dramática, de afastar as pessoas, pedir desculpas publicamente", afirmou ele sobre a reação que Dilma deveria ter em relação ao caso.

O jornalista responsável pelo pedido de levantamento de informações saiu da campanha petista, mas Dilma nunca foi a público dizer que houve falha de sua campanha. O presidente Lula chegou a dizer que o caso seria uma "armação".

Outro lado

O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse que é Serra quem deve desculpas à Dilma por acusar membros da pré-campanha petista.

"Quem tem de pedir desculpas é quem está buscando relacionar esta história de dossiê com a pré-campanha da ministra Dilma", disse Padilha, após reunião com o presidente Lula, em Brasília.

Leia a matéria com a íntegra da sabatina com José Serra

sábado, 19 de junho de 2010

José Serra: 'Não tratamos adversários como inimigos'

O Globo - De Adauri Antunes Barbosa

O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, disse neste sábado na convenção nacional do PTB, que decidiu apoiá-lo, que não trata adversário político "como inimigo que tem que ser destruído".

Embora não tenha feito menção explícita ao caso do suposto dossiê que teria sido encomendado por petistas, Serra afirmou aos petebistas durante seu discurso de 45 minutos que quanto mais mentiras falarem, mais verdades ele dirá.

- Não tratamos adversários como inimigos que tem que ser destruídos - disse, emendando em seguida: - Nós não inventamos a respeito do adversário. Mas quanto mais ele inventa a nosso respeito, mais nós dizemos as verdades a respeito deles.

Lembrando seu tempo de presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE) de São Paulo, antes de assumir a presidência da UNE, no começo dos anos 60, o ex-governador falou de sua convivência com sindicalistas da época.

Segundo ele, a maioria deles era de petebistas, "pessoas muito injustiçadas", "gente de luta".

- Não é como agora, não. Falava-se de sindicalismo atrelado ao Estado. É porque não dava para antecipar o que seria verdadeiramente o sindicalismo atrelado e a serviço de um projeto partidário, não a serviço de um projeto dos trabalhadores, dos assalariados. Pessoas que foram muito injustiçadas. E o Jango (presidente João Goulart) acusado de criar uma república sindicalista no Brasil. Coisa que não havia de jeito nenhum. República sindicalista é muito mais esta do que a que tinha no passado e foi, na época, um dos motivos de mobilização para o golpe de Estado - disse o candidato tucano.

No começo de seu discurso, José Serra não poupou elogios ao presidente nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, o mesmo que denunciou o mensalão, e que articulou internamente o afastamento do partido da base de apoio ao governo e o apoio ao PSDB.

Falando sobre "as virtudes" que Jefferson tem, o tucano citou "coragem, lealdade e coerência".