"Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito."

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Aliados estranhos

Coluna no Globo

Por Míriam Leitão e Bruno Villas Bôas

O presidente Lula joga suas fichas numa proposta jamais testada, a da transferência de votos na área federal. Desde a redemocratização brasileira, os presidentes nem tentaram transferir votos. Mas essa não é a única coisa estranha dessa campanha. O governador José Serra que está há meses à frente nas pesquisas é do único partido que tem mais de um pré-candidato.

Quem transferiu votos numa campanha presidencial? Em 1989, o então presidente José Sarney nem tentou ter candidato. Era tão impopular que todos eram oposição. Em 1994, o então presidente Itamar Franco mal entrou na campanha. O Plano Real foi o eleitor principal. Em 2002, o ex-presidente Fernando Henrique e o candidato José Serra mantiveram distância, até porque Serra achava que muita proximidade o prejudicaria. De qualquer maneira, com apoio ou sem, ele perdeu. Nem Juscelino fez o sucessor.

Pode-se dizer que ninguém chegou a doze meses das eleições com um índice de aprovação tão alto quanto o presidente Lula. Mesmo assim, a transferência de votos numa eleição é um dos fenômenos mais difíceis de entender, e no âmbito federal não houve desde a redemocratização. Nossa democracia teve, na atual fase, apenas cinco eleições presidenciais. A que ocorrerá daqui a um ano será a sexta.

Nos governos estaduais e municipais tem havido casos de um governante eleger um sucessor com pouca ou nenhuma experiência nas urnas. Orestes Quércia elegeu Luiz Antônio Fleury, Cesar Maia elegeu Luiz Paulo Conde. Em geral, o escolhido frustra a expectativa do padrinho. Portanto, se Lula pensa em eleger o sucessor numa espécie de mandato tampão para voltar em 2014 entra em outra empreitada arriscada. O presidente Hugo Chávez interpreta que, com Dilma, Lula vai sair sem sair do governo, como fez o presidente Néstor Kirchner.

Dos presidentes desde a democratização, Lula é o único que decidiu se empenhar para fazer o sucessor, a tal ponto que escolheu a candidata Dilma Rousseff sozinho, armou palanque muito antes da hora e tem transformado qualquer evento governamental, do PAC ao pré-sal, numa oportunidade para promovê-la. Lula tem feito campanha extemporânea e usado de forma explícita a máquina pública para fins eleitorais, mas a Justiça Eleitoral não parece se incomodar com nada disso. Ontem, na posse do novo ministro das Relações Institucionais, Lula defendeu a distribuição de cargos para “unir a base”. A base do palanque, claro. O novo ministro começou mal: esqueceu de citar Dilma. Levou bronca.

A conhecida obsessão do presidente de transformar a eleição num plebiscito entre seu governo e o governo anterior é uma ideia também estranha. Primeiro porque o eleitor médio não tem essa memória e nem está preocupado com esse Fla-Flu; segundo porque ele manteve a política econômica do governo anterior e também várias ideias e projetos da área social; terceiro porque o Brasil tem mais o que fazer do que discutir o passado.

O PSDB criou outra esquisitice da campanha. É o primeiro em todas as pesquisas de opinião — quando o candidato é José Serra —, mas é o único partido que mantém a indefinição sobre quem será o candidato. Até Marina Silva que foi a última a entrar na pré-corrida já se define como a “pré-candidata prioritária do Partido Verde”, onde ninguém apareceu para rivalizar com ela. Também não há segundo no PSB para brigar com o deputado Ciro Gomes e nem mesmo no PT, que aceitou a imposição do nome da candidata pelo presidente Lula.

Ideias fora de propósito circulam insufladas pelos assessores presidenciais, ou por livre associação de ideias sem base. Uma que ocupou bastante espaço foi a de que o deputado Ciro Gomes iria, com a ajuda de um GPS, disputar o governo de São Paulo. Por que o deputado faria isso se essa é sua melhor chance numa disputa presidencial? Com recall de outras campanhas, com mais experiência, diante de uma candidata governista inexperiente, com a informação dada pelo eleitor de que não quer fazer um plebiscito, por que ele não atenderia à sua conhecida e legítima ambição de tentar ser presidente? Outra ideia que circula é de que ele é o Plano B do presidente Lula. Será que o PT aceitaria apoiar um candidato que não fosse do próprio PT? Quando foi que o partido fez isso? Ciro Gomes com declarações fortes contra a aliança entre PT e PMDB neste fim de semana já mostrou que está buscando espaço no meio. Longe de José Serra, que ele acusa de “feio por dentro e por fora”, e da aliança PT-PMDB que ele condena por ser “moral e intelectualmente frouxa”.

Marina Silva tem mais chances do que vários analistas consideraram num primeiro momento. Mas ainda não está claro como o PV pretende superar suas fragilidades: pouco tempo de TV, pouca capilaridade partidária, falta de estrutura para uma campanha presidencial. É bem verdade que o Brasil é tão estranho que o partido com mais tempo de TV e mais capilaridade em todo o território nacional é o PMDB, que não tem candidato à presidência e se divide sobre quem apoiar.

Dividido, o PMDB sempre esteve sobre qualquer assunto, em qualquer votação, em qualquer campanha. O presidente Lula trabalha para tornar viável a aliança com o PT. Os dois partidos são adversários em vários estados e para ilustrar o clima de entendimento entre eles basta lembrar a natureza exótica da ameaça feita pelo governador do Mato Grosso do Sul, do PMDB, ao ministro Carlos Minc, do PT.

Falta muito tempo para eleição, é a temporada das esquisitices.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Brasil tem uma indignação seletiva

Por Míriam Leitão - Bom Dia Brasil

O Brasil tem toda razão de estar indignado em defender a democracia e as liberdades democráticas em Honduras. Mas em outros casos de violação aos direitos individuais em outros países na América Latina, o posicionamento do Brasil não foi tão contundente. E esse é o ponto central.

Por que o Brasil não fez a mesma coisa quando o governo Hugo Chávez fechou emissora de televisão e rádio na Venezuela? Por que não fez a mesma coisa na Argentina, que acabou de invadir o jornal Clarín com 200 policiais da Receita Federal claramente pressionando a liberdade de imprensa.

Na relação entre Brasil e Estados Unidos, Obama e Lula estão divergindo. Eles que se entendem sobre tantas outras coisas. Os Estados Unidos têm um ponto: o mais importante era garantir o processo eleitoral. Isso é o que conduziria Honduras para a liberdade democrática. Ida do Zelaya perturbou esse cenário.

Os Estados Unidos estavam esperando essas eleições em Honduras em novembro para tomar uma atitude, mas essas eleições azedaram. Como você pode confiar no resultado de uma eleição que é feita em um país com estado de sítio com esse grau de perturbação social?

Para que as eleições sejam legítimas é preciso que o governo de Honduras recue. Ele colocou o país em estado de sítio e tem que tirar essa lei e começar a respeitar normas internacionais. Foi uma bofetada quando eles não deixaram os diplomatas da OEA desembarcarem. Nisso, o governo brasileiro tem razão. É um escândalo.

Marina: Lula antecipou eleições 2010

A senadora Marina Silva (PV-AC) fez duras críticas ao presidente Lula pela antecipação do debate eleitoral no país. Segundo ela, a atitude de Lula “foi realizada de forma perniciosa e está semeando a desorganização”. Homenageada nesta segunda (28) na Câmara dos Vereadores, com o título de cidadã honorária do Rio de Janeiro, a senadora Marina Silva (PV-AC) também disse que a situação pré-eleitoral criada pelo PT é “um prejuízo para a gestão pública”. Ao ser perguntada se assumir a presidência seria a coroação de uma trajetória de lutas, a senadora afirmou que a presidência “coroaria a valorização do tema ambiental”. No domingo, Marina participou no Rio de Janeiro, ao lado do deputado federal Fernando Gabeira, de uma caminhada em combate as mudanças climáticas.

Serra diz que ataques de Ciro não tiram o seu humor e que não está “nem aí” para Chalita

Na Folha Online:

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta segunda-feira que os ataques do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) não tiram o seu humor porque ele tem mais o que fazer. O tucano ressaltou que não vai entrar no “baixo nível” das críticas de Ciro porque isso “toma tempo”. Ciro e Serra devem disputar a Presidência da República em 2010.
“Comigo não tem risco [de baixar o o nível] porque eu não entro no baixo nível, até porque toma tempo. Eu tenho mais o que fazer, que é trabalhar para corresponder a expectativa que a população teve quando me elegeu governador. Eu tenho muita coisa pra fazer. Eu não vou entrar nessa”, afirmou.
Na última sexta-feira (25), Ciro disse em São Paulo que Serra é “mais feio na alma do que no rosto”. “Ele [Serra] é feio para caramba, mais feio na alma do que no rosto. Ele tem uma truculência ao se relacionar com seus adversários. A conduta pessoal dele em relação aos seus adversários é uma conduta feia, de não enfrentar com linguagem civilizada, uma atitude destrutiva, que inibe o diálogo. Para mim, é horrível. Até minha conta pessoal de salário ele conseguiu que um juiz de São Paulo bloqueasse”, afirmou.
Questionado se as declarações de Ciro não o aborrecem ou tiram o seu humor, Serra respondeu que não. “Você pode ver que eu estou de bom humor”, disse.
Serra também foi perguntado se sua opinião sobre Ciro valia também para o vereador de São Paulo Gabriel Chalita, que trocou o PSDB pelo PSB em busca de espaço político. Ligado ao grupo do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), Chalita deve disputar uma vaga ao Senado. “Nem sei se [a opinião] vale ou não vale [para o Chalita]. Não estou nem aí”, disse.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Embarque de PMDB na candidatura Dilma oficializa racha do partido e isola serristas


GABRIELA GUERREIRO
MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
 
Sem perder a tradição, o PMDB vai seguir rachado em 2010 na disputa pela Presidência da República. Embora a maioria do partido esteja favorável ao embarque do PMDB na candidatura da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), a ala que apoia o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), promete tentar reverter o pensamento dos peemedebistas aliados do governo federal até o início de 2010.
 
A ala serrista do PMDB aposta na queda da candidatura de Dilma para reverter a maioria dos peemedebistas que atualmente apoiam a petista. "Confesso que hoje somos minoritários, a parte governista é bem maior. Mas a Dilma está caindo nas pesquisas Pelo que conheço do PMDB, muitos vão abandonar esse barco", disse o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
 
O parlamentar, que é um dos articuladores do apoio do PMDB a Serra, defendeu que o partido espere antes de definir que vai apoiar Dilma formalmente. Nos bastidores, porém, aliados do presidente licenciado do partido, Michel Temer (PMDB-SP), negociam o anúncio nos próximos dias do apoio a Dilma --o que abre caminho para o presidente da Câmara ser indicado para a vice-presidência na chapa da petista.
 
"Essa definição poderia ser mais adiante. Ponderamos para o presidente Temer que isso atropelava os fatos. O PMDB sempre foi isso, teve essa divisão. Há um açodamento do PMDB em fechar essa aliança", afirmou.
Um dos articuladores do nome de Temer na chapa de Dilma disse à Folha Online acreditar que a legenda, ao formular o apoio da Dilma, vai selar o racha interno já previsto para 2010. Apesar do risco, os "dilmistas" têm pressa em meio à pressão do Palácio do Planalto para garantir o apoio do PMDB no ano que vem.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), reconhece que o apoio dos peemedebistas é importante para qualquer candidato que disputa as eleições. Mas admite que o PT, se conseguir compor chapa com o PMDB, não terá a totalidade do partido ao seu lado nos Estados.

"O PMDB sempre foi um partido que se apresentou nas eleições dividido. Sabemos que há setores do PMDB na Câmara e no Senado que não têm compromisso com a coalizão em torno do governo federal. Dificilmente 100% do partido vai para as eleições do ano que vem com o presidente Lula", afirmou Berzoini.
Apesar de reconhecer o esperado racha dos peemedebistas, o presidente do PT defendeu pressa para a oficialização da aliança com o PMDB em 2010. "Se pudermos consolidar rapidamente [a aliança], melhor. Mas desde que seja realista e factível", disse o petista.

LULA QUER A INVASÃO DA EMBAIXADA E, TALVEZ, ESPERE DISCURSAR SOBRE UMA MONTANHA DE CADÁVERES HONDURENHOS

Do Blog de Reinaldo Azevedo

Se eu pudesse dar um conselho ao governo Micheletti, diria algo assim: “Faça de tudo para evitar a formalização de uma situação, esta sim “de fato”: o rompimento das relações entre Brasil e Honduras. Tal formalização implicaria a expulsão do que resta do corpo diplomático brasileiro e, com base nas leis do país (e nos tratados que regulam as relações entre as nações), a ocupação do que passaria a ser, então, o “antigo” prédio da embaixada brasileira. Os hondurenhos lá abrigados, Zelaya inclusive, seriam presos. É evidente que tal ação não se daria sem traumas.O que viria depois?

O governo interino deu um prazo de 10 dias para o governo Lula definir, afinal, o status de Zelaya, saindo da situação absurda a que o mundo assiste: se ele não é asilado, hipótese em que não poderia estar incitando a guerra civil, é o quê? O Brasil finge lhe pedir contenção e cuidado, mas permite que a embaixada seja conduzida por zelaystas, como se ali fosse a sede de um governo paralelo. Lula reagiu com grosserias. Diz que não trata com golpistas. Usa, com o governo Micheletti, uma brutalidade retórica que Bush não empregava com Saddam Hussein ou com o mulá Omar. É um disparate!

Atenção! Lula e Amorim contam com o que chamariam a “invasão” da embaixada. Se não a quisessem, não permitiriam aquilo a que lá se assiste. No mínimo, manteriam sob o controle de brasileiros a administração do que ainda é, legalmente ao menos, uma embaixada. Mas já se abriu mão disso. A “equipe” de encapuzados de Zelaya dá as ordens. Na biografia que inventou para si mesmo, faltava a Lula um conflito internacional. Ele tentou se meter em uma porção deles, sempre rechaçado. Agora, está no centro - e a vítima é a literalmente pobre Honduras.

Sabemos o apreço do governo brasileiro pela democracia no cenário internacional. Começa no flerte escancarado com os assassinos das Farc e chega à defesa do caráter “pacífico” do programa nuclear iraniano, com escala na democracia cubana… Em todos os casos, incluindo o genocida governo do Sudão, apela-se, de modo tosco, ao princípio da não-ingerência em assuntos internos. No caso de Honduras, a “não-ingerência” se manifesta no oferecimento da embaixada para plataforma de organização da guerra civil. Por que a penimba com Honduras? Porque ousou desafiar o chavismo.

Lula quer posar de herói da democracia. Nem que seja sobre uma montanha de cadáveres hondurenhos. Lula quer os brasileiros nas ruas em defesa da honra ofendida da pátria. Quem sabe faça um pronunciamento em algum palanque, ao lado de Dilma. Honduras é as Malvinas da “ditadura da democracia” descoberta pelo lulo-petismo e cantada em prosa ruim por boa parte da imprensa. Tomara que o efeito seja o mesmo.

domingo, 27 de setembro de 2009

Charge

OS IGUAIS

Serra: “Os candidatos não são Lula e FHC”

Por Christiane Samarco, no Estadão:

Os dois pré-candidatos do PSDB à Presidência da República, os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, montaram uma ofensiva conjunta para resistir à pressão da cúpula do partido para antecipar a definição de quem disputará o comando do Planalto em 2010.

O PSDB tem pressa de apresentar seu presidenciável ao eleitor e pressiona Serra para assumir logo que postula a cadeira do presidente Lula em 2010. Para driblar dirigentes nacionais e estaduais que querem forçar uma definição em outubro, Serra e Aécio decidiram reagir e fincar pé no cronograma inicial.

Cada um movido por suas próprias conveniências políticas, ambos trabalham para que a escolha se dê apenas em dezembro. “Tenho conversado muito com o Serra. Temos uma estratégia comum e estamos muito afinados”, afirmou Aécio, destacando que os dois se falam “várias vezes por semana por telefone”.
Ontem, eles foram as estrelas do quarto encontro nacional do PSDB, que levou tucanos de todos os Estados a Natal (RN) para discutir as propostas de educação e inclusão social que serão levadas aos palanques de todo o País no ano que vem.

“A angústia de escolher um candidato é muito mais do Palácio do Planalto do que dos Bandeirantes e do Palácio da Liberdade”, discursou Aécio. “Quem tem pressa é o governo, nós, da oposição, não temos”, concordou Serra.

A direção partidária já identificou a resistência da dupla, mas não se dá por vencida. Com o apoio velado de paulistas e mineiros, alguns dirigentes insistem na tese de antecipar a apresentação do candidato e apostam que será possível lançar em novembro, no máximo, o nome do pré-candidato para 2010.

Nenhum dos dois quis assumir a candidatura, mas ambos se comportaram como candidatos em campanha ontem. Serra lembrou que não estarão em jogo no pleito de 2010 “as administrações atual e passada”.
“O candidato a presidente no próximo ano não será Fernando Henrique Cardoso nem Lula. O candidato tem de ser eleito pelo que fez, pelo que faz e pelo que pretende fazer no País. O que estará em disputa é o futuro, é o que o Brasil precisa ser mais adiante e não ser vítima de uma irresponsabilidade do presente”, frisou Serra.

sábado, 26 de setembro de 2009

Serra e Aécio participam de seminário em Natal


Brasília (25) - Os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, participam do seminário "Educação e Inclusão Social" que o PSDB Nacional promove neste sábado em Natal (RN). O evento, que será o quarto de uma série de seminários regionais que o partido está fazendo em diferentes regiões do País, será transmitido ao vivo no site do partido.

A exemplo do que ocorreu nos encontros anteriores, líderes do DEM e do PPS também são convidados para o seminário. O evento será aberto às 9h pelos deputados Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES), presidente do Instituto Teotônio Vilela, e Rogério Marinho (RN).

Em seguida, serão promovidos dois painéis. O primeiro será coordenado pela senadora Marisa Serrano (MS), vice-presidente do PSDB Nacional e abordará o tema "O Financiamento e a Qualidade do Ensino Público". Deste painel participam os secretários estaduais de educação de São Paulo, o ex-ministro Paulo Renato Souza, e de Minas Gerais, Vanessa Guimarães Pinto.

Com o tema "O futuro da Educação no Brasil: Oportunidades e Desafios", o segundo painel terá como palestrantes o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), presidentes de partidos convidados e, também a participação de governadores.

Nos encontros regionais, o PSDB já discutiu os problemas de como avançar nos programas sociais e no agronegócio, enquanto o último evento, promovido em Aracaju (SE), no mês passado, discorreu sobre o tema "Desenvolvimento Urbano e Inclusão Social". Os dois primeiros foram realizados em maio, em João Pessoa (PB), e em junho, em Foz do Iguaçu (PR).

Aécio Neves afirma que conta da era Lula ‘não fecha’


O PSDB é, como se sabe, um partido a procura de um discurso.

Neste sábado, o tucanato realiza seminário sobre educação.

Será em Natal (RN). Mais uma oportunidade para o estreitamento de inimizades entre José Serra e Aécio Neves.

Aécio levou o rosto a um dos jornais locais. Falou à repórter Anna Ruth Dantas.

A alturas tantas, empilhou os temas que, na sua opinião, o PSDB deveria levar aos palanques de 2010:

“Refundar a federação e fortalecer os Estados e municípios, introduzir a prática da boa gestão pública, como nós fazemos nos nossos Estados...”

“...Além das reformas política, tributária, previdenciária, uma visão mais rigorosa sobre a questão ambiental...”

“...São essas as principais bandeiras que acredito que o PSDB deve levar ao Brasil no próximo ano”.

Aécio arrastou para o pano verde também a “questão fundamental” da “reforma do Estado brasileiro". Disse ele:

“No governo do presidente Lula, o PIB cresceu 27% nos últimos seis anos, o custo do Estado, da máquina pública, cresceu quase 80%. Essa é uma conta que não fecha”.

É, faz sentido. Porém, se forem esses os remédios que o tucanato levará à prateleira de 2010, pode faltar comprador.

Numa eleição marcada pelo signo da continuidade, o eleitor deseja um sonho novo, não o velho e bom choque de gestão.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Perícia confirma pirataria no Senado

De Pink Floyd a Beto Barbosa

A Polícia Legislativa do Senado concluiu que servidores da Casa cometeram crime de violação de direito autoral ao inserirem na rede interna de computadores milhares de arquivos de músicas, filmes e jogos eletrônicos, sem a devida autorização legal.

A investigação caminha para a identificação dos seis funcionários que, de acordo com a denúncia, utilizaram indevidamente o sistema interno do Senado. O crime de violação de direito autoral, mais conhecido como pirataria, é punido pelo Código Penal brasileiro com pena de até quatro anos de prisão e multa. A perícia ainda vai apurar se o material disponível na rede do Senado foi utilizado para fins comerciais, o que agrava a punição.

Leia toda a reportagem no Congresso em Foco

Sarney é MST desde criancinha

Sarney é MST desde criancinha

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ganhou essa semana um aliado peso-pesado: José Sarney.

Para o espanto de senadores, ouvintes da rádio Senado e telespectadores da TV Senado, o presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP), subiu a tribuna do Plenário, disparou um discurso de apoio ao MST e se colocou como o inimigo público número um do requerimento, com a assinatura de 29 senadores e 183 deputados, pedindo a criação da CPMI do MST.

A boca pequena no cafezinho do Plenário, senadores e jornalistas tentavam descobrir as reais intenções de Sarney. Alguns achavam que a atitude do senador era uma tentativa de lustrar sua biografia arranhada pelas denúncias contra ele e seu clã.

Para outros, o discurso de Sarney “pró-MST” havia sido estimulado pelo Palácio do Planalto, que não quer a referida CPMI, pois teme se ver envolvido em função da quantidade de recursos públicos que transferiu e continua transferindo para entidades ligadas ao MST.

De concreto, além do discurso, Sarney adiou de quinta-feira (24) para a semana que vem a leitura do documento sobre a CPMI. Uma vez lido em plenário, o inquérito parlamentar é considerado criado, aguardando apenas a instalação dos trabalhos.

Com o adiamento da leitura do pedido, protocolado há duas semanas pela a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), já começaram a retirada de assinaturas do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito sobre a legalidade de repasses federais a entidades ligadas ao MST. Para invalidar a iniciativa, é preciso que outros 11 deputados e dois senadores excluam seus nomes do documento. Dois deputados já o fizeram: Ciro Nogueira (PP-PI) e Camilo Cola (PMDB-ES).

Em sua cruzada “pró-MST”, o senador Sarney lembra em sua coluna semanal na Folha de S.Paulo, desta sexta-feira (25), que criou o Ministério da Reforma Agrária, afirmando que se tratava de um “nome maldito à época”.

Sarney combate a “demonização” e a “criminalização” do MST.

“A solução que está sendo escolhida é das comissões de inquérito, de enfrentamento, de criminalização dos movimentos sociais, de demonização do MST. Esse caminho é errado. Os excessos desses grupos devem ser combatidos, mas não se pode desconhecer que estamos a repetir no campo o que se vê nas cidades. Os marginalizados são seduzidos pela guerrilha ou por atos de desespero, passando pelo crime e pelo tráfico de drogas. Veja-se alguns países da América Latina. Se perdemos a guerra nas cidades não vamos perdê-la no campo. É preciso evitar o confronto e a falsa solução da demonização. Os movimentos sociais ajudam a resolver o problema”.

Resta perguntar aos dirigentes do MST, principalmente ao João Pedro Stédile, se eles aceitam serem defendidos por Sarney, haja vista, que o combatem ferozmente no Maranhão.

Embasbacados, os líderes da oposição ao governo Lula classificam o movimento “pró-MST” de Sarney de “atitude patética”.

- O presidente do Congresso deveria se poupar e não ter uma atitude patética como essa. O governo está tendo o controle direto da pauta do Congresso, disse o líder do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO).

Pelo visto, Sarney retribui ao apoio irrestrito de Lula. Pranteado em inúmeras declarações a seu favor em face das denúncias veiculadas pela mídia e ao gude preso que deu na bancada petista do Senado para que se perfilasse ao lado de Sarney no Conselho de Ética do Senado.
Quando Lula quer, até Sarney vira “pró-MST” desde criancinha.

O problema é saber como fica o movimento com este novo advogado de defesa.

TV é aposta tucana para subir nas pesquisas

Deu em O Estado de S. Paulo


Serra será a principal estrela do programa estadual do PSDB em outubro

De Julia Duailibi e Silvia Amorim:
 
Os tucanos usarão o programa partidário na TV como cartada estratégica para frear o crescimento dos rivais e a consolidação da tendência de segundo turno, evidenciada na pesquisa do Ibope divulgada nesta semana.
O PSDB fará de seu principal nome na disputa de 2010, o governador José Serra, a estrela do programa estadual que irá ao ar em outubro. E ontem decidiu que usará as inserções nacionais, em novembro, para desmontar a imagem de boa administradora da ministra Dilma Rousseff, pré-candidata do PT.

A avaliação é de que o bom desempenho de Marina Silva (PV) e Ciro Gomes (PSB) na pesquisa está relacionado à exposição nos programas partidários em rádio e TV nas últimas semanas.

Os tucanos apostam que, assim que as inserções estaduais forem ao ar, Serra voltará a subir nas pesquisas. Usam como exemplo o caso de 2004, quando, na disputa à prefeitura paulistana, chegou a subir 10 pontos após estrelar o programa do partido.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Identificação ao PT derrota Dilma, diz dono do Ibope

Deu no Valor Econômico

Vale a pena ler:


Entrevista com o presidente do IBOPE, Carlos Augusto Montenegro, publicada pela jornalista Heloisa Magalhães no jornal Valor Econômico em 23 de setembro de 2009:

Não é cedo para tanta certeza de que Dilma não se elege?

Lula está tentando fabricar alguém. O PT sofreu desgaste com mensalão e aloprados. O partido perdeu a identidade, a ética, e o charme. O PT mobilizava formuladores de opinião, atores, artistas e estudantes. Tudo isso foi para o saco, acabou. Nos últimos dez anos, o PT só perdeu gente. Erundina, Plínio de Arruda Sampaio, Heloísa Helena, Luciana Genro, Marina, [Fernando] Gabeira. Só se vê gente saindo, ninguém entrando. Outros foram cassados ou se esconderam como [Luiz] Gushiken, [Antonio] Palocci, [José] Genoino, João Paulo [Cunha], José Dirceu. E os que ficaram perderam expressão, como [Aloizio] Mercadante e [Eduardo] Suplicy. O partido não tem liderança e o Lula resolveu inventar uma pessoa. Acho que o Brasil está diferente. É difícil eleger um poste, independentemente dele [Lula] estar muito bem avaliado. Principalmente sendo uma pessoa que nunca participou de eleição que não tem voto, carisma ou simpatia.

Mas diante do desgaste do PT será que Dilma não seria favorecida exatamente por não ter tido cargo eletivo no PT?

O candidato precisa ter currículo, história. É a primeira vez que Lula não será candidato. Muitas pessoas de baixa renda que melhoraram de vida podem até votar no candidato de Lula por gratidão. Por isso mesmo Dilma tem de 13% a 15% das intenções de voto. Sem Lula, teria 1%. Qualquer um que Lula apoiasse teria 13% a 14% [das intenções de voto] pois é o que pode transferir. A rejeição a Dilma ter chegado a 40% significa que ela anda para trás. Possivelmente, foi o episódio da Receita [Federal, quando a secretária Lina Vieira declarou que ouviu da ministra pedido para apressar investigação em torno da família Sarney].

O senhor acha que uma pesquisa um ano antes das eleições retrata o quadro para daqui a 12 meses?

Por acaso nas últimas quatro eleições presidenciais quem estava na frente um ano antes, ganhou. Isso aconteceu na segunda eleição de Fernando Henrique Cardoso e nas duas vezes em que Lula venceu.

Mas na de Fernando Collor foi diferente.

Collor não conta pois foi a primeira eleição presidencial após a ditadura. E ainda: eram 12 candidatos numa eleição. A primeira eleição de FHC também foi diferente pois foi muito influenciada pelo Real. Lula estava na frente, veio o Real e FHC ganhou no primeiro turno. Depois dessa quem estava na frente [um ano antes nas pesquisas] venceu. FHC em 1997, Lula em 2001 e Lula em 2005 exatamente neste período. Não é uma regra, mas hoje é difícil mudar. É preciso fato muito forte para mudar. Dilma n&atil de;o é um fato forte.

E os 80% de popularidade de Lula? Não contam?

A pesquisa mostra que Dilma está descolada do Lula no sentido negativo. Ele manteve quase intacta a aprovação e Dilma caiu quase cinco pontos percentuais. Se ela estivesse totalmente atrelada a Lula, também estaria na onda ascendente. Ele ficou com uma aprovação exuberante e ela caiu. A questão é se a população quer mais quatro anos de PT sem Lula. Depois do mensalão, teve o petismo e o lulismo. Lula se descolou do PT e ficou acima de tudo. Lula foi uma das coisas boas que restaram do PT. E ele agora vai embora. Quem quer quatro anos de PT sem Lula? Na hora de mudar, o PT está ficando com as coisas ruins e o Lula com as boas.

PT e PMDB fechados

Deu em O Globo
De Ilimar Franco:

Em outubro, quando o presidente Lula retornar de seu giro pelo exterior, o PT e o PMDB vão firmar um pré-compromisso de aliança para 2010.

Os dois partidos vão anunciar a construção de um programa de governo conjunto, e ficará estabelecido que o PT indicará o candidato a presidente da chapa e o PMDB, o vice.

Será criado ainda um grupo de trabalho para tratar das alianças regionais e da convivência nos casos de dois palanques.

Nanicos ''alugam'' legendas para 2010

Deu em 'O Estado de São Paulo'

Lideranças nos Estados aceleram troca-troca e, para driblar legislação, fazem acordo com suas legendas atuais

De Leandro Colon:

Na reta final da filiação partidária para as eleições de 2010, partidos nanicos estão entregando as legendas nos Estados a lideranças de peso em troca de dinheiro e potencial de votos nas urnas. Para assumir o comando dessas siglas pequenas sem perder o atual mandato, políticos driblam a legislação eleitoral, fazendo acordo com suas siglas atuais. O Partido Social Cristão (PSC) - cuja ideologia política é "colocar o ser humano em primeiro lugar" - já entregou os Estados de Alagoas, Piauí, Paraíba e fecha os últimos detalhes do Distrito Federal.

Seu presidente nacional, Vitor Nósseis, não esconde que a estrutura financeira de um novo filiado é fundamental. "Como vou fazer as coisas sem recursos? Num relacionamento entre marido e mulher, se o dinheiro sai pela porta, a mulher sai pela janela", disse em entrevista ao Estado.
O Partido da Mobilização Nacional (PMN) entregou o diretório de Brasília à deputada distrital Jaqueline Roriz - candidata a uma vaga na Câmara - e briga com o PSC pela filiação de seu pai, o ex-governador Joaquim Roriz, que deixou o PMDB. Ontem, Roriz deixou no ar a possibilidade ir para o PSC. "O partido tem o social no nome e o que mais quero ser é social, para ajudar os pobres", afirmou.
Outras legendas, como PRTB, PSL, PRB, buscam a mesma estratégia pelo País. O projeto de poder dessas siglas é único e financeiro: eleger o maior número de deputados para aumentar os recursos recebidos do fundo partidário, distribuído conforme a composição da Câmara.

Aécio vê dois candidatos do governo

Da Coluna de Cláudio Humberto


O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou nesta quarta (23) que é possível que a base aliada ao governo de Lula tenha mais de um candidato na disputa presidencial em 2010. O pré-candidato tucano disse que a justificativa para mais de uma opção está baseada no crescimento das intenções de voto em Ciro Gomes (PSB-CE), conforme pesquisa divulgada pelo CNI/Ibope. Os novos dados mostram Aécio em posição desconfortável em relação à disputa interna com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que continua liderando todos os cenários pré-eleitorais.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Eleições 2010 - Brasil

Ciro: “Eu não quero o PMDB”

No Estadão:

Com críticas ao PMDB nacional e respondendo indiretamente a declarações do presidente licenciado do partido, Michel Temer (PMDB-SP), o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) afirmou ontem que o resultado da pesquisa CNI/Ibope reforça a importância de ter duas candidaturas ao Palácio do Planalto na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em meio à cobrança do PMDB por definição rápida de Lula sobre a aliança de 2010, Temer excluiu Ciro de um eventual acordo. No entanto, o deputado do PSB vem ganhando fôlego e é citado como vice ideal de Dilma por alguns aliados.

Ciro voltou a criticar a forma em que se negocia a aliança entre o PMDB e o governo. “Eu, que sou aliado de Lula, discordo da forma com que se constrói a hegemonia moral-intelectual da aliança PT-PMDB. E não é nada contra a aliança em si, nada contra o PMDB em si. Mas a forma moralmente frouxa, intelectualmente sem clareza, desse desenho me incomoda.”

Ele disse não concordar com essa hegemonia. “Se for esse tipo de critério, eu não quero o PMDB. Ponto final. Digo, humildemente, o PMDB não me quer, não. Não é quem desdenha quer comprar. Nem eles me querem, nem eu a eles.”

Assediado pelo PT para que abandone a disputa presidencial e saia candidato ao governo paulista, Ciro destacou que há um acordo para decidir, até fevereiro de 2010, os nomes da base que estarão na corrida. “Tenho uma opinião antiga, antes de qualquer pesquisa, de que a melhor tática para nós, que apoiamos esse projeto que o presidente Lula iniciou, é apresentar duas candidaturas.”

Blog do Noblat


Em grampo da PF, Fernando Sarney acalma filho em relação a cerco ao nepotismo
Empresário fala que decide nomeações no gabinete de Epitácio Cafeteira (PTB-MA); filho é demitido, mas a mãe é contratada um mês depois

De André Michael, Andreza Matais e Hudson Corrêa:

Filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o empresário Fernando Sarney diz em conversa interceptada pela Polícia Federal que é o dono de uma vaga no gabinete do senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). "Boto quem eu quiser", afirmou ao filho João Fernando em 27 de agosto de 2008.

Na época, o cargo era ocupado por João Fernando. Devido ao cerco ao nepotismo no Congresso, ele foi demitido sigilosamente em 2 de outubro.

A dispensa só foi publicada em abril deste ano em boletim no Senado, no episódio que deflagrou o escândalo dos atos secretos e levou José Sarney ao Conselho de Ética do Senado.

Na época, ao ser questionado sobre a nomeação do neto, Sarney negou interferência nas contratações. "Aqui no Senado, todos sabemos, não se nomeia para o gabinete quem não for requisitado pelo senador."

Na conversa, gravada pela polícia com autorização da Justiça, Fernando falava com o filho sobre a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de proibir a contratação de parentes nos três Poderes.

Com salário de R$ 7.200, João Fernando estava preocupado com a medida do STF, mas é tranquilizado pelo pai.

"Se tiver que, de alguma forma, ter uma atitude, tiver que sair mesmo, ele [Cafeteira] já me disse que o lugar é meu, que eu boto quem eu quiser", afirmou Fernando Sarney. Foi o que ocorreu. Menos de um mês após a demissão do filho, assumiu o cargo a mãe dele, Rosângela Terezinha Gonçalves.


Eleições 2010 - Maranhão


As eleições de 2010 estão praticamente nas ruas. No Maranhão não é diferente.
Por essas terras, no entanto, um espectro ronda as chamadas oposições. O espectro da divisão. Mal passamos três anos daquele histórico 29 de outubro de 2006 e começa-se a observar movimentos de uns e outros em direção oposta ao que a maioria da população exige: a união das forças oposicionistas ao grupo Sarney.

Não que essa exigência popular tenha que sair na marra, artificialmente. Não se trata disso. O que não pode é, a pretexto de alguém discordar de uma tese defendida por algum integrante das oposições, surgir ameaças do tipo: “Ah, é assim, é? Então vamos compor com a situação e acabar com essa história de libertação do Maranhão”.

Contudo, nesse caso não seria retaliação, mas uso de um álibi para abandonar um projeto que teve início lá atrás, em 2005.

Penso que há espaços para todo mundo em 2010. É uma eleição ampla onde cabem projetos para: formação de uma boa bancada de deputados estaduais e federais; uma vaga de vice-governador; uma vaga para governador; duas vagas para Senadores e ainda sobra espaço para discussão e entendimentos com vistas para as eleições de 2012.

Sou um entusiasta da tese da candidatura única das oposições para enfrentar e derrotar o candidato ou candidata do grupo Sarney. Aliás, sempre fui, desde 2006 e não vejo motivo plausível para mudar de posição em relação a 2010, por enquanto até aqui. Pode ser que a conjuntura mais na frente me faça mudar de idéia.

Acontece que estamos diante de duas hipóteses possíveis do ponto de vista do grupo Sarney: a candidatura Roseana Sarney ou a de Lobão. Continuo defendendo a tese da candidatura única para enfrentar qualquer uma das duas, mas confesso que não pude avaliar se o candidato das oposições que enfrentar Roseana Sarney terá o mesmo desempenho quando o candidato passa a ser Lobão. É uma questão para avaliarmos.

O fato que não consigo identificar qualquer motivo para que setores das oposições possam seduzir-se em enveredar por caminhos tortuosos, muitos dos quais já experimentados em outros tempos.

Repito: é legítimo qualquer um desejar ser candidato ao que bem entender. Assim como há aqueles que estão convictos que podemos contribuir melhor com o Maranhão sendo Senador da República, há aqueles que entendem que o melhor é ser governador. Qual o problema nisso?

O que falta mesmo é uma boa e velha conversa numa mesa sobre essas questões. Dizem que quando atingimos certa idade, voltamos a ser crianças. Em se tratando da política maranhense, e, sobretudo, das oposições, parece que esse dito tem lá as suas razões.

Para finalizar, e parodiando o saudoso Tim Maia na canção Vale Tudo: “vale tudo para as oposições, só não vale fazer o jogo do Sarney."

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Eleições 2010



O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), disse que o partido não vai apressar o lançamento do candidato tucano na eleição presidencial de 2010. Ele também negou que tenha obsessão por sua candidatura ao cargo que ainda disputa com o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Segundo Aécio, o PSDB não é o PT e “não precisa se apressar” e ainda concluiu; “a escolha será feita no momento certo, vamos ter a candidatura, vamos ter a chapa. Não estou nem um pouco afobado com isso”.

Eleições 2010

Marina diz que governo Lula seguiu plano de FHC

Recém-saída do PT e provável candidata à sucessão presidencial, a senadora Marina Silva (PV-AC) reconheceu méritos no plano real empreendido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e que não passa de retórica a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que tudo começou em seu governo, por ele ter preservado o real.

Se vencer as eleições do ano que vem, ela adianta que vai manter os princípios básicos da economia. "A estabilidade econômica e o equilíbrio fiscal vão continuar", disse.

Para a senadora, "com o plano real se começou o processo que continuou com o presidente Lula. Lula preservou o plano real e aprofundou com distribuição de renda e política social altamente relevante", declarou ela a jornalistas após participar de entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira.

Marina Silva, que nem bem deixou o PT após 30 anos de militância e ingressou no PV, sigla pela qual deve disputar a Presidência, já ensaia críticas ao presidente Lula.

"É retórica (Lula dizer que tudo começou com ele). Mas o próprio presidente Lula reconhece que há um processo histórico cumulativo. Ele nunca tem uma visão niilista, de que ele inventou essa roda, ele sabe disso", declarou, após reconhecer mais uma vez que deixou o ministério do Meio Ambiente em 2008 por ausência de apoio dentro do governo.

Eleições 2010

Serra, Ciro, Dilma e Marina

A pesquisa CNI/Ibope que será divulgada hoje irá fazer barulho dentro do PT e dos partidos aliados no capítulo que trata da sucessão presidencial. (Nos itens dedicados a avaliação do governo, trará uma já esperada queda da aprovaçao de Lula, mas nada de muito relevante).

A pesquisa mostrará José Serra na liderança com cerca de 38% das preferências. Em seguida, aparecerá Ciro Gomes ligeiramente à frente de Dilma Rousseff, ambos com um percentual entre os 15% e 17%. Marina Silva, bafejada pela exposição da mídia e pela sua aparição dias antes de a pesquisa ser feita como estrela do programa de tevê do PV, figurará com razoáveis 6%. Ciro, aliás, também beneficiou-se de sua exposição no programa do PSB, ocorrida da mesma forma pouco antes de o Ibope sair às ruas.

A pesquisa foi realizada entre os dias 12, 13 e 14 de setembro com 2002 eleitores em 143 municípios de todo os país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Ainda que a diferença entre Ciro e Dilma esteja dentro da margem de erro - e, portanto, hipoteticamente qualquer um dos dois poderia estar na frente - o número do Ibope ajuda a consolidar a pré-candidatura de Ciro.

Em relação à última CNI/Ibope, divulgada no início de junho, as coisas pouco mudaram - exceto pela queda de Dilma e pelo surgimento de Marina. Àquela altura, Serra tinha 38%; Dilma, 18%; Ciro, 12%; e Marina nem aparecia entre os concorrentes.

Fonte: Radar On-line
com Paulo Celso Pereira

Carrinho de Compras

Senado reserva R$ 6,3 mil para compra de 3,8 mil copos

Passada a grave crise institucional que viveu, o Senado Federal parece ter resolvido acalmar os ânimos com muitos copos d’água de vidro para os próximos meses. Nota de empenho (documento emitido por um órgão público antes de uma compra ou contratação de serviço) deste “Carrinho de Compras” de hoje mostra que a Casa reservou R$ 6,3 mil para a aquisição de 3.800 mil deles. Cada um tem capacidade de 310 ml, “sem nenhum tipo de decoração ou marcação”. Simples assim..
Quem não quis saber de simplicidade e sim de tecnologia foi o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que comprometeu R$ 135 para a compra de cinco carregadores de celular e R$ 72 mil para a compra de 10 notebooks com dois anos de garantia, para atender a coordenadoria de relacionamento.

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi pelo mesmo caminho. Empenhou R$ 47 mil para a compra de duas câmeras Canon (cada uma por R$ 19 mil), seis carregadores de bateria, um monópode e duas sombrinhas para estúdio fotográfico, além de 7,8 mil para a compra de quatro baterias, quatro cabos e quatro lâmpadas refletoras. Resta aguardar para ver quem vai ficar bem na foto nos próximos dias...

Agora, quem não vai ficar com os dedos sujos são os funcionários da Presidência da República. Isso porque o órgão teve a preocupação de comprar 80 molha dedos que não mancham a pele, ao custo de R$ 103. Os servidores que lidam com o material podem comemorar...
Por fim, nada melhor do que uma palestra motivacional com bons profissionais! Isso é o que está preparando o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG). O órgão reservou R$ 32 mil com a contratação da família Schürmann para proferir a exposição “Não é possível mudar os ventos, mas é possível, sim, ajustar as velas”, que será realizada na solenidade em homenagem aos servidores destaques de 2009, no dia 28 de outubro, no evento comemorativo do dia do servidor público. A palestra será no plenário do prédio-sede do tribunal.

Clique aqui para ver as notas de empenho citadas no texto.

Fonte: Leandro Kleber
Do Contas Abertas

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Eleições 2010

Lula e a ética da conveniência

Em entrevista ao Valor, presidente diz não ter dúvidas de que manda no Brasil

Brasília (18) - O “companheiro-presidente” Luiz Inácio Lula da Silva revelou um lado autoritário, caudilhesco, na entrevista ao Valor Econômico na quinta-feira (17). Nela, assume, sozinho, a responsabilidade pela construção da refinaria Abreu e Lima (PE), em sociedade com o “compañero” Hugo Chávez. “Anuncia” ainda, uma “consolidação das leis sociais” e passa uma compostura na Vale do Rio Doce, como se ainda fosse propriedade estatal.

Justificando a decisão da construção da refinaria, afirmou: “Se dependesse da Petrobrás, ela não gosta de fazer refinarias.” E acrescentou: “Na lógica da Petrobrás, as suas refinarias já atendem a demanda. Há 20 anos a empresa não fazia uma nova refinaria.”

Lula só não revela as conseqüências das suas decisões.

Em depoimento à CPI, dois altos funcionários da Petrobrás admitiram falhas no projeto inicial. O gerente-geral de implementação de empreendimentos da obra, Glauco Legatti, contou que foi necessário refazer a previsão em relação ao solo da região. Segundo ele, "expansivo" .

Legatti e o gerente de custos e estimativas, Sérgio Santos Arantes, não conseguiram explicar como a obra vai saltar de R$ 10 bilhões para R$ 23 bilhões. A Abreu e Lima, lançada em 2005, está sob suspeita desde o ano passado, do Tribunal de Contas da União (TCU).

O TCU indica um sobrepreço de R$ 121 milhões em quatro contratos e acusa a empresa de sonegar documentos. O tribunal investiga superfaturamento nas indenizações por dias parados feitas pela Petrobras às empreiteiras, em até 930%. O empreendimento está em estágio inicial, mas a estatal já teria estourado o orçamento de R$ 93 milhões.

LEIS SOCIAIS

Na entrevista, o presidente anunciou que pretende mandar ao Congresso, talvez este ano, talvez no próximo - para criar mais um fato eleitoreiro - um projeto de lei para consolidar as políticas sociais de seu governo. Como fez o presidente Getúlio Vargas na década de 50, digno representante da escola caudilhesca gaúcha e que também sofreu mutações ao longo da vida política.

Não escondendo sua intenção de montar uma armadilha para a oposição, deixou no ar uma ameaça ao dizer que não vai pedir urgência para a tramitação desse projeto: “É bom mesmo que seja discutido no ano eleitoral.”

Lula quer vender a imagem de que foi ele o criador das políticas sociais e finge não saber que o Bolsa-Família é filho direto dos cinco mais importantes programas sociais do presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB: o bolsa-escola, o bolsa-alimentação, o vale-gás, o programa de erradicação do trabalho infantil e o programa de apoio aos jovens em situação de risco.

Essa idéia presidencial pode deixar preocupados os trabalhadores e, principalmente, os setores mais pobres da população. Afinal, quando se instalou no Palácio do Planalto, Lula logo tratou de enviar ao Congresso um projeto de reforma da Previdência Social que era exatamente o contrário do que ele pregara durante a campanha eleitoral, atingindo aposentados e trabalhadores às vésperas da aposentadoria.

À época houve uma rebelião entre petistas e a então senadora Heloísa Helena e alguns deputados foram expulsos do partido.

Mais tarde num jantar com jornalistas, em fevereiro de 2004, Lula surpreendeu os convidados ao defender a extinção da multa de 40% sobre o saldo do FGTS nas demissões sem justa causa e admitir o parcelamento do 13º salário.

VALE

Ainda na entrevista, Lula finge esquecer que a Vale do Rio Doce foi “privatizada”, embora os fundos de pensão de algumas estatais sejam seus controladores, e se comporta como um bedel ao afirmar que “tenho cobrado sistematicamente da Vale a construção de usinas siderúrgicas no país. Todo mundo sabe o que a Vale representa para o Brasil. É uma empresa excepcional, mas não pode se dar ao luxo de exportar apenas minério de ferro.”

Como Lula se orgulha de não ler jornais, não deve saber que a Vale anunciou, em agosto, um investimento de US$ 3,7 bilhões na construção de uma siderúrgica no Pará. A Vale também confirmou a criação da Companhia Siderúrgica Ubu, em Anchieta (ES), com capacidade para produzir 5 milhões de toneladas de placas de aço – um investimento de US$ 3 bilhões e a criação de 3 mil empregos diretos.

Entretanto, adepto da ética da conveniência em relação à maior ou menor participação do Estado em empresas estatais, esqueceu de antecipar ao jornal o que hoje está em todos os demais: a participação do capitalismo internacional no Banco do Brasil, autorizada por decreto de sua autoria, vai passar para 20%.

Deu na Folha de S. Paulo

Blog do Noblat

Ciro pode acabar com aliança de PT e PSB, diz Dirceu

Um dos articuladores da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), José Dirceu avisa que, mantida a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) à Presidência, o PT terá de romper alianças estaduais com o PSB. "Ela não pode ficar sem palanques nos Estados", justifica o ex-ministro.
A acomodação das alianças nos Estados foi objeto de uma conversa entre o presidente Lula, Ciro e Cid Gomes, governador do Ceará, há dez dias, em Fortaleza. Na ocasião, Cid defendeu a candidatura de Ciro como estratégica e negou qualquer constrangimento em abrigar Dilma no seu palanque.

"O próprio presidente lembrou que não teve problema algum em contar com dois candidatos em Pernambuco [na eleição passada]", conta Cid.

Reafirmando a disposição de concorrer, Ciro minimiza riscos que a ameaça traz à sua candidatura. Em Pernambuco, a candidatura do PT poderia debilitar a do governador Eduardo Campos, presidente nacional do PSB.

Na quarta-feira passada, Ciro disse ao partido que, se dependesse dele, não transferiria o domicílio eleitoral para São Paulo, o que possibilitaria sua candidatura ao governo paulista. Mas deixou a decisão a cargo do PSB.

domingo, 20 de setembro de 2009

Aécio: Lula deixa legado de ‘aparelhamento e gastos’

Do Blog de Josias de Souza

Jorge Araújo/Folha

Governador de Minas e opção presidencial do PSDB, Aécio Neves ensaia adotar um discurso mais crítico em relação a Lula.


Em privado, Aécio diz que “são duas as piores heranças que Lula deixará para o sucessor:...


“...Na economia, a irresponsabilidade nos gastos correntes. Na política, o aparelhamento da estrutura do Estado”.


Para Aécio, a proposta de Orçamento que Lula enviou ao Congresso é “de uma insensatez total”.


Quanto às relações políticas, acha que foram levadas às raiais do paroxismo. “Nunca se trocou tanto, nunca se permitiu tanta perversão”.


Pragmático, Aécio declara, sempre entre quatro paredes, que um governante precisa fazer certas concessões.


Recorda que, sob FHC, as relações do Planalto com o Congresso não eram, digamos, castas. Mas acha que, na era Lula, exagerou-se.


“O Fernando Henrique entregou os anéis para governar. Lula deu os dedos, a mão, o braço. Um absurdo” Considera "essencial" que o próximo presidente fixe "novos parâmetros".


Nesse cenário, diz Aécio, a oposição não pode se dar ao luxo de errar em 2010. “A alternância do poder tornou-se um imperativo. Fará bem ao país”, ele afirma.


Por isso, Aécio estreita, dia a dia, suas relações com José Serra, governador de São Paulo e seu rival na disputa pelo título de presidenciável oficial do PSDB.


Convenceu-se de que, sem o apoio de Serra em São Paulo, não chega a lugar nenhum. Do mesmo modo, acha que sem o suporte dele em Minas, Serra tampouco irá longe.

Internamente, Aécio defende que o tucanato tome uma decisão até o mês de dezembro.

Lula e a dívida pública - (Parte 4)

Do Blog Visão Panorâmica


Lula e a dívida pública

Na segunda parte desta série de artigos mostramos como o Brasil chegou a acumular as reservas cambiais recorde das quais o Governo Lula tanto se orgulha. Hoje as reservas estão ainda maiores. Se o presidente não mentiu também sobre este assunto no seu último pronunciamento (ver artigo anterior sobre a grande mentira sobre o pagamento da dívida externa), as reservas hoje estariam na casa dos US$ 215 bilhões!
Bom, levando em conta que hoje metade da arrecadação do Tesouro está comprometida com o pagamento de juros e rolagens das dívidas interna e externa, então a primeira pergunta que surge é: por que o Governo não paga uma parte das dívidas com as reservas cambiais recorde?

Esta seria a lógica para qualquer pessoa que tivesse uma poupança que rendesse juros baixos (reservas cambiais) e ao mesmo tempo um compromisso mensal com uma dívida que levasse metade do seu salário (dívida pública). Mas, claro, as coisas não são tão simples assim quando o assunto é macroeconomia.

Acompanhe a matéria completa: clique aqui

Para ver o primeiro artigo desta série, clique aqui
Para ver o segundo artigo desta série, clique aqui
Para ver o terceiro artigo desta série, clique aqui

sábado, 19 de setembro de 2009

PT estrutura a máquina coletora de Dilma na internet


O repórter Lauro Jardim pendurou no seu Radar on-line um par de notas que fazem menção a Dilma Rousseff.

Uma traz boa notícia para a candidata. Outra contém novidade acerba. Primeiro, a boa:
Servindo-se da asse$$oria que fez de Obama um portento monetário na web, o PT monta a usina de arrecadação virtual de Dilma.

Agora a informação ruim: vem aí uma pesquisa que traz Ciro Gomes ligeiramente à frente da dodói de Lula. Vão abaixo as duas notas:

- Estrela esperança: O PT vai montar um ambicioso plano de arrecadação de fundos para a campanha de Dilma Rousseff, via internet e telefone, inspirado na bem-sucedida experiência de Barack Obama.

Foi com esse objetivo que o partido assinou na semana passada um contrato com o marqueteiro americano Ben Self, justamente o responsável pela operação de arrecadação via internet de Obama.

Internamente, o projeto é chamado Estrela Esperança, numa alusão ao Criança Esperança, da Globo.

O objetivo declarado é obter mais dinheiro que a Globo com seu projeto para crianças carentes (na edição deste ano, a emissora recolheu 8,5 milhões de reais).

- Ciro sobe: A pesquisa CNI/Ibope a ser divulgada na segunda-feira trará uma novidade inconveniente para o governo – e não são os cerca de 40% das preferências para José Serra.

O incômodo maior será ver Ciro Gomes em segundo lugar. A diferença real entre Ciro e Dilma Rousseff pode até nem existir, pois está dentro da margem de erro da pesquisa, mas sua divulgação fará grande barulho.

Na mesma pesquisa, Marina Silva começa a dizer a que veio – ela surgirá com 6% das intenções de voto.

Fonte: Blog de Josias de Souza

Eleições 2010

Deu na Veja


Eleições 2010 - Ciro sob

A pesquisa CNI/Ibope a ser divulgada na segunda-feira trará uma novidade inconveniente para o governo – e não são os cerca de 40% das preferências para José Serra. O incômodo maior será ver Ciro Gomes em segundo lugar. A diferença real entre Ciro e Dilma Rousseff pode até nem existir, pois está dentro da margem de erro da pesquisa, mas sua divulgação fará grande barulho. Na mesma pesquisa, Marina Silva começa a dizer a que veio – ela surgirá com 6% das intenções de voto.

Fonte: Blog do Noblat
http://migre.me/7iLC

Charge

Charge - Néo



A volta dos Bingos

O projeto que legaliza os bingos, as máquinas caça-níqueis e videopoquers foi votado pela Câmara dos Deputados, na última quarta-feira, 16/09, e obteve a maioria de votos a favor da liberação, 40 contra 7

Diversas questões foram levantadas como argumentos para a liberação. Os mais relevantes são a geração de empregos, turismo e economia.

O jogo sempre lembra algumas cidades famosas do mundo, como Las Vegas, que remete à riqueza e luxo. Mas voltando ao Brasil...

Existem questões muito mais importantes a serem pensadas por toda a sociedade, como a lavagem de dinheiro e o vício no jogo.

No Brasil ouvimos muitos casos de idosos, aposentados e até famílias inteiras que se tornaram viciados e perderam dinheiro nos bingos.

A liberdade de escolha deve sempre ser levada em conta, mas cabe ao poder público criar regras de fiscalização e também alguma forma, se é que existe, de controlar a freqüência das casas de jogos.

Opiniões à parte, as casas de jogos terão que cumprir regras rígidas que garantirão que os estabelecimentos sejam locais apenas de jogos e diversão.

Dê a sua opinião.

Fonte: http://www.tucano.org.br/