"Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito."

quarta-feira, 31 de março de 2010

Um sucesso de governo

do Blog Pauta em Ponto

José Serra deixa hoje o governo de São Paulo. Foram apenas 39 meses de gestão, mas suficientes para imprimir uma marca indelével na história do estado e firmar parâmetro do que deve ser uma administração competente e compromissada com o interesse público – assim como foi nos sete anos em que Aécio Neves, também de saída hoje, comandou Minas Gerais. Por meio destas experiências, estão expostas, sem subterfúgios, as credenciais que o PSDB oferece aos brasileiros. É com elas que pretende voltar a governar o país.

Numa época em que o governo federal vale-se de todo tipo de truques e maquiagens para ludibriar a população, a gestão Serra em São Paulo entregou a quem vive no estado realizações em estado puro. Em quatro anos, são R$ 64 bilhões investidos, o triplo do quadriênio anterior. Em tempo de PAC 1, PAC 2, PAC 3 (porque do nada pode-se tirar quantos filhotes se queira), vale comparar: o governo do PT conseguiu investir até agora apenas R$ 35,2 bilhões do Orçamento Geral da União no mesmíssimo período, mesmo estando no poder desde 2003.

Mas o que mais interessa na gestão Serra não são os números frios e, sim, o efeito que tiveram e que terão – porque o horizonte com que se age em São Paulo, assim como em Minas, é longo – por décadas na vida da população. Sem ser enfadonho, vale citar alguns desses feitos, começando pelo que mais pessoas contempla: a inédita expansão do transporte público na Grande São Paulo, onde vive cerca de metade dos 40 milhões de habitantes do estado.

Em quatro anos terão sido construídos 18 km de trilhos. Embora isso represente o triplo do ritmo das quatro décadas anteriores, o mais significativo é que a gestão Serra decidiu dar à extensa malha de trens urbanos já existente um padrão de qualidade idêntico ao do metrô. Como resultado, a região metropolitana passa a ter, até o fim deste ano, 240 km de linhas com serviço de transportes de alta qualidade. É quatro vezes mais do que existia quatro anos atrás. O resultado disso é mais conforto para os usuários, mais tempo livre para estudar, estar com a família, divertir-se, trabalhar. O que interessa são as pessoas.

Este foi um compromisso de campanha, que poderia parecer difícil de cumprir, não fosse Serra o governante a honrá-lo. Cumprir compromissos, aliás, é uma das marcas da gestão tucana, tanto em São Paulo, quanto em Minas, como nos demais estados e municípios. Outro deles era instalar em todo o estado uma rede de ambulatórios médicos, os AME. Nestes locais, o paciente realiza consultas em diversas especialidades e, ato contínuo, faz os exames necessários – tudo com hora marcada, no mesmo lugar, na mesma hora. Pois bem, em três anos e três meses, 25 AME foram instalados; mais 15 o serão até dezembro, cumprindo rigorosamente a meta firmada em 2007.

No centro das atenções da gestão tucana também está a oferta de educação de qualidade, tanto o ensino formal quanto o técnico e o profissionalizante. Existem hoje funcionando em São Paulo o dobro de faculdades de tecnologia do que havia até 2006; o número de vagas ofertadas pelas escolas técnicas também mais que dobrou nestes três anos. São como “fábricas de emprego”. Os alunos que ali se formam saem diretamente para uma vaga no mercado de trabalho; com nove em cada dez acontece isso, o que torna os cursos oferecidos, gratuitamente, pela rede técnica paulista quase tão concorridos quanto os das universidades mais conceituadas.

Em Minas não tem sido diferente. Orientados por um rigoroso sistema de metas de gestão, os resultados apareceram aos montes. Por exemplo: quando o governador Aécio Neves tomou posse em 2003, o estado tinha 225 municípios que eram acessíveis apenas por meio de estradas de terra. Hoje apenas seis mantêm-se nesta condição – justamente as seis cidades cujas ligações viárias são de responsabilidade do governo federal, que não fez a sua parte.

O respeito aos recursos públicos – dinheiro pago pelos contribuintes – está presente nas medidas saneadoras conduzidas diretamente pelo vice-governador Antônio Anastasia. Como efeito, a diminuição do número de cargos comissionados em 20%, a extinção de secretarias e a valorização dos funcionários públicos por meio de critérios de qualidade e produtividade. Tudo voltado à melhoria da vida das pessoas.

José Serra e Aécio Neves deixam hoje os cargos para os quais foram eleitos com a franca sensação de dever cumprido. Suas gestões prosseguem sob comando de seus vices, igualmente eleitos. Nada para. Está tudo preparado para que tantas e tão positivas ações e outras mais comecem a se espalhar por todo o Brasil. É só o eleitor escolher, em outubro, trilhar este caminho.


José Serra na despedida do governo de São Paulo



"Se a minha vida terminasse hoje eu me sentiria recompensado por tudo o que fiz e aprendi."

José Serra

Charge - Néo



Serra e o ativismo governamental

Por Paulo Renato Souza
Secretário estadual da Educação do governo Serra


O governador Serra deixa o cargo para atender às exigências da legislação eleitoral no momento em que a maioria absoluta dos paulistas avalia seu governo como bom e ótimo e seu nome lidera todas as pesquisas presidenciais, estando em ascensão na preferência dos brasileiros. O admirável é que este feito aconteceu apesar de Serra, em respeito à lei, ter-se recusado a fazer campanha antecipada, enquanto a candidatura do lulo-petismo está nas ruas há quase dois anos e se beneficia do uso ilegal da máquina federal. De onde vêm a densidade e a popularidade de José Serra?

Certamente são decorrentes de toda sua vida pública, sempre pautada por princípios republicanos. Mas também são frutos do sucesso do seu governo, um marco em São Paulo, tal o salto dado nos investimentos públicos – eles já ultrapassam os 20 bilhões de reais ao ano - e na elevação da qualidade em serviços que se constituem direitos universais do cidadão, como saúde e educação.

São Paulo tem hoje a maior obra viária do país, o Rodoanel, o governo estadual investiu pesadamente em transportes de massa (metrô, trens e veículos leves sobre trilhos), e houve forte expansão do ensino técnico profissionalizante, médio e superior. Na saúde, o sistema estadual conta com a aprovação da ampla maioria dos seus usuários, enquanto na educação começam a surgir os primeiros resultados de uma política inovadora focada na aprendizagem do aluno e na valorização do desempenho das escolas e dos professores. A marca do atual governo foi o ativismo governamental, condição necessária para o desenvolvimento e a geração de empregos - duas obsessões de José Serra.

Nada disto seria possível, claro, se Serra não tivesse sido precedido por Mário Covas e Geraldo Alckmin, responsáveis pelo saneamento das finanças do Estado e pela introdução de um padrão administrativo baseado no zelo pelo dinheiro público. Mas existiram outras virtudes na atual gestão para as quais chamo a atenção. Obras do porte do Rodoanel foram tocadas sem denúncias de superfaturamento e obedecendo exigências ambientais compensatórias, numa demonstração de que é possível compatibilizar desenvolvimento e meio-ambiente.

Em tempos de exacerbação do patrimonialismo, o governo Serra distanciou-se do que aconteceu na esfera federal e pautou-se por outros valores. O governador também construiu maioria parlamentar em aliança com outros partidos, mas o fez sem lotear a máquina do Estado e sem qualquer recurso a métodos “heterodoxos” como o mensalão. Em São Paulo, as Secretarias e as empresas estatais não são feudos do clientelismo e nem moeda de troca para angariar apoio parlamentar. A ética, portanto, não foi sacrificada em nome da “governabilidade”.

Sou testemunha do seu compromisso com uma educação pública de qualidade. Em seu governo foi consolidada a convicção de que a formação e o estímulo ao bom desempenho dos professores são condições indispensáveis para o salto tão reclamado pela sociedade. De forma pioneira, o governo paulista criou a Escola de Formação de Professores do Estado de São Paulo, instituiu um bônus para premiar o desempenho coletivo dos profissionais de cada escola e criou também o programa “Valorização pelo Mérito”, através do qual haverá a valorização salarial do professor, de acordo com o seu esforço e desempenho individual. Tudo isto começa a impactar na sala de aula, na aprendizagem do aluno.

Legitimamente, nosso governador atende ao apelo de servir melhor aos brasileiros e começa a por o pé na estrada em sua nova caminhada. Conheço José Serra há quarenta anos e fomos parceiros em diversas empreitadas - no governo Montoro, no governo de Fernando Henrique e na atual administração estadual. Sei, portanto, o quanto sua biografia foi construída em absoluta sintonia com os valores democráticos e humanistas e o quanto ela o capacita para a empreitada a que se dispôs. Serra voltará a fazer história, assim como o fez em São Paulo onde o ativismo governamental marcou a sua gestão. Creio que a frase que o define é: SERRA FAZ ACONTECER."





terça-feira, 30 de março de 2010

Serra ironiza Lula e diz que Rodoanel não tem problema com TCU

SILVIA AMORIM - O Estado de S.Paulo

Um dia depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarar que é "um transtorno" fazer grandes obras no País, o governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta terça-feira, 30, que sua gestão mostrou competência ao entregar o trecho sul do Rodoanel sem o questionamento de órgãos fiscalizadores do setor público. Em discurso no que deve ser a sua última inauguração antes de deixar o cargo, Serra disse que o Rodoanel não tem problemas com o Tribunal de Contas da União (TCU) e do Estado (TCE), e nem com o Ministério Público Federal e Estadual.

"Eu posso dizer que foi uma obra aprovada inclusive antes de sua conclusão definitiva por todos os órgãos de controladoria do Brasil. Foi dada uma demonstração no nosso governo de competência para fazer acontecer", afirmou.

As declarações contrastam com o que disse Lula na segunda-feira, 29, durante lançamento da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Ao citar as dificuldades enfrentadas pelo governo para a conclusão da Ferrovia Transnordestina, o presidente criticou o "transtorno" que é fazer uma "obra de grande envergadura" no país. Em outras ocasiões, Lula já havia criticado a ação do TCU, que tem colocado sob suspeita diversas obras do governo federal.

Serra preferiu manter o contraste nas entrelinhas, e disse concordar com o presidente. "Ontem (segunda) o presidente Lula falava da dificuldade de se fazer obra no Brasil. Não basta só ter dinheiro, a gente sabe disso. O problema que o Lula apontou é real", afirmou. Para o tucano, o fato de estar entregando o Rodoanel sem problemas com os órgãos fiscalizadores é sinal de que São Paulo esta no caminho certo. "Isso valoriza ainda mais a realização que hoje mostramos à nossa população", concluiu.

O que antes estava programado para ser apenas uma vistoria, conforme divulgado pela assessoria do governo, acabou virando inauguração. Ainda assim, o trecho sul do Rodoanel somente será liberado ao tráfego na próxima quinta-feira. Em alguns lugares ainda é possível verificar que as obras continuam em andamento.

Serra deve anunciar oficialmente que deixará o cargo de governador para concorrer à Presidência nesta quarta-feira, 31. O processo de desincompatibilização deverá ser concluído na sexta-feira, 2, com o envio de uma carta de renúncia à Assembleia Legislativa.

Campanha antecipada

Diante de manifestações de trabalhadores da obra em favor da sua candidatura à presidência no evento, que gritavam Brasil Urgente, Serra Presidente, Serra pediu para que parassem e sutilmente criticou ao PT. "Aqui não queremos campanha antecipada, nem de um lado nem de outro. Se o outro faz, a gente faz um esforço pra ficar quieto."

Frase do dia

Desastre


"Se o PAC-2 fosse trem, teria engavetado o PAC-1, paradão na linha."


Lula não perdoa. Se preciso,mata!

Comentário de Ricardo Noblat

Lula fez Ciro Gomes de trouxa.


Somente Ciro pode dizer em que momento descobriu que estava sendo feito de trouxa.

Em meados do ano passado, com base em pesquisas de intenção de voto encomendadas pelo PSB, Ciro imaginou que poderia ser candidato à sucessão de Lula.

As pesquisas lhe davam bons índices de voto. E mostravam que, uma vez Ciro fora do páreo, a maioria dos votos dele migrava para José Serra (PSDB).

Nada mais razoável, pois, que fosse candidato para vencer, se possível, ou para ajudar Dilma Rousseff a vencer.

Para isso precisava que Lula lhe desse uma mão. Não só concordasse com sua candidatura, como lhe cedesse o apoio de alguns pequenos partidos comprometidos com a candidatura de Dilma.

O apoio de partidos aumentaria o tempo de propaganda eleitoral de Ciro no rádio e na televisão. O tempo do PSB não seria suficiente.

Lula cozinhou Ciro em fogo brando. Passou meses repetindo que jamais lhe pediria para deixar de ser candidato. Prometeu encaixá-lo, junto com Dilma, nas viagens oficiais pelo interior do país.

Levou Ciro para visitar o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. E foi só.

Mais tarde inventou aquela história sem pé nem cabeça de Ciro ser candidato ao governo de São Paulo. Pediu e obteve dele a transferência para São Paulo do seu domicílio eleitoral.

Por fim largou-o de mão.

Apoio de pequenos partidos?

Esqueça.

Foi quando Ciro começou a disparar contra a aliança PMDB-PT. E, de leve, contra Dilma.

Então Lula decidiu matar de vez a candidatura Ciro.

Em conversa com o governador de Pernambuco Eduardo Campos, presidente do PSB, queixou-se de Ciro. Disse que ele ultrapassara os limites permitidos para críticas. E ordenou ao seu modo: livre-se dele.

É o que Eduardo está pronto para fazer.

A próxima eleição presidencial deve ter um turno só, deseja Lula. Para perder ou ganhar com Dilma.



Deu em O Globo

A boca do jacaré

De Merval Pereira:

Um dado relevante da mais recente pesquisa Datafolha é a confirmação de que o candidato do PSDB, José Serra, mantém-se na faixa dos 40% da preferência do eleitorado quando o deputado Ciro Gomes não está na disputa, o que faz com que tenha possibilidade de vencer a eleição já no primeiro turno.

No jargão das pesquisas, "a boca do jacaré" estava se fechando, com a diminuição da diferença entre Serra e Dilma para quatro pontos na pesquisa Datafolha anterior.

No entanto, a pesquisa seguinte, do Ibope, já mostrava "a boca do jacaré" abrindo mais um pouco, aumentando para 5 pontos a diferença a favor de Serra. Esse movimento continuou, e a diferença agora foi para 9 pontos.

Ninguém em seu perfeito juízo poderia imaginar que, com o presidente Lula popular no nível em que está, sua candidata não entraria na disputa com pelo menos os 30% do eleitorado de esquerda garantidos.

Em nenhum momento, no entanto, mesmo tendo a diferença a seu favor reduzida, o tucano José Serra saiu da faixa dos 40% nos mais diversos institutos de pesquisa, e deixou de ter a possibilidade de vencer no primeiro turno.

Como exemplo, apenas nas pesquisas de 2010: 41% no Sensus de janeiro; 38% no Vox Populi de janeiro; 41% no Ibope de fevereiro; 38% no Datafolha de fevereiro; 38% no Ibope de março; e 40% no Datafolha de março.

Desde o segundo turno de 2002, quando teve 38% dos votos e perdeu a eleição para Lula, que Serra aparece à frente das pesquisas com uma média entre 35% e 40% de preferências.



segunda-feira, 29 de março de 2010

Ponto de vista: Paternidade irresponsável


"O PAC é o maior programa de obras do mundo", gaba-se o presidente Lula desde a festa de batizado. Também por juntar no mesmo balaio projetos federais, estaduais e municipais, é um conjunto de promessas de bom tamanho. O problema é que, às vésperas do segundo aniversário, o PAC mal engatinha. Do total de obras previstas, 54% sequer saíram do papel. Na área de saneamento básico, apenas uma a cada 10 promessas foi concretizada.

Nesta segunda-feira, em outro comício ilegal, o presidente da República e a ministra Dilma Rousseff festejaram o nascimento do PAC 2. Os brasileiros que pagam a conta ficariam bem mais felizes se, em vez de anunciar a continuação da série, o governo se concentrasse no filme ainda longe do final feliz. Lula comunicou que 40% das obras foram concluídas. Os contribuintes querem saber o que houve com as restantes, ou por que algumas só ficarão prontas anos depois do prazo fixado no cronograma original.

Sem ter saído da infância, o PAC 1 gerou um filhote. É um caso exemplar de paternidade irresponsável.



Nota oficial dos presidentes do DEM, PSDB E PPS e propósito do PAC 2:


Sob lágrimas e promessas de fazer até o que cabe a governos estaduais e municipais, atuais e futuros, a candidata do governo, Dilma Roussef com pompa e circunstância, anunciou o PAC 2, um programa tão pretensioso quanto o primeiro, o PAC 1, que três anos depois de ser lançado tem menos que 54% dormindo em gavetas da burocracia, sem sequer sair do papel.

Para se ter uma idéia do quanto o discurso não tem relação com a realidade, apenas 11% das obras do PAC 1 foram concluídas, sendo que nos estados do Nordeste, região mais necessitada de obras de infra-estrutura, essa percentagem cai para 4%. Seria demais perguntar, se o primeiro programa está empacado, para que lançar o segundo? Não é o caso de terminar o começado?

Fosse verdadeiramente desejo do governo melhorar as precárias condições de nossa infraestrutura, a resposta óbvia seria sim. Mas não é o caso do governo Lula e de sua candidata. O PAC 2 é mera peça de campanha eleitoral, movida às custas do contribuinte brasileiro. Cerca de 60% das obras inauguradas pelo governo nem mesmo estavam prontas.

Fica claro que não existe compromisso algum com o país. Passada a caravana do governo e de sua candidata; terminada a sessão de auto-elogios do presidente, das críticas aos adversários e da imprensa; findo o comício em que a candidata e seu cicerone pedem voto de forma escancarada, afrontando a Justiça eleitoral, depois que as emissoras de TV filmam, as de rádio e os jornais fazem entrevistas, o palanque é desfeito e tudo volta a ser como antes.

Quem acredita que existe perspectiva de conclusão do que naquele palavrório foi prometido corre o altíssimo risco de se cansar de esperar, se frustrar e concluir que obras não virão dessa pantomima eleitoral.

A responsabilidade direta por esse fiasco gerencial cabe à ministra Dilma Rouseff, chefe da casa Civil, apresentada ao país como a mãe do PAC.

No afã de arranjar-lhe uma bandeira eleitoral, o Presidente da República na verdade passou-lhe um atestado de incompetência administrativa.

Roberto Freire - Presidente Nacional do PPS, Senador Sérgio Guerra - Presidente Nacional do PSDB; Deputado Rodrigo Maia - Presidente Nacional do DEM

Lula tem razão

Comentário de Ricardo Noblat

Lula está coberto de razão quando se diz insatisfeito com os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - versão 1.

Nem metade das obras ali previstas foi concluída.

O PAC 2 não passa de uma carta de intenções.

Ou melhor: de uma plataforma para lançamento da candidatura de Dilma à presidência da República.

É uma peça marqueteira.

Serra faz corpo a corpo durante vistoria e diz que gostaria de ter feito mais para SP

Por TATIANA SANTIAGO - da Folha Online

O governador de São Paulo e presidenciável tucano, José Serra, aproveitou nesta segunda-feira a vistoria de duas estações da futura linha 4-amarela do Metrô para fazer um corpo a corpo na região da Consolação.

Acompanhado do secretário de Desenvolvimento do Estado e provável candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), Serra caminhou por cerca de 15 minutos na avenida Paulista acenando e conversando com a população.

Após o rápido corpo a corpo, o tucano entrou na sede do Banco Safra, de onde pegou um helicóptero para o Palácio dos Bandeirantes.

O evento de Serra foi acompanhado de uma bandinha, que cantava "Tá chegando a hora. O dia já vem raiando, meu bem, e eu tenho que ir embora..." O tucano vai deixar o governo esse semana para disputar a eleição.

Ele não quis comentar o resultado da pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana mostrando Serra com nove pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff (PT) na disputa ao Planalto. O tucano tem 36% e a petista, 27% das intenções de voto. Na pesquisa realizada em fevereiro, Serra tinha 32% e Dilma 28%.

No entanto, o governador falou de sua gestão em São Paulo. "Eu queria ter feito mais em tudo, mas acho que fizemos bastante. O governo do Estado, na minha gestão, são quatro anos, vai até o final deste ano e até lá muita coisa a mais vai ficar pronta."

Dilma só passa Serra se tirar 1/3 dos seus eleitores pró-Lula

por Jose Roberto de Toledo

(texto publicado na edição impressa de 29/03/2010 de O Estado de S.Paulo)

Do total do eleitorado, 76% avaliam que o governo Lula é bom ou ótimo, segundo o Datafolha. É o mesmo percentual de dezembro de 2002, que dava a dimensão da expectativa em relação ao futuro governo. Se Lula está entregando o que a maioria dos eleitores esperava, não se pode dizer o mesmo de sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff (PT).

A ministra patina no eleitorado-chave para sua candidatura: entre os 76% que aprovam o governo, ela oscilou de 35% para 33% no último mês. E está tecnicamente empatada com José Serra (PSDB), que cresceu de 27% para 32% nesse segmento. Se não ganhar os simpatizantes do governo, Dilma terá poucas chances de se eleger.

Serra lidera por ampla margem entre os que julgam o governo Lula regular. Desde dezembro, o tucano subiu de 46% para 51% nesse grupo, que representa 20% do eleitorado. Nesse campo Dilma tem tão poucas possibilidades (9%) quanto Ciro Gomes (10%) e Marina Silva (10%). Os 4% que desaprovam o governo Lula também têm preferência por Serra (48%).

Logo, ou Dilma reverte a atual tendência entre os que aprovam o governo, ou pode morrer na praia. Nada menos do que 25 pontos dos 27% de sua intenção vêm desses eleitores. Serra, por sua vez, conta com 10 pontos de seus 36% de intenção de voto entre os que dizem que o governo é “regular”.

Mantida alta aprovação de Lula, a única possibilidade de sua candidata vir a sucedê-lo é “roubar” de Serra eleitores pró-governo. Para ultrapassar o tucano além da margem de erro, Dilma precisaria tirar 10 pontos de Serra nesse segmento e chegar a pelo menos 43% dos pró-Lula. Aí o placar geral ficaria 35% a 29% em favor da petista.

Mas não é fácil chegar a 43% entre os eleitores governistas. Nem mesmo Lula conseguiu a totalidade dos votos de quem o aprovava. Em 2006, quando disputava a reeleição, o presidente chegou, no final do 1º turno, a 80% da preferência entre os que apoiavam seu governo.

Isso porque há gradações na aprovação. Quanto mais enfático o apoio, maior a transferência de voto. Os eleitores que mais tendem a votar no candidato governista são os que avaliam o governo como “ótimo” ou que dão nota 8 ou superior à administração.

Infelizmente, na maioria das vezes os institutos de pesquisa agregam as respostas “ótimo” e “bom” em um só percentual e perde-se a informação sobre a intensidade da aprovação.




Vale a pena ler: "Fora de controle"

No passado, desdenhou o canudo da universidade. Por hábito, censura o comportamento da imprensa. Ridicularizou em Cuba a greve de fome e o conceito de direitos humanos.

Comentário de Ricardo Noblat

Na semana passada, para completar, debochou da Justiça. E logo após ter sido punido duas vezes com um total de R$ 15 mil em multas por fazer campanha fora de hora para Dilma.

Saiu no lucro, ressalve-se. O que representam R$ 15 mil para quem se ocupa há mais de um ano e meio em afrontar a lei eleitoral?

No caso, a Justiça foi cega, lenta e conivente. Em benefício da solidez das nossas instituições, digamos, porém, que na maioria das vezes a Justiça se limita a ser cega e lenta.

Manda Paulo Okamoto, atual presidente do Serviço Brasileiro de Apoio a Micros e Pequenas Empresas, pagar a multa! Em 2004, Okamoto pagou do próprio bolso uma grana que Lula devia ao PT. Sindicalistas zelosos já se ofereceram para quitar a multa e agradar Lula. Sem problema.

Problema – e grave - é ver o presidente da República incitar seus seguidores a ignorarem a lei.

Foi assim em Osasco, São Paulo, durante a inauguração de 106 apartamentos inacabados. A multidão começou a gritar o nome de Dilma.

Conhecido por repreender com severidade multidões que vaiam seus aliados, como Lula reagiu?
Disse: "Se eu for multado, vou trazer a conta para vocês".

As pessoas acharam graça e fizeram com as mãos o gesto de assentimento.

A faceta cada vez mais debochada de Lula com tudo e com todos combina com a faceta conhecida de um país galhofeiro, mas é imprópria para o titular do cargo mais importante do serviço público.

Nem os generais da ditadura, nem mesmo Jânio Quadros, por exemplo, ousaram tanto.

Os militares aviltaram a democracia, mergulhando o país numa treva de duas décadas. O folclórico Jânio avacalhou o voto popular mergulhando sua alcoolizada presidência num porre de sete meses que acabou, três anos depois, com a ressaca do golpe militar.

Mas os generais conseguiram manter a pose e a circunstância ensaiadas em suas academias militares, embora a tortura rolasse nos porões.

E Jânio fingiu uma sobriedade expressa em bilhetinhos nervosos que projetavam um bafo austero sobre a administração. Diferente deles todos, Lula não mascara o que é, nem finge o que não é.

Isso é bom quando ele atravessa a barreira que sempre separou governantes de governados e procura atender às necessidades primárias do povo.

É ruim quando do alto de seus impressionantes 76% de aprovação popular e no ocaso de uma administração histórica, sente-se no direito de desafiar qualquer coisa, até mesmo a Justiça.

Com freqüência, a língua nada presa e muitas vezes irresponsável de Lula vergasta instituições, idéias, princípios e verdades.

Em Osasco, ela justificou a falta de revestimento nas paredes dos apartamentos com uma desculpa malandra: "Tem gente que vê o azulejinho de uma cor e na semana seguinte tira e coloca outro".

Qualquer cidadão tem o direito de criticar a imprensa. Eu diria o dever. Ela é poderosa demais para ficar imune a críticas. E se não lhe faltarem sabedoria e bons propósitos, aprenderá com elas.Mas esse não é o objetivo de Lula ao admoestá-la.

Lula é um governante populista e autoritário. Esse tipo de gente prefere uma imprensa servil.

"Não consigo entender a predileção [da imprensa] pela desgraça. Há tanta coisa boa no cotidiano do povo brasileiro", repetiu ele outro dia.

O lamaçal que derrubou o governo de José Roberto Arruda não arrancou de Lula uma só palavra de indignação. “Imagem não quer dizer tudo”, afirmou de cara limpa. Referia-se aos vídeos do escândalo.

OK. Lula foi apenas coerente.

Afinal, o mensalão jamais existiu.

O preso político cubano Orlando Zapata morreu “porque decidiu fazer uma greve de fome”.

E preso político é igual a preso comum. Pois "imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem liberdade".



Alckmin dispara em SP; pelo PT, Suplicy supera Mercadante, aponta Datafolha


No primeiro levantamento do Datafolha em 2010 para avaliar as intenções de voto ao governo de São Paulo, o ex-governador tucano Geraldo Alckmin aparece disparado à frente dos seus potenciais adversários, informa reportagem de Fernando Canzian, publicada nesta segunda-feira pela Folha (a íntegra da reportagem está disponível para assinantes do UOL e do jornal).

No cenário mais favorável, Alckmin tem 53% das intenções de voto. A pesquisa alternou os nomes de Eduardo Suplicy e Aloizio Mercadante como candidatos do PT. Eles aparecem com 19% e 13%, respectivamente.

Celso Russomano (PP) tem 10%, Fabio Feldmann (PV), 3%, e Ivan Valente (PSOL), 1%. Paulo Skaf (PSB) tem 2% se for candidato. Ainda há incertezas sobre as candidaturas dos partidos no Estado.

Na pesquisa de avaliação do governo de José Serra, 55% dos eleitores do Estado aprovam a gestão, para 32% o desempenho é regular e para 11% ruim/péssimo.

sábado, 27 de março de 2010

Minas já é Serra

Revista Veja - De Felipe Patury:

O comando petista alardeia ao público interno e à imprensa que sua candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff, vencerá em Minas Gerais. Pode até ser, mas a tarefa não é nada fácil.

Duas pesquisas feitas no estado apontam uma larga vantagem do governador de São Paulo, José Serra, do PSDB, em relação à ministra. Em uma delas, Serra aparece com 18 pontos à frente.

Na outra, a dianteira é de 14 pontos.

Os dois levantamentos embasaram as conversas que Serra teve com o governador mineiro, Aécio Neves, e a equipe dele, para elaborar a estratégia da campanha tucana em Minas.



Pesquisa Datafolha - Deu na Folha de S. Paulo

Serra abre 9 pontos sobre Dilma e se isola na frente

 
Tucano tem 36% e petista pontua 27%, diz Datafolha feito entre quinta e ontem

Governador de SP recupera 4 dos 5 pontos que perdera entre dezembro e janeiro, e ministra oscila para baixo; Ciro tem 11% e Marina, 8%

De Fernando Rodrigues - Folha de S. Paulo:

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, abriu nove pontos de vantagem sobre a petista Dilma Rousseff e voltou a ser líder isolado na corrida ao Palácio do Planalto.

Pesquisa Datafolha realizada nos dias 25 e 26 deste mês mostra o tucano com 36%. A petista tem 27%. Há um mês, eles tinham 32% e 28%, respectivamente, no mesmo cenário.

Como a margem de erro da pesquisa Datafolha é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Serra apresentou crescimento real -embora tenha retornado ao patamar de dezembro, quando tinha 37%.

Já Dilma, pela primeira vez não apresentou crescimento na sua curva de intenção de votos: a petista oscilou negativamente um ponto percentual.

No mesmo levantamento, Ciro Gomes (PSB) ficou com 11% (tinha 12% em fevereiro e 13% em dezembro). Marina Silva (PV) está estacionada e manteve os mesmos 8% obtidos em dezembro e há um mês.

Quando o Datafolha exclui Ciro da lista de candidatos, o cenário fica semelhante. Serra vai a 40% contra 30% de Dilma -a diferença entre ambos passa de nove para dez pontos, mas essa variação está dentro da margem de erro.

Sem Ciro, Marina pula para 10% e continua sem ameaçar o pelotão da frente.

As simulações de segundo turno seguiram os cenários de primeiro turno, com a recuperação de Serra. Numa hipotética disputa entre Serra e Dilma, o tucano venceria hoje com 48% contra 39% da petista -uma distância de nove pontos. Em fevereiro, os percentuais eram de 45% a 41%.

Em termos de rejeição, do ponto de vista estatístico, os quatro principais concorrentes estão empatados no limite da margem de erro, mas quem numericamente tem o pior índice é Ciro Gomes, com 26%. Colados a ele vêm José Serra (com 25%), Dilma Rousseff (23%) e Marina Silva (22%).

As curvas da pesquisa espontânea, quando o entrevistado diz em quem deseja votar sem ver uma lista de nomes, têm uma evolução discrepante do levantamento estimulado.

Diferentemente do que ocorreu na pesquisa em que o eleitor vê seu nome, em que está estabilizada, Dilma continuou sua curva ascendente no levantamento espontâneo. Tinha 8% em dezembro, passou a 10% em fevereiro e agora chegou a 12%.

Esse percentual a coloca à frente de Luiz Inácio Lula da Silva (8%), que, até dezembro, liderava com folga a pesquisa espontânea. Isso mostra que a cada pesquisa o eleitor deixa de citar o nome do atual presidente porque vai percebendo que o petista não será candidato.

Serra pontuou 8%, o mesmo percentual de dezembro. Ciro e Marina marcaram 1% cada. Houve também 3% para "candidato do Lula" e 1% para "no PT/candidato do PT".

Pela primeira vez o Datafolha pesquisou candidatos de partidos pequenos. Por enquanto, só Mario de Oliveira (PT do B) conseguiu menções para pontuar 1%. Todos os demais estão abaixo desse patamar.

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A recuperação de José Serra na pesquisa Datafolha tem fatores principais, entre eles seu desempenho na região Sul, no eleitorado mais pobre e com o público feminino. Dilma Rousseff, que havia crescido em todas as regiões em fevereiro, agora ficou estagnada ou até oscilou negativamente em vários segmentos do eleitorado.

No Sul, que concentra 14% dos eleitores do país, Serra subiu dez pontos percentuais, de 38% para 48%. Dilma, que fez carreira política no Rio Grande do Sul, não se consolidou ainda entre os gaúchos e registrou uma queda de 24% para 20%.

Os 28 pontos percentuais de diferença no Sul são a maior dianteira de Serra sobre Dilma no aspecto geográfico das intenções de voto do Datafolha.

Entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.020), ou 52% da amostra do Datafolha, Serra subiu de 30% para 35%. Dilma oscilou de 29% para 26% -apesar de um dos principais programas do governo Lula ser o Bolsa Família, que beneficia a população de baixa renda.

Serra aumentou sua vantagem no eleitorado feminino. Em fevereiro, o tucano já liderava (33% a 24%). Agora, tem 15 pontos a mais (37% a 22%).



Serra abre 9 pontos sobre Dilma e se isola na frente


O pré-candidato à Presidência do PSDB, José Serra, abriu nove pontos de vantagem sobre Dilma Rousseff (PT), mostra pesquisa Datafolha publicada na edição deste sábado da Folha. O tucano tem 36% e a petista 27% das intenções de voto.

Na pesquisa realizada em fevereiro, Serra tinha 32% e Dilma 28%.

Ciro Gomes (PSB) ficou com 11% (tinha 12% em fevereiro). Marina Silva (PV) está estacionada e manteve os 8% obtidos no mês passado.

Em um eventual segundo turno, o tucano venceria a petista por 48% contra 39%.

A pesquisa, registrada sob o número 6617/2010, foi realizada nos dias 25 e 26 com 4.158 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Família Sarney não terá tratamento especial, diz Suíça

Veja.com - (Com Agência Estado)

A presidente da Suíça Doris Leuthard disse na quinta-feira que seu país não fará diferença no tratamento de um escândalo de corrupção envolvendo a família Sarney apenas pela procedência ou importância política de seus membros. "Aqui tratamos todos de forma igual." Ela indicou que o dinheiro que teria sido bloqueado na Suíça - 3 milhões de dólares em uma conta do empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) - poderá ser devolvido ao Brasil. Mas para isso o governo brasileiro teria de primeiro condenar o dono da conta.

Como antecipou na quinta-feira o colunista Lauro Jardim no Radar On-line, Fernando abriu a conta na Suíça com 13 milhões de dólares, mas 10 milhões de dólares já haviam sido remetidos para o paraíso fiscal de Liechtenstein antes do bloqueio. Em Liechtenstein, o dinheiro foi depositado na conta de uma empresa pertencente ao filho do presidente do Senado. A conta, segundo informações que o governo brasileiro já possui, pode ser movimentada tanto por Fernando como por Tereza Sarney, sua mulher.

"Aqui pouco importa se a pessoa é rica ou pobre, famosa ou não", afirmou ela, em resposta a uma questão sobre um possível tratamento diferenciado à família Sarney por estar relacionada a um ex-presidente do Brasil. Doris Leuthard ainda lembrou que, nos últimos meses, a Suíça abriu verdadeiras batalhas legais contra personalidades como o coronel Muanmar Kadafi, presidente da Líbia, e seu filho, assim como contra o cineasta Roman Polanski, acusado de abusos sexuais contra uma menor.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, que revelou a descoberta da conta e seu bloqueio, o dinheiro rastreado a pedido da Justiça brasileira não está declarado à Receita Federal. Fonte do Ministério da Justiça disse que os indícios sobre a existência de contas da família Sarney no exterior, administradas por offshores, em paraísos fiscais, apareceram em investigações da Polícia Federal (PF).

Eduardo Ferrão, advogado do empresário Fernando Sarney, afirmou ontem que não iria tratar do assunto. No fim da tarde, em contato telefônico, disse apenas: "Como o inquérito está sob sigilo, não vou me manifestar." Alvo da Operação Boi Barrica (rebatizada de Faktor) da PF, o empresário foi indiciado por formação de quadrilha, tráfico de influência, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, entre outros crimes.



Se mentira desse cadeia

Se não tirar da conta bancária os R$ 15 mil que deve, e ultrapassam o salário mensal, terá cometido mais um crime ─ e zombado da Justiça outra vez.


Uma das normas relacionadas na página 8 do Manual do Programa Minha Casa, Minha Vida exige que os apartamentos sejam entregues “com azulejo 1,50m nas paredes hidráulicas e box”. Nesta quinta-feira, o presidente Lula revogou malandramente a exigência no meio de outro improviso: "A gente entregava com o azulejo mas o pessoal tirava para colocar outro. Então agora entregamos sem o azulejo para que cada um faça do jeito que quiser", mentiu de novo.

Se mentira desse cadeia, o presidente da República estaria preso desde o primeiro dia de mandato. Por enquanto, só foi punido com duas multas por “propaganda eleitoral antecipada”. Se não tirar da conta bancária os R$ 15 mil que deve, e ultrapassam o salário mensal, terá cometido mais um crime ─ e zombado da Justiça outra vez.

Os movimentos para o drible já começaram. ”Espero que a multa seja anulada, uma vez que, no meu entendimento, não houve nem tem havido campanha antecipada, nem dissimulada”, fantasiou na quinta-feira o arquiteto da mais ostensiva campanha presidencial financiada por dinheiro público da história do Brasil.

Ou a Justiça obriga o infrator a pagar a conta do próprio bolso ou se rende a um chefe do Poder Executivo que age à margem da lei.

Após ser multado por antecipar campanha, Lula leva Dilma à Bahia

Por Mariângela Gallucci, Rosana de Cássia / BRASÍLIA e Clarissa Oliveira - O Estado de S.Paulo

Presidente e ministra participarão da inauguração do Gasoduto Sudeste-Nordeste, em Itabuna

Um dia depois de ser multado em R$ 10 mil pelo TSE por propaganda eleitoral antecipada, Lula participa nesta sexta-feira, 26, da inauguração do Gasoduto Sudeste-Nordeste, em Itabuna (BA), ao lado da ministra e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. A obra faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento. À tarde, em Ilhéus, Lula e Dilma participarão da cerimônia de lançamento dos editais para a licitação da Ferrovia Oeste-Leste e assinatura de contratos do programa Minha Casa Minha Vida para municípios da Bahia.

É a Segunda multa que Lula leva pelo mesmo motivo. Uma semana antes, o Tribunal Superior Eleitoral havia punido o presidente em R$ 5 mil por entender que ele estava favorecendo Dilma nos atos em que participa ao lado da ministra. No caso de ontem, os ministros entenderam que ele fez propaganda dissimulada pró-Dilma durante inauguração do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo em janeiro.

"Então, eu penso que a cara do Brasil vai mudar muito. E quem vier depois de mim - e eu, por questões legais, não posso dizer quem é; espero que vocês adivinhem, espero -, quem vier depois de mim já vai encontrar um programa pronto, com dinheiro no Orçamento, porque eu estou fazendo o PAC 2 porque eu preciso colocar dinheiro no Orçamento para 2011, para que as pessoas comecem a trabalhar", disse Lula na ocasião.

O julgamento desta quinta-feira, 25, chegou a ficar em 4 votos a 0, mas o voto do ministro Félix Fischer, que apresentou razões para embasar a interpretação de campanha antecipada, levou o presidente da corte, ministro Ayres Britto a retificar seu voto e comandar uma virada no placar. "Quem fica mais perto da lareira se aquece melhor", comparou Ayres Britto, ao avaliar que o candidato apoiado por quem está no poder tem vantagens. O julgamento terminou em 4 votos a 3 pela punição de Lula. O TSE rejeitou, porém, o pedido para que Dilma também fosse punida.

De novo

Ontem em Osasco, na Grande São Paulo, o presidente voltou a incitar a plateia a gritar o nome de Dilma, durante ato para entrega de moradias do PAC. E ironizou a multa que recebeu na semana passada.

"Eu não posso falar em nomes porque já fui multado pela Justiça Eleitoral em R$ 5 mil, porque disseram que eu falei o nome de uma pessoa", reclamou. As cerca de 500 pessoas que assistiam ao ato e até então ouviam silenciosamente entenderam o recado e começaram a gritar o nome de Dilma. "Se eu for multado vou trazer a conta para você", brincou Lula.

Na mesma solenidade, Dilma fez discurso de candidata. "Nós vamos continuar fazendo habitação, casas, lares aqui em Osasco para vocês", disse.



Fio tênue

O problema é que políticos como Lula querem tornar o que é eventual em permanente, negando a validade de uma das pilastras da democracia, a alternância de poder.

Deu em O Globo - De Merval Pereira:

A midiatização da política está levando não apenas a que as qualidades de um candidato sejam medidas mais pela sua capacidade de comunicação com o eleitor do que por suas propostas.

A política vivenciada como espetáculo faz com que um presidente como Lula transforme-se em um eterno candidato, mesmo quando já não pode mais se candidatar.

Se não sai dos palanques, se sua prioridade do último ano de mandato é eleger sua sucessora, a agenda governamental transforma-se em uma maratona de inaugurações, mesmo que as obras estejam inacabadas.

Essa maneira de fazer política exclui o debate, afasta também a possibilidade de entendimentos com adversários para políticas de Estado.

A política transforma-se em uma permanente disputa corpo a corpo, "nós contra eles", num espírito de pelada que não contribui para o desenvolvimento da cidadania.

O problema é que políticos como Lula querem tornar o que é eventual em permanente, negando a validade de uma das pilastras da democracia, a alternância de poder.

E ele não se contenta com pouco. Tem uma popularidade que causa inveja aos políticos de todas as partes do mundo, mas quer a unanimidade.

Oposição prepara uma nova ação contra Lula no TSE

A julgar por suas últimas decisões, a Justiça Eleitoral parece dar razão aos adversários de Lula.

O pa©mício realizado por Lula e pela presidenciável petista Dilma Rousseff em Osasco (SP) renderá uma nova representação no TSE.

DEM, PSDB e PPS vão protocolar mais uma ação contra o presidente e a candidata dele na próxima semana.

Alegarão, de novo, que Lula e Dilma, a pretexto de entregar apartamentos, fizeram campanha política ilegal em evento pseudoadministrativo, custeado com verbas públicas.

“Eles estão avacalhando o processo”, disse Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM. “Ou a Justiça Eleitoral age, ou o jogo fica desequilibrado”.

A campanha extemporânea já rendeu a Lula duas multas. Na semana passada, em decisão individual, o ministro Joelson Dias aplicara pena de R$ 5 mil.

Refere-se a um pa©mício realizado no complexo do Alemão, no Rio, em 2009. A Advocacia-Geral da União anunciou que vai recorrer.

Na noite desta quinta (25), em julgamento colegiado, o plenário do TSE impôs a Lula outra multa: R$ 10 mil.

Dessa vez por conta de discurso pronunciado em janeiro, na inauguração da nova sede do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo.

No ato de Osasco, que resultará na nova representação, Lula fez piada da multa da semana passada.

“Não adianta vocês gritarem nome porque eu já fui multado pela Justiça Eleitoral, R$ 5 mil, porque eles disseram que eu falei o nome de uma pessoa...”

“...Pra mim não tem nome aqui”. A platéia, que até então não pronunciara nome nenhum, pôs-se a gritar: “Dilma, Dilma, Dilma...”

E Lula, entre risos: “Se eu for multado, vou trazer a conta pra vocês. Quem é que vai pagar a minha multa? Levanta a mão aí”.

A oposição vai anexar ao texto da nova representação um vídeo com as cenas de Osasco. Além de Dilma, acompanhava Lula o candidato do PT ao governo paulista, Aloizio Mercadante.

Sem contar a ação que está por vir, há ainda no TSE mais três representações à espera de julgamento.

Em todas elas, PSDB, DEM e PPS pedem providências contra a movimentação eleitoral do presidente.

Rodrigo Maia diz que, se quiser, “Lula pode fazer pré-campanha”. Desde que seja "dentro da lei".

“Se ele entra na sede do PT e faz campanha, se pede votos para a candidata dele em evento fechado, é legítimo”, diz o deputado.

“O que não é admissível é a utilização escancarada da estrutura e dos recursos públicos para fins eleitorais. Isso torna a disputa desigual”.

A julgar por suas últimas decisões, a Justiça Eleitoral parece dar razão aos adversários de Lula.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Aécio diz que embate ainda não começou e Serra tem "chances reais" de vitória


O governado de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou nesta quinta-feira que o embate eleitoral ainda não começou e o presidenciável tucano, José Serra, tem "chances reais de vencer" as eleições.

"O embate ainda não começou. No momento em que o embate se der entre os candidatos, entre a história dos candidatos, entre a visão de Brasil dos candidatos, os limites a qual cada um estará amarrado, acho que temos chances reais de vencer essas eleições e vejo no governador José Serra toda qualidade, toda história política para vencer e ser um grande presidente de República."

Pesquisa CNI/Ibope divulgada na semana passada mostra um salto da pré-candidata petista, Dilma Rousseff, na disputa à Presidência.

Dilma obteve 30%, fazendo sua diferença para o governador de São Paulo desaparecer. O tucano tem 35%. Na pesquisa anterior, Dilma aparecia com 17%.

"Temos que ter muita serenidade nesse momento. Vejo algumas pessoas um pouco aflitas, ansiosas, é natural. Mas a nós, que cabe uma responsabilidade maior, temos que ter muita serenidade e muita tranquilidade", disse Aécio.

De saída do governo de Minas, o tucano fez hoje um balanço de sua administração. "Eu estou muito feliz. Estou muito sereno. É claro que eu sei que temos demandas enormes pela frente. Uma obra de governo é e será sempre uma obra inconclusa, como eu disse. As demandas são permanentes, mas eu tenho muita fé que vamos continuar avançando. Passo o governo ao vice-governador Antonio Anastasia na certeza de que teremos a governar Minas Gerais um homem extremamente preparado com a visão de futuro, audaz."

Charge do dia

O MEDO DO SARNEY: ALEXANDRA TAVARES



Parece que a turma de ocupação ainda não entendeu que muita gente jamais teve medo das maldades deles.

Parece que a dona deles ainda não entendeu que o seu tempo está vencido. Quem não quer mais comprar este produto de marketing é a população do Maranhão.
Parece que o fenômeno Alexandra Tavares voltou a assombrar a família ocupante do poder judicial. É muito bom saber que mesmo antes de começar a campanha o pânico tomou conta desta turma.

Quem atira pedra no telhado dos outros, tem que saber do esticado da baladeira do atacado.

Recebi da assessoria de Alexandra Tavares uma nota de esclarecimento que demonstra a sua tranquilidade e decisão de luta após mais uma tentativa de denegrir a sua imagem:

Esquema Sarney começa ataques a Alexandra

A ex-primeira dama Alexandra Tavares voltou a ser alvo da fúria sarneyzista, que lhe dedicou a principal página de política da edição de domingo. A matéria, com o fim claro de ludibriar o leitor, mostra bens que Alexandra adquiriu e se desfez, como se a mesma possuísse um patrimônio avaliado em 6 milhões de reais. Uma lista de bens é divulgada, em manchete leviana, sem que fosse enfatizada a troca de um apartamento por outro, sem acúmulo de propriedades.

Sem contas em paraísos fiscais ou negociatas em offshores, transações comumente atribuídas a membros do Esquema Sarney, e ao contrário do presidente do Senado, José Sarney que, como publicou o jornal O Estado de São Paulo, omitia as duas mansões, uma em São Luis e outra em Brasília, de sua declaração de bens, Alexandra Tavares declarou todos os bens ao Imposto de Renda.

Em contato telefônico, Alexandra esclarece todos os itens da deslavada tentativa de associá-la às práticas tão comuns ao Esquema Sarney. “O apartamento na SQN 311 foi comprado, em 2002, e vendido em 2005, portanto, não mais me pertence. O da SQN 109 foi comprado à prestação, em 2004 e só terminamos de pagar em 2006. A compra dele não foi em 2006, ele foi escriturado em 2006, quando pudemos registrar o imóvel, mas desde 2004 consta no meu Imposto de Renda. Da venda dele, em outubro de 2008, por R$ 2.100,00, eu recebi uma parte em dinheiro e outra em outro apartamento, que é o citado da SQN 212, devidamente registrado em cartório 6 meses após a compra, pois era o prazo máximo que tínhamos para realizar“.

Alexandra esclarece ainda: “as farmácias são fonte de sobrevivência minha e das minhas três filhas e ficam em áreas carentes como mostra a foto e, obviamente, também estão declaradas em meu imposto de renda, assim como os outros bens citados. Não tenho nada a esconder e não omito da Receita Federal nenhuma de minhas propriedades, como fazem certos homens e mulheres públicas que deveriam se envergonhar de suas práticas.”

Alvo preferido da mídia sarneyzista, Alexandra agüentou a pancadaria durante anos, tendo sido injuriada e caluniada, quase que diariamente pelos veículos de comunicação da governadora Roseana Sarney. A coragem da ex-secretária para dizer o que pensa é motivo de grande temor do Esquema Sarney. E pelo destaque dado à matéria do panfleto político do velho olicarga, a eleição de Alexandra Tavares a deputada federal é tida como certa.
 
 

Bloqueada na Suíça conta de US$ 13 mi de filho de Sarney


Rastreado a pedido da Justiça brasileira, depósito não foi declarado à Receita.

Suíços retiveram recursos quando Fernando Sarney tentava transferi-los para paraíso fiscal; ele já afirmou não ter conta no exterior.

De Leonardo Souza e Andreza Matais:

O governo suíço achou e bloqueou conta de US$ 13 milhões controlada pelo filho mais velho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB). Os depósitos foram rastreados a pedido da Justiça brasileira, por suspeita de que a família do senador tenha remetido ilegalmente dinheiro para fora do Brasil.

Os depósitos estão em nome de uma empresa e eram movimentados exclusivamente por Fernando Sarney, que cuida dos negócios da família no Maranhão. O dinheiro não está declarado à Receita Federal, segundo a Folha apurou.

O bloqueio da conta na Suíça é um desdobramento da Operação Faktor (ex-Boi Barrica), conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público. Nesse inquérito, Fernando já foi indiciado por formação de quadrilha, gestão financeira irregular, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Recursos no exterior não declarados à Receita caracterizam sonegação de tributos e geralmente são frutos de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Empresas da família Sarney são alvo do fisco e da PF sob a suspeita desses crimes.

O bloqueio determinado pelos suíços ocorreu quando Fernando tentava transferir recursos daquele país para o principado de Liechtenstein, conhecido paraíso fiscal entre a Áustria e a Suíça.

Trata-se de um bloqueio administrativo, adotado preventivamente quando há suspeitas sobre a natureza do dinheiro. Se comprovado que o dinheiro tem origem ilícita, como corrupção ou fraude bancária, o bloqueio passa a ter caráter criminal, e os recursos podem ser repatriados ao país de origem.

Procurado pela reportagem, Fernando disse que não comentaria o assunto. Em 2009, em entrevista ao jornal, ele negou operar contas no exterior.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Na última semana de governo, Serra e Aécio assinam acordo de cooperação


Os governadores de São Paulo, José Serra (PSDB), e de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), têm um encontro marcado às 17h desta quarta-feira em Belo Horizonte. Oficialmente, os dois, que irão sair do cargo no começo de abril, assinarão um termo de cooperação na área de finanças.

Serra deve ser lançado pré-candidato do PSDB à Presidência no dia 10 de abril. Aécio pode ser candidato ao Senado ou vice na chapa de Serra. Entre os aliados de Serra, o governador de Minas é o nome favorito para ser vice.

"A forma melhor de eu ajudar ao candidato do meu partido é estando em Minas Gerais, atuando em Minas Gerais, apoiando o nosso candidato ao governo, professor Antonio Anastásia [PSDB], e apoiando o candidato José Serra", afirmou Aécio, no Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira.

O governador apressou o fim da entrevista para voltar a Belo Horizonte. "Se não vocês [jornalistas] vão dizer que eu não estou lá para recebê-lo."

Ontem, Aécio disse que deixará o governo no próximo dia 31 para se colocar a disposição do partido "tanto em Minas quanto em nível nacional". Segundo ele, não há nada definido sobre sua situação depois de sua saída.

Sobre uma chapa tucana puro-sangue, Aécio respondeu que a lógica deve ser a do vice que mais ajude a vencer a eleição.

"Acho que os aliados, assim como o PSDB, querem vencer as eleições. Então nós devemos buscar isso no momento certo e a direção do partido deve conduzir isso", afirmou na terça-feira.

PSDB distribui convites para lançar campanha


O PSDB já começou a distribuir os convites para o ato de lançamento da campanha de José Serra à presidência.

“Temos o prazer de convidar para o Encontro Nacional do PSDB, Democratas e PPS, que contará com a presença de José Serra.O ato será no dia 10 abril, das 9h às 13h, no Centro de Eventos Brasil 21, em Brasília. Ao final do evento será divulgado um documento conjunto”, conclui o convite, que é assinado pelos presidentes dos três partidos.

Caras de Pau

Do Blog de ZÉ REINALDO TAVARES - Um Blog pelo Maranhão

quarta-feira, 24 de março de 2010

A atitude dos Sarney com essas notícias tentando difamar Alexandra Tavares ajuda a explicar as causas da pobreza do Maranhão. Só muitos anos de dissimulação, de tentar caluniar todos aqueles que os enfrentaram e denunciaram os seus mal-feitos, pode explicar essa denúncia, digna de quem inventou o caso Reis Pacheco e muitos outros. A História do Maranhão está repleta deles.

O Estado de São Paulo denunciou em várias matérias a compra de dois apartamentos em São Paulo realizado por empreiteiro beneficiado pela família. O próprio senador se hospeda em um deles quando está na cidade. Noticiou também que as mansões onde mora Roseana Sarney em São Luis e a de José Sarney em Brasília não estavam em suas declarações de bens. Nem adianta puxar mais escândalos que envolvem a família, porque senão necessitaríamos de várias edições do jornal.

A família é toda formada por funcionários públicos que enriqueceram com o passar dos anos. Nem um capitão de indústrias, nem um herdeiro de milionário, nada. Mas as mansões de propriedade da família se multiplicam. A de Roseana Sarney no Calhau, a de Fernando Sarney no Olho D’água, a de Sarney Filho no Turu, a de Roseana Sarney em Brasília, a de José Sarney em Brasília, além de vários apartamentos de luxo no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Resorts em Barreirinhas, Shopping em São Luís, bens e contas no exterior, como publicou o jornal de São Paulo. Tudo isso conquistado com o salário de funcionários públicos. Um fenômeno digno de registro!

Alexandra Tavares é acusada de ter comprado um apartamento em Brasília e trocado por outros, mas no fim ficou com apenas um. Não ficando com dois, nem com três como insinuaram. Tudo registrado em Cartório, como eles mesmos publicam. Tudo no imposto de renda.

Qual o crime mesmo que a acusam dissimuladamente?

Isso tudo depois de passar 12 anos sem pagar água, luz, telefone, aluguel, alimentação etc, já que era mulher do vice e depois do governador José Reinaldo.

Esses inspetores são dignos da Pantera Cor de Rosa, o célebre detetive trapalhão do personagem de Peter Sellers. Num dos episódios, ele acabou preso, enrolado nas suas investigações atrapalhadas.

Vai ser difícil convencer alguém que a ex-primeira dama é uma pessoa rica. Não tem como. E os Sarney o que são?
 

  • Texto Original de José Reinaldo Carneiro Tavares: que exerceu os cargos de Ministro dos Transportes, Deputado Federal (1990-1994), Vice-Governador do Maranhão (1995-2002), Governador do Maranhão reeleito (2002-2006).

Lula só critica meu governo porque sabe que PSDB é forte, diz FHC

Por ANA CONCEIÇÃO - Agencia Estado

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou nesta terça-feira, 23, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva só faz campanha contra o seu governo (1995-2002) porque o PSDB é um concorrente forte. "Por que ele não fala que fez mais que os outros presidentes?", questionou. "É porque somos fortes. É por isso." Numa provocação, FHC disse ainda que Lula o imita. "O presidente gosta de falar contra o meu governo, mas faz tudo o que eu fazia", ironizou.

Com aparente desapego, o presidente de honra do PSDB afirmou ainda que não faz questão de que seu governo seja lembrado pelos tucanos durante a campanha presidencial. Para ele, deve-se olhar para frente em um debate eleitoral, e não para trás. "O reconhecimento depende da história. Não fico preocupado com essas coisas", disse antes de debate no Centro Cultural São Paulo, na zona sul de São Paulo, que marcou o lançamento do livro "Drogas e Cultura: novas perspectivas", que reúne artigos de diversos autores.

FHC se disse tranquilo quanto ao poder de fogo do pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador José Serra (SP), que caiu três pontos porcentuais na mais recente pesquisa da CNI/Ibope, divulgada na semana passada. Para o ex-presidente, chama a atenção o fato de o governador paulista liderar as intenções de voto, mesmo sem estar em campanha.

O ex-presidente acredita que as pesquisas de opinião valerão de fato quando começar a propaganda eleitoral gratuita. "Campanha mesmo vai ser quando a TV entrar no jogo. Até lá, é uma coisa entre jornalistas, políticos e pessoas que se interessam pela vida pública", afirmou. Na última pesquisa CNI/Ibope, Serra apareceu com 35% das intenções de voto e a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, com 30% (aumento de 13 pontos porcentuais).

FHC ainda colocou em dúvida a capacidade de Dilma de se manter em alta nas pesquisas e o movimento de transferência de votos de Lula, ao dizer que a pré-candidata tem "zero" nas intenções de voto. "Quem duvida que o Lula vai transferir votos? Vai transferir. A Dilma é zero, é reflexo do Lula, não é líder. Vamos ver até quando o presidente vai transferir voto." Para o ex-presidente, a ministra tem contra si o fato de não ter experiência em eleições.

Vice de Serra

O ex-presidente negou as negociações do PSDB com o DEM para compor a chapa presidencial com José Serra. "Nunca houve negociação com o DEM. Nunca nenhum de nós cogitou com o DEM nem outro vice", disse.

Segundo ele, a escolha será feita na convenção do partido, em junho.

PSDB e DEM fecham chapa Alckmin-Afif para governo de SP

Por FÁBIO ZAMBELI da Folha de S.Paulo, em Brasília

Por CATIA SEABRA da Folha de S.Paulo

PSDB e DEM avançaram na costura do acordo para a eleição ao governo do Estado de São Paulo e estão prestes a anunciar que o candidato a vice-governador na chapa de Geraldo Alckmin ao Palácio dos Bandeirantes será Guilherme Afif Domingos. Os dois ocupam secretarias do governo e devem deixar os cargos para a disputa.

O último nó para o acordo foi desatado ontem: o chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, avisou aos aliados que concorrerá ao Senado. Atendendo ao pedido do governador e presidenciável José Serra, Aloysio desistiu de desafiar Alckmin para as prévias. Há duas semanas, a Folha adiantou que ele tendia a concorrer ao Senado.

Mas só ontem, depois de conversa com Serra, informou oficialmente a seus aliados.

O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) já avisou a seus apoiadores que será "companheiro de chapa" de Aloysio, concorrendo à outra vaga ao Senado.

Com o PMDB, a aliança projeta arrebatar 60% do horário eleitoral: 10 minutos dos 18 minutos de programa a ser veiculado a partir de 17 de agosto.

Alckmin (Desenvolvimento), Afif (Emprego e Relações do Trabalho) e Aloysio se afastam do governo do Estado na semana que vem. Alckmin e Afif já traçam agenda paralela a partir do próximo mês.

O anúncio da chapa só deverá acontecer após o lançamento da candidatura de Serra à Presidência, no dia 10 de abril. "A aliança com o DEM está resolvida. Devemos fazer um evento em abril", disse o presidente estadual Mendes Thame.

Despedida

No dia 31, como antecipou o "Painel" ontem, Serra oficializará sua renúncia ao governo no auditório Ulysses Guimarães, no Palácio dos Bandeirantes. Diante de 2.000 convidados, o tucano fará uma prestação de contas de seu mandato.

Segundo roteiro discutido com aliados, Serra enviará, no dia da cerimônia, carta de renúncia à Assembleia Legislativa, com a data de 2 de abril. Ele quer ficar no cargo até a Sexta-Feira da Paixão. Na véspera, terá inaugurado o Rodoanel.

Para garantir visibilidade a Serra, o rito acontecerá em capítulos. A transmissão de cargo para o vice, Alberto Goldman, deverá acontecer na terça.

O lançamento da candidatura à Presidência será no dia 10. Só depois, a coalizão estadual deverá ser anunciada. Ontem, ainda que em tom de brincadeira, Serra revelou a preocupação com o deserto que atravessará até as convenções de junho.

"Vocês vão se livrar de mim. Vamos ter que suplicar para que venham me cobrir no futuro", disse Serra aos jornalistas.

Caberá a Alckmin demover o deputado José Aníbal da disposição de disputar prévias para o Senado. O PSDB tentará ainda convencer os secretários Paulo Renato Souza (Educação) e Xico Graziano (Meio Ambiente) a concorrer à Câmara.

Como o PTB também reivindicava seu espaço na aliança, o problema com o partido também deverá ser solucionado.

No silêncio da lei

Deu em O Globo


Há mais de ano o presidente Lula e a ministra Dilma transformaram o governo em uma campanha eleitoral permanente.

São eventos sucessivos na cara da Justiça Eleitoral, que não fixa parâmetros, não estabelece limites, não vê o evidente. O PAC II — que será anunciado com apenas 11% do PAC I concluído — é mais um dos desafios às leis, que permitem campanha apenas a partir de 5 de julho.

Existem governos que usam a máquina pública em campanha disfarçada. Alguns são punidos, a maioria, não. Algumas punições são ágeis, a maioria, não. Agora é pior.

Não é o caso mais de falar em pré-campanha. O que está acontecendo é uma descarada campanha. Qual é o motivo de se "lançar" um programa com o outro tão inconcluso? E fazer isso na última semana em que a ministra Dilma Rousseff estará no governo? É mais um palanque.

Obras são inauguradas para voltarem a ser canteiros, assim que termina a passagem do presidente com sua candidata, como mostrou a "Folha de S. Paulo" no domingo.

No levantamento do jornal, 60% das obras inauguradas não estavam prontas, uma não tinha sequer licença ambiental. O "Estado de S. Paulo" de ontem informou que relatórios do comitê gestor do PAC, analisados pelo site Contas Abertas, mostram que 54% dos projetos listados sequer saíram do papel; 35% estão em andamento e apenas 11% foram concluídos.

O GLOBO revelou no domingo o tamanho da conta que ficará para o sucessor com obras não concluídas do PAC: R$ 35,2 bilhões, contratadas entre 2007 e 2010, mas que não foram executadas, nem pagas.

Os restos a pagar já somam R$ 25 bi e vão subir 40% até o fim do ano. Mesmo com inadimplências no cumprimento de prazos e orçamentos no primeiro plano, o governo vai "lançar" o segundo, para ter novo palanque.