"Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito."

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Serra percorrerá interior do Nordeste

Deu na Folha de São Paulo - De Breno Costa:

Pré-candidato fará caravana de cinco dias de carro pela região, a única em que fica atrás de Dilma nas pesquisas eleitorais.

Roteiro final ainda não foi definido, mas deve incluir PI, CE, PB e PE; ideia é ir a locais que possam ser focos de desenvolvimento no futuro.

Em mais um capítulo da tentativa de conquistar o eleitorado do Nordeste, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, prepara uma caravana pela região em maio - única na qual ele fica atrás da adversária Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de voto.

O plano da coordenação da campanha tucana, segundo a senadora Marisa Serrano (MS), designada pelo PSDB para cuidar da agenda de Serra, é que ele passe cinco dias seguidos na região, viajando de carro pelo interior. A maratona deve ocorrer dentro de duas semanas.

O roteiro será definido até o início da semana que vem. Ontem, a senadora se reuniu com o colega Tasso Jereissati (PSDB-CE) para tratar do assunto. Um pré-roteiro já inclui visitas a Piauí, Ceará, Paraíba e Pernambuco, nessa ordem. Os municípios, contudo, ainda estão sendo discutidos.

"Será uma viagem na qual o candidato possa se aproximar de realidades do Nordeste em geral, percorrendo a região. A ideia é ele ficar a semana toda no Nordeste, com endereço lá", diz o senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB e coordenador nacional da campanha de Serra.


quinta-feira, 29 de abril de 2010

TSE nega pedido do PT de ‘investigação’ contra Serra

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Aldir Passarinho, do TSE, mandou ao arquivo um pedido do PT para que fosse aberta investigação contra José Serra.

Patrocinada pelo diretório petista de São Bernardo (SP), a ação pedia que o presidenciável tucano fosse investigado por conta de outdoors exibidos na cidade.

As peças traziam mensagem sobre inauguração de um trecho do Rodoanel.

Ao lado do texto, fotos de Serra e do deputado estadual Orlando Morando (PSDB), contra quem o PT também solicitou investigação.

Ambiciosa, a ação do PT pedia a decretação da inelegibilidade de Serra e Morando.

Requeria também que, na eventualidade de prevalecerem nas urnas, Serra e o deputado tucano tivessem os diplomas cassados.

Mais: solicitava a remessa da ação ao Ministério Público Eleitoral, para a instauração de processo por improbidade administrativa.

O corregedor Passarinho podou as asas do petismo com um argumento singelo: diretório estadual não pode propor ação contra candidato a presidente.

Com o mesmo argumento, os ministros Henrique Neves e Joelson Dias, ambos do TSE, há haviam fulminado outras duas ações do PT.

Escoravam-se nos mesmos fatos. E pediam a imposição de multas a Serra e a Morando por propaganda eleitoral ilegal. Uma foi arquivada. Outra, extinta.

 

Sarney admite ter 'relações pessoais' com Arruda

Leandro Colon / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Senador negou, no entanto, ligações políticas com o governador cassado do DF

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), admitiu há pouco que tem "relações pessoais" com o ex-governador José Roberto Arruda, mas negou ligações políticas e não quis comentar o conteúdo do manuscrito, feito por Arruda, em que a expressão "Sarney" surge numa contabilidade de caixa dois da campanha de 2006 ao lado do termo "250/150 PG", conforme matéria publicada nesta quinta-feira, 29, no jornal O Estado de S.Paulo.

"Fomos colegas aqui no Senado. Temos relações pessoais, mas não políticas. Eu sempre pertenci ao PMDB e minhas ligações com o PMDB são com o governador Roriz", disse Sarney, em entrevista aos jornalistas ao chegar no Senado.

Na campanha de 2006, o ex-governador Joaquim Roriz, citado por Sarney, foi apoiado por Arruda na sua candidatura ao Senado. Arruda foi eleito governador. Segundo depoimentos de Durval Barbosa, delator do esquema do "mensalão" do DEM", foi Roriz quem autorizou, quando ainda era governador, a arrecadar fundos do seu governo para ajudar na campanha de Arruda.

Sarney afirmou que não comentaria o conteúdo do documento escrito por Arruda. "É uma história inocente que apareceu em cima da mesa de uma televisão", disse. O senador refere-se ao episódio em que o tucano Márcio Machado, ex-secretário de Obras de Arruda, esqueceu esse documento e outra planilha em janeiro de 2007 durante entrevista a uma emissora de televisão.

O apontamento isolado do nome "Sarney" não permite indicar a quem da família do presidente do Senado supostamente se refere o manuscrito. Segundo perícia pedida pelo Estado, as letras "PG" foram escritas por Márcio Machado, um dos arrecadadores do caixa 2 do governador cassado que, depois de vencida a eleição, virou secretário de Obras do Distrito Federal.



 

Senado paga dentista de mulher de Lobão Filho

De Leandro Colon, de O Estado de S.Paulo:

Despesa de quase R$ 26 mil, bancada pela Casa, foi publicada ontem no ‘Diário Oficial da União’

Quase um ano depois do escândalo dos atos secretos, o Senado começa a retomar velhas práticas em 2010. Cerca de R$ 26 mil saíram dos cofres da Casa para tratamento odontológico da apresentadora de televisão Paula Lobão. Ela é mulher de Lobão Filho, que, na condição de suplente, ocupou por dois anos a vaga do pai no Senado.

Paula Lobão apresenta o programa Algo Mais, aos sábados, na TV Difusora, no Maranhão. A emissora pertence à família Lobão. Até assumir o mandato do pai, Lobão Filho comandava os negócios.

A despesa de R$ 26 mil paga pelo Senado foi publicada ontem no Diário Oficial da União. Lobão Filho despediu-se da cadeira de senador no dia 31 de março, quando o pai, Edison Lobão, saiu do Ministério de Minas Energia, onde ficou pouco mais de dois anos.

Em abril, sua mulher, conhecida em São Luís como Paulinha Lobão, ficou uma semana no cargo de secretária da Mulher do governo de Roseana Sarney no Maranhão.

A reportagem procurou o gabinete de Edison Lobão no Senado, para saber os motivos dessa despesa e quando ocorreu esse tratamento, mas nenhuma resposta foi dada até o fechamento da edição.

Também procurou apresentadora de TV. Paula Lobão disse que desistiria de usar o dinheiro do Senado após publicação da despesa no Diário Oficial.

"Meu marido declinou de sua prerrogativa legal e assumirá, integralmente, as despesas relativas a esse processo, não tendo, portanto, sido utilizado nenhum recurso público nessa situação", disse.


Serra diz que, se eleito, mudará estrutura do governo

Deu em O Globo - De Marcelo Portela:

Tucano pretende criar ministério da segurança e de deficientes e acabar com Portos e Assuntos Estratégicos

Dois dias depois de anunciar que, caso eleito, pretende criar o Ministério da Segurança, o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, criticou a atual estrutura do governo federal e prometeu alterá-la se vencer as eleições.

Em visita a Uberlândia, no Triângulo Mineiro, ele afirmou também que vai extinguir outras pastas, citando a Secretaria Especial de Portos e a Secretaria de Assuntos Estratégicos:

— São assuntos importantes, como a questão dos portos, mas não merecem um ministério. Não têm sentido.

Para Serra, o Ministério da Justiça, ao qual a Polícia Federal está subordinada, não deve cuidar de assuntos policiais, como defendeu sua principal adversária, a petista Dilma Rousseff.

— Vamos fazer o Ministério Nacional da Segurança Pública não só para dar nome. É para especializar. O Ministério da Justiça vai voltar a ser como antigamente, com um ministro forte na área jurídica. O ministro da Justiça não vai lidar com polícia.

A "especialização", segundo ele, ocorreria principalmente com investimento na PF para a instituição intensificar o combate ao tráfico de entorpecentes e ao contrabando de armas.

Em discurso para cerca de 300 prefeitos, vereadores e políticos da região do Triângulo, na Associação do Comércio e da Indústria de Uberlândia (Aciub), Serra também atacou o governo Lula ao defender a criação do Ministério da Pessoa Portadora de Deficiência que, disse, faz parte de seu programa de governo.

Ele informou que a pasta será responsável pela criação de políticas públicas que garantam a acessibilidade de portadores de deficiência a serviços essenciais:

— Mais de 20 de milhões de pessoas são deixadas de lado. Não há política do governo federal.


quarta-feira, 28 de abril de 2010

PP decide não apoiar Dilma oficialmente

De Maria Lima, de O Globo:

Em reunião nesta quarta-feira de manhã, a executiva nacional do PP decidiu não apoiar oficialmente a candidatura da petista Dilma Rousseff.

Apesar de integrar a base governista, o PP vai priorizar as alianças nos estados sem amarras de uma coligação nacional. A decisão oficial acontecerá no dia 30 de junho, data da convenção nacional. Mas deve vencer a tese da neutralidade.

Sem o PP na coligação oficial, Dilma perde 1m36s no tempo de propaganda eleitoral no rádio e TV.

- Decidimos ficar neutros como ficamos nas três últimas eleições presidenciais. Queremos priorizar os estados, dar liberdade aos nossos candidatos para fazerem alianças com total liberdade, com base nas melhores composições regionais - explicou o vice-presidente do PP, deputado Ricardo Barros (PP-PR).


“Serra pontual”


Conhecido por atrasar em eventos quando era governador de São Paulo, o pré-candidato do PSDB, José Serra, chegou pontualmente às 14h30 em Uberlândia (MG). Quem se atrasou foi o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves. Com ele o governador Antônio Anastásia. Os dois chegaram cerca de 20 minutos depois de Serra.

Aécio já havia chegado atrasado no mês passado no lançamento da pré-candidatura de Serra, em Brasília. Por conta do atraso de Aécio hoje, Serra brincou com os prefeitos de Minas Gerais. “Ele vive me criticando pelos meus atrasos e agora é ele quem não chega no horário. Agora eu sou o “Serra pontual’”. Quando chegou, Aécio brincou: “Eu é que estou ensinando ele a ser pontual” .


PP anuncia apoio a Serra (em MG)

Posição nacional ainda não está definida, mas partido já declarou apoio ao PSDB em Minas Gerais.

Veja.com

No momento em que o PSDB busca o apoio do PP nacional, a sigla anuncia que sua estrutura estadual em Minas Gerais está com José Serra, Aécio Neves e o governador de Minas, Antonio Anastasia. “Aqui em Minas somos Serra” , afirmou o prefeito de Uberlândia, Odelmo Leão, vice-presidente estadual do PP. “Conte com a nossa região, prefeitos, vereadores, empresários”, ele disse a Serra.

O candidato tucano convidou Leão para um café após os compromissos públicos desta quarta. Nesta semana, o nome do senador Francisco Dornelles (PP) foi cogitado para vice de Serra. O PSDB quer o apoio formal do PP, para aumentar seu tempo de TV. Mesmo ao afirmar que a questão da vaga de vice não está sendo discutida no momento, Serra elogiou Dornelles e disse que ele é um ” homem preparado”.

Dornelles é tio de Aécio Neves. O ex-governador de Minas falou que tem conversado com ele, mas que isso “não significa pressa para a decisão sobre a vaga de vice” .



Campanha de Serra começa na frente

Do Blog de Ricardo Kotscho

Um breve balanço sobre as andanças dos dois principais candidatos neste primeiro mês de campanha presidencial nas ruas mostra o tucano José Serra na frente da petista Dilma Rousseff, não apenas nas pesquisas, mas nas estratégias adotadas por seus partidos.

As marés, neste momento, são opostas. Enquanto a de Serra sobe, no embalo de entrevistas bem planejadas e breves viagens para gravar cenas de campanha, Dilma começou sua campanha solo em maré baixa, com tropeços verbais, agenda errática, problemas na coordenação inchada e o mau uso da estrutura de internet, que mais atrapalha do que ajuda.

Na versão 2010, o ex-governador paulista aparece mais sorridente e sereno, evitando bater de frente com a popularidade do presidente Lula, que continua em alta. Para agradar às platéias, faz qualquer coisa. Na contra-mão da sua pregação em defesa de um “Estado musculoso, mas enxuto”, já prometeu a criação de dois novos ministérios, um para a segurança pública, outro para portadores de deficiência. Parece disposto a fazer concessões para assumir um perfil mais popular.

Do outro lado, Dilma ainda não conseguiu se livrar do figurino e da linguagem de tecnocrata, pouco à vontade no papel de candidata. Ninguém muda assim de um dia para outro, é claro, mas o seu comando de campanha também não ajuda a lhe facilitar a vida.

Até agora, a candidata do governo mais perdeu do que ganhou nas viagens e eventos dos quais tem participado. Ainda nesta terça-feira, ao participar de um encontro com mulheres de caminhoneiros em congresso de transportadores de carga, em Brasília, entrou em mais uma bola dividida.

O encontro foi promovido pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro, uma dissidência da Associação Brasil Caminhoneiro, que, em represália, prometeu distribuir adesivos da “Fora Dilma” aos seus 800 mil associados.

Em toda a mídia, ainda repercute a obra de jerico da sua equipe de internet, que colocou uma foto de Norma Bengell entre outras duas da candidata, para mostrar sua participação nas lutas contra a ditadura, imaginando que ninguém fosse perceber. Depois, em vez de pedir desculpas pela mancada e sair de fininho, o responsável ainda acusou a imprensa de “interpretar a montagem equivocadamente”.

Se é fato que a maior parte dos editores e colunistas da grande mídia não mostra muita simpatia pela sua candidatura, ao contrário do que acontece com José Serra, este deveria ser mais um motivo para Dilma não dar a cara a tapa, tomar mais cuidado em cada passo da campanha, planejar melhor a sua agenda.

Sem divisões internas nos partidos aliados a lhe tolher os passos, como aconteceu em 2002, agora Serra pode fazer uma campanha mais profissional, seguindo a orientação do seu marqueteiro Luiz Gonzalez, que ganhou autonomia e é quem comanda tudo, ao contrário do que acontece na campanha de Dilma. Paula Santamaria, a onipresente assessora do candidato, cuida da área de imprensa com muita competência.

João Santana, o marqueteiro do PT, teve seu papel reduzido a produtor dos programas de televisão no horário político que começa em agosto. O comando da comunicação foi entregue ao deputado estadual e jornalista Rui Falcão(PT-SP), que está montando uma superestrutura em Brasília e São Paulo, com dezenas de profissionais renomados já contratados nas diferentes áreas.

O comando político da campanha, por sua vez, está dividido entre o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, o ex-prefeito mineiro Fernando Pimentel, e os deputados federais paulistas Antonio Palocci e José Eduardo Cardoso, que nem sempre falam a mesma língua. A questão dos palanques estaduais, por exemplo, está cada vez mais confusa, com o presidente Lula tendo que intervir a toda hora, o que dificulta a montagem de uma agenda favorável para a candidata.

A campanha está só começando, todos sabemos, mas o que começa certo tem mais chances de dar certo no fim do que aquilo que começa errado, já nos ensinava o conselheiro Acácio.

Dilma agora sai de cena por dois dias para gravar imagens de um “roteiro sentimental” da sua vida, que Santana pretende utilizar nos programas de televisão. Quem sabe, o comando da campanha aproveita esta trégua sem agendas públicas da candidata para colocar ordem na casa. Ainda é tempo, mas o tempo não costuma perdoar a quem não o respeita.

E agora Ciro?




O deputado federal Ciro Gomes (PSB) bem que tentou impor sua candidatura, mas não conseguiu convencer seu partido. Na noite de ontem postou no seu blog um desabafo do que considera ter sido um erro tático.

Muito modesto titulou seu comentário “Ao rei, tudo, menos a honra”, ele aceita descontente essa decisão, talvez por acreditar que sendo candidato e apoiando um chapa apenas no segundo turno poderia garantir bons espaços no governo.

"A cúpula de meu partido, o PSB, decidiu-se por não me dar à oportunidade de concorrer à Presidência da República. Esta sempre foi uma das possibilidades de desdobramento da minha luta. Aliás, esta sempre foi a maior das possibilidades. Acho um erro tático em relação ao melhor interesse do partido e uma deserção de nossos deveres para com o país", escreveu.

A insistência em ser (pré) candidato à presidência inviabilizou a possibilidade de lançar-se ao governo de São Paulo com o apoio do PT, que diante da indecisão de Gomes lançou o senador Aloísio Mercadante.

Na tentativa de um golpe de misericórdia utilizou seu blog para pressionar o PSB, e até disparou ataques contra o PT, mas nada convenceu os pesebistas que era importante ter seu próprio candidato.

E agora será que Ciro Gomes continuará filiado ao partido que inviabilizou seu projeto político?

Vamos ficar de olho.

Charge - Néo





terça-feira, 27 de abril de 2010

Serra promete fortalecer Zona Franca de Manaus se for eleito

Folha Online - GABRIELA GUERREIRO - da Sucursal de Brasília


O tucano José Serra (PSDB) prometeu tornar permanente a Zona Franca de Manaus (AM) se for eleito presidente da República nas eleições deste ano. Em entrevista à TV Rede Amazônica, gravada na última sexta-feira, Serra disse que sua proposta é fortalecer a região, com indústrias que possam impulsionar a produção local.

"No governo, se eu chegar como espero, eu vou mais longe, tornando a Zona Franca perene. Não é preciso ficar renovando constantemente seu período de duração. Ela já está consolidada e já tem uma certa divisão de trabalho com o resto do Brasil. Portanto, eu tiraria essa coisa de que seu tempo vale até tanto. Tem a Zona Franca na Constituição, ou seja, tornaria a Zona Franca permanente", afirmou.

A íntegra da entrevista de Serra foi divulgada nesta terça-feira pela emissora. Na opinião do presidenciável, a Zona Franca ajuda a preservar a floresta Amazônica. "Você já imaginou se toda essa gente que trabalha lá não tivesse essa opção? Iria pra onde? Iria para a floresta. Então quando se analisa a Zona Franca, é preciso pensar em um patrimônio que está sendo preservado e que vale muito."

Além de defender a Zona Franca, o tucano também se mostrou favorável à construção de um novo porto em Manaus por ser um "fanático" pelos transportes hidroviários.

Apesar das críticas da oposição ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), com ameaças de extinguí-lo, Serra prometeu finalizar programas do PAC 2 na região Norte --em especial a BR-319, ligando Manaus a Porto Velho, com ênfase no licenciamento ambiental.

O tucano disse que se sente "mais preparado" para assumir a Presidência da República hoje do que em 2002, quando disputou o cargo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porque administrou a cidade e o governo de São Paulo. Na opinião de Serra, o clima político atual é diferente porque em 2002 o Brasil "queria reeleger o Lula".

"Fizemos um único debate no segundo turno, que eu queria ter tido, mas tudo com nível, com altura, mas o Brasil decidiu a sua escolha. A derrota de 2002 também é uma experiência importante, porque na democracia a gente ganha e a gente perde também. Temos que ser altivos na derrota e humildes na vitória. Isso eu acredito que fiz."

Serra voltou a lembrar sua infância humilde em São Paulo, sua época de militante estudantil e o período do exílio durante a ditadura militar (1964-1985).

Belo Monte

Na entrevista, Serra defendeu a produção de energia elétrica com a construção da usina de Belo Monte (AM), mas disse que o governo precisa discutir melhor o assunto antes de colocá-lo em prática. "É uma obra que custa de R$ 19 a 30 bilhões. Dezenove é o que aparece, mas você ouve aí gente especializada dizendo que pode custar até 30. Não tem aquele rendimento que se imaginava, em quilowatts", afirmou.

O tucano disse que, se o assunto Belo Monte nascer "de uma maneira encrencada, encrenca no caminho e fica tudo se arrastando".

TSE, POR ENQUANTO, NAO CAIU NO TRUQUE DO PT. VAMOS VER NO FUTURO


Lula usou e usa escancaradamente a máquina para tentar eleger a sua candidata. Os petistas, dentro e fora do governo, abusam da propaganda ilegal. As multas aplicadas pelo TSE e o parecer da Procuradoria Geral Eleitoral sobre a greve política da Apeoesp, em São Paulo, são evidências das ilegalidades.

Um dos truques do arsenal petista na política é o famoso “não sou só eu; o meu adversário faz o mesmo”. Em matéria de virtude, o PT reivindica o monopólio. Quando se trata de crime ou vício, logo procura o ombro amigo dos adversários para dividir o peso das ilegalidades.

Foi o que tentou fazer o Diretório Municipal do PT de São Bernardo. Entrou com duas representações contra o pré-candidato tucano à Presidência, José Serra, por suposta campanha eleitoral irregular na inauguração do trecho sul do Rodoanel. Não funcionou. O TSE rejeitou as duas. Se vocês se lembram, os aliados do então governador ficavam bravos porque ele se negava a falar de candidatura. Os “analistas” da imprensa, que anteviam a vitória fácil de Dilma, apontavam a sua “estratégia errada”: fugir do embate eleitoral. Digamos que havia quase uma anticampanha…

O TSE disse “não” às duas representações. Em uma delas, o PT, acreditem, reclama que os “militantes” (???) teriam sido impedidos de participar da inauguração. A que eles se referem? Publiquei aqui um post a respeito no dia 30 de março. Os petistas é que se organizaram para fazer “CAMPANHA NEGATIVA ANTECIPADA” na inauguração do Rodoanel. Vejam a convocação. Volto em seguida:

Em marcelo-branquês, do mesmo grupo lingüístico do javanês, os valentes incitavam:

Companheiros (as),

Amanhã, 30 de março, terça feira, haverá a Inauguração do trecho sul do Rodoanel com a presença de Serra.

Por essa razão a Macro ABC convoca os mandatos, dirigentes partidários, assessores parlamentares e a militância do PT para não deixarmos o Serra nadar de braçada na inauguração do Rodoanel, uma vez que têm recursos do governo LULA.

O convite está em anexo e o local será escondido só ara aparecer na TV. Por esse motivo, o PT de São Bernardo irá acompanhar a delegação que irão em caravana até o local.

Já estão confirmadas as presenças da CUT e da Apeoesp e por esta razão convocamos toda a militância a estar no PT de São Bernardo, rua Tapajós, 3, Centro de São Bernardo. Concentração: 8 horas

Como se nota, o PT é que deveria ser acionado na Justiça Eleitoral. Estamos diante de uma tática. Se as representações tivessem sido acatadas, estariam agora a fazer o maior escarcéu. Vão insistir. Mais umas duas recusas, e começarão a acusar o tribunal de parcialidade, tentando intimidá-lo ou a aceitar representações contra o PSDB, mesmo que improcedentes, ou a recusar aquelas contra o PT mesmo que procedentes.

É o entendimento que os petistas têm de igualdade: são contra o rigor da lei para si mesmos e contra a proteção da lei para adversários


Charge

Serra evita polemizar com Ciro e diz que responder a Mercadante é atraso de vida

Folha Online

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, evitou polemizar com o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), seu desafeto político. Ciro disse diversas vezes na semana passada que Serra era mais preparado que a candidata petista Dilma Rousseff. As declarações de Ciro ocorrem às vésperas de seu partido anunciar que deverá apoiar a pré-candidatura de Dilma em vez de lançar candidato próprio ao Planalto.

"Eu não bati nessa tecla. Não sou eu que vou julgar se tenho mais experiência que ela", disse Serra em entrevista ao programa "Brasil Urgente", da TV Bandeirantes afirmou. "Eu não estou diminuindo ninguém. Cada um tem as suas virtudes, as suas experiências."

Ele também evitou comentar a saída de Ciro da disputa presidencial. "Sapo de fora não chia. Isso aconteceu dentro da aliança deles. Claro que eu prefiro que o Ciro fale bem de mim do que o contrário. Mas eu preferi não opinar nisso, porque eu não sei os desdobramentos."

Ele não quis comentar as criticas do pré-candidato petista ao governo Aloizio Mercadante às enchentes em São Paulo. De acordo com o ex-governador, as enchentes foram uma calamidade natural. "Responder ao Mercadante é um atraso de vida. Eu não sou candidato a governador, e ele é. Ele vai ficar falando, falando."

Pela segunda vez em dois meses, o ex-governador de São Paulo é entrevistado pelo apresentador. Na semana passada, Datena conversou com a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff.


Dilma reduz ritmo, e Serra intensifica agenda

Deu em O Globo - De Maria Lima e Adriana Vasconcelos:

O resultado das últimas pesquisas, os tropeços políticos e até gafes durante as primeiras visitas aos estados levaram o comando da pré-campanha da petista Dilma Rousseff a um recuo estratégico, reduzindo a agenda de viagens para intensificar a oratória e as aulas com uma fonoaudióloga.

Enquanto Dilma recua, o pré-candidato José Serra (PSDB) intensifica as viagens a estados estratégicos como Minas e Bahia, para onde retorna esta semana. Dilma, com problemas entre aliados em 15 estados, está com sua agenda limitada a São Paulo até sábado.

Ontem, Dilma participou de gravação do programa eleitoral do PT que irá ao ar dia 13 de maio. À noite, ela participou de uma reunião mais ampla do comando da campanha.

Começou o dia dando entrevista para a Rádio Brasil Sul, do Paraná. Nos últimos dias, foram canceladas viagens da petista ao Paraná e a Goiás, onde os aliados ainda não se acertaram.

A oposição, por seu lado, pretende tirar proveito do momento: a começar pela crise deflagrada no PSB com a retirada forçada da candidatura de Ciro Gomes (PSB-CE).

Os tucanos acreditam que isso poderá até resolver o problema da falta de palanque de Serra no Ceará, consolidando a aliança informal entre o PSB e o PSDB em torno da reeleição do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Em contrapartida, Tasso evitaria o lançamento de um candidato de oposição para disputar com o governador Cid Gomes (PSB).



Democracia reduzida

Deu em O Globo - De Merval Pereira:

O que menos importa neste momento é o que pensa ou diz o deputado Ciro Gomes. Sua opinião errática sobre as qualidades e defeitos da candidata oficial, Dilma Rousseff, e seus insuspeitos elogios à capacidade e competência do candidato tucano, José Serra, com as conhecidas críticas, podem criar fatos políticos de maior ou menor repercussão, podem influir momentânea ou definitivamente na decisão de eleitores, mas nada disso importa, a não ser para os que estão engajados partidariamente na disputa.

Goste-se ou não da maneira como o deputado federal Ciro Gomes faz política, uma coisa é certa: sua desistência forçada à disputa da Presidência da República é um golpe na democracia.

A interferência frontal do presidente Lula para inviabilizar uma candidatura em benefício da que escolheu para suceder-lhe é uma agressão do ponto de vista democrático à livre escolha do eleitor.

Esses conchavos de gabinete que têm o objetivo de transformar em um plebiscito uma eleição em dois turnos, concebida justamente para dar ao candidato eleito a garantia de apoio da maioria do eleitorado, reduzem o sentido da eleição.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Eleições 2010

Lula obriga Ciro Gomes a jogar a toalha


Para quem acompanhou a performance desastrada... e desastrosa de Ciro Gomes na campanha eleitoral de 2002, vamos combinar que houve muitos progressos.

O deputado está quase zen.

Aliás, em conversa comigo no estúdio do CBN Rio, esbanjou simpatia, respondeu a todas as minhas perguntas, e também às perguntas de ouvintes, internautas e twitteiros.

Não fugiu de temas espinhosos.

Reconheceu que aprendeu muito, que caiu facilmente em cascas de banana, que não estava preparado para as agruras da campanha eleitoral.

Mas, goste-se ou não dele, o que fizeram com o moço agora em 2010 não é justo.

Afinal, Ciro Gomes não chegou à política ontem. Não é um neófito.

Prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, ministro da Fazenda, candidato a presidente, deputado federal, ministro da Integração Nacional...

Para tudo terminar com um domicílio eleitoral transferido para São Paulo a mando do presidente Lula, que hoje nem o recebe no Alvorada?!

Convenhamos que merecia tratamento melhor...

Não pelo estado-maior da campanha de Dilma. Eles não devem nada a Ciro, nem Ciro a eles.

Mas o PSB estimulou a candidatura do deputado à presidência, talvez para negociar mais caro sua adesão à candidatura da ministra Dilma.

E agora fica esse jogo de empurra para saber quem é que vai comunicar a Ciro Gomes que sua candidatura não só subiu no telhado, como já caiu lá de cima.

O fato é que Ciro não será candidato a presidente, como também não o será a governador de São Paulo nem a deputado federal.

Se Dilma for eleita, Ciro não terá cargo no governo federal.

No caso da eleição de Serra, aí, então, muito menos.

Tudo por obra e graça do presidente Lula. Francamente!

Sua Excelência adora receber elogios, agrados, fidelidade, renúncias.

Mas é absolutamente frio com aqueles que podem representar algum obstáculo aos seus projetos.

Joga ao mar sem dó nem piedade.

Como fez com Dirceu, Genoíno, Palocci, Gushiken e outros tantos companheiros.

Boa mesmo é a companhia de Sarney, Renan, Jader, Geddel e aquela moçada amiga do PMDB.

Grande presidente Lula! Amigo de seus amigos!



Charge do dia


Ministro do TSE arquiva representação do PT contra Serra

Henrique Neves avaliou que denúncia não comprovou envolvimento do tucano. PT pode recorrer da decisão e caso poderá ser levado ao plenário do TSE.

O ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Henrique Neves da Silva, rejeitou representação apresentada pelo Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores em São Bernardo do Campo (SP), que pedia aplicação de multa de R$ 25 mil ao candidato do PSDB, José Serra, por suposta propaganda eleitoral antecipada.

A decisão do ministro vai ser publicada no Diário Eletrônico de Justiça nesta terça-feira (27) e o PT de São Bernardo terá três dias para recorrer. Caso a sigla conteste o despacho de Henrique Neves, o caso deve ser levado ao plenário do TSE para referendo final.

A representação acusava o candidato tucano e ex-governador de São Paulo de fazer publicidade irregular com a obra do Rodoanel. Os petistas apontavam a existência de “diversos outdoors com a imagem de Serra e do deputado estadual Orlando Morando com os dizeres: ‘Seu presente chegou! Rodoanel - O nosso trabalho você vê! - José Serra governador - Orlando Morando deputado estadual".

Na decisão publicada nesta segunda-feira (26) pelo TSE, o ministro Henrique Neves lembra que a mesma representação foi apresentada perante o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo, contra do deputado estadual Orlando Morando e que, “naquele feito, foi deferida medida liminar para determinar a imediata retirada dos referidos outdoors, no prazo de vinte e quatro horas a partir da intimação, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil”.

O ministro rejeitou a representação por entender que caberia ao Diretório Nacional do PT e não ao municipal a competência para apresentar denúncia contra Serra no TSE: “Como relatado, trata-se de representação por propaganda eleitoral antecipada ajuizada por diretório municipal de partido político. Entendo que a representação do partido político perante o Tribunal Superior Eleitoral, no âmbito da eleição presidencial, só pode ser realizada por intermédio do Diretório Nacional das agremiações.”

Neves argumenta ainda que os petistas não conseguiram provar a ligação de Serra com a produção e instalação das placas. “Verifico que não foi apresentada, com a inicial, prova da autoria ou do prévio conhecimento do representado (Serra)”, justificou Henrique Neves.

Fonte: Robson Bonin - G1

domingo, 25 de abril de 2010

'Dilma não tem liderença e experiência para governar'


Entrevista pelo twitter com Sérgio Guerra

Foram quase duas horas de conversa em tempo real pelo twitter com o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB. Acabou há pouco. Segue a íntegra.

Boa tarde, senador Sérgio Guerra. E aí? Está feliz com os ataques recentes de Ciro Gomes a Lula, a Dilma e até aos líderes do PSB?

Não necessariamente, acho que o Ciro é uma pessoa que fala o que pensa. O que ele disse sobre Dilma, etc, é verdade.

Vcs não pensam em convidar Ciro para o palanque de Serra?

Ciro é do PSB. O PSB não nos apoia. Ciro tem amigos no PSDB, mas o PSDB não vai cuidar disso. Ciro é afirmativo.

Se Ciro tivesse atacado o Serra ou o PSDB, como já o fez antes, seria verdade também o que ele dissesse?

Ricardo, não vou trabalhar sobre hipótese. Estou comentando o que Ciro falou agora, nas circunstâncias deste momento.

O que o senhor acha mais provável que Ciro venha a fazer? Omitir-se da campanha ou apoiar Dilma?

Ricardo, Ciro afirmou que Serra estava mais qualificado para governar do que Dilma. Para mim isso já é o bastante.

Vcs vão aproveitar essa declaração de Ciro no programa de tv do Serra? Acham que ela atrairá votos de Ciro para Serra?

Não há nenhuma decisão sobre o programa de TV do Serra. O Brasil tomou nota do q Ciro falou e não vai esquecer disso. Ele falou a verdade.

A maioria dos brasileiros aprova Lula e seu governo. Por que votaria em Serra se a candidata de Lula é Dilma?

Porque Dilma não é Lula. Dilma não tem liderença e experiência para governar o Brasil. E pq Serra tem experiência comprovada e capacidade.

Quando Lula se elegeu em 2002, não tinha experiência. Nunca governara nada, salvo um sindicato. E parece ter se saído bem. Ou não?

Lula sempre foi um líder. Demonstrou que é capaz de superar desafios. Tem uma larga experiência. Sempre liderou. Dilma não.

Serra evita criticar Lula. Mas ele disputou contra Lula em 2002. Isso não poderá pesar contra ele? Serra é oposição ou situação disfarçada?

Serra disputou em 2002 e fez uma bela campanha. Serra foi Ministro da Saúde, prefeito e gov de SP. Ele é o melhor candidato para presidir.

O senhor não respondeu a parte final da pergunta anterior: Serra é oposição ou situação disfarçada?

Serra tem uma atitude firme. Aprova os acertos e critica os erros do atual governo. O PSDB não é da base de apoio ao governo atual.

Aécio não teria sido um candidato melhor do que Serra?

Nós sempre afirmamos que tanto Aécio quanto Serra estavam prontos para disputar e ganhar a eleição. Impossível responder a essa pergunta.

De 0 a 10, dê uma nota para as chances de Aécio ainda vir a ser vice de Serra.

Ricardo, na minha opinião não tem chances.

Algum emissário do PSDB já sondou o senador Francisco Dornelles (PP) para saber se ele topa ser o vice de Serra?

Não. O PP vai decidir sobre o seu rumo mais adiante. Não agora.

Serra diz que manterá o Bolsa-Família. E que o reforçará. Objetivamente, como será isso? O que ele fará de fato?

Haverá mais orçamento e mais qualidade. Reforçar o Bolsa Família no caminho de gerar enfrentamento à pobreza e dar sustentabilidade.

No que seria de fato diferente um governo Serra de um governo Dilma?

O governo Serra será democrático, eficiente e sem aparelhamento. Vai pôr o Brasil nos trilhos. O governo Dilma seria um governo fraco. Anti-democrático.

Um leitor pergunta qual seria a política de um eventual governo Serra para a Zona Franca de Manaus.

Serra já começou a desenvolver propostas para a Zona Franca de Manaus. Vamos supreender. A Zona Franca vai ter muito apoio do governo.

Todo candidato diz que é contra aumentar impostos. Uma vez eleito presidente, aumenta. Serra diz que cortará. Como? Onde?

Nosso governo será austero. Temos responsabilidade e sabemos gastar. Noblat, veja como trabalhamos em SP ou em Minas, por exemplo.

Pergunta de outro leitor: o PSDB vai privatizar o BB, a CEF e a Petrobrás?

Ricardo, está na cara que isso é conversa de Elefante.

O que dizem as pesquisas eleitorais encomendadas pelo PSDB no Nordeste? Onde Serra está bem, mal ou empatado com Dilma?

A Dilma está na frente na Bahia e no Maranhão. Ciro no Ceará. Serra lidera em Sergipe, Alagoas, Rio G. do Norte e tecnicamente empata com Dilma em PE, PB e PI.

O senhor será candidato à reeleição? Jarbas Vasconcelos será candidato ao gov. de Pernambuco em dobradinha c/o senhor?

Poderei ser. Estamos conversando sobre isso.

Gabeira, no Rio, já se conformou em ser candidato ao governo tendo Cesar Maia (DEM) na chapa c/candidato a senador?

Ricardo, esta questão não está resolvida. Mas faz todo sentido.

Como vcs se preparam para o impacto de enfrentar Lula na tv a partir de agosto pedindo voto todo dia para Dilma?

Lula está na TV faz mais de um ano pedindo voto para Dilma. Aqui no NE ela cresceu. Faz um mês e meio q não cresce... Lula continua falando.

Esforços por Dilma? Ciro já avisa que não


Ciro avisa que não vai se empenhar por Dilma

O deputado, que deverá ser descartado pelo próprio partido da corrida presidencial, quer viajar antes das eleições - e não pretende se desdobrar pela petista.


Prestes a ver o PSB negar-lhe a legenda para disputar a presidência, o deputado federal Ciro Gomes (CE) sinalizou que não vai trabalhar ostensivamente pela candidatura da petista Dilma Rousseff à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A correligionários, ele avisou que pretende seguir a orientação do PSB - que deverá formalizar o apoio a Dilma em dois dias. Deixou claro, no entanto, que seu empenho na campanha da petista será "muito discreto".

Ciro confidenciou a amigos que pretende viajar para o exterior assim que passar o turbilhão que envolve sua pré-candidatura à presidência e garante que não será candidato nas eleições de outubro. O deputado disse ainda que vai se "aquietar" e sair da política "por pelo menos um longo tempo". "Vou escrever, vou ler, olhar para os meus filhos e minha mulher", resumiu.

Ao mesmo tempo em que faz "corpo mole" pela eleição de Dilma, o deputado deixa claro que vai se dedicar intensamente a pelo menos três campanhas eleitorais. A promessa é trabalhar com afinco na reeleição de seu irmão Cid Gomes (PSB) ao governo do Ceará, na eleição da senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), sua ex-mulher, para Câmara, e na reeleição de seu padrinho político, o senador tucano Tasso Jereissati (CE).

(Com Agência Estado)




Ruim de serviço, Lula evita comparações a JK

 Lula não foi a eventos dos 50 anos de Brasília para não colar sua imagem à de Juscelino Kubitschek. Deve ser porque ele detesta comparações com ex-governantes que constroem, e rápido. JK levou três anos para construir Brasília, incluindo ruas, avenidas, áreas residenciais, comerciais, monumentos e palácios. Já o presidente Lula levará quase o mesmo tempo apenas reformar o Palácio do Planalto.


'Não quero acabar com o Mercosul', diz Serra

Folha Online - Por CLAUDIA ANTUNES da Sucursal do Rio

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse que não quer acabar com o Mercosul, mas flexibilizá-lo de forma "negociada com nossos parceiros" e revelou que, se eleito, pretende dar funções "mais executivas" à Camex (Câmara de Comércio Exterior). Abaixo, a íntegra da entrevista, feita por e-mail.

Folha - O senhor tem falado numa política comercial mais agressiva. Por quê?

José Serra - As exportações brasileiras cresceram muito nos últimos anos até 2008, como consequência do aumento de preços e da demanda por nossas commodities. Conquistamos imensos superavits comerciais. Mas agora estamos em outra fase. Os superavits encolheram e o deficit em conta corrente está crescendo com grande velocidade, até porque as importações dispararam, junto com as remessas das empresa estrangeiras ao exterior, devido ao dólar barato. Nosso deficit em matéria de produtos industriais tornou-se gigantesco: nesse item, exportamos proporcionalmente menos e importamos proporcionalmente muito mais. Minha preocupação é livrar o Brasil de um estrangulamento externo futuro e sustentar o crescimento do emprego.

Folha - Se eleito, pretende mudar a estrutura do comércio externo?

Serra - Creio que é indispensável fortalecer e agilizar a Camex, dando-lhe funções mais executivas e mais agilidade nas decisões de comércio exterior. O presidente da Camex, subordinado ao presidente da República, deve pilotar as delegações do comércio exterior. A Camex foi criada no governo FH, em 1995, por sugestão minha. Reúne representantes de quatro ministérios, além do Banco Central, que interferem no comércio exterior. Desde então teve um papel positivo, mas muito aquém do que hoje se necessita.

Folha - Há outras mudanças a fazer?

Serra - A área de Defesa Comercial do Brasil ainda é pouco atuante e mal equipada, face às necessidades. Tal situação não vem só do governo do Lula. A abertura comercial do começo dos anos noventa exigia a organização e o fortalecimento dessa área, como acontece, por exemplo, nos Estados Unidos, na Coreia, na China.. Mas isso não foi feito na medida exigida. Há grande demora no exame dos pedidos em casos de defesa comercial. O governo é falho no apoio ás empresas. Os processos de antidumping contra a China demoram muito mais do que em outros países que não a reconhecem como economia de mercado. Há pouco tempo, verificou-se que a China registrava exportações têxteis ao Brasil equivalentes a mais ou menos o dobro do que as importações brasileiras de têxteis chineses. Por quê? Porque entra muita importação têxtil sem registro, a fim de não pagar impostos. E compete com a produção brasileira, que paga. Os produtores brasileiros, que são tão ou mais eficientes que os chineses, sofrem com o câmbio e com a frágil defesa comercial do país.

Folha - O senhor disse que o Mercosul atrapalha a busca brasileira por novos mercados. O que propõe mudar no bloco?

Serra - O Mercosul deve ser flexibilizado, de modo a evitar que seja um obstáculo para políticas mais agressivas de acordos internacionais. Não se trata de acabar com o Mercosul, pelo contrário. Há duas instâncias de integração econômica. A primeira é o livre comércio entre os países que se associam - uma zona de livre comércio, a ser gradualmente implantada. A segunda, alcançada somente depois de décadas pela União Europeia, é a adoção de uma política comercial comum, ou seja, os países integrantes renunciam à sua soberania comercial, e fixam tarifas comuns de importações. Além do mais, só podem fazer acordos comerciais com terceiros se todos os membros concordarem. Tudo tem de ser feito em bloco.

Eu sempre achei irrealista fazer-se tudo isso em quatro anos, a partir de 1995 [quando começou a vigorar a tarifa externa comum]. Na época, o ministro de relações exteriores era o mesmo Celso Amorim, no governo do Itamar Franco. Ele sabe que eu divergia do acordo, por achá-lo irrealista. Defendia que, primeiro, o Mercosul se fortalecesse como zona de livre comércio, o que tomaria tempo. Só aí se deveria partir para a união alfandegária.

Nesse atropelo, o livre comércio não se consolidou e a união alfandegária nem se materializou totalmente, cheia de "perfurações" de tarifas. O Mercosul acabou sendo uma obra inconclusa, com todos os custos que isso envolve.

Folha - A reação argentina a sua declaração não foi positiva.

Serra - O que defendo é flexibilização do bloco, a fim de que nos concentremos mais no livre comércio. Claro que essa não seria uma decisão unilateral do Brasil. Teria de ser bem negociada com nossos parceiros do Mercosul.

Folha - Mas, mesmo negociando sozinho com outros, o Brasil terá que fazer concessões.

Serra - Há um dado que citei no meu discurso em Brasília: nos últimos oito anos foram feitos cem tratados de livre comércio entre diferentes países. O Brasil fez apenas um, assinado pelo Mercosul com Israel. É óbvio que o maior acesso a determinados mercados envolve concessões recíprocas. Sempre é assim. Por isso, cada caso é um caso e só devemos assinar tratados que nos tragam vantagens líquidas.

Outra questão importante é a da infraestrutura, que, hoje, aumenta os custos das nossas exportações. O transporte da soja de Mato Grosso ao porto de Paranaguá custa algo parecido ao transporte desse porto até a China. Faltam estradas melhores, trens, investimentos em armazéns, portos e aeroportos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

PSDB traça estratégia para disputa sem Ciro




Para o comando da pré-campanha de José Serra (PSDB) à Presidência, Ciro Gomes (PSB) não estará na disputa pelo Planalto. Por um lado, isso aumenta a possibilidade de decisão da eleição já no primeiro turno. Por outro, o partido tenta costurar um acordo com o atual deputado federal: silêncio respeitoso de ambas as partes em troca do apoio tucano à reeleição de Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro, ao governo do Ceará.

Em encontro na última segunda-feira com representantes do PSDB cearense, realizado em um hotel em Fortaleza, coube ao senador Tasso Jereissati a missão de acalmar o ânimo do partido localmente e dar o recado de que os tucanos não têm um nome competitivo para disputar o governo local.

“Temos nomes qualificados intelectualmente, mas não eleitoralmente”, disse o senador. Ele pediu unidade ao partido e afirmou que a melhor alternativa seria apoiar um candidato já estabelecido, em troca da concessão da vaga ao Senado na chapa. Tasso disse que o partido havia encomendado uma pesquisa local, cujo resultado demonstrou não haver candidato viável. Não quis informar quais foram os nomes testados pelo PSDB, mas fez questão de ressaltar que não submeteu seu nome ao escrutínio dos eleitores. Afirmou e reafirmou que não era candidato ao governo, mas a mais oito anos no Senado.

Tasso tenta aproximar o PSDB do PSB de Cid Gomes, mesmo que, com isso, haja uma composição de forças inusitadas. Os socialistas devem formar uma chapa em que Humberto Costa (PT), ex-ministro da Saúde do governo Lula, seja um dos candidatos ao Senado. Evitar criar constrangimentos que dificultassem a composição do palanque cearense foi uma das razões para o fato de Ciro Gomes ter trocado de domicílio eleitoral no ano passado, deixando de ter direito a votar e a ser votado no Ceará e fixando residência em São Paulo.

A alteração também teria sido um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para que Ciro pudesse ter uma porta de saída caso desistisse de disputar a Presidência, seu desejo confesso. Poderia ser candidato a governador, com o apoio do PT. O Partido dos Trabalhadores, porém, já anunciou que irá disputar o governo com Aloizio Mercadante e o Senado com Marta Suplicy, deixando pouco espaço para uma candidatura Ciro. A distância aumentou quando Ciro deu uma entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo” com duras críticas ao PT local.

Um dos alvos preferidos de Ciro Gomes é o ex-governador de São Paulo José Serra. Ambos participaram do início do PSDB. Ciro chegou a ser ministro da Fazenda no início do Plano Real, em 1994. Depois, entrou em conflito com Fernando Henrique Cardoso e com Serra e deixou o partido. Na eleição de 2002, disputaram uma vaga ao segundo turno contra Lula. Serra passou, deixando Ciro para trás, que deu apoio a Lula. Vitorioso, o petista integrou Ciro ao seu ministério.

Nesta terça, o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, deve se encontrar com Ciro em Brasília e iniciar os entendimentos para anunciar que o partido não terá candidato próprio a presidente, preferindo apoiar Dilma Rousseff (PT). A decisão deverá ser referendada em encontro da executiva do partido, no próximo dia 27. O PSB tenta encontrar uma saída honrosa para Ciro, mas não sabe qual. Ciente disso, o PSDB busca se aproximar de Ciro.

Quer contar com o apoio dele no Ceará e evitar que o deputado dispare críticas contra Serra na disputa eleitoral. Como gesto de boa vontade, os tucanos até sinalizaram a possibilidade de oferecer apoio a um vôo de Ciro em São Paulo, fosse ao Senado ou novamente a Câmara. Ouviu uma resposta negativa. O PSB de São Paulo ou deve lançar candidato próprio ao governo e ao Senado _respectivamente Paulo Skaff e Gabriel Chalita_ ou pode compor com o PT. Mas Ciro agradeceu o gesto.

No Ceará, Ciro e Tasso devem refazer a dobradinha política de tantos anos. “Ele (Ciro) foi tratado pelo governo e pelo PT de maneira cruel. Sua candidatura foi esvaziada e desidratada de maneira perversa”, declarou Tasso. O tucano complementou: “No Ceará, se não for votar em Ciro, vote em Serra”.

Para tucanos, a ausência de Ciro na disputa aumenta a possibilidade de uma decisão em primeiro turno. De acordo com o último Datafolha, Serra tinha 42%, Dilma 30% e Marina Silva (PV) 12% em um cenário sem a participação do candidato do PSB. Ganha a eleição em primeiro turno quem tiver a maioria simples dos votos válidos.

Tucanos querem ainda que Aécio Neves use suas boas relações com Ciro para convencê-lo a não fazer campanha por Dilma e evitar ataques a Serra. A interlocutores políticos, Ciro teria dito que, uma vez alijado da disputa presidencial, iria ficar no Rio e em São Paulo e evitar participar ativamente do processo eleitoral.

Tasso vê rancor em Dilma e ‘paz e amor no Serrinha’

Ciro “foi tratado pelo governo e pelo PT de maneira cruel. Foi esvaziada e desidratada sua candidatura de maneira quase que perversa”.


O senador Tasso Jereissati, cacique da etnia tucano-cearense, reuniu a tribo para esboçar a estratégia da campanha de José Serra no seu Estado.

Os repórteres instaram Tasso a comentar declaração atribuída ao presidente do PT, José Eduardo Dutra.

O mandachuva petista dissera que Serra faz elogios simulados a Lula para achegar-se ao eleitorado que venera o presidente. E Tasso, entre risos:

"O presidente do PT deveria se preocupar mais com a agressividade, com o aspecto rancoroso da sua candidata, do que com a paz e o amor do nosso Serrinha".

Famoso pelas divergências internas que lhe renderam a fama de inimigo cordial de Serra, Tasso se esforça agora para demonstrar unidade.

Expressa a suposta união de maneira peculiar: "Dizem que Serra não gosta do Nordeste. E dizem até que eu não me dou bem com ele...”

“...É verdade que eu não o acho bonito e nem cheiroso. Mas, na época em que ele foi ministro do Planejamento, ajudou a fazer o [açude] Castanhão".

O senador planeja levar Serra ao Ceará pelo menos cinco vezes durante a campanha.

Uma parte dos índios da tribo cobrou do cacique o lançamento de um candidato tucano ao governo cearense.

Tasso disse que, havendo consenso, não se opõe à ideia. Mas diz que as pesquisas desrecomendam esse caminho.

Costura sua reeleição ao Senado em “aliança branca” com o governador Cid Gomes (PSB), irmão do velho amigo Ciro Gomes.

A propósito, Tasso aproveitou os holofotes para sair em socorro de Ciro. Disse que Lula e o PT o tratam de forma indigna.

"O que se fez com um aliado da categoria de Ciro realmente mostra do que o PT é capaz de fazer com seus aliados quando quer uma coisa...”

“...Acho que ele foi usado e agora está sendo jogado fora porque não interessa. [...] É de uma perversidade que não tem tamanho".

Para Tasso, Ciro “foi tratado pelo governo e pelo PT de maneira cruel. Foi esvaziada e desidratada sua candidatura de maneira quase que perversa”.

Tasso não disse, mas a passividade de Ciro chama mais a atenção do que a “perversidade” de Lula.

Aplicando-se ao pseudopresidenciável do PSB o raciocínio usado por Lula no caso dos presos políticos de Cuba, pode-se dizer: Ciro se deixou morrer.

Aécio rasga elogios e pede votos em Serra

De Fábio Fabrini e Marcelo Portela, de O Globo:

Num evento em Minas Gerais marcado por rasgados elogios mútuos, o ex-governadores José Serra (SP) e Aécio Neves (MG) prometeram marchar juntos nessas eleições. O mineiro pediu votos para o pré-candidato do PSDB à Presidência dizendo que o voto em Serra representa seus anseios.

- Peço a cada companheiro, a cada companheira, que leve essa mensagem ao seu município. Aquele mineiro ou aquele brasileiro que em qualquer momento teve a intenção de dar seu voto a Aécio Neves continue votando em Aécio apertando o 45, e votando em José Serra na eleição presidencial - disse Aécio.

Nas contas do PSDB, havia cerca de 800 militantes e 240 prefeitos no Teatro Sesiminas, segundo maior de BH, onde se deu o ato pró-Serra. Do lado de fora, os cardeais da oposição foram recebidos ao som de uma bateria. Ao contrário do lançamento da pré-candidatura do ex-governador paulista, em Brasília, não houve coro para que Aécio seja vice, mas faixas repetindo o slogan "Minas é Serra e Anastasia".
 

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Uma vergonha...


(Josias de Souza)

(Reinaldo Azevedo)

(Ricardo Noblat)



De Keila Jimenez e André Mascarenhas, de O Estado de S. Paulo:

Antes de completar 24 horas no ar, a campanha institucional em comemoração aos 45 anos da TV Globo foi retirada da programação por decisão da emissora. Motivo: declarações na web de pessoas ligadas à campanha da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, acusando o jingle de embutir, de forma disfarçada, propaganda a favor do pré-candidato do PSDB, José Serra.

Rede Globo suspende campanha de comemoração de 45 anos

Integrante da campanha de Dilma diz que vinheta faria propaganda disfarçada de Serra. Rede Globo afirma que campanha foi feita em novembro de 2009.

A Rede Globo suspendeu nesta segunda-feira (19) a veiculação da campanha em comemoração aos 45 anos da empresa. Pela manhã, Marcelo Branco, coordenador de internet da campanha da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou em sua conta no Twitter que “ele e toda a rede” enxergavam na campanha da Globo uma mensagem subliminar em apoio ao pré-candidato do PSDB, José Serra, número 45.

Em nota, a Rede Globo diz que “o texto do filme em comemoração aos 45 anos da empresa foi criado – comprovadamente – em novembro do ano passado, quando não existiam nem candidaturas muito menos slogans. Qualquer profissional de comunicação sabe que uma campanha como esta demanda tempo para ser elaborada. Mas a Rede Globo não pretende dar pretexto para ser acusada de ser tendenciosa e está suspendendo a veiculação da campanha.”


Aécio: Minas pode mais com José Serra

Aécio repete que "Brasil pode mais" e Serra defende fim da reeleição.

Do IG:

O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) cumpriu nesta segunda-feira o seu papel de fiador da candidatura do tucano José Serra à Presidência da República junto ao empresariado mineiro. Em troca, o ex-governador paulista afirmou que defenderá o fim da reeleição, o que abre caminho para Aécio tentar o Palácio do Planalto em 2014.

Usando barba e sem gravata, Aécio apresentou Serra para um grupo de empresários que lotou o anfiteatro da sede da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). O ex-governador falou por apenas seis minutos e meio, mas fez questão de citar o slogan que Serra passou a adotar desde o lançamento da sua pré-campanha, “o Brasil pode mais”.

“Minas vive um extraordinário momento de crescimento. Vejo sinceramente que podemos continuar, como você tem dito, avançando mais. Concordo que a gente pode ainda mais, principalmente se nós rompermos com o divórcio que existe hoje entre os planejamentos dos governos federal e do estadual”, disse Aécio.

Em entrevista, Serra retribuiu elogiando a gestão de Aécio à frente do governo mineiro nos últimos sete anos. Questionado, o tucano confirmou ser a favor do fim da reeleição, indicando que ele não tem intenção e que não pretende se candidatar em 2014 caso vença em 2010. Serra disse que Aécio já está ajudando na sua campanha.

“Não tenho dúvida. Ele já está ajudando. É um grande parceiro aqui em Minas Gerais e um grande parceiro no Brasil. Um homem que fez um governo excepcional no Estado em vários aspectos”, disse. “Somos amigos, além de companheiros da vida política”, completou.

Agenda Minas

Aécio entregou a Serra o documento “Agenda Minas”, que, segundo ele, contém propostas de parcerias para ações entre governos federal e estadual. Em uma hora de palestra, Serra falou de alguns pontos sensíveis para o empresariado mineiro como as estradas federais precárias e o corte na taxa de juros.

Serra criticou o desempenho do governo brasileiro na política de comércio exterior. Chegou a defender uma reforma do Mercosul – bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. “Não podemos ficar a cargo do Mercosul. Não sou contra o bloco, mas precisamos criar uma zona de livre comércio”, disse.

O tucano intercalou seu discurso com dados sobre economia e elogios a Minas. Fez questão de citar homens públicos mineiros. No começo e no fim da palestra, citou times de futebol, como o América. Serra negou que seu slogan “O Brasil pode mais” foi copiado da campanha da nova diretoria do Santos (“Santos pode mais”). “Eu sou palmeirense”, lembrou.


Qual é o expediente de Lula?

Deu no Correio Braziliense

DEM protocola pedido de informações ao Palácio do Planalto para saber qual é o horário de expediente do presidente Lula

Em tom irônico e provocador, um pedido de informações encaminhado à Casa Civil, no sábado, exigirá de Erenice Guerra, atual titular da pasta, muito latim para não comprometer o chefe.

É que a substituta de Dilma Roussef, candidata do PT nas eleições presidenciais, terá de responder ao deputado Paulo Bornhausen, líder do Democratas na Câmara dos Deputados, qual é o horário do expediente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na condução do país.

E nada de explicações evasivas. O parlamentar catarinense quer saber “os dias da semana e os horários de início e término” da jornada de Lula, conforme ofício enviado a Erenice Guerra.

A “curiosidade” do deputado surgiu depois que Lula afirmou, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, em 4 de abril, que fará campanha para Dilma “depois do expediente”, igualando-se a um trabalhador comum, que bate ponto em uma máquina registradora.

A oposição não engoliu a declaração. “É preciso que o Palácio do Planalto esclareça qual é o horário de expediente do presidente Lula, para que a própria Justiça tenha um parâmetro para verificar se ele faz campanha em horário de trabalho”, cobra Bornhausen.