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terça-feira, 29 de setembro de 2009

Brasil tem uma indignação seletiva

Por Míriam Leitão - Bom Dia Brasil

O Brasil tem toda razão de estar indignado em defender a democracia e as liberdades democráticas em Honduras. Mas em outros casos de violação aos direitos individuais em outros países na América Latina, o posicionamento do Brasil não foi tão contundente. E esse é o ponto central.

Por que o Brasil não fez a mesma coisa quando o governo Hugo Chávez fechou emissora de televisão e rádio na Venezuela? Por que não fez a mesma coisa na Argentina, que acabou de invadir o jornal Clarín com 200 policiais da Receita Federal claramente pressionando a liberdade de imprensa.

Na relação entre Brasil e Estados Unidos, Obama e Lula estão divergindo. Eles que se entendem sobre tantas outras coisas. Os Estados Unidos têm um ponto: o mais importante era garantir o processo eleitoral. Isso é o que conduziria Honduras para a liberdade democrática. Ida do Zelaya perturbou esse cenário.

Os Estados Unidos estavam esperando essas eleições em Honduras em novembro para tomar uma atitude, mas essas eleições azedaram. Como você pode confiar no resultado de uma eleição que é feita em um país com estado de sítio com esse grau de perturbação social?

Para que as eleições sejam legítimas é preciso que o governo de Honduras recue. Ele colocou o país em estado de sítio e tem que tirar essa lei e começar a respeitar normas internacionais. Foi uma bofetada quando eles não deixaram os diplomatas da OEA desembarcarem. Nisso, o governo brasileiro tem razão. É um escândalo.

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