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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Eleições 2010 - Brasil


Segundo ele, encontro com deputado 'não é fato construído artificialmente'

Por Eduardo Kattah, BELO HORIZONTE

O governador de Minas, Aécio Neves, afirmou ontem que o encontro com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), previsto para terça-feira, em Belo Horizonte, não tem por objetivo enfraquecer a pré-candidatura de José Serra (PSDB). "Vejo que algumas análises podem até ir nessa direção, mas isso não é um fato construído artificialmente", disse, referindo-se à sua relação com o deputado do PSB.

O Estado revelou na terça-feira passada que Aécio e Ciro, ambos pré-candidatos à Presidência, acertaram uma estratégia conjunta para se fortalecerem na corrida de 2010. Os dois articularam agenda pública comum para mandar mensagem de unidade e de capacidade de aglutinar forças políticas a seus partidos e adversários.

Como confirmação dessa estratégia, Aécio disse ontem que o PSDB começa a perceber que sua eventual candidatura ao Planalto poderá evitar uma "eleição plebiscitária" em 2010, conforme desejo do presidente Lula. O mineiro voltou a argumentar que se considera capaz de agregar outras forças políticas, inclusive de partidos que são da base aliada ao governo.

Aécio e Ciro ensaiaram uma aliança durante a campanha para a eleição do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), em 2008. Em julho, o deputado causou desconforto no PSDB ao criticar duramente Serra, tendo o governador mineiro ao lado. Ciro também chegou a alegar que poderia desistir de concorrer à Presidência caso Aécio seja o candidato tucano. O deputado também é cotado para disputar o Palácio dos Bandeirantes com apoio do PT.

"Tenho com o ministro relações pessoais que são públicas e as manterei, pelo menos da minha parte, sempre. Isso não significa que estaremos no mesmo campo político", afirmou Aécio, destacando que ambos possuem seus "limites". "Somos todos nós, de alguma forma, reféns das nossas circunstâncias."

Segundo ele, as conversas com Ciro, desafeto declarado de Serra, "são sempre muito estimulantes". "Temos visão muito próxima de questões necessárias ao País e, no mínimo, essas conversas sinalizam para um entendimento futuro."

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