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sábado, 7 de novembro de 2009

Eleições 2010 - Brasil


Um partido político que se quer digno do nome tem por objetivo chegar ao poder, seja pelo voto, pelo golpe ou pela revolução.

Partido político que não tem como meta chegar ao poder é tudo, menos partido. Pode ser um grêmio lítero-musical, uma ação entre amigos, mas não é um partido.

Partido forte tem que se apresentar à eleição. Seja com uma chapa puro-sangue, seja em aliança com outros partidos.

O PT é o partido do presidente da República, de importantes e poderosos ministros e governadores.
É a segunda bancada na Câmara dos Deputados e também no Senado Federal.

Em São Paulo, PT e PSDB enfrentam-se há muito tempo, como as duas forças mais poderosas do estado. Por isso, não se compreende a recusa de parte dos petistas paulistas a encabeçar a chapa para governador em 2010.

Os partidários (seguidores, companheiros?) de Marta Suplicy entendem, corretamente, que o partido precisa ter candidato próprio.

Outros petistas, mais submissos às ordens do presidente Lula, apóiam a candidatura do deputado Ciro Gomes, do PSB do Ceará.

Não se trata aqui de analisar os méritos do deputado nem suas chances na disputa.

Muito menos vamos tratar aqui de seu “desenraizamento” – Ciro é paulista, mas foi criança para o Ceará.

Desconectou-se de São Paulo.

Mas serve ao projeto do presidente Lula de transformar a eleição de 2010 num plebiscito, numa disputa não entre Dilma e Serra, mas entre ele, Lula, e Fernando Henrique.

O problema relevante é a falta de força política do PSB em termos nacionais, mas principalmente em termos paulistas.

O partido é irrelevante na dinâmica política de São Paulo. Tem apenas cinco deputados estaduais (contra 19 do PT) e 25 prefeitos (contra 63 do PT).

Ninguém contesta o direito do deputado Ciro Gomes de se candidatar a governador de São Paulo.

O que se discute é por que o PT, segunda força política de São Paulo, abre mão da cabeça de chapa.

Onde estão os petistas paulistas que poderiam ser candidatos?

Será que o único que sobrou foi o deputado Antonio Palocci, assombrado para sempre pelos fantasmas da alegre mansão de Brasília, com seus negócios estranhos, seus lobistas, suas garotas de programa e, sobretudo, pelo fantasma do caseiro Francenildo?

Nas próximas semanas, assistiremos a mais este duelo entre os desejos do presidente Lula e as aspirações do diretório paulista do PT.

Fonte: Blog de Lúcia Hippólito

Um comentário:

  1. O PT está numa encruzilhada.As pesquisa vem apontando que a oposiçãO poderá definir a eleição já no primeiro turno.Como o PT não tem um nome mas simpático que a ministra Dilma, para lançar com candidata a presidente e, reverter este quadro, resta ao partido aceitar uma segunda candidatura na base aliada do governo e tentar levar a eleição para o segundo turno.Já no segundo turno, com apenas dois candidatos - Marina fora da disputa- a tese da eleição plebicitária poderá dar certo. Neste caso,será necessario enfraquecer a base do Serra em São Paulo e o PT talvez tenha que apoiar o Paulo Skaf para governador , para salvar a eleição presidencial.

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