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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Aécio quer mais proximidade com as centrais? É mesmo, é? A troco de quê?


O senador Aécio Neves (PSDB-MG) conseguiu bom espaço na “mídia” defendendo uma maior aproximação do PSDB com as centrais sindicais… Ah, tá! Se um dia Aécio for presidente, é até possível que ele goze da inimputabilidade que hoje agracia os petistas. Justiça seja feita, ele é um dos políticos que podem falar o que bem entendem sem que lhe perguntem como fará isso ou aquilo ou qual é a lógica interna do que diz. Qualquer pergunta mais incisiva levanta a suspeita de que aquele que indaga está a serviço de Serra…

“Aproximação com centrais” não é questão de vontade, de disposição subjetiva, mas de agenda. O PSDB tem o que ceder a elas mais do que o próprio PT pode fazê-lo? Lula lhes concedeu, por exemplo, uma fatia do Imposto Sindical. E as entidades não precisam prestar contas de um dinheiro legalmente regulado. O que mais Aécio poderia lhes dar? A honra, não vale!

Quais outras concessões, necessariamente à esquerda, Aécio faria que o PT não pudesse fazer com mais facilidade? Mas a “mídia” engole a tal disposição de “aproximação com as centrais” sem se dar conta de que isso demanda questões muito objetivas: qual é a pauta?

Caso o PSDB opte por esse caminho, vai tentar disputar mercado nos locais onde o PT já se consolidou como poder. Mais do que isso: no caso da CUT, não há diferença entre partido e central.

Tudo bem! Não se trata de uma agenda política mesmo. É só ocupação do espaço noticioso. Amanhã, inventa-se outra pauta.


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