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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Apenas 3,8% das ações do PAC no Rio foram concluídas

O Globo - Cássio Bruno

RIO - As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) se transformaram em pesadelo para moradores do Estado do Rio. Projetos parados, inacabados, em ritmo lento ou que sequer saíram do papel estão causando transtornos à população, principalmente da Região Metropolitana e da Baixada Fluminense. O drama é retratado no próprio relatório do governo federal com o balanço do PAC, entre 2007 e 2010. Apenas 3,8% das ações relacionadas à infraestrutura social e urbana - saneamento básico, pavimentação de ruas, drenagem, habitação e ações de combate às enchentes - foram efetivamente concluídas no estado.

Das 392 intervenções previstas pelo PAC, sendo 298 delas em 2007 e 2008, a um custo de R$ 6,9 bilhões, só 15 aparecem como finalizadas. Desses recursos, R$ 2,16 bilhões já estão nos cofres dos municípios e do governo estadual.

O GLOBO visitou algumas obras do PAC em sete cidades e encontrou exemplos de desperdício de dinheiro público. Em Belford Roxo, o conjunto habitacional do bairro Barro Vermelho está abandonado há sete meses. O empreendimento, que começou a ser construído em 2008 por R$ 11.520.169,31, deveria ter 252 apartamentos para onde iriam moradores de comunidades ribeirinhas dos rios Iguaçu, Sarapuí e Botas. A iniciativa faz parte do Projeto Iguaçu, financiado pelo PAC, com objetivo de controlar inundações e com conclusão prevista para outubro do ano passado.
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O local, no entanto, não tem operários trabalhando. Material de construção está espalhado no antigo canteiro de obras. O mato está alto. Como parte do tapume de proteção da área foi destruída, o acesso é livre. À noite, não há iluminação. Segundo os moradores, o complexo serve ainda para venda e consumo de drogas, já que ele fica em uma região dominada por traficantes.

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