- A Nova República, fundada por Tancredo [Neves] conseguiu completar com normalidade uma conquista que permaneceu fora do alcance dos regimes do passado. A alternância tranquila no poder de forças politico partidárias antagônicas (...) No ultimo quarto de século a alternância passou a fazer parte das conquistas adquiridas.
- O resultado é ainda mais impressionante quando se observa que uma desas alternâncias aparentemente mais contrastantes foi chegado ao poder do Partido dos Trabalhadores, que encarnava a princípio, se não como força desestabilizadora, ao menos de comportamento radical e deliberadamente à margem da política nacional.
- O PT acabou por ser, por paradoxal que parece, um dos principais beneficiários da eleição do primeiro presidente civil e das conquistas sociais e culturais da nova Constituição. E soube, posteriormente colher bons frutos de mudanças institucionais e práticas como o Plano Real, o PROER e a Lei de Responsabilidade Fiscal.
- Mas duas observações acautelatórias sem impõem a essa altura (...) As conquistas da segunda redemocratização não foram resultados de milagres instantâneos, custaram esforços enormes e se deram depois de tentativas e erros. Por isso o período tem que ser analisado em sua integridade, êxito e fracasso juntos (...) Não teria plano real não fossem as experiências de anos anteriores.
- E a segunda reflexão é entender que nenhuma conquista é definitiva, garantida e irrevogável (...) A estabilidade, o crescimento, e os ganhos de consumo ainda não tem garantida sustentabilidade no médio e longo prazo.
- Nosso dever é por conseguinte o de assumir com humildade e coragem a herança desses 25 anos. Não para negar o passado, mas para superá-lo, afim de fazer mais e fazer melhor.
- É na fidelidade a este legado que haveremos de manter e superar o que até aqui se tem feito e realizar mais e melhor para o crescimento integral do povo brasileiro.
Fonte: Blog do Noblat
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