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domingo, 21 de março de 2010

PSDB prepara uma festa de 2 mil pessoas para Serra


Foto de Sérgio Lima/Folha

Será em Brasília, no dia 10 de abril, um sábado, a pré-convenção em que o PSDB vai aclamar José Serra como seu candidato à sucessão de Lula.

Alugou-se um auditório no centro da Capital. Dispõe de cadeiras para 1.500 pessoas. Somando-se os que ficam em pé, acomoda uma platéia de 2.000.

Se vingarem os planos do tucanato, a proclamação da candidatura Serra será uma pajelança de casa cheia.

Reunirá, além da nata tucana, liderenças dos aliados já disponíveis: DEM e PPS. Deseja-se, além de ungir o candidato, passar a idéia de unidade.

O governador tucano de Minas, Aécio Neves, que programara sair em férias, adiou o descanso. E confirmou sua presença.

Aécio declara-se um “soldado” a serviço de Serra. Algo que o tucanato, grupo de amigos composto integralmente de inimigos, celebra.

Parte-se do pressuposto de que as relações Serra-Aécio, se mal administradas, podem custar a eleição. O passado desrecomenda o atrito.

O PSDB descera às urnas de 2002 (Serra) e de 2006 (Alckmin) trincado. Nas duas ocasiões, foi surrado por Lula.
Imagina-se que, reincidindo no erro, a principal legenda da oposição flertará, de novo, com o insucesso.

Servindo-se de outra lição extraída do passado, o PSDB decidiu reservar na pajelança pró-Serra um papel de destaque também para Fernando Henrique Cardoso.

Elabora-se, no momento, a lista de políticos com direito a microfone. Diz-se que a prerrogativa será concedida a poucos na “festa” do dia 10.

De antemão, Serra, Aécio e FHC frequentam a relação na condição de oradores naturais e compusórios.

Para fugir ao improviso, a direção do PSDB vai contratar, até a próxima terça (23), uma empresa especializada na organização de eventos.

A conta será espetada no fundo partidário. A legenda escora a decisão numa resolução do TSE.

O tribunal autorizou os partidos a usarem o fundo fornido com verbas públicas para o custeio de despesas de pré-campanha.

Decidiu-se, de resto, transmitir o evento, ao vivo, pela internet. Por que esperar até o dia 10 se José Serra deixará o governo de São Paulo no dia 2?

O PSDB alega-se que o adiamento foi, por assim dizer, imposto pela folhinha. Entre a saída de Serra do governo e a festa haverá a Semana Santa. Daí a postergação.

Depois que levar o nome de Serra à estrada, restará à oposição encontrar um discurso para rechear a carroceria da candidatura.



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