O problema é que políticos como Lula querem tornar o que é eventual em permanente, negando a validade de uma das pilastras da democracia, a alternância de poder.
Deu em O Globo - De Merval Pereira:
A midiatização da política está levando não apenas a que as qualidades de um candidato sejam medidas mais pela sua capacidade de comunicação com o eleitor do que por suas propostas.
A política vivenciada como espetáculo faz com que um presidente como Lula transforme-se em um eterno candidato, mesmo quando já não pode mais se candidatar.
Se não sai dos palanques, se sua prioridade do último ano de mandato é eleger sua sucessora, a agenda governamental transforma-se em uma maratona de inaugurações, mesmo que as obras estejam inacabadas.
Essa maneira de fazer política exclui o debate, afasta também a possibilidade de entendimentos com adversários para políticas de Estado.
A política transforma-se em uma permanente disputa corpo a corpo, "nós contra eles", num espírito de pelada que não contribui para o desenvolvimento da cidadania.
O problema é que políticos como Lula querem tornar o que é eventual em permanente, negando a validade de uma das pilastras da democracia, a alternância de poder.
E ele não se contenta com pouco. Tem uma popularidade que causa inveja aos políticos de todas as partes do mundo, mas quer a unanimidade.
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