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segunda-feira, 15 de março de 2010

Escândalo da Bancoop - Para promotor Blat, PT quer intimidar

O promotor José Carlos Blat divulgou nesta segunda-feira uma nota na qual afirma que não irá se intimidar com os ataques feitos por petistas após VEJA divulgar as descobertas da investigação criminal comandada por ele sobre o esquema da cooperativa habitacional Bancoop.

"Os ataques pessoais e campanhas difamatórias representam um claro sinal de desrespeito e uma tentativa de intimidação que não alcançou o resultado desejado, pois nada impedirá a continuidade dos trabalhos de investigação e a elucidação cabal dos fatos criminosos", diz Blat.

Blat é responsável no Ministério Público de São Paulo por investigar o caso da Cooperativa Habitacionais dos Bancários de São Paulo, a Bancoop. A edição desta semana de VEJA aponta o tesoureiro do PT, João Vaccari, como um dos arrecadadores do mensalão petista usando fundos de pensão.

A seguir, a íntegra da nota:
Com relação à decisão proferida pelo Juiz de Direito Auxiliar do Departamento de Inquéritos Policiais -DIPO sobre o caso BANCOOP esclareço:

1. O pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de JOÃO VACARI NETO e outra diretora foram amparados em um contexto probatório inegável de documentos bancários, fiscais, contábeis, relatórios, além de depoimentos colhidos ao longo da investigação;

2. A solicitação judicial de esclarecimentos complementares sobre a prova produzida nos autos do inquérito policial será plenamente atendida pelo Ministério Público para análise do pedido de quebra de sigilo bancário e fiscal de aludidos dirigentes da BANCOOP.

3. Esclareço também que já havia sido deferida judicialmente em 2009 pelo Juiz Corregedor do DIPO a oitiva de JOÃO VACARI NETO perante a Autoridade Policial. Ocorre que o inquérito policial permaneceu em cartório aguardando a juntada de informações bancárias e fiscais complementares.

4. Os ataques pessoais e campanhas difamatórias representam um claro sinal de desrespeito e uma tentativa de intimidação que não alcançou o resultado desejado, pois, nada impedirá a continuidade dos trabalhos de investigação e a elucidação cabal dos fatos criminosos.

5. Por fim, esclareço que na minha atribuição como Promotor de Justiça Criminal e Membro do Ministério Público do Estado de São Paulo exerço uma carreira de Estado e não de Governo e que não estou investigando pessoas ligadas a partidos políticos, mas sim dirigentes e ex-dirigentes de uma cooperativa habitacional que lesou milhares de famílias.

São Paulo, 15 de março de 2010

José Carlos Guillem Blat
Promotor de Justiça
1ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital - Barra Funda



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