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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Copa 2014: Mesmo com recursos, obras custam a sair do papel

Especial para o Contas Abertas - Por José Cruz

A 33 meses da realização da Copa das Confederações – em junho de 2013, assusta o ritmo lento das obras de estádios e de infraestrutura urbana nas 12 cidades-sedes. Segundo análise do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco) “desde que a Fifa utiliza a Copa das Confederações como evento-teste para o Mundial de Futebol, a organização brasileira para a edição do evento de 2013 é a mais atrasada”. Nenhum estádio tem obras em estágio avançado.


E não é por falta de recursos financeiros, já que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já aprovou cinco projetos de financiamento para construção e remodelação de estádios. Os contratos aprovados para Manaus, Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro e Cuiabá somam quase R$ 1,9 bilhão. “Porém, até agora, nenhum governo assinou o contrato para a liberação da verba e, assim dar início às obras”, informou a assessoria do BNDES.

Já para o projeto de expansão e melhoria da rede hoteleira, apenas dois contratos foram firmados com o BNDES, com os respectivos valores já contratados: R$ 146,5 milhões para o Hotel Glória e R$ 11,6 milhões para o Íbis Copacabana, ambos no Rio de Janeiro.

A outra fonte financiadora das obras da Copa 2014, a Caixa Econômica Federal, por sua vez, recebeu até agora 54 propostas de contratos e, destes, 37 já foram assinados, totalizando R$ 6,63 bilhões em investimentos e R$ 4,17 bilhões em empréstimos. “São projetos que vão melhorar a infraestrutura aeroportuária e de transporte, como os trens monotrilhos, os VLTs (Veículos Leve sobre Trilhos) e a implantação de BRT (Bus Rapid Transport)”, informou a assessoria da Caixa.

Porém, os estados e municípios que contrataram os financiamentos não foram divulgados. “Outros 17 contratos estão em fase de análise”, segundo o comunicado da Caixa. Diante dessa realidade, o atraso brasileiro na preparação à Copa das Confederações e Mundial de Futebol só se compara ao registrado na África do Sul, “cujas quatro arenas para o torneio preparatório foram concluídas a poucos meses do pontapé inicial”, de acordo com a Sinaenco.


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