"Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito."

sábado, 6 de novembro de 2010

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Mau começo

Deputado Paulo Bornhausen foi no ponto: a recriação da CPMF é "um capricho vingativo" de Lula, que nunca engoliu sua extinção, em 2007. Se a presidente eleita já tinha dito - mal fecharam as urnas - que não pretendia utilizar o imposto para financiar a saúde, por que voltar ao tema? Ora, porque Lula quer, e pronto! E os governadores do PSB são os arautos da má notícia. Os eleitores brasileiros devem estar se sentindo traídos; na eleição, os candidatos se comprometeram a fazer a reforma tributária, não criar novos impostos. É um mau começo.

Pires na mão (1)

A maior parte do bolo tributário fica nas mãos da União - de cada R$ 100 arrecadados, R$ 69 vão para os cofres do governo federal, o resto é dividido com os estados e municípios. Segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o total deste bolo deve alcançar a cifra recorde de R$ 1,27 trilhão este ano. O Sudeste - São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo - contribui com 64% da receita, ou seja, de cada R$ 100 arrecadados no País, R$ 63,52 saem dos bolsos dos contribuintes desses quatro estados.

Pires na mão (2)

O que mais surpreende no debate sobre a recriação da CPMF - um imposto já rejeitado pela população -é que a proposta venha da parte daqueles que mais precisam resgatar sua força na federação: os governadores. Sem a reforma tributária, a União, diga-se, o governo federal, continuará como a dona da confeitaria, com poderes quase imperiais. E os estados e municípios, os primos pobres do condomínio da riqueza nacional, prosseguirão vindo a Brasília com o pires na mão.

De quem entende

"Para fazer os investimentos necessários em áreas como saúde, educação, segurança, o governo precisa de recursos, e a população não aguenta mais impostos. Portanto, só existe um caminho a trilhar: aumentar a eficiência do Estado para gastar melhor o dinheiro do contribuinte", afirma o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Novos ventos

Após se transformar na quarta bancada do Senado, de ter conquistado mais governos estaduais do que PT e PMDB, e de eleger uma boa bancada na Câmara, o PSB já sonha com vôos mais altos. Em uma ponta, espera da futura presidente, Dilma Roussef, a oferta de ministérios mais qualificados e de orçamento generoso. De outra, tenta construir pontes com o PSDB, ao sugerir o nome de Aécio Neves para presidir o Senado. Na impossibilidade de o PT cumprir este papel, o PSB pode se tornar o fiador de um diálogo construtivo com a oposição, em prol da aprovação de projetos importantes no Congresso. É uma atitude que engrandece a democracia.


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