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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O DEM está em guerra

Líderes reclamam de negociações do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para fundir o partido com o PMDB

Revista Época - Por LEANDRO LOYOLA

Duas semanas após a derrota nas eleições, o Democratas está em guerra interna. Líderes do partido atacaram abertamente, nesta quarta-feira (10), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Eles reclamam que Kassab tenta negociar a extinção do DEM, ao negociar uma fusão do partido com o PMDB, sem anuência da maioria dos seus integrantes. Nesta quinta (11), Kassab recebe o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) para tratar do assunto em um almoço. Mas seu projeto, que vinha sendo tocado de modo mais discreto, está sendo combatido.

O deputado Ronaldo Caiado (GO) inaugurou a censura pública a Kassab com críticas pesadas via twitter. “Se o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, quer mudar de mala e cuia para o PMDB, que vá. DEM não vai pedir o mandato de fisiológico”, diz Caiado. As articulações de Kassab com o PMDB começaram por conversas com o presidente do partido, o vice-presidnete eleito Michel Temer. Com a concordância do presidente de honra do partido, o ex-senador Jorge Bornhausen, Kassab procurou deputados e senadores do DEM. O deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC), também sondou deputados sobre a possibilidade. De acordo com os adversários, Kassab teria o apoio da senadora Kátia Abreu (TO). Os senadores José Agripino Maia e Jaime Campos seriam contrários.

Segundo maior partido da oposição, o DEM sofreu na eleição. Em um discurso em Santa Catarina, berço político de Jorge e Paulo Bornhausen, o presidente falou em discurso de campanha de Dilma Rousseff, que era necessário extirpar o DEM da política. Lula empenhou-se em combater candidatos do DEM – e muitos não se reelegeram. Kassab negocia a ida para o PMDB de olho no cenário paulista. Com o afastamento de Orestes Quércia da política, Kassab poderia ser um futuro candidato do PMDB ao governo de São Paulo em 2014. A adesão ao PMDB, da base de apoio do governo federal, garantiria uma máquina mais poderosa que o combalido DEM. “Fazer a fusão é terceirizar o mandato”, afirma o deputado Antonio Carlos magalhães Neto (BA). “Nós fomos eleitos para fazer oposição”.


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