FOLHA.COM - CATIA SEABRA E BRENO COSTA
DE SÃO PAULO
Após cerca de três horas de reunião a portas fechadas em um hotel nos Jardins, em São Paulo, PSDB e DEM continuam num impasse sobre a definição do vice do tucano José Serra à Presidência. O DEM ficou insatisfeito com o papel de coadjuvante que lhe foi imposto, já que PSDB escolheu um vice tucano, o senador Álvaro Dias (PR), em detrimento de um democrata.
Tucanos presentes à reunião evitaram falar sobre o teor das conversas. No entanto, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não descartou a possibilidade de uma ruptura na coligação de Serra, com a saída do DEM da chapa.
"Certeza, nunca pode se dizer que sim. Mas estou otimista", afirmou FHC, ao responder se a aliança estava mantida. Segundo ele, "até amanhã [quando ocorre a convenção do DEM, em Brasília] ainda tem muito tempo".
O fim do impasse entre os partidos só deve ocorrer de madrugada, numa nova reunião, em Brasília.
Os representantes do DEM --deputado Rodrigo Maia, o senador Agripino Maia e o ex-senador Jorge Bornhausen-- permanecem reunidos no hotel.
A convenção do DEM, marcada para esta quarta-feira, servirá para definir se haverá ou não coligação formal com o PSDB em torno do tucano.
Ontem, Serra afirmou que a polêmica sobre a escolha de seu vice é "normal" e que ela será resolvida nos próximos dias. Ele está a caminho do Rio, onde gravará entrevista para a GloboNews.
"Nós vamos ter um bom entendimento ainda. É normal em política que, em certas situações, apareçam algumas dificuldades", afirmou.
Serra disse que não haverá problema na sua aliança. "Vamos ter uma boa solução."
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