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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Depoimento de ex-delegado no Congresso será enviado ao MP e à PF

Tucanos creem que Onézimo Sousa gravou reunião sobre suposto dossiê.

Senador Álvaro Dias defende que autoridades requisitem possível gravação.
 
G1, em São Paulo - Por Maria Angélica Oliveira
 
O depoimento do ex-delegado Onézimo Sousa à Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência do Congresso Nacional será entregue ao Ministério Público e à Polícia Federal, segundo relatou o senador tucano Álvaro Dias (PSDB-PR).

Sousa prestou depoimento nesta quinta-feira (17) sobre a reunião na qual teria sido discutida a suposta proposta de espionagem contra o candidato tucano à Presidência, José Serra.

A secretaria da comissão informou que as notas taquigráficas da reunião estão sendo preparadas para serem enviadas às autoridades e que isso deve ocorrer no início da semana que vem.

Ao deixar a comissão, o ex-delegado afirmou que, no encontro, o jornalista Luiz Lanzetta propôs espionar Serra. Lanzetta é dono da Lanza Comunicação, empresa que responsável pela contratação de jornalistas para a campanha de Dilma Rousseff (PT).

Suposta gravação

Segundo tucanos ouvidos pelo G1, o depoimento do ex-delegado chamou a atenção principalmente no aspecto de possíveis provas que ele tenha reunido sobre o encontro.

No depoimento, Onézimo evitou responder se teria gravado a reunião, mas insinuou que possa ter feito isso. Álvaro Dias foi um dos que insistiram na pergunta. “Como um profissional cuidadoso eu pergunto, o senhor faria?”, disse o ex-delegado ao senador tucano.

Ao G1, Álvaro Dias afirmou que ficou claro que há uma gravação. “Ele declarou que recebeu ameaças por e-mail e que se lembrou inclusive de Celso Daniel (prefeito de Santo André assassinado em 2002). Ao deixar passar a ideia de que possui uma gravação, me parece que está guardando como instrumento de auto-defesa. Cabe ao Ministério Público e à Polícia Federal requisitarem essa gravação”, disse.

Para o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), a reação de Onézimo ao ser questionado sobre uma gravação também deixa margem para interpretações de que o ex-delegado tem provas da reunião. “Ele podia ter dito 'eu não tenho gravação'. Dá a impressão de que [a gravação] é um salvo-conduto para ele”, afirmou.


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