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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Aécio esboça a nova estratégia para o PSDB


Arko Advice

As duas principais lideranças do PSDB de Minas Gerais, o senador Aécio Neves e o governador Antonio Anastasia, deram início a um movimento que abre o debate sobre a nova estratégia dos tucanos frente ao governo Dilma Rousseff.

O primeiro a tocar no assunto foi Anastasia. O governador mineiro mencionou as três derrotas consecutivas do partido ao Palácio do Planalto (2002, 2006 e 2010) como um exemplo de que a atuação do PSDB precisa ser reexaminada.

Depois, Aécio Neves, deu sinais de qual será sua postura no Senado. Sem deixar de identificar-se como oposicionista, declarou que manterá uma "postura republicana" com o governo federal.

Aécio observa que oposição e governo deveriam buscar um entendimento diante dos "grandes temas" através do diálogo.

O discurso de Aécio Neves sinaliza que ele buscará, pelo menos em alguns casos, uma aproximação com a base aliada no Congresso.

"Vocês vão, nesse futuro Congresso, se deparar em muitos momentos com alianças de partidos que estão na oposição com setores da base do governo em torno de temas importantes para o país", afirmou ele.

Dois temas foram citados pelo senador: 
1) a quantia do valor real do Fundo de Participação dos Municípios;
2) o debate em torno do salário mínimo.

Aécio Neves joga em três dimensões. Primeiro, adota uma posição pró-ativa no PSDB em torno da estratégia do partido para os próximos quatro anos e sinaliza quem é o "ficha 1" dos tucanos para 2014.

Segundo, apoia internamente no DEM, principal aliado do PSDB no plano federal, a candidatura de José Agripino, do grupo de Rodrigo Maia, contra Marco Maciel, o candidato da ala liderada por Jorge Bornhausen.

Terceiro, tenta dialogar com os partidos da base aliada em torno de temas de interesse nacional para não ficar com seu espaço de atuação reduzido.

Conforme podemos ver, são fortes os indícios que a estratégia do PSDB para os próximos anos passará por Aécio Neves, mesmo que os tucanos de São Paulo ainda preservem o controle da máquina partidária e nomes importantes como FHC, José Serra, Geraldo Alckmin e Aloysio Nunes Ferreira.


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