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sábado, 22 de janeiro de 2011

Sobre pemedebês, petês, amor e relação patrimonial

Do Blog de Josias de Souza

Na política, como na vida, o amor não é coisa para amadores. Começa no “vem cá meu bem” e termina em quebra-quebra.
Reunidos numa mesma chapa, Dilma e Temer celaram a união entre PT e PMDB. Uma evolução. Sob Lula, o PMDB era legenda-concubina. Com Dilma, subiu o altar. 
Formalizou-se um matrimônio com cara de patrimônio –integralmente financiado pelo déficit público. Em campanha, trocaram juras de amor.
Nos primeiros dias de coabitação palaciana, Dilma teve de chamar Temer para discutir a relação. Rogou para que o quebra-pau fosse mantido longe das manchetes.
O repórter Valdo Cruz leva às páginas da Folha um artigo que ajuda a entender o porquê da desavença precoce. Ele manuseou uma pesquisa.
Feita em dezembro, nos dias que antecederam a posse, a sondagem revela que o amor dos pemedebês, tido por insincero, não é correspondido pelos petês.
Descobriu-se que, para a maioria dos partidários de Dilma, a fidelidade conjugal é possível, desde que numa relação a três, a quatro, a cinco...
Vai abaixo o texto de Valdo. Leva o seguinte título: "De ilusões e hipocrisias"
"Antes da guerra por cargos no governo Dilma, uma pesquisa revelou como poderia ser o relacionamento entre o PT e o PMDB, os dois partidos que formaram a aliança que elegeu a primeira mulher presidente do Brasil.
Feito pelo instituto FSB Pesquisa, o levantamento mostrou que os peemedebistas sonhavam em ter um excelente relacionamento com os petistas. Já esses não se encantavam tanto assim com o PMDB, o aliado de ocasião.
Ao serem questionados com que partido, além do PT, tinham melhor relacionamento, 38% dos parlamentares petistas citaram o PSB. O PC do B foi apontado como melhor parceiro por 30% dos petistas. Já o PMDB amargou a terceira posição, com 16% das citações.
Ao responderem à mesma pergunta, os peemedebistas declararam sua preferência circunstancial pelos petistas. Nada menos que 43% citaram o PT como o partido com o qual têm melhor relacionamento depois do PMDB.
Em segundo lugar, os peemedebistas citaram o PSB. O partido do governador Eduardo Campos foi citado por 11% dos peemedebistas. Em terceiro surgiu um partido de oposição, o PSDB, com 7%.
Realizada em dezembro do ano passado com deputados e senadores que vão tomar posse em fevereiro, a pesquisa revela que os peemedebistas sonhavam em se aproximar de vez dos petistas, de olho nos benefícios que poderiam colher como sócios diretos no governo.
Já os petistas não nutriam lá grande expectativa em relação ao PMDB. Pelo visto, anteviam o entrevero que surgiria à frente entre as duas legendas e, portanto, não podiam citar os peemedebistas como parceiro preferido.
Posso estar enganado, mas o resultado da pesquisa, hoje, seria bem diferente. Os peemedebistas seriam, creio, bem mais sinceros ao declarar sua preferência ou perderiam de vez qualquer ilusão depois da disputa pelas nomeações de cargos no governo Dilma".

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