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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vinte dias depois, navio inaugurado por Lula e Dilma ainda não foi ao mar

Lula inaugura o navio inacabado no Porto de Suape: manobra para driblar a lei eleitoral.

Veja.com - (Fernando Mello, de Recife)


No dia 7 de maio deste ano, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e o presidente Luiz Inacio Lula da Silva participaram do primeiro evento juntos desde a saída de Dilma do governo. Lula e Dilma “inauguraram” o petroleiro Suezmax, batizado de João Candido, com capacidade para transportar 1 milhão de litros de petróleo.

Os dois foram aplaudidos principalmente pelos funcionários do Estaleiro Atlântico Sul, que construiu a embarcação sob encomenda da Transpetro, subsidiária da Petrobras. O João Cândido foi comemorado como a retomada da indústria naval brasileira, já que é o primeiro navio do Promef (Programa de Modernização e Expansão da Frota) da Transpetro.

Desde então, o petroleiro continua estacionado no porto de Suape.

Dilma com o navio João Cândido ao fundo, no dia do batismo

VEJA.com foi ao porto saber porque o navio ainda não foi ao mar. Segundo dois funcionários ouvidos no local, faltam partes do motor e placas de revestimentos de aço. A assessoria de imprensa da Transpetro, indicada pelo estaleiro para se pronunciar sobre o assunto, afirma que faltam apenas “acabamentos”. Mesmo assim, admite que o petroleiro inaugurado por Lula e Dilma só fará sua primeira viagem em setembro. Segundo a empresa, esse dado foi divulgado à época e o batismo e o lançamento ao mar antes da entrada em operação são rotineiros “em qualquer lugar do mundo”.

A lei eleitoral não permite inaugurações a partir de julho. Ou seja, Lula e Dilma não poderiam inaugurar a embarcação em setembro, quando ela realmente estará apta a navegar.

O petroleiro já está na propaganda oficial do governo e na campanha de Dilma. Foram entrevistados trabalhadores que ajudaram na obra.

No evento do começo de maio,o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Alberto Alves dos Santos, encerrou sua fala com ” bom Dilma para todos”. Antes, havia dito, ao agradecer a Lula pela retomada da indústria nacional, que “se dependesse do povo trabalhador, o seu mandato seria igual ao de Fidel Castro”.


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