"Desfrute da viagem da vida. Você só tem uma oportunidade, tire dela o maior proveito."

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Serra numa boa

“O Brasil Pode Mais”

As coisas estão andando muito bem para o candidato José Serra. De repente Serra apareceu prontíssimo: com dois slogans ótimos, um jingle maravilhoso e um discurso extremamente adequado à conjuntura.

Os dois slogans são “O Brasil Pode Mais” e “O Brasil Não Tem Dono”. São uma forma de fazer oposição a Lula sem fazer oposição a Lula. É como se ele dissesse: “Tudo bem, Lula fez umas coisas boas. Mas o Brasil pode mais”. “Tudo bem, Lula fez umas coisas boas, mas não é o dono do Brasil, não pode escolher qualquer um ou qualquer uma para sucedê-lo. O povo escolhe, não o Lula”.

O jingle, que ouvi em primeiríssima mão pela Internet, é uma obra-prima. Fala direto ao coração da pessoa comum e dá uma sensação de intimidade com o candidato. É gostosinho de ouvir e cantar e tem um refrão pegajoso, no bom sentido. Fala do currículo do candidato e de seu preparo sem botar banca, sem parecer arrogante. E expõe a inexperiência, obscuridade e malevolência da adversária sem nem de longe mencioná-la. Vai ser um hit no horário eleitoral da televisão e do rádio.

Quanto ao discurso, mostra que o Brasil não foi fundado em 2003, que as conquistas do país são o resultado de 25 anos de estabilidade democrática, começando com a eleição de Tancredo Neves e passando pela Constituinte, pela volta das eleições diretas, pelo impeachment de Collor, pelo governo Itamar Franco, pelo Plano Real, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, pelo início dos programas sociais com Dra. Ruth Cardoso… Como bem apontou Aécio Neves, o PT foi contra quase tudo isso: expulsou seus três deputados que votaram em Tancredo Neves, recusou-se a assinar a Constituição de 88, tem hoje o apoio de Collor, rejeitou o governo Itamar Franco, fez oposição ao Plano Real, votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal… E agora se beneficia de tudo isso. Como bem disse Serra, não foi obra de um só homem nem de um só partido ou coligação. Foi obra de um país, um país que pode mais

Por Gilson Gondim

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