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sábado, 17 de abril de 2010

Após unificar PSDB, José Serra vai à luta

Com a casa em ordem, Serra vai à luta

Depois de unificar o PSDB em torno da sua candidatura, José Serra começa a pavimentar o caminho rumo ao seu objetivo: liderar o Brasil na era pós-Lula.


EM PAZ - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra: campanha na rua. Agora, com o partido unido.

Ungido há menos de dez dias candidato oficial do PSDB à Presidência da República, José Serra não poderia encontrar ambiente mais propício para iniciar sua campanha. Duas novidades contribuem para isso. A primeira é que os tucanos estão animadíssimos – o que havia muito tempo não ocorria. Desde 2003, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso colocou a faixa presidencial no pescoço do petista Luiz Inácio Lula da Silva, os militantes do PSDB passaram a amargar uma espécie de fossa de fundo existencial. A saída do poder jogou o partido numa crise de identidade em que ninguém sabia ao certo que bandeiras defender ou que líderes seguir. Na semana passada, o PSDB parecia ter reencontrado o seu eixo. Ao barulhento lançamento da candidatura de Serra, acorreram mais de 6 000 militantes do partido. Vindos de todos os estados, carregavam bandeiras, espremiam-se uns contra os outros e cantavam sem parar no amplo auditório alugado pela sigla. A maioria usava camisetas nas cores azul e amarelo, algumas com inscrições como "temos orgulho do que criamos". Era um clima diametralmente oposto ao registrado nos últimos encontros do partido. O motivo da animação é que o PSDB, finalmente, tem um projeto definido, aprovado e defendido por todos na sigla: eleger José Serra presidente da República. E eis aí o segundo elemento a pavimentar o caminho de Serra nessa campanha. Seu partido vai unido para a briga. E isso, tratando-se de PSDB, é outra grande novidade.

O próprio Serra é o maior responsável pela unificação do partido. Nas duas últimas eleições presidenciais, o PSDB marchou dividido. Em 2002, a primeira candidatura de Serra à Presidência só se consolidou ao custo de engalfinhamentos com tucanos diversos, como o ex-ministro Paulo Renato e o senador Tasso Jereissati. Em 2006, Geraldo Alckmin foi o escolhido – mas também só depois de emparedar Serra e toda a cúpula de seu partido. Essas contendas internas costumavam causar fraturas que custavam a cicatrizar. Como resultado, cada um remava para um lado e o barco tucano não saía do lugar. Desta vez, a situação é outra. Serra impôs sua ascendência de forma natural. Depois de passar pelo governo Fernando Henrique, pela prefeitura e pelo governo de São Paulo, ele é hoje reconhecido por seus pares como o mais preparado entre os tucanos para enfrentar o desafio de presidir o país. O ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves, que também sonhava em se lançar na disputa pelo Planalto, abriu-lhe passagem, no fim do ano passado, num gesto maduro e generoso. Na festa de lançamento de Serra, foi Aécio o autor do discurso mais inflamado do dia em defesa do candidato. Os tucanos que ainda sonham ver o mineiro candidato a vice-presidente na chapa do partido quase levitaram.

NINHO DE AMOR
No lançamento da candidatura Serra, foi do ex-governador Aécio Neves o discurso mais entusiasmado. "Vice, vice", gritava a militância.

No Nordeste, o tucano subirá em palanques com probabilidade de vitória em seis dos nove estados, sendo que na Bahia, dona do quarto colégio eleitoral do país, ele terá o apoio do único candidato capaz de azedar a reeleição do petista Jaques Wagner: Paulo Souto, do DEM. Na Paraíba, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Piauí, Serra terá ao lado candidatos apontados entre os favoritos nas pesquisas eleitorais. Em Pernambuco, o PSDB contará com o apoio do senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB. Apesar de ter poucas chances contra o atual governador e favorito à reeleição, o dilmista Eduardo Campos (PSB), Jarbas tem excelente reputação no estado e vai usá-la em favor do candidato tucano. O ponto fraco de Serra no Nordeste é o Ceará. Na Região Norte, ele terá bom palanque no Pará, com o ex-governador Simão Jatene. Kátia Abreu, no Tocantins, também é uma candidata forte.

Leia a íntegra da matéria da Revista Veja: aqui

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