Há dois dias, às margens do rio São Francisco, Lula jogou a isca: quer um 2010 plebiscitário –“Nós contra eles”.
Neste sábado (17), num seminário tucano em Goiânia, José Serra desviou o bico:
"A disputa no ano que vem não se dará entre o presidente Lula e o ex-presidente Fernando Henrique. Eles não são candidatos...”
“O povo vai optar pelo candidato que fez, que faz e que tem propostas para o futuro do país”.
Sem mencionar o nome de Lula, Serra comparou-o a um imperador do Brasil colônia.
Insinuou que o presidente trata o país como uma capitania, cuja exploração ele planeja delegar à donatária Dilma Rousseff.
“O Brasil não vai voltar a ter capitanias hereditárias”, Serra ironizou. Estava ao lado de Aécio Neves, com quem mede forças numa disputa interna.
Pela enésima vez, levou as plumas à fogueira, numa aposta pela unidade: “Eu e o governador Aécio estaremos juntos”.
Junto para tocar um “projeto de sustentação para governar o Brasil para os brasileiros e não para grupos políticos, por fisiologismo".
Aécio também discursou. A exemplo de Serra, fustigou Lula. Chamou-o de “quixotesco”. Acha que o ele tenta apagar Pedro Álvares Cabral dos livros.
"Se um ser extraterrestre desavisado desembarcasse em nosso país acabaria por acreditar, escutando o presidente Lula, que o Brasil surgiu em 2003".
O grão-tucanato foi a Goiânia a pretexto de realizar um seminário sobre emprego. Deu ênfase especial ao emprego de presidente da República.
Antes mesmo da escolha do candidato que o PSDB apresentará à vaga, Sérgio Guerra, presidente do partido, prenuncia uma disputa dura.
Uma das campanhas “mais difíceis da história da República”. Por quê? “O Lula e sua candidata não tem limites [...].”
A julgar pelo ânimo de Sérgio Guerra, o PSDB vai à campanha com uma idéia fixa: "Nosso objetivo em 2010 é combater o PT".
Fonte: Blog de Josias de Souza
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