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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Vereadores rendem uma ‘anti-homenagem’ a Sarney

O homem extraordinário, aquele que é reconhecido pelos feitos, exige a companhia de meia dúzia de admiradores. Dito de outro modo: não há herói sem platéia.

O presidente do Congresso, José Sarney, perdeu a platéia de que dispunha na Câmara Municipal de Ribeirão Preto (SP).

À época em que respondia pela Presidência da República, Sarney merecera dos vereadores de Ribeirão uma homenagem singela.

Deu-se a um viaduto erigido no centro da cidade o nome José Sarney. Pois bem, os legisladores locais decidiram revogar a lisonja.

Aprovou-se um projeto que prevê o rebatismo do Viaduto Sarney. Passa a chamar-se Jandyra Camargo Moquenco. Vem a ser a primeira linotipista do país.

Deve-se a proposta ao vereador Walter Gomes (PR). Alega que o nome de Sarney, envolto em denúncias, está sujando a cidade.

Levada a voto, a anti-homenagem foi aprovada por larga maioria. Sarney revelou-se um homenageado indefeso.

Dos 20 vereadores, 17 votaram a favor da troca de nome do viaduto. Dois se abstiveram.

O presidente, Cícero Gomes da Silva, filiado ao mesmo PMDB de Sarney, eximiu-se de votar. É, porém, signatário do projeto. E já havia se declarado a favor.

O rebatismo do viaduto só depende agora da sanção da prefeita de Ribeirão, Dárcy Vera, do DEM. Ela tem 15 dias para se pronunciar.

Se a moda chega ao Maranhão, Estado em que os Sarney dão nome a ruas, avenidas, escolas, hospitais e um infindável etc., haverá uma revolução urbanística.


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