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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Eleições 2010 - Brasil


Deve estar para sair alguma pesquisa por aí — pós-Canaval Olímpico, pós-pajelança às margens do São Francisco e pós-anúncio da cura do câncer de Dilma Rousseff. Se a candidata não der um salto, haverá tremor e ranger de dentes no PT. Não que o governo tenha esgotado o seu estoque de eventos circenses. Há muito mais por aí. Lula não vai mais parar de falar. E de chamar os “adversários” para a briga.

Está de volta a tese do embate plebiscitário, que tinha esmorecido um tanto com a possível entrada da senadora Marina Silva (PV-AC) na peleja. Espertamente, o Planalto esperou passar esse rio, deu asas a Ciro Gomes — que já se estatelou na lona, como de hábito — e voltou com tudo à tese original do embate entre Lula e FHC. Como se Lula fosse o candidato; como se FHC fosse o candidato. Um oposicionista ou outro já caíram no truque mais facilmente do que caíam as galinhas no terreiro da minha infância quando era para mandar uma delas para a panela. Dê milho; elas vêm sempre; depois, o bote. Galinhas são bobas. A coisa esperta a fazer é evidenciar o óbvio: a candidata é Dilma, não Lula. Parece óbvio, eu sei. Mas é o óbvio que o governismo quer ocultar.

O medo é parceiro do erro. Se as oposições entrarem em pânico com uma eventual subida nas pesquisas de Dilma Rousseff, que é o que de mais lógico pode acontecer, estarão elas a dar a vitória ao PT. Se acontecer o contrário, os petistas podem até tremer intimamente, mas vão declarar que a corrida está apenas no começo. E, bem pensado, isso é verdade.

Não há lógica no mundo que possa explicar que é melhor entrar numa disputa com menos votos do que com mais. Sustentá-lo corresponde a dar uma piscadela para a tolice ou para a feitiçaria. Assim, estar no marco “x” ou “y” é, obviamente, importante porque define o tipo de campanha que se vai fazer. Mas há a campanha. E é ela que define vitórias ou derrotas.

Um comentário:

  1. O PSDB de São Paulo não sabe a besteira que está fazendo. A cada novo pré-candidato que surgir, a cada novo resultado de pesquisa, Serra – que está teoricamente na frente, considerando-se que um ano no Brasil é uma eternidade política – tende a cair cada vez mais, e depois, no segundo turno, todos os outros candidatos vão se unir contra ele, o que não aconteceria se Aécio fosse o candidato do PSDB. Com isso, o PSDB vai perder São Paulo, onde Serra está reeleitíssimo, pode perder Minas Gerais, onde Aécio não pode se candidatar pela terceira vez seguida, e a Presidência da República.

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